quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Casais gays podem ser melhores pais que heterossexuais, afirma estudo polêmico “Pais gays tendem a ser mais motivados e mais comprometidos do que os pais heterossexuais”, concluíram os sociólogos


Um estudo recente causou polêmica e recebeu forte críticas de grupos cristãos ao procurar provar que casais do mesmo sexo poder ser melhores pais que casais heterossexuais.
Abbie Goldberg, psicólogo da Universidade de Clark, em Massachusetts, coordenou uma pesquisa sobre a parentalidade de casais homossexuais. Uma de suas conclusões é que “pais gays tendem a ser mais motivados e mais comprometidos do que os pais heterossexuais. Isso acontece porque eles escolheram serem pais”, afirmou.
A lógica do estudo indica que gays e lésbicas raramente se tornam pais por acidente, em comparação a uma taxa de quase 50% de gravidez acidental entre heterossexuais. Para Goldberg, “isso se traduz em um maior compromisso, em média, e um maior envolvimento”.
A pesquisa indica que as crianças de pais homossexuais, sejam biológicos ou adotados, não apresentam nenhum problema de saúde mental, funcionamento social ou rendimento escolar. Por outro lado, essas crianças podem ter a vantagem de entender melhor modelos abertos e espírito de tolerância. “Obviamente, isso não significa que pais heterossexuais não podem ensinar esses mesmos valores a seus filhos” lembra Goldberg.
Judith Stacey, socióloga da New York University e Tim Biblarz, sociólogo da Universidade do Sul da Califórnia não há nenhuma dúvida, segundo demonstra a pesquisa, que filhos de pais homossexuais serão tão bem ajustados e bem sucedidos quanto qualquer outro. Stacey acredita que os defensores de que as crianças precisam de um pai e de uma mãe não podem deturpar a pesquisa ao comparar crianças de famílias monoparentais com filhos de casais homossexuais. “Dois bons pais são melhores do que um bom pai, mas um bom pai é melhor do que dois pais ruins. O gênero parece não fazer diferença nesses casos”, conclui a socióloga.
O estudo foi feito com o acompanhamento de casais de lésbicas e seus filhos ao longo de vários anos. Publicado pelo Journal of Marriage and Family, Abbie Goldberg relata que entrevistou um grupo de 49 adolescentes e de jovens, filhos de casais homossexuais e descobriu que nenhum deles rejeitou o direito de gays e de lésbicas de casar.
Goldberg relata que os filhos de pais gays entrevistados relataram sentir menos frustrado por estereótipos de gênero do que os criados em lares heterossexuais. “Isso provavelmente ocorre porque gays e lésbicas tendem a ter uma relação mais igualitária que casais heterossexuais”, afirma Goldberg.
Eles também seriam menos apegados aos estereótipos de gênero. “Homens e mulheres se sentiram mais livres para buscar uma ampla gama de interesses”. Afinal, ninguém estava dizendo: “Você não pode fazer isso” ou “Isso é coisa de menino ou coisa de menina”, complementa.
A divulgação desse estudo desagradou a muitas entidades como a Coalizão de Valores Tradicionais, presidida por Andrea Lafferty. Ele criticou a divulgação do estudo e discordou dos pesquisadores. “Sexo faz uma diferença muito grande. As crianças querem uma mãe e um pai”, afirma.
Outras organizações afirmam que as crianças criadas por pais homossexuais são mais propensos a formar relacionamentos homossexuais, o que é diametralmente oposto ao ensino cristão tradicional. “Todo texto nas Escrituras que trata de questões sexuais… pressupõe um casal macho-fêmea envolvido na atividade sexual”, escreveu Robert AJ Gagnon, professor de Novo Testamento do Seminário Teológico de Pittsburgh. Ele defende que esse tipo de estudo é tendencioso e pode prejudicar a sociedade como um todo.
Lafferty concorda, citando as dificuldades que as crianças enfrentam quando são adotadas por pais do mesmo sexo. “Essas crianças já sofreram o suficiente. Depois de serem adotados por pessoas que vivem um estilo de vida prejudicial, quais são as chances de essa criança ter uma vida normal?” questiona.
A adoção por casais gays tem sido amplamente debatida nos EUA, onde a instituição católica de adoção Catholic Charities decidiu fechar suas portas porque o governo americano passou a recusar financiamentos aos grupos que “discriminassem” adoção por casais do mesmo sexo.
No início do ano, o papa Bento XVI declarou que considera o casamento gay uma ameaça “para o futuro da humanidade”, defendendo a necessidade que as crianças têm de lares heterossexuais.
Traduzido e adaptado de Christian Post e Yahoo News

Religião aumenta o autocontrole das pessoas, indica pesquisa Pesquisadores canadenses mostram mais um benefício da religião



Religião aumenta o autocontrole das pessoas, indica pesquisa
Um novo estudo mostra que a religião pode desempenhar um papel mais prático do que se pensava. Pesquisadores da Universidade Queen, no Canadá, acreditam que a religião dá às pessoas um maior autocontrole, incluindo a paciência, e a capacidade de lidar melhor com os problemas.
“Até agora, acreditava religião era apenas uma questão de fé, que não havia mais que isso para as pessoas, nenhum uso prático” disse o psicólogo Kevin Rounding , coordenador da pesquisa. “Esta pesquisa sugere que, na verdade, a religião pode ter uma função muito útil na sociedade… As pessoas podem se beneficiar da religião não apenas para lidar com a transcendência, o medo da morte ou a expectativa da vida após a morte. Ela também possui fins práticos para a vida cotidiana”.
Os participantes dos quatro experimentos realizados pelos pesquisadores foram divididos em dois grupos com frases para refletir, uma metade recebeu conteúdo religioso e a outra teve   sentenças neutras para ler.
Depois, os 48 participantes precisavam beber uma quantidade pequena de uma bebida “amarga”. Sem saber o que era, e que seria pagos de acordo com a quantidade que bebessem,
O resultado final indica que as pessoas do grupo exposto à religião beberam uma média de sete xícaras de suco de laranja com vinagre, enquanto os do grupo neutro ingeriram uma média de quatro copos.
“Estes números foram usados como nossa medida de autocontrole. O maior consumo representa maior esforço de autocontrole”, explica o relatório.
Outro experimento foi feito na mesma lógica do primeiro, fazendo exposição de conteúdo religioso e neutro para um grupo de 60 pessoas. Elas foram informadas de que poderia voltar para o laboratório no dia seguinte e receber US$ 5 ou voltar uma semana depois e receber US$ 6.
Novamente, a maioria do grupo religioso, 60%, mostraram-se mais propensos a esperar para receber uma quantia maior, em comparação ao outro grupo, onde apenas 34% fez essa opção.
“Nossa descoberta mais interessante foi que os conceitos religiosos são capazes de aumentar o autocontrole, após terem sido testados ao máximo em tarefa não relacionadas”, explica  Rounding. ”Em outras palavras, mesmo quando poderíamos  prever que as pessoas seriam  incapazes de exercer o autocontrole, os temas religiosos das frases parecem ter lhes ajudado a exercer o autocontrole.”
Além de Rounding, a equipe era formada pelo psicólogo Albert Lee e professores da Universidade Queen,  Jill Jacobson e Li-Jun Ji. O estudo foi publicado na edição mais recente da revista Psychological Science.
Traduzido e adaptado de Science Blog e Toronto Sun

Ateus e sem religião somam quase 800 milhões de pessoas em todo o mundo Pesquisa mostra que ateus já são mais numerosos que budistas no mundo



