sexta-feira, 19 de abril de 2013

Também quero ser discriminado


Fábio Blanco

Todo mundo agora quer direitos. Não são suficientes aqueles - e não poucos - já previstos no arcabouço jurídico nacional*; exigem direitos específicos. Basta haver algum traço distintivo em algum grupo qualquer, que este grupo acredita que merece proteção especial. São leis para os gays, para religiosos, para os negros e tantas mais diferenciações possíveis nesta diversidade infinita que é a natureza humana.
Ocorre que uma lei com direitos especiais, para ser eficaz, precisa conceder privilégios. Os beneficiados de leis especiais devem ter direitos que as pessoas, em geral, não têm. E isso por um reconhecimento de suas fragilidades. Se não fizer isso, é inócua; será apenas uma repetição do que já existe. Assim, uma lei com direitos especiais é a afirmação de que determinados tipos de pessoas merecem ser vistas de uma maneira diferente pela sociedade, com mais compaixão, mais piedade.
Por isso, uma lei com direitos especiais já é um tipo de discriminação. Ela já pressupõe que o tipo de pessoa protegida é diferente da coletividade. Não necessariamente uma distinção negativa, mas é, sim, uma distinção. É um reconhecimento, no mínimo, de que ela merece cuidado diferenciado.
O problema é definir quem são essas pessoas, quem merece tratamento distinto que corrobore a feitura de leis protetivas especiais.
E, claramente, está havendo um abuso na busca desses direitos. Qualquer distinção, ainda que não torne o indivíduo mais fragilizado que as outras pessoas, tem servido de pretexto para o requerimento de lei especial. Somos todos, assim, potenciais discriminados, que clamam por uma justiça feita aos berros.
Você é negro, clame por seus direitos! É mulher, grite mais alto! Gay, solte a franga e mostre ao mundo o quanto você merece proteção. Por que não, vocês, gordos, discriminados ininterruptamente? Loiras, tidas como uma espécie intelectualmente inferior? Crentes, sempre vistos como ignorantes? Baixinhos, relegados como menos aptos? Não há limites para quem pode reclamar pelo aconchego do colo estatal.
Apenas não esqueçam de um detalhe: enquanto a lei lhes protege, ao mesmo tempo afirma a inferioridade de vocês. Quando defende uma raça, pressupõe sua inferioridade social; quando protege a mulher, reconhece sua inferioridade física; ao criar mecanismos em favor dos deficientes físicos, sua óbvia inferioridade motora é realçada; quando toma a defesa dos doentes mentais, o faz por causa de sua inferioridade intelectual mesma.
Dessa forma, parece óbvio que se alguém deseja privilégios discrimina-se a si mesmo. Proclama que necessita de cuidados. Reconhece que, de alguma forma, por alguma circunstância, encontra dificuldades que precisam ser compensadas. Em suma, os grupos que buscam as benesses especiais da lei, consciente ou inconscientemente, declaram-se fragilizados.
Por tudo isso, quem quiser direitos, faça o seguinte: afirme-se um fraco, um inútil, alguém sem força para defender-se, que não produz, que não cresce, que não pode trabalhar. Com isso, se encaixará perfeitamente no perfil do excluído e, assim, receberá os olhares benevolentes do Estado. Ainda que, na prática, seus pares estejam colocados nos melhores postos da nação, dominando os meios de comunicação, as artes, a literatura, envolvidos em todas as atividades relevantes da sociedade. Ainda que, para defender esses mesmos direitos dos mais fracos, agridam, gritem e recebam milhões e milhões de reais, as mãos públicas sempre estarão estendidas para eles.
Por outro lado, se você for independente, auto-suficiente, alguém que produz, que emprega, que gera renda, que não onera o país, que não reclama por proteção aí, sim, aquele mesmo Estado lhe terá como uma potencial ameaça para a segurança da nação.
Fonte: Fábio Blanco
Divulgação: www.juliosevero.com

Sacerdote que defendeu “casamento” homossexual é excomungado pelo Vaticano



Sacerdote que defendeu casamento homossexual é excomungado pelo VaticanoO relatório da Arquidiocese com a decisão de afastar o Pe. Jose Nicolas Alessio foi emitido em 6 de fevereiro, em que o sacerdote é “excluído de todo exercício do ministério sagrado, conforme as normas que obrigam os padres que foram suspensos.”

“Esta demissão não está sujeita a qualquer recurso,” a arquidiocese acrescentou.

O Arcebispo de Córdoba Carlos, Jose Nanez, iniciou um processo canônico contra Alessio em 2010 com suspensão temporaria de suas funções, isto se deu quando a mídia publicou declarações atribuídas a ele em favor do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo.

As afirmações do padre foram feitas durante um debate nacional sobre a questão que levou à aprovação de tais “casamentos” por parte do governo argentino.

O jornal argentino El Nuevo Diario relata que, de acordo com um oficial da arquidiocese, Alessio também foi acusado de ter presidido a cerimônias de “casamento” homossexuais, bem como “casamentos” entre divorciadas, os quais são considerados sacramentalmente inválidos pela Igreja Católica Romana.

Alessio desafiou todas as vezes em que os processos foram iniciados contra ele, chamando o Arcebispo Nanez de “fascista, retrógrado e incapaz de entender a diversidade”, e reclamando que “eles estão me penalizando por pensar de forma diferente.”

