quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Casais gays podem ser melhores pais que heterossexuais, afirma estudo polêmico “Pais gays tendem a ser mais motivados e mais comprometidos do que os pais heterossexuais”, concluíram os sociólogos


Um estudo recente causou polêmica e recebeu forte críticas de grupos cristãos ao procurar provar que casais do mesmo sexo poder ser melhores pais que casais heterossexuais.
Abbie Goldberg, psicólogo da Universidade de Clark, em Massachusetts, coordenou uma pesquisa sobre a parentalidade de casais homossexuais. Uma de suas conclusões é que “pais gays tendem a ser mais motivados e mais comprometidos do que os pais heterossexuais. Isso acontece porque eles escolheram serem pais”, afirmou.
A lógica do estudo indica que gays e lésbicas raramente se tornam pais por acidente, em comparação a uma taxa de quase 50% de gravidez acidental entre heterossexuais. Para Goldberg, “isso se traduz em um maior compromisso, em média, e um maior envolvimento”.
A pesquisa indica que as crianças de pais homossexuais, sejam biológicos ou adotados, não apresentam nenhum problema de saúde mental, funcionamento social ou rendimento escolar. Por outro lado, essas crianças podem ter a vantagem de entender melhor modelos abertos e espírito de tolerância. “Obviamente, isso não significa que pais heterossexuais não podem ensinar esses mesmos valores a seus filhos” lembra Goldberg.
Judith Stacey, socióloga da New York University e Tim Biblarz, sociólogo da Universidade do Sul da Califórnia não há nenhuma dúvida, segundo demonstra a pesquisa, que filhos de pais homossexuais serão tão bem ajustados e bem sucedidos quanto qualquer outro. Stacey acredita que os defensores de que as crianças precisam de um pai e de uma mãe não podem deturpar a pesquisa ao comparar crianças de famílias monoparentais com filhos de casais homossexuais. “Dois bons pais são melhores do que um bom pai, mas um bom pai é melhor do que dois pais ruins. O gênero parece não fazer diferença nesses casos”, conclui a socióloga.
O estudo foi feito com o acompanhamento de casais de lésbicas e seus filhos ao longo de vários anos. Publicado pelo Journal of Marriage and Family, Abbie Goldberg relata que entrevistou um grupo de 49 adolescentes e de jovens, filhos de casais homossexuais e descobriu que nenhum deles rejeitou o direito de gays e de lésbicas de casar.
Goldberg relata que os filhos de pais gays entrevistados relataram sentir menos frustrado por estereótipos de gênero do que os criados em lares heterossexuais. “Isso provavelmente ocorre porque gays e lésbicas tendem a ter uma relação mais igualitária que casais heterossexuais”, afirma Goldberg.
Eles também seriam menos apegados aos estereótipos de gênero. “Homens e mulheres se sentiram mais livres para buscar uma ampla gama de interesses”. Afinal, ninguém estava dizendo: “Você não pode fazer isso” ou “Isso é coisa de menino ou coisa de menina”, complementa.
A divulgação desse estudo desagradou a muitas entidades como a Coalizão de Valores Tradicionais, presidida por Andrea Lafferty. Ele criticou a divulgação do estudo e discordou dos pesquisadores. “Sexo faz uma diferença muito grande. As crianças querem uma mãe e um pai”, afirma.
Outras organizações afirmam que as crianças criadas por pais homossexuais são mais propensos a formar relacionamentos homossexuais, o que é diametralmente oposto ao ensino cristão tradicional. “Todo texto nas Escrituras que trata de questões sexuais… pressupõe um casal macho-fêmea envolvido na atividade sexual”, escreveu Robert AJ Gagnon, professor de Novo Testamento do Seminário Teológico de Pittsburgh. Ele defende que esse tipo de estudo é tendencioso e pode prejudicar a sociedade como um todo.
Lafferty concorda, citando as dificuldades que as crianças enfrentam quando são adotadas por pais do mesmo sexo. “Essas crianças já sofreram o suficiente. Depois de serem adotados por pessoas que vivem um estilo de vida prejudicial, quais são as chances de essa criança ter uma vida normal?” questiona.
A adoção por casais gays tem sido amplamente debatida nos EUA, onde a instituição católica de adoção Catholic Charities decidiu fechar suas portas porque o governo americano passou a recusar financiamentos aos grupos que “discriminassem” adoção por casais do mesmo sexo.
No início do ano, o papa Bento XVI declarou que considera o casamento gay uma ameaça “para o futuro da humanidade”, defendendo a necessidade que as crianças têm de lares heterossexuais.
Traduzido e adaptado de Christian Post e Yahoo News

