quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Livro desmente de forma categórica acusações contra o Papa Pio XII em sua relação com os judeus perseguidos.



Por Beja Santos
Os Judeus do Papa, O plano secreto do Vaticano que salvou milhares de judeus no Holocausto”, por Gordon Thomas, Casa das Letras, 2012, é uma reportagem altamente documentada sobre acontecimentos históricos que têm vindo a ser deturpados, numa tentativa de caluniar ou denegrir os esforços de Pio XII para salvar os judeus da sanha nazista, entre 1939 e 1945.
Em 1958, falecido Pio XII, Golda Meir, a ministra dos Negócios Estrangeiros de Israel, fez o seguinte elogio do Papa na Assembleia Geral das Nações Unidas: “Quando chegou o martírio terrível do nosso povo, na década do terror nazi, o Papa Pio XII elevou a sua voz pelas vítimas. A vida dos tempos que vivemos foi enriquecida por uma voz que se erguia, com grandes verdades morais, acima do tumultuo do conflito diário. Choramos um grande servo da paz”.
Finda a II Segunda Mundial, sucederam-se os ataques a Pio XII: “que nunca fizera frente a Hitler, que trabalhara em segredo com Mussolini, que se mantivera em silêncio durante o Holocausto, que odiara os judeus, que não os avisara de que estava prestes a ocorrer o extermínio em massa, que não publicara qualquer condenação do Holocausto”, etc. Depois, seguiram-se livros de escândalo, como a peça O Vigário, de Rolf Hochhuth, que apresentava o retrato de um pontífice ganancioso que guardou silêncio sobre o Holocausto, tal como o livro “O Papa de Hitler”, de John Cornwell.
Todos estes ataques tinham algo em comum, a saber: que Pio XII dirigira uma igreja institucionalmente antissemita. Que prestara pouca atenção ao assassínio de 6 milhões de judeus, etc. Claro está que outros historiadores e autores quiseram apresentar provas a refutar totalmente essas acusações. Isto, enquanto já havia provas que refutavam totalmente estas acusações.
A título exemplificativo, Pinchas Lapide, um antigo diplomata israelita escreveu preto no branco num dos seus livros que durante o pontificado de Pio XII, “a Igreja contribuiu para salvar pelo menos 700 000, mas provavelmente 860 000 judeus de uma morte certa às mãos dos nazis”.
Michael Tagliacozzo, indiscutivelmente a maior autoridade sobre os judeus romanos durante o holocausto refuta as acusações: “Calúnias sobre Pio XII. Sem ele, muitos membros do nosso povo não estariam vivos”.
Chaim Weizmann, que viria a ser o primeiro presidente de Israel, escreveu em 1943: “A Santa Sé está a dar a sua poderosa ajuda, onde pode, para mitigar o destino dos meus correligionários perseguidos”.
Em 1944, o rabi principal de Jerusalém, Isaac Herzog, enviou uma mensagem ao Papa: “O povo de Israel nunca esquecerá o que Sua Santidade e os seus ilustres representantes, inspirados pelos princípios eternos da religião que são os pilares da verdadeira civilização, fizeram pelos nossos infelizes irmãos e irmãs no momento mais trágico da nossa história”.
Esta admirável reportagem descreve-nos a personalidade de Eugenio Pacelli, já em cardeal camerlengo, estava em perfeita sintonia com o Papa Pio XI, que era manifestamente hostil ao antissemitismo do fascismo italiano e do nazismo. A Santa Sé começou a acolher os judeus romanos que tinham sido metidos às ordens de Mussolini, foi enchendo uma série de serviços com investigadores de primeira água, os edifícios pontifícios eram ocupados pelas famílias dos judeus.
A reportagem verifica o relacionamento entre a comunidade judaica de Roma e Pio XII, revela os nomes dos dignatários da Cúria que foram encarregados de acolher esta comunidade e de lhe prestar todo o auxílio. O primeiro discurso de Pio XII recuperou uma passagem na encíclica que ele tinha escrito para Pio XI intitulada “Com profunda preocupação”: “Aquele que exalta a raça, ou o povo, ou o Estado, ou uma forma particular de Estado, ou os detentores do poder, ou qualquer outro valor fundamental da comunidade humana – por mais necessária e honrosa que seja a sua função nas coisas terrenas –, quem quer que eleve essas noções acima do seu valor normal e as divinize alçando-as a um nível idolatra, distorce e perverte uma ordem do mundo planeada e criada por Deus; está longe da verdadeira fé em Deus e do conceito de vida conforme com ela…”. Acompanhamos o dia-a-dia no Vaticano, as tomadas de posição do Papa, apoiando a Igreja alemã contra o totalitarismo de Hitler.
Acompanhamos igualmente os canais diplomáticos quer dos Aliados quer alemães sobre a política papal, a entrada da Itália ao lado de Hitler na II Guerra Mundial, obrigou todos os parceiros a terem que contar com a intervenção do Vaticano. Por exemplo, os diplomatas acreditados do Reino Unido, França, Bélgica e Países Baixos foram instalados em território do Vaticano, o mesmo é dizer que cercados por forças hostis. Nomeadamente a partir de 1943, quando o fascismo italiano estava em vias de colapsar, a política pontifícia foi a de acolher na medida das suas possibilidades os judeus que iriam ser transferidos para os campos de concentração, isto enquanto em todos os países, e por ordem do Papa, os diplomatas da Santa Sé emitiam passaportes ou pagavam viagens para os judeus fugirem.
A reportagem ganha enorme vivacidade nesses momentos críticos em que os alemães vão buscar os judeus ao gueto de Roma e os serviços do Vaticano se desdobram no seu acolhimento. E surgiram novos problemas: muitos prisioneiros de guerra aliados caminhavam para Roma ao mesmo tempo que os exércitos do marechal Kesselring recebem instruções inequívocas para usar de mão de ferro em Roma. Fica-se depois a saber que Hitler pretendeu raptar Pio XII, acreditava que este rapto permitiria convencer a Grã-Bretanha e os Estados Unidos de que estavam a travar a guerra errada e que deveriam juntar-se à Alemanha e derrotar a URSS. Encarregou o general Wolff, em Setembro de 1943, de elaborar um plano tanto para raptar o Papa como para saquear o Vaticano, há muito que os dirigentes nazis pretendiam ter acesso a alguns desses tesouros, uns, por motivos ideológicos, outros, para poderem pagar a continuação da guerra. O plano viria a ser rejeitado, os alemães temeram a reação popular, cedo a resistência italiana deu provas de ser contundente e sabotar objetivos alemães. Vemos como os alemães, de cabeça perdida, invadem território do Vaticano e como a Cúria reage; a rusga alemã ao gueto já tinha sido prevista por Pio XII que apoiou um plano de recolha dos fugitivos. Esse sábado negro é descrito como um dos momentos fulcrais da determinação do Papa.
E chega a alvorada da libertação, as lutas nas ruas de Roma, as explosões perpetradas pelos resistentes e a reação alemã através de execuções. O livro enumera o que aconteceu a todos estes protagonistas de um lado e do outro, de forma tocante. E a 20 de Novembro de 1945, Pio XII recebe em audiência 80 representantes libertados de vários campos de concentração alemães que lhe vieram agradecer a sua ajuda, este foi o primeiro de muitos tributos comoventes e eloquentes que Pio XII recebeu nos anos do pós-guerra. O Papa nunca se recompôs fisicamente dos esforços sofridos, irá manter-se com a sua saúde precária até 1958. Em 1952 encontra-se com Moshe Sharett, primeiro-ministro de Israel, que lhe disse: “O meu primeiro dever é agradecer-vos e, através de vós, à Igreja Católica, em nome de todo o povo judeu, tudo o que fizestes em vários países para salvar os judeus”.Nunca existiu, pois, o Papa de Hitler, mas sim aquele que mais perto esteve dos judeus e contribuiu para salvar centenas de milhares deles, dando o exemplo logo nos territórios.
Fonte: http://www.comshalom.org

Morre Bispo chinês que ficou 16 anos preso pelo governo


ROMA, 22 Nov. 12 / 10:12 am (ACI/EWTN Noticias).- A comunidade católica da China despediu-se no dia 8 de novembro do Bispo Auxiliar Emérito da Arquidiocese de Jinan, Dom Samuel Guo Chuanzhen, que resistiu à perseguição do governo e ficou preso por 16 anos.
O corpo de Dom Guo recebeu a homenagem dos fiéis na atual Catedral Hongjialou, onde, o Arcebispo de Jinan, Dom Joseph Zhang Xianwang celebrou os funerais.
Conforme informou a Rádio Vaticano, Dom Guo, morreu no dia 6 de novembro à idade de 94 anos na igreja da Imaculada Concepção de Jinan, na província de Shandong (China Continental). Pertencia à Ordem dos Irmãos Menores Capuchinhos.
Seus restos mortais foram levados para o cemitério diocesano da sua terranatal, em Huzhuang.
O Prelado nasceu em 14 de abril de 1918 em Jinan. Em 1931, após seu estudo no colégio, entrou no seminário para estudar literatura, filosofia e teologia. Foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1944, e em 1945, retomou os estudos universitários de historia na Universidade Católica Furen de Pequim.
Em 1949, com a chegada da República Popular da China, foi obrigado a voltar para sua diocese, onde se converteu no pároco de Zhengjuesijie e professor no seminário menor.
Mas a partir de 1963, quando foram proibidas todas as atividades religiosas, trabalhou como vice-diretor de uma indústria de alimentos.
Imerso nas garras da Revolução Cultural Chinesa, manteve-se fiel a sua fé católica. Durante o período da Revolução Cultural, foi obrigado a trabalhos forçados e foi preso em seu domicílio por 16 longos anos.
No ano 1982, por fim, o deixaram trabalhar como sacerdote católico.
No ano 1983, fundou o Seminário do Santo Espírito de Shandond, e em 24 de abril de 1988, foi ordenado Bispo para a diocese de Jinan.
Seu serviço à Igreja foi bem reconhecido no seminário diocesano que fundou, onde se formam a maioria dos sacerdotes que trabalham atualmente na província de Shandong.
Graças a seu trabalho e apesar da forte repressão que continua havendo do regime contra a religião católica, a arquidiocese de Jinan conta atualmente com 30 mil católicos.

Político católico derrota pressões do lobby gay e vence eleição no Parlamento Europeu


MADRI, 22 Nov. 12 / 11:35 am (ACI/EWTN Noticias).- Superando as fortes pressões do lobby gay e abortista contra sua eleição, o político católico maltês Tonio Biorg foi confirmado para a Comissão de Saúde e Consumo da União Europeia (UE).

O Parlamento da UE decidiu a vitória de Borg ontem, 21, por 386 votos a favor e 281 em contra e 28 abstenções.

Conforme assinala a plataforma espanhola pró-família HazteOir (HO), esta votação "vinha precedida de uma formidável polêmica internacional, provocada pela agressão de determinados lobbys radicais –financiados pela própria UE–".

Entre estes grupos estão a Federação Humanista Européia, a Associação Internacional de Lésbicas e Gays (ILGA) e a multinacional abortista Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), "que quiseram impor o veto ao político maltês exclusivamente por suas convicções morais e religiosas".

Com o caso do Borg, assinala HO, "o verdadeiro respeito a um dos valores indisputáveis da Europa –a liberdade de consciência– foi novamente posto à prova. E o resultado, defendido por milhares de cidadãos através do alerta da HO, não pôde ter sido mais satisfatório: venceu a liberdade. Venceram os cidadãos".

O alerta do grupo espanhol HazteOir pedindo a nomeação de Borg passou de 21 mil assinaturas no dia 20 de novembro a 37 526 (mais de 15 mil novas assinaturas) em menos de 24 horas.

Durante as últimas semanas Borg, ministro maltês de Assuntos Exteriores foi submetido ao escrutínio do Parlamento Europeu para comprovar sua idoneidade para o cargo.

Como parte do processo de escrutínio da Euro câmara, Borg respondeu por escrito a cinco perguntas dos deputados e respondeu às perguntas dos representantes de três comissões parlamentares da câmara em uma audiência de três horas de duração.