Ateus e sem religião somam quase 800 milhões de pessoas em todo o mundo
A revista Superinteressante fez um ranking em seu site esta semana, mostrando quais seriam as oito maiores religiões do mundo. Os números divulgados pela revista podem ser questionados, uma vez que não é indicada sua fonte. Mesmo assim, vários sites os divulgaram.
Existem dezenas de maneiras diferentes de contabilizar religião. Em alguns países islâmicos, todos que nascem são imediatamente atrelados à religião dominante, mesmo que mais tarde a pessoa mude de ideia, para o governo ela sempre será muçulmana. Já em países como a China, ninguém pode precisar quantos cristãos existem, pois a conversão é proibida e a igreja precisa viver escondida.
Além disso, dependendo de quem faz a pesquisa, seitas como mórmons e testemunhas de Jeová são incluídas na categoria “cristão”, mesmo que seus ensinamentos sejam diferentes dos demais cristãos.
A reportagem da revista cometeu um erro ao considerar “espiritismo” como uma religião, uma vez que os próprios espíritas a descrevem como uma “doutrina”. Ou seja, é um conjunto de ensinamentos que podem ser seguidos mesmo que a pessoa se considere católica, como ocorre com frequência no Brasil.
Para a SuperInteressante, as 8 maiores religiões do mundo são:
1. Cristianismo (aprox. 2,1 bilhões de adeptos)
2. Islamismo (aprox. 1,5 bilhões de adeptos)
3. Hinduísmo (aprox. 900 milhões de adeptos)
4. Religião tradicional chinesa (aprox. 400 milhões de adeptos)
5. Budismo (aprox. 376 milhões de adeptos)
6. Sikhismo (aprox. 20 milhões de adeptos)
7. Judaísmo (aprox. 15 milhões de adeptos)
8. Espiritismo (aprox. 13 milhões de adeptos)
Os missiólogos cristãos David B. Barrett, George T. Kurian e Todd M. Johnson são responsáveis pela World Christian Encyclopedia, que como o nome indica, é uma enciclopédia sobre religião.
Eles mantêm um Instituto de pesquisas, onde os dados são atualizados constantemente, cruzando diferentes fontes e relatos de missões que trabalham no mundo todo. Todos os anos ele fazem um levantamento, bem como previsões para os próximos anos das tendências de crescimento.
Esse material ainda não está disponível em português na forma de livro, mas pode ser encontrado com facilidade na internet. O site missoeseadoracao.net fez uma apresentação de power point baseada nos dados do instituto de David Barret.
Os dados traduzidos por eles podem ser vistos no quadro abaixo, que apresenta algumas diferenças de outras pesquisas, em especial por levar em conta o número estimado de ateus.
Confira também o vídeo preparado por eles:

Livro cria polêmica na Espanha ao prometer “curar” a homossexualidade Ativistas gays se mobilizaram nas redes sociais dizendo que a obra promovia a desinformação


Livro cria polêmica ao prometer  
Depois de inúmeros protestos uma rede de livraria virtual da Espanha retirou o livro “Comprender y sanar la homosexualidad” (“Compreender e curar a homossexualidade”, em tradução literal) da lista de vendas. Escrito por Richard Cohen a obra dizia que era possível curar a homossexualidade e que o próprio autor teria sido curado.
“Se estamos decididos, contamos com o amor de Deus e o apoio de outras pessoas, a cura é possível”, ressalta Cohen em entrevista publicada no site da editora que traduziu o livro para o espanhol.
O livro gerou revolta  e a Federação Andaluza de Associações LGTB (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) protestou dizendo que a obra ofendia os homossexuais. As redes sociais foram usadas para fazer com que a El Corte Inglés retirasse os livros de suas prateleiras até que a empresa resolveu ceder e não venderá mais o livro de Cohen.
Cohen conta que era homossexual e que voltou a ser heterossexual. Além de sua mudança ele conta que ajudou curar milhares de homens e mulheres que sentiam atração por pessoas do mesmo sexo. Os dizeres deste livro fizeram com que a Actuable, uma comunidade on-line unisse esforços para lutar contra o que eles chamam de injustiça contra as minorias.
“Foram de grande ajuda as ferramentas das novas tecnologias da informação e comunicação, que permitiram uma pronta e decisiva atividade por parte dos cidadãos”, disse o comunicado da Federação Andaluza. Para eles esse livro pode provocar uma desinformação a respeito da homossexualidade e ainda ameaçar os jovens homossexuais e suas famílias ao dizer que é uma doença que precisa ser curada.
Com informações Folha

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Divididos pela “questão gay”, presbiterianos iniciam nova denominação Aliança Evangélica Ordem dos Presbiterianos surgiu de um rompimento teológico


Divididos pela “questão gay”, presbiterianos iniciam nova denominação
Os presbiterianos conservadores dos Estados Unidos lançaram uma nova denominação na quinta-feira (19/1), alegando que a Igreja Presbiteriana está muito consumida por seus conflitos internos para conseguir gerar congregações saudáveis.
A nova denominação reformada “destina-se a fomentar um novo modo de ser da igreja, do mesmo modo que as principais denominações tradicionais fizeram quando começaram”, esclareceram os líderes da Aliança Evangélica Ordem dos Presbiterianos (ECO, na sigla em inglês).
Líderes da ECO explicaram durante a conferência de lançamento, que têm várias queixas contra a Igreja Presbiteriana. Além do excesso de burocracia, existe a questão do constante declínio no número membros e a tendência para se tornar um “grande tenda religiosa”, que deseja acomodar todos, comprometendo sua interpretação das Escrituras.
“Sua tenda tornou-se tão ampla que está caindo, pois não tem um mastro no centro”, disse John Crosby, presidente da ordem de pastores da ECO. “O mastro central (necessário) é a autoridade bíblica, conforme é entendida pela comunidade ortodoxa e que tem implicações sobre a sexualidade”. O pastor Crosby, esclarece que o novo movimento foi uma reação à decisão dos 2.300.000 membros da Igreja Presbiteriana (PCUSA) de permitir pastores gays.
Mark Hawke, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana em Olathe, Kansas, disse que “a questão fundamental é a maneira como você interpreta as Escrituras”.
“O problema é que as pessoas estão indo para o inferno”, disse John Ortberg, líder do grupo dissidente e pastor da Menlo Park Presbyterian Church, na Califórnia, durante seu sermão no lançamento da ECO.
Mais de 2.000 pessoas, oriundas de 500 igrejas, participaram do culto de lançamento da ECO, em Orlando, Flórida. Segundo a Presbyterian Outlook, uma revista independente, uma enquete indicou que a maioria ainda não decidiu se vai deixar de vez a sua antiga denominação (PCUSA).
A criação da ECO surge após a votação em nível mundial feita pelos presbiterianos no ano passado sobre acabar com a antiga proibição de ordenar pastores  gays. Embora a homossexualidade não seja mencionada nos documentos de fundação da ECO, seu compromisso declarado com a teologia conservadora e a inerrância da Bíblia indica que o clero gay não será aceito.
Centenas de igrejas presbiterianas já optaram nos últimos anos em deixar as denominações presbiterianas liberais, optando por se aliar outra denominação conservadora, a Igreja Presbiteriana Evangélica. Ao contrário dessa denominação, a ECO diz que está “totalmente empenhada” em permitir a ordenação de pastoras.
Em uma declaração conjunta, várias igrejas conservadores afirmaram que não deixarão sua denominação, mesmo reconhecendo que existem tensões sobre a ordenação de pastores gays.
Essa é uma tendência que tem atingido outras denominações no mundo todo. A “questão gay” já dividiu igrejas anglicanas na Inglaterra e em diferentes países da África e Ásia. Outras denominações, como a Igreja Unida de Cristo e a Igreja Evangélica Luterana na América também está dividida sobre o assunto. A questão fez parte dos comentários recentes do Papa Bento XVI, chefe de mais de 1 bilhão de católicos romanos, que descreveu a questão gay como uma das várias ameaças ao casamento tradicional, que comprometem “o futuro da humanidade.”
Traduzido e adaptado de Urban Christian News e Huffington Post