Religião aumenta o autocontrole das pessoas, indica pesquisa Pesquisadores canadenses mostram mais um benefício da religião



Religião aumenta o autocontrole das pessoas, indica pesquisa
Um novo estudo mostra que a religião pode desempenhar um papel mais prático do que se pensava. Pesquisadores da Universidade Queen, no Canadá, acreditam que a religião dá às pessoas um maior autocontrole, incluindo a paciência, e a capacidade de lidar melhor com os problemas.
“Até agora, acreditava religião era apenas uma questão de fé, que não havia mais que isso para as pessoas, nenhum uso prático” disse o psicólogo Kevin Rounding , coordenador da pesquisa. “Esta pesquisa sugere que, na verdade, a religião pode ter uma função muito útil na sociedade… As pessoas podem se beneficiar da religião não apenas para lidar com a transcendência, o medo da morte ou a expectativa da vida após a morte. Ela também possui fins práticos para a vida cotidiana”.
Os participantes dos quatro experimentos realizados pelos pesquisadores foram divididos em dois grupos com frases para refletir, uma metade recebeu conteúdo religioso e a outra teve   sentenças neutras para ler.
Depois, os 48 participantes precisavam beber uma quantidade pequena de uma bebida “amarga”. Sem saber o que era, e que seria pagos de acordo com a quantidade que bebessem,
O resultado final indica que as pessoas do grupo exposto à religião beberam uma média de sete xícaras de suco de laranja com vinagre, enquanto os do grupo neutro ingeriram uma média de quatro copos.
“Estes números foram usados como nossa medida de autocontrole. O maior consumo representa maior esforço de autocontrole”, explica o relatório.
Outro experimento foi feito na mesma lógica do primeiro, fazendo exposição de conteúdo religioso e neutro para um grupo de 60 pessoas. Elas foram informadas de que poderia voltar para o laboratório no dia seguinte e receber US$ 5 ou voltar uma semana depois e receber US$ 6.
Novamente, a maioria do grupo religioso, 60%, mostraram-se mais propensos a esperar para receber uma quantia maior, em comparação ao outro grupo, onde apenas 34% fez essa opção.
“Nossa descoberta mais interessante foi que os conceitos religiosos são capazes de aumentar o autocontrole, após terem sido testados ao máximo em tarefa não relacionadas”, explica  Rounding. ”Em outras palavras, mesmo quando poderíamos  prever que as pessoas seriam  incapazes de exercer o autocontrole, os temas religiosos das frases parecem ter lhes ajudado a exercer o autocontrole.”
Além de Rounding, a equipe era formada pelo psicólogo Albert Lee e professores da Universidade Queen,  Jill Jacobson e Li-Jun Ji. O estudo foi publicado na edição mais recente da revista Psychological Science.
Traduzido e adaptado de Science Blog e Toronto Sun

Ateus e sem religião somam quase 800 milhões de pessoas em todo o mundo Pesquisa mostra que ateus já são mais numerosos que budistas no mundo