Quando a decisão foi divulgada pública em 10 de abril, o padre lamentou que “mais de 30 anos a serviço do povo de Deus não tem significado para a Igreja Católica.”

Segundo o jornal La Prensa da Argentina, Alessio insistiu ao Papa Francisco para acabar com dois mil anos dos ensinamentos da Igreja Católica sobre o mal de atos homossexuais quando o pontífice foi eleito em março.

O jornal relata que o padre escreveu ao Papa Francisco uma carta insistindo-o a criar “uma comissão de especialistas nas ciências humanas e sociais para a promulgação rápida de um documento que se distancia da homofobia, que rejeita claramente a teoria que considera a homossexualidade como uma ‘túmulo desordem “, que valoriza a ideologia de gênero como uma ajuda indispensável para o respeito à diversidade, e que abre a discussão sobre toda a moral sexual da Igreja.”

O pontos de vista de Alessio sobre questões de moralidade sexual diferem muito daqueles do Papa Francisco, que, como o Arcebispo de Buenos Aires chamou o “casamento” homossexual de uma “maquinação do Pai da Mentira, que procura confundir e enganar os filhos de Deus.”

O referido Pe. Alessio já deveria ter sido afastado faz tempo. Que o mesmo aconteça no Brasil em relação a certos clérigos desobedientes a Igreja Romana.(Grifos Meu)
POR:  | SEX , 19 DE ABRIL DE 2013

Tradução: Ana Paula Linvigston
Fonte:HTTP://WWW.LIFESITENEWS.COM/NEWS/PRIEST-WHO-DEFENDED-HOMOSEXUAL-MARRIAGE-TRANSGENDERISM-DEFROCKED-BY-VATICAN

Assista esse video: Governo Sombrio - Bem vindos a Nova Ordem Mundial



09.04.2013 - Nota de  www.rainhamaria.com.br
A introdução deste video é uma pequena animação.  Não vá achar que o video é todo um desenho animado, somente no inicio, depois você verá como a Nova Ordem Mundial nos controla em tudo.
Poderemos escapar deste grande BIG BROTHER REAL?

Fonte: http://horizontenews.blogspot.com.br

EUA: Cientistas descobrem que vulcão de Yellowstone é maior do que se pensava



19.04.2013 -
n/d
Encanamento subterrâneo vulcânico de Yellowstone é maior e melhor conectado do que os cientistas pensavam, os pesquisadores relataram no (17 de abril) na Sociedade Sismológica da reunião anual da América. “"Estamos recebendo uma melhor compreensão do sistema vulcânica de Yellowstone", disse Jamie Farrell, um estudante de sismologia da Universidade de Utah. “"O reservatório de magma é de pelo menos 50 por cento maior do que previamente impressa."
Conhecendo o volume de magma fundido sob Yellowstone é importante para estimar o tamanho das futuras erupções, Farrell disse OurAmazingPlanet. Os geólogos acreditam Yellowstone fica mais de um hotspot, uma nuvem de rocha superaquecida passando de manto da Terra.Como a América do Norte lentamente flutuou sobre o hotspot, a pluma de Yellowstone perfurado a crosta do continente, deixando uma migalha de pão-como rastro de caldeiras criados por enormes erupções vulcânicas ao longo do rio Snake Plain de Idaho, levando direto para o Yellowstone. Erupções menores ocorreu no meio e depois as grandes explosões, mais recentemente, cerca de 70.000 anos atrás. A câmara de magma visto no novo estudo alimenta estas erupções menores e é a fonte de incríveis fontes hidrotermais e gêiseres do parque.  Ele também cria a elevação da superfície visto no parque, disse Bob Smith, um sismólogo da Universidade de Utah e autor de um estudo relacionado apresentado na reunião. .
A pluma vulcânica de rocha parcialmente derretida que alimenta o supervulcão de Yellowstone. Amarelo e vermelho indicam maior condutividade, verde e azul indicam menor condutividade. Feito pela Universidade de Utah geofísicos e cientistas da computação, esta é a primeira imagem de grande escala 'geoelétrica "do Yellowstone hotspot.  "Este corpo magma crustal é uma covinha que cria a elevação", disse Smith."É como colocar o dedo em uma membrana de borracha e empurrando-o para cima e dos lados se expandir." Uma imagem mais clara da câmara magmática rasa de Yellowstone emergiu terremotos, cujas ondas alterar a velocidade quando viajam através de rocha fundida ou sólido.Farrell analisados ​​terremotos próximas para construir uma imagem da câmara de magma.
O magma subterrâneo se assemelha a uma banana mutante, com um nodoso, final bulboso cutucando-se em direção ao canto nordeste do Parque Nacional de Yellowstone, e no resto do fruto tubular dobrando sudoeste superficialmente.É uma única câmara ligada, cerca de 37 milhas (60 km) de comprimento, 18 milhas (30 km) de largura e 3 a 7 milhas (5 a 12 quilômetros) de profundidade.Anteriormente, os pesquisadores pensavam que a magma sob Yellowstone estava em bolhas separadas, e não um bolso contínua. O magma raso, no nordeste, também combina com mais intensa atividade hidrotermal do parque, