sábado, 22 de setembro de 2012

São Paulo recebe exposição com mais de 200 obras do acervo do Vaticano "Esplendores do Vaticano" chega ao Brasil com coleções inéditas, entre pinturas, esculturas e objetos, depois de atrair 1,5 milhão de pessoas nos Estados Unidos ÉRIKA KOKAY (TEXTO) E GUSTAVO CAMPOY (IMAGENS)


Escultura Pietà, de Michelangelo Buonarroti, molde de 1975 (a original é de de 1499) (Foto: Cittá del Vaticano)Escultura Pietà, de Michelangelo Buonarroti, molde de 1975 (a original é de de 1499) (Foto: Cittá del Vaticano)
Vaticano, sede da Igreja Católica, possui uma coleção de arte que envolve séculos, do Egito antigo aos dias atuais. Essas valiosas obras atraem, todos os anos, milhões de turistas e fiéis à cidade-estado, localizada entre os limites do território italiano. A partir desta sexta-feira (21), será possível fazer uma viagem ao local sagrado sem sair do Brasil. A exposição “Esplendores do Vaticano – Uma Jornada Através da Fé e da Arte” traz à Oca do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, mais de 200 obras – muitas que nunca haviam saído do Vaticano.
“Por meio de onze galerias, a mostra vai contar dois mil anos de história da arte sacra”, diz Stephanie Mayorkis, diretora de Family Entertainment da Time for Fun, empresa realizadora do evento. Uma das áreas de destaque é a galeria dedicada ao Papa João Paulo II. Selecionada especialmente para a exposição brasileira, a coleção traz objetos pessoais, poemas, vestimentas, além de um molde da mão do Papa, que poderá ser tocado pelos visitantes.
Molde da mão do Papa João Paulo II (Foto: Cittá del Vaticano)
Há ainda uma área voltada a Michelangelo, considerado um dos maiores criadores da arte Ocidental. Além de pinturas e esculturas do artista, a mostra traz o compasso usado por ele na pintura da Capela Sistina. Não só por meio das obras, “Esplendores do Vaticano” transporta ainda os visitantes à cidade-estado através de uma projeção da Capela no teto da Oca.
“São obras que saíram do Vaticano não pra falar apenas do Vaticano”, diz o curador da exposição, Monsenhor Roberto Zagnoli, que trabalhou durante 15 anos como diretor do Departamento de Etnologia dos Museus do Vaticano. “A mostra também é movida pelo interesse em promover um diálogo entre os povos, certamente alimentado pelos temas das obras, que são de extremo valor. Entre eles, a beleza, que é um grande motor do diálogo humano”, afirma o padre italiano de Ravenna.
A exposição já percorreu várias cidades americanas, onde foi vista por mais de 1,5 milhão de pessoas. O Brasil é o primeiro país autorizado pelo Vaticano a receber essas obras depois dos Estados Unidos. Em São Paulo, estará aberta ao público desde esta sexta-feira (21) até 23 de dezembro de 2012, na Oca do Parque do Ibirapuera. "É uma viagem no tempo que mostra muito a contribuição da Igreja como o grande mecenas de todos os tempos das artes", diz Stephanie.

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