Anistia Internacional é questionada por não defender os seus empregados


LONDRES, 22 Nov. 12 / 01:10 pm (ACI/EWTN Noticias).- A organização abortista Anistia Internacional (AI) enfrenta um dos momentos mais críticos em sua história, ao sofrer paralisações e protestos dos seus trabalhadores em todo o mundo. Eles questionam a capacidade da organização para defender os direitos humanos já que é incapaz de velar pelos direitos dos seus próprios empregados.
Conforme informa o jornal britânico The Independent, depois de um processo de reorganização estrutural, que inclui dezenas de demissões, AI enfrenta protestos dos seus funcionários nas suas sedes de todo o mundo, de forma particular nos escritórios de Senegal, Paris (França), Uganda, Beirute (Líbano), Nova Iorque (Estados Unidos), Hong Kong (China) e Johannesburgo (África do Sul)
Entretanto, refere o jornal britânico, o problema poderia ser tão profundo como uma "luta pela alma" da organização.
Anistia Internacional foi fundada em Londres (Reino Unido) em 1961, pelo advogado católico Peter Benenson, como uma instituição defensora dos direitos humanos, particularmente dos prisioneiros por objeção de consciência e dos que foram presos a causa da fé, sob regimes autoritários.
Por seu trabalho neste campo, a organização recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1977.
Depois dos ataques do Al Qaeda às torres gêmeas em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, AI decidiu modificar seu enfoque a direitos econômicos, sociais e culturais.
Poucos anos depois, em 2007, Anistia Internacional decidiu apoiar alegalização do aborto como um direito em todo o mundo, o que levou a que aIgreja Católica deixasse de contribuir com seu trabalho.
Nessa ocasião, o então Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, assegurou que "a Igreja Católica deixará de financiar a Anistia Internacional (AI), devido à mudança de posição decidida".
Depois deste anúncio, muitas organizações católicas do mundo inteiro deixaram de colaborar com o organismo abortista.
Anistia Internacional também acrescentou a sua lista de direitos humanos protegidos, a promoção do mal chamado "matrimônio" homossexual.
Alan Scott, um trabalhador sindicalizado da AI citado pelo The Independent, descreveu a organização abortista como "um dos empregadores mais mentirosos" que conheceu.
Scott advertiu que "Anistia Internacional não pode ser uma organização defensora dos direitos humanos confiável se não respeitar os direitos dos seus trabalhadores".
The Independent assinalou que em meio da confusão interna que se vive na Anistia Internacional, alguns estão denunciando que a organização busca "construir a marca Anistia" para recrutar mais membros e conseguir mais dinheiro.
Um informante do jornal britânico, que está desde dentro da Anistia, advertiu que a organização "poderia interessar-se mais em ajudar às pessoas que em usá-las como emblemas de problemas que precisam ser abordados, e pedir-lhes que assinem um documento para que possamos publicar sua história para conseguir recursos".
"Atualmente estamos mais preocupados em ter um escritório na Índia, e conseguir recursos locais lá, que em fazer um trabalho pelos direitos humanos básicos", denunciou.
A fonte interna do jornal britânico criticou que AI lançou uma campanha em defesa do grupo Pussy Riot, que protestou na catedral cristã ortodoxa de Moscou contra o presidente da Rússia, "porque está de moda, caçando a energia, saltando de um tema a outro".

Ano da Fé serve para combater o relativismo cultural, assegura Arcebispo nos EUA


DENVER, 22 Nov. 12 / 01:16 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Arcebispo da Filadélfia (Estados Unidos), Dom Charles Chaput, afirmou que o Ano da Fé convocado pelo Papa Bento XVI é uma oportunidade para combater o relativismo cultural que afetou a sociedade moderna, e que levou a muitos naIgreja a negar o ensinamento católico sobre matérias muito importantes.
Em declarações ao grupo ACI, Dom Chaput assinalou que "a resposta apropriada ao relativismo é a fé, onde já não somos o centro do universo, já não somos quem decidimos o que é verdade, mas nos comprometemos na fé com a verdade de Deus".
Entre os maiores desafios atuais que a Igreja nos Estados Unidos está enfrentando está o de chegar àquelas pessoas que "dizem que são católicos, mas não acreditam no que a Igreja Católica ensina", disse o Arcebispo.
"O mais difícil é convencê-los de que precisam mudar", indicou.
Dom Chaput criticou que "muitos simplesmente pensam que já são católicos, e acham que têm direito a decidir por eles mesmos o que é ser católico e o que não o é".
"Não chegamos até eles porque eles pensam que não necessitam que cheguemos a eles", lamentou.
O Arcebispo da Filadélfia indicou que essa situação é comum "entre todos nós. Aqueles que mais precisam converter-se são os que pensam que não precisam converter-se".
"É mais fácil para a Igreja convencer às pessoas que não são católicas da verdade do catolicismo, que convencer a católicos que não são verdadeiros crentes que devem mudar", assinalou.
Para Dom Chaput, a raiz do problema "é o relativismo cultural que o PapaBento XVI fala todo o tempo", que infectou profundamente a vida do país e de muita gente na Igreja.
"Acho que esse é o resultado da catequese pobre que foi dada há alguns anos atrás", disse o Prelado, explicando que as pessoas acham realmente que podem "decidir por si mesmos o que significa ser católico".
Entretanto, o Arcebispo vê várias oportunidades entre os desafios.
"Acho que o Santo Padre nos deu um extraordinário marco no qual evangelizar, o Ano da Fé", disse, e indicou que é "um ato da providência de Deus que ele declarasse neste período um tempo para este propósito".
O Ano da Fé foi convocado pelo Papa Bento XVI. Começou no dia 11 de outubro de 2012 e culminará em 24 de novembro de 2013.
Durante este ano, o Papa pediu aos católicos que estudem e reflitam nocatecismo e nos documentos do Concílio Vaticano II, para aprofundar na fé e ser testemunho para outros.
Dom Chaput descreveu o Ano da Fé como uma bênção tremenda para a Igreja nos Estados Unidos, que enfrenta desafios na cultura, e está esperançado porque os Bispos americanos estão cada vez mais preocupados com os problemas do relativismo cultural e a necessidade de enfrenta-lo.
"Por muito tempo, nem sequer falávamos disto como um problema", indicou, "e podíamos ver como se introduzia na Igreja por todos os lados".
Esta nova preocupação por parte dos Bispos, junto com o chamado à conversão e o testemunho que faz parte do Ano da Fé, oferece uma oportunidade para que a Igreja nos Estados Unidos se renove e cresça mais forte, disse.
Dom Chaput também destacou o trabalho dos leigos católicos, que são sinceros em sua participação no Ano da Fé, e que devem alentar a seus pastores "para desenvolver programas nas paróquias para promover a Nova Evangelização".
"Porque às vezes, os sacerdotes poderiam pensar que ninguém está interessado nisso", disse.
"Os leigos em geral pensam que basta que o Bispo pressione aos sacerdotes para que eles façam coisas", assinalou, mas "minha experiência é que também é necessário que as pessoas nas bancas empurrem da outra direção para conseguir a atenção dos sacerdotes".
O Arcebispo da Filadélfia indicou que isto implica não só pedir aos sacerdotes que façam coisas, mas também que os leigos voluntários devem fazê-las por si mesmos.
"Se eles fizerem isso, acredito que vamos ter mudanças grandes", assegurou.