Ateus e sem religião somam quase 800 milhões de pessoas em todo o mundo
A revista Superinteressante fez um ranking em seu site esta semana, mostrando quais seriam as oito maiores religiões do mundo. Os números divulgados pela revista podem ser questionados, uma vez que não é indicada sua fonte. Mesmo assim, vários sites os divulgaram.
Existem dezenas de maneiras diferentes de contabilizar religião. Em alguns países islâmicos, todos que nascem são imediatamente atrelados à religião dominante, mesmo que mais tarde a pessoa mude de ideia, para o governo ela sempre será muçulmana. Já em países como a China, ninguém pode precisar quantos cristãos existem, pois a conversão é proibida e a igreja precisa viver escondida.
Além disso, dependendo de quem faz a pesquisa, seitas como mórmons e testemunhas de Jeová são incluídas na categoria “cristão”, mesmo que seus ensinamentos sejam diferentes dos demais cristãos.
A reportagem da revista cometeu um erro ao considerar “espiritismo” como uma religião, uma vez que os próprios espíritas a descrevem como uma “doutrina”. Ou seja, é um conjunto de ensinamentos que podem ser seguidos mesmo que a pessoa se considere católica, como ocorre com frequência no Brasil.
Para a SuperInteressante, as 8 maiores religiões do mundo são:
1. Cristianismo (aprox. 2,1 bilhões de adeptos)
2. Islamismo (aprox. 1,5 bilhões de adeptos)
3. Hinduísmo (aprox. 900 milhões de adeptos)
4. Religião tradicional chinesa (aprox. 400 milhões de adeptos)
5. Budismo (aprox. 376 milhões de adeptos)
6. Sikhismo (aprox. 20 milhões de adeptos)
7. Judaísmo (aprox. 15 milhões de adeptos)
8. Espiritismo (aprox. 13 milhões de adeptos)
Os missiólogos cristãos David B. Barrett, George T. Kurian e Todd M. Johnson são responsáveis pela World Christian Encyclopedia, que como o nome indica, é uma enciclopédia sobre religião.
Eles mantêm um Instituto de pesquisas, onde os dados são atualizados constantemente, cruzando diferentes fontes e relatos de missões que trabalham no mundo todo. Todos os anos ele fazem um levantamento, bem como previsões para os próximos anos das tendências de crescimento.
Esse material ainda não está disponível em português na forma de livro, mas pode ser encontrado com facilidade na internet. O site missoeseadoracao.net fez uma apresentação de power point baseada nos dados do instituto de David Barret.
Os dados traduzidos por eles podem ser vistos no quadro abaixo, que apresenta algumas diferenças de outras pesquisas, em especial por levar em conta o número estimado de ateus.
Confira também o vídeo preparado por eles:

Livro cria polêmica na Espanha ao prometer “curar” a homossexualidade Ativistas gays se mobilizaram nas redes sociais dizendo que a obra promovia a desinformação


Livro cria polêmica ao prometer  
Depois de inúmeros protestos uma rede de livraria virtual da Espanha retirou o livro “Comprender y sanar la homosexualidad” (“Compreender e curar a homossexualidade”, em tradução literal) da lista de vendas. Escrito por Richard Cohen a obra dizia que era possível curar a homossexualidade e que o próprio autor teria sido curado.
“Se estamos decididos, contamos com o amor de Deus e o apoio de outras pessoas, a cura é possível”, ressalta Cohen em entrevista publicada no site da editora que traduziu o livro para o espanhol.
O livro gerou revolta  e a Federação Andaluza de Associações LGTB (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) protestou dizendo que a obra ofendia os homossexuais. As redes sociais foram usadas para fazer com que a El Corte Inglés retirasse os livros de suas prateleiras até que a empresa resolveu ceder e não venderá mais o livro de Cohen.
Cohen conta que era homossexual e que voltou a ser heterossexual. Além de sua mudança ele conta que ajudou curar milhares de homens e mulheres que sentiam atração por pessoas do mesmo sexo. Os dizeres deste livro fizeram com que a Actuable, uma comunidade on-line unisse esforços para lutar contra o que eles chamam de injustiça contra as minorias.
“Foram de grande ajuda as ferramentas das novas tecnologias da informação e comunicação, que permitiram uma pronta e decisiva atividade por parte dos cidadãos”, disse o comunicado da Federação Andaluza. Para eles esse livro pode provocar uma desinformação a respeito da homossexualidade e ainda ameaçar os jovens homossexuais e suas famílias ao dizer que é uma doença que precisa ser curada.
Com informações Folha