quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Jack Nicholson e Andrea Bocelli unidos pela vida e contra o aborto


Jack Nicholson
WASHINGTON DC, 14 Fev. 13 / 03:42 pm (ACI/EWTN Noticias).- Jack Nicholson, famoso ator de Hollywood, foi concebido quando sua mãe era ainda adolescente e, várias vezes ofereceram a ela a possibilidade de abortá-lo, mas ela decidiu tê-lo.
Em declarações à imprensa americana, Nicholson assegurou que não concorda com o aborto e que não poderia assumir outra postura porque seria "hipócrita", já que se sua mãe tivesse aceitado o aborto, "estaria morto, não existiria".
Nascido em 1936, Nicholson cresceu acreditando que sua avó era sua mãe, e considerava como sua irmã a quem na realidade era a sua mãe. O ator descobriu a verdade somente em 1974.
Nicholson assegurou que "sou contrário ao meu distrito eleitoral no tema do aborto, porque estou positivamente em contra. Não tenho direito a qualquer outro ponto de vista. Minha única emoção é gratidão, literalmente, por minhavida".
Em um vídeo difundido no YouTube, o tenor italiano Andrea Bocelli revelou a história do seu nascimento e elogiou a sua mãe por não abortá-lo depois de saber que nasceria com uma deficiência.
No vídeo, titulado "Andrea Bocelli conta uma ‘pequena história’ sobre o aborto", o tenor contou que sua mãe grávida foi hospitalizada por "um simples ataque de apendicite", mas os médicos, ao terminar os tratamentos, sugeriram-lhe abortar porque "o bebê nasceria com alguma deficiência".
"Esta valente jovem esposa decidiu não abortar, e o menino nasceu. Essa mulher era minha mãe, e eu era o menino. Talvez estivesse parcializado, mas posso dizer que a decisão foi correta", assegurou Bocelli, que padece glaucoma congênito e perdeu a vista aos 12 anos, por um golpe na cabeça jogando futebol.
Jim Caviezel, ator católico que interpretou Jesus no filme A Paixão de Cristo, assegurou ao Catholic Digest, em 2009 que "não amo tanto a minha carreira para dizer ‘vou ficar calado sobre isto’", referindo-se ao aborto.
"Estou defendendo a cada bebê que não nasceu", assinalou.
O músico adolescente Justin Bieber também manifestou seu rechaço ao aborto. Em uma entrevista à revista Rolling Stone, Bieber assegurou que "realmente não acredito no aborto", pois "é matar a um bebê".
A mãe de Justin Bieber, Pattie Malette, também se envolveu recentemente na causa pró-vida ao produzir o curta-metragem "Crescendo" contra o aborto e a favor da vida.
Pattie teve uma adolescência difícil, envolvida no mundo das drogas e do álcool, aos 17 anos tentou suicidar-se, antes de converter-se ao cristianismo.
Com seu curta-metragem, disse, "busco alentar às jovens mulheres de todo o mundo, como eu, para que saibam que têm um lugar aonde ir, pessoas que podem cuidar delas e um lar seguro onde viver se ficarem grávidas e acharem que não há lugar aonde acudir".
O veterano ator católico Martin Sheen também expressou repetidamente sua oposição ao aborto. Em uma entrevista em 2011, Sheen admitiu também que sua esposa, Janet, foi concebida por um estupro, por isso, assinalou, se sua mãe a tivesse abortado ou atirado em um rio, como chegou a pensar, ele não a teria conhecido.

Padre Lombardi oferece mais detalhes sobre renúncia do Papa


Padre Federico Lombardi
VATICANO, 11 Fev. 13 / 11:39 am (ACI/EWTN Noticias).- Em uma conferência de imprensa na Sala Stampa do Vaticano, o porta-voz da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, ofereceu à imprensa mais informações a respeito do anúncio da renúncia ao ministério petrino de Bento XVI, feito neste 11 de fevereiro pelo próprio Santo Padre em um consistório no Vaticano.

Pe. Lombardi citando o Cânon § 332 do código de direito canônico, que prevê a possibilidade que o Romano Pontífice renuncie de seu ofício.

No 28 de fevereiro às 20:00h, horário de Roma, o Papa vai se retirar oficialmente. A partir desse momento o período de "sede vacante", terá início.

Em sua entrevista com Peter Seewald, o Santo Padre havia dito sobre a possibilidade de que um Papa renuncie. Quando um Papa chega à conclusão de que ele não pode mais realizar a missão confiada a ele, "ele pode e deve renunciar", dizia o Papa ao jornalista alemão.

Lombardi prometeu mais detalhes nos próximos dias sobre como vai ser organizado o conclave que elegerá um novo Papa.

De acordo com o Pe. Lombardi, o Papa irá para Castel Gandolfo e depois ele se transladaria para um mosteiro dentro do Vaticano (habitado até agora por freiras de clausura) para uma vida de oração.

“Ele não vai, obviamente, participar do Conclave”, afirmou o porta-voz.