Novo livro de Bento XVI: quando a relação do homem com Deus é prejudicada todo o seu ser se desordena


Vaticano, 22 Nov. 12 / 10:51 am (ACI).- No novo e último livro da série ‘Jesus de Nazaré’, no volume intitulado ‘A infância de Jesus’, que chegou ontem às livrarias de Portugal, Bento XVI fala da historicidade dos Evangelhos e ressalta: se ficar transtornada a primeira relação fundamental do homem – a relação com Deus -, então nada mais pode estar verdadeiramente em ordem.   

Segundo informou a Agência Ecclesia do episcopado português, Bento XVI cita autores da antiguidade, incluindo o poeta latino Virgílio, para falar no anseio de paz que se vivia no tempo de Jesus, e deixa um alerta: “Quando o imperador se diviniza e reivindica qualidades divinas, a política ultrapassa os próprios limites e promete aquilo que não pode cumprir”.

“Às vezes, no curso da história, os poderosos deste mundo colocam-no [reino de Jesus] sob a sua alçada, mas é precisamente então que ele corre perigo: querem ligar o seu poder ao poder de Jesus e, assim, deformam o seu reino, tornando-se uma ameaça para ele”, escreve o Papa,

“Deus com a sua verdade, opõe-se à múltipla mentira do homem, ao seu egoísmo e à sua soberba”, explica o Pontífice.

Jesus, afirma Bento XVI, “não corresponde à expectativa imediata de salvação messiânica por parte dos homens, que se sentiam oprimidos não tanto pelos seus pecados quanto, sobretudo, pelos seus sofrimentos, a sua falta de liberdade, a sua existência miserável”.

“O homem é um ser relacional: se ficar transtornada a primeira relação fundamental do homem – a relação com Deus -, então nada mais pode estar verdadeiramente em ordem. É desta prioridade que se trata na mensagem e na atividade de Jesus”, acrescenta.

Joseph Ratzinger centra-se na figura que é apresentada pelos evangelhos canônicos, considerando estes livros como as fontes fidedignas sobre a vidade Cristo.

O volume divide-se em quatro capítulos e aborda o arco histórico que começa na apresentação da genealogia de Jesus e termina na sua separação e reencontro com os pais, em Jerusalém, aos 12 anos.

O livro teve uma tiragem inicial de mais de um milhão de exemplares em oito línguas (italiano, francês, inglês, espanhol, alemão, português [europeu e do Brasil], croata, polaco), estando previstas traduções em 20 idiomas.