quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Colômbia: Mãe ‘”vende virgindade” de 12 de suas 14 filhas e choca a todos.

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Logo depois que as autoridades colombianas prenderam uma mulher acusada de ter vendido a virgindade de 12 de suas 14 filhas, o Bispo de Fontibón e Ex-secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Juan Vicente Córdoba Villota, qualificou este proceder como “abominável”, e assinalou que casos como este expõem a crise de valores produto de uma educação sexual que ignora a dignidade da mulher e do homem.
A polícia colombiana prendeu no dia 23 de outubro a Margarida Zapata, de 45 anos, acusada de prostituir as suas filhas, oferecendo sua virgindade por cerca de 200 dólares.
Junto com ela, as autoridades prenderam um sujeito identificado como Tito Cornelio Daza, acusado de ser a pessoa que pagou por abusar de uma das filhas de Zapata.
A denúncia para a polícia foi realizada pela menor, que depois de ficar grávida, vinha sendo obrigada, pela sua mãe, a abortar.
De acordo com as autoridades, as filhas de Zapata submetidas a estes vexames eventualmente se dedicaram à prostituição ou ao consumo de drogas.
Dom Juan Vicente Córdoba Villota assinalou hoje que “o fato, venha de quem venha, no país que seja e nas circunstâncias que seja, é em si mesmo um fato abominável”.
O Prelado colombiano advertiu que ao atuar assim se atenta contra “a dignidade da mulher e do homem, tanto de quem oferece o sexo como de quem vai buscá-lo”.
O homem e a mulher não são aparelhos plásticos de produzir prazer”, destacou o Bispo, mas “são filhos de Deus com a dignidade grande de filhos de Deus e devem ser respeitados os direitos e deveres”.
Dom Córdoba Villota indicou que este caso serve de “radiografia do que acontece no país e em muitos lugares”.
“Os grandes planos de educação sexual são oferecer preservativos às crianças, ensinar-lhes a como utilizá-los. Os grandes planos são oferecer a eles controle natal e dizer-lhes como fazer. O grande plano é dizer-lhes que tenham um sexo seguro”, criticou.
Ao contrário disto, disse, “a Igreja sempre reclamou que a educação sexual não consiste somente em controles externos dos meios técnicos e mecânicos para evitar os filhos, ou para ter relações prazerosas, ou para que as crianças tenham direito a seu livre desenvolvimento de personalidade nos seus amores, afetos e genitalidade”.
O Prelado indicou que a verdadeira educação sexual “consiste em ensinar-lhes a amar e ser amados, ensinar-lhes a respeitar seu próprio corpo, a ter dignidade pessoal, a relacionar-se com outros, de uma forma que a genitalidade não é o único, é um meio e esse meio é para expressar um amor que deve ser eterno, fiel e com família no matrimônio”.
“Ridicularizam isto. Riem de que a Igreja defenda a virgindade, defenda o chegar ao matrimônio sem sexo genital, zombam de que não haja controle natal, a não ser com meios naturais, que é o melhor meio, defendendo à mulher em todo seu organismo, em todos os seus hormônios”, lamentou.
Casos como este, disse, “apontam a que é necessário reavaliar os meios de formação, os métodos e o conteúdo da educação sexual das crianças e dos jovens”.
O Bispo colombiano denunciou que muitas ONGs manipulam este tipo de casos para promover anticoncepcionais porque “é uma multinacional” que se enche de dinheiro “a custa da dignidade dos meninos, das meninas, dos jovens, das senhoras, dos senhores, do humano”.
Dom Juan Vicente Córdoba Villota advertiu que “aí estão as consequências, em uma quantidade de promiscuidade sexual sem controle, em uma falta de dignidade sem sentido da vida e sem projeto de vida”.
“Estamos ficando com a podridão em vistas de um grande progresso social que supostamente viria a partir de que pais e as pessoas em geral, deixem de conceber filhos”, criticou.

Nos passos de Santo Agostinho

Quem sai à procura da verdade já está na busca de Deus, ainda que não o saiba

Em sua encíclica Lumen Fidei, o Papa Francisco indicou o caminho para um diálogo com aqueles que, "apesar de não acreditarem, desejam-no fazer e não cessam de procurar" (n. 35). A atitude do Santo Padre nada mais é que de obediência às palavras de Jesus, que pediu a seus discípulos que pregassem "o Evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15), indistintamente.
De fato, ninguém está excluído do amor de Deus. Ele sempre está de braços abertos, esperando que o homem aceite seu desígnio de amor e redenção. Ele que, como ensina São Paulo, "quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2, 4), revela-Se àqueles que O procuram de coração sincero. Afinal, "que outra recompensa poderia Deus oferecer àqueles que O buscam, senão deixar-Se encontrar a Si mesmo?", questiona o Papa Francisco.
Nesta verdade, ao mesmo tempo em que se percebe a vontade de Deus de salvar o homem e conduzi-lo à morada eterna, nota-se uma realidade negativa: diante do Senhor, múltiplas atitudes são possíveis, exceto a indiferença. Não são poucos os homens de nosso tempo que, mais que negar a existência de Deus – indo contra a própria razão natural, pela qual qualquer um pode chegar a esta verdade elementar –, sepultam no cemitério de suas mentes qualquer possibilidade de experiência religiosa. Isto quando não as eliminam completamente, tomando a atitude que o Catecismo chama de "uma fuga da pergunta última sobre a existência e uma preguiça da consciência moral" (§ 2128).
Diante do evidente anseio do homem pelo infinito, o indiferentista age tentando abafá-lo.Como alguém com sede que se esforça continuamente por ignorar a sequidão de sua boca ou os sinais evidentes de que seu organismo clama por água. Enquanto sua sede não for saciada, o seu organismo continuará definhando, até a completa falência. Acontece o mesmo com aquele que nega a vocação do homem à transcendência. Para ir sobrevivendo neste mundo, ele vai mendigando em fontes de uma felicidade aparente e passageira, desconhecendo ou tentando ignorar que só a "água viva" de Cristo pode verdadeiramente satisfazê-lo (cf. Jo 4, 10).
Esta atitude de desprezo para com a verdade pode acabar muitas vezes em um caminho sem saída, que é o do pecado contra o Espírito Santo. Por isso diz-se que, diante de Cristo, não é possível ficar indiferente. "Quem não está comigo, está contra mim" (Lc 11, 23), diz o Senhor. Ao ouvir a história comovedora do próprio Deus que se abaixa à mísera condição humana, ou se acolhe a Sua mensagem de amor ou se diz "não" à Sua vontade. Mesmo a tentativa de "dar de ombros" aos apelos divinos tem o seu significado, não podendo o homem ser eximido de culpa, a menos que esteja em ignorância invencível, situação que só Deus pode julgar concretamente.
Ao lado deste homem que, na renúncia a decidir, acaba escolhendo ficar em cima do muro, existe aquele pagão na eminência de se tornar um Agostinho. Ao contemplar no ser humano o desejo pelo Bom e pelo Belo, ele sai em busca da Verdade e, mesmo que ainda não a conceba com "v" maiúsculo e esteja cheio de dúvidas, dispende todos os seus esforços para conhecê-La. Quem quer que comece a trilhar este caminho segue aquele itinerário descrito de forma extraordinária nas "Confissões", de Santo Agostinho. Mais cedo ou mais tarde, ele será ofuscado pela luz da fé e, dando o passo definitivo, poderá exclamar com o doctor gratiae"Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!"
Inúmeros são os exemplos de descrentes que terminaram seu processo de busca na Igreja. É que, como dizia Santa Edith Stein, "quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba".
Por Equipe Christo Nihil Praeponere