"O Papa deixará o cargo e os preparativos para o Conclave terão início", disse o Pe. Lombardi. Por enquanto, tudo o que o Pe. Lombardi pôde afirmar é que o conclave teria início em março, e que a Igreja poderia ter um novo papa no tempo da Páscoa.

O anúncio de Bento no final do Consistório público para a promulgação da causa de três novos santos, foi como “um trovão em céu sereno”, afirmou o decano do Colégio Cardinalício, o Cardeal Angelo Sodano, em declarações reunidas pela Rádio Vaticano.

O anúncio foi feito em latim, e ao tomar a palavra, o Card. Sodano disse: “Santidade, recebemos sua mensagem quase que completamente incrédulos. Permita-me dizer-lhe, em nome de todos os seus colaboradores, que estamos mais do que nunca solidários com o senhor, como estivemos nesses luminosos oito anos do seu pontificado”.

O Decano do colégio cardinalício afirma que antes de 28 de fevereiro, dia em que Bento XVI deseja concluir seu serviço como Papa, “teremos modo de expressar-lhe melhor os nossos sentimentos”. “Certamente, as estrelas no céu continuam sempre brilhando e assim brilhará sempre em meio a nós a estrela do seu pontificado”, concluiu o Cardeal que ofereceu ao Pontífice um longo e caloroso abraço.

Bento XVI: superar individualismos e rivalidades que deturpam a face da Igreja


Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI presidiu a Santa Missa com o rito da imposição das cinzas, nesta quarta-feira, na Basílica de São Pedro, que abre o período da Quaresma.

"Hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos um novo caminho quaresmal, um caminho que se prolonga por quarenta dias e nos conduz à alegria da Páscoa do Senhor, à vitória da Vida sobre a morte", frisou o pontífice.

A Igreja nos repropõe o forte chamado que o profeta Joel dirige ao povo de Israel: "Assim diz o Senhor: retornai a mim de todo vosso coração, com jejum, com lágrimas e com lamentação" (Joe 2,12).

O Papa ressaltou que a expressão "de todo vosso coração" significa "do centro dos nossos pensamentos e sentimentos, das raízes das nossas decisões, escolhas e ações, com um gesto de total e radical liberdade".

Este retorno a Deus é possível, "porque há uma força que não reside em nosso coração, mas que brota do coração do próprio Deus. É a força da sua misericórdia. O retorno ao Senhor é possível como graça, porque é obra de Deus e fruto da fé que nós repropomos em sua misericórdia", disse ainda o Santo Padre.

"O 'retornai a mim de todo vosso coração' é um chamado que envolve não somente o indivíduo, mas a comunidade. A dimensão comunitária é um elemento essencial na fé e na vida cristã. O 'Nós' da Igreja é a comunidade em que Jesus nos reúne: a fé é necessariamente eclesial", sublinhou ainda o pontífice.

“E é importante recordar isso e vivê-lo neste Tempo de Quaresma: cada um tenha consciência de que o caminho penitencial não se faz sozinho, mas junto com tantos irmãos e irmãs, na Igreja”.

Por fim, o profeta se detém sobre a oração dos sacerdotes, - destacou o Papa - os quais, com as lágrimas nos olhos, se dirigem a Deus dizendo: “Não entregues ao opróbrio a tua herança, para que as nações zombam deles! Porque dirão entre os povos: Onde está o seu Deus?” (v.17). “Esta oração nos faz refletir sobre a importância do testemunho de fé e de vida cristã de cada um de nós e das nossas comunidades para manifestar o rosto da Igreja e como este rosto é, por vezes, deturpado. Penso em particular nas culpas contra a unidade da Igreja, nas divisões no corpo eclesial. Viver a Quaresma numa mais intensa e evidente comunhão eclesial, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão distantes da fé ou indiferentes”.

"O 'retornar a Deus de todo coração' em nosso caminho quaresmal passa pela Cruz, o seguir Cristo no caminho que leva ao Calvário, à doação total de si. É um caminho no qual aprender cada dia a sair sempre mais do nosso egoísmo e dos nossos fechamentos, para dar espaço a Deus que abre e transforma o coração", disse ainda o Santo Padre.

No Evangelho de Mateus, Jesus faz referência a três práticas fundamentais previstas pela Lei mosaica: "a esmola, a oração e o jejum são também indicações tradicionais no caminho quaresmal para responder ao convite a retornar a Deus de todo coração."

"O nosso testemunho será sempre mais incisivo quanto menos buscarmos a nossa glória e teremos consciência de que a recompensa do justo é o próprio Deus, o estar unido a Ele, aqui, no caminho da fé, e, ao término da vida, na paz e na luz do encontro face a face com Ele para sempre", disse ainda o Papa.

"Ressoe forte em nós o convite à conversão, a retornar a Deus de todo coração, acolhendo a sua graça que nos faz homens novos, com aquela surpreendente novidade que é participação da própria vida de Jesus", concluiu Bento XVI. (MJ/RL)