Cantora famosa diz que autores da Bíblia estavam “bêbados e chapados” Declaração foi considerada ofensiva e ela teve de pagar multa para não ser presa


Cantora famosa diz que autores da Bíblia estavam “bêbados e chapados”
Um tribunal decidiu que Dorota Rabczewska, uma das mais famosas estrelas da música pop da Polônia é culpada de ofender os sentimentos religiosos e condenada a pagar uma indenização  de 1.450 dólares. A cantora, que usa o nome artístico de Doda, foi considerada culpada por afirmar publicamente que os escritores da Bíblia estavam bêbados e chapados ao escreverem as Sagradas Escrituras.
Doda, 27, fez essa declaração em uma entrevista para o jornal Gazeta Dziennik Prawna. Na mesma ocasião afirmou: “mais pessoas acreditam em dinossauros do que na Bíblia,” e acrescentou: “É difícil acreditar em algo escrito por alguém que estava embriagado com vinho e fumado maconha. ”
De acordo com o site Nerve.com estas palavras enfureceram os grupos católicos na Polônia, que abriram um processo contra ela. Ryszard Nowak, presidente da Comissão de Defesa, entidade que afirma lutar contra as seitas no país, levou o caso a julgamento.
Não é a primeira vez que Nowak processa um artista.  Adam Darski, ex-noivo de Doda e líder da banda de death metal  Behemoth já sofreu processo similar. Ele rasgou um exemplar da Bíblia durante um show em setembro de 2007 e disse que a Igreja Católica era “o culto aos maiores assassinos do planeta”.
O argumento de Nowak é que a declaração da cantora violou o Código Penal da Polônia, que diz: ”Aquele que ofende os sentimentos religiosos de outras pessoas, por ultrajar em público um objeto de adoração ou no espaço de execução pública dos ritos religiosos, estará sujeita a multa, restrição de liberdade ou prisão por dois anos”.
O julgamento começou em maio de 2011, e os advogados da cantora alegram que o processo não era válido, pois sua cliente tem o direito de liberdade de expressão .
O promotor discordou, dizendo ao tribunal que ela ofendeu os sentimentos religiosos de ”milhões de pessoas”, incluindo judeus, evangélicos, católicos e todos os que creem na Bíblia.
Doda argumentou que falou sobre maconha por ser algo “usado para curar”, porque durante os tempos bíblicos não existia aspirina e que o álcool a que se referiu era o “vinho sacramental”. Também pediu desculpas, dizendo que não tinha intenção de ofender ninguém.
No entanto, as explicações da cantora não convenceram  o Tribunal de Varsóvia que considerou Doda culpada por ofender os sentimentos religiosos. Ela pagou e multa e foi liberada.
No final do ano passado, o programa de Jô Soares veiculado na rede Globo mostrou uma entrevista com os músicos Moraes Moreira, Tom Zé e Henrique Dantas. Durante o programa, eles relataram que fumavam maconha em baseados feitos com as folhas de uma Bíblia.
O apóstolo René Terra Nova criticou o episódio em sua conta no Twitter, afirmando que Jô e seus convidados “zombaram da situação e menosprezaram o valor inenarrável da Bíblia Sagrada”.
Logo em seguida iniciou um movimento pela internet, exigindo que eles se desculpassem publicamente. Até agora nem Jô Soares nem os músicos se pronunciaram sobre o caso.
Traduzido e adaptado de Notícias Cristianas

Movimentos eclesiais são resposta para o mundo de hoje, afirma autoridade vaticana



Ao presidir a Eucaristia pelo milésimo Cursilho do Movimento de Cursilhos da Cristandade na cidade de Córdoba (Espanha), o presidente do Pontifício Conselho para os Leigos no Vaticano, Cardeal Stanislaw Rylko, assinalou que os movimentos eclesiásticos são um dom do Espírito Santo e uma resposta para os desafios do mundo de hoje.

"Os movimentos eclesiásticos e as novas comunidades são resposta oportuna do Espírito Santo aos desafios que o mundo lança à Igreja de nossos tempos. Por isso a Igreja vos olha com grande esperança e conta convosco", expressou o Cardeal na celebração jubilar na Igreja Catedral de Córdoba, diante de mais de 2 mil cursilhistas.

Do mesmo modo, depois de ressaltar a urgência do trabalho evangelizador, destacou três tarefas para as associações laicais e movimentos eclesiásticos atuais: "ser escolas de santidade, de missão e de comunhão".

Neste sentido, indicou que "o mundo necessita verdadeiros cristãos Santos, por isso os movimentos e associações laicais devem ser missionários e evangelizadores, e verdadeiras escolas de comunhão".

Em outro momento da Missa, o Bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández, manifestou que o cursilho número mil "é ocasião para agradecer a Deus tantos benefícios obtidos nestes 58 anos, na Diocese de Córdoba", e acrescentou que através do Movimento de Cursilhos da Cristandade, "milhares e milhares de pessoas se encontraram com Jesus em sua Santa Igreja".

Além disso, desejou aos presentes a que a Eucaristia "os ajude a sentir-se acolhidos pela Mãe Igreja que impulsiona à Nova Evangelização". 

Fonte: ACIDIGITAL

A Missa foi concelebrada por bispos espanhóis e o Núncio Apostólico da Espanha e Bispo de Segovia, Dom Angel Rubio.

O lixo Big Brother. Bispo da Igreja se manifesta sobre programa.


Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxilias da Arquidiocese de Aracajú-SE


A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.
Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…
E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…
Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!
Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”
Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!
Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/28414

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

"BBB" no limite da lei



Em um ambiente cada vez mais permissivo, o reality show que já teve ares de programa antropológico do comportamento humano vira agora caso de polícia

Antonio Carlos Prado e Wilson Aquino
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SEM REGRAS
Daniel, acusado de suposta violação sexual de Monique sob o
edredom após balada: polêmica e subida de 16 pontos no Ibope
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Talvez o edredom do “Big Brother Brasil” tenha encoberto um estupro, talvez tenha servido apenas para esquentar o Ibope do programa em sua 12º edição. Pode até ser que tenha funcionado para as duas coisas juntas. É fato, no entanto, que dessa vez é o próprio “BBB” da Rede Globo que está no paredão que ele mesmo criou – o da crescente falta de limites para conquistar, atiçar e satisfazer o voyeurismo de espectador de reality show. Nas cenas transmitidas abertamente pela emissora, relações sexuais já foram muitas vezes insinuadas nas versões anteriores do “BBB”, tanto por baixo quanto por cima de cobertores; e naquelas cenas que só podem ser acompanhadas no pay-per-view, que é pago – como o atual suposto estupro –, já se assistiu ao longo dos anos a embalos com bravas bebedeiras e a imagens de participantes trocando carícias mais que íntimas. Até aí tudo se dava no campo da plena liberalidade sexual. A possibilidade de ocorrência de um crime hediondo no “BBB”, porém, muda as coisas de figura e pode colocar em risco a sua própria existência, segundo nota oficial do Ministério das Comunicações. Também a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público Federal e Estadual querem saber o que realmente ocorreu. Ou seja: o “BBB” que em seu início era uma caricatura de um programa antropológico, no qual se observava o comportamento e a tolerância entre si de pessoas que não se conheciam, transformou-se em caso de polícia – chegou ao limite da lei. E só podia dar nisso: como na sociedade como um todo, também as regras estabelecidas para estruturar o pequeno ambiente do reality, se não forem claras e não funcionarem como freios para o comportamento humano, podem gerar um ambiente altamente permissivo. No “BBB”, tendo ou não havido o crime de estupro de vulnerável, é certo que o ambiente degringolou para aquilo que o sociólogo francês Émile Durkheim designou de “anomia social”.
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INVESTIGAÇÃO
O delegado Nunes colheu depoimentos das estrelas do
programa: Monique disse que “as carícias foram consentidas”
A cena em questão, que na semana passada alimentou comentários e debates na internet, reações nos meios artísticos e intelectuais, bate-papo em bares e piada nas borracharias, é aquela em que o modelo paulista Daniel Echaniz, 31 anos, supostamente viola o corpo da estudante gaúcha Monique Amin, 23 anos, sob um edredom. A imagem do pay-per-view, na madrugada do domingo 15, a mostra inerte como alguém que perdera a capacidade de se autodeterminar devido ao estado de embriaguez. Talvez, nesse momento, ela tenha sido estuprada por Daniel e, se isso ocorreu, configura-se o crime de “estupro de vulnerável”: a moça não tinha condições de reagir porque se embebedara horas antes na primeira festa dessa edição do programa. Sendo esse o quadro real, o reality perde o show: processo e eventual punição da Justiça independem da vontade da vítima. Diante da grande repercussão, a produção do “BBB” foi então atrás do prejuízo ético com olhos no lucro financeiro que o programa dá: R$ 82 milhões no ano passado. É claro que ela deveria ter interrompido a cena no momento em que começou a acontecer e separado imediatamente o casal, mas ficou paralisada, talvez com uma sigla de cinco letras na cabeça: Ibope. Na verdade, toda a confusão fez o programa passar de 20 para 36 pontos. A primeira tentativa para apagar o incêndio do edredom foi perguntar a Monique o que rolara. Ela teria respondido que “todas as carícias foram consensuais”, embora, pouco depois e com apagões de memória bem típicos de quem ingere grande quantidade de bebida alcoólica, comentasse com as colegas: “Eu sei que não fiz, mas começo a pirar. Será que eu fiz? Será que não? Estou muito mal com isso.” O delegado Antonio Ricardo Nunes determinou investigação imediata, e também a ele Monique negou ter sido estuprada. Outra negativa, a de autoria, o policial ouviu de Daniel. 

A presteza do delegado é elogiável, estranhando-se somente que ele tenha feito prevalecer as regras do programa, segundo as quais ninguém sai da casa, sobre o que manda a lei do País: o policial é que foi à emissora ao invés de Monique e Daniel irem à delegacia como aconteceria com qualquer mortal. Ao mesmo tempo que a polícia começou a agir, a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para Mulheres, encaminhou ofício ao Ministério Público do Rio de Janeiro pedindo providências, o Ministério Público Federal de São Paulo instaurou inquérito e o Ministério das Comunicações, a quem cabe o controle do conteúdo exibido na televisão, informou que investigará se as imagens são “contrárias à moral familiar e aos bons costumes. Após essa mobilização, o diretor do “BBB”, José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, eliminou o modelo do programa, transferindo-o para um hotel pago pela emissora e no qual até a quinta-feira 19 ele vivia numa espécie de confinamento – a rede de televisão informou que tomou tal atitude porque o modelo agiu de “forma inadequada” e para que responda “formalmente às acusações”. O Ministério Público Federal requereu a apreensão de seu passaporte. “O Daniel quer provar para todos que ele não fez nada. Sua prioridade é voltar ao programa, não mais pelo prêmio, mas pelo sentimento de injustiça”, diz o advogado Wilson Matias. Em outro canal está a professora Claudia Amin, mãe de Monique: “É claro que houve abuso, ela estava apagada.” O “Big Brother” é produzido em 42 países e exibido em 80, e não há lugar onde seus participantes não tenham criado constrangimentos. Em todos eles, incluindo o do Brasil, há um traço comum: nunca são divulgadas publicamente quais são as regras de comportamento dentro da casa e quais os critérios de avaliação psicológica da personalidade dos candidatos. Se tais regras e avaliações viessem à luz, ficaria mais fácil saber se a adrenalina para supostos crimes sob o edredom deve ficar somente por conta dos brothers e sisters ou também por conta do ambiente facilitador do programa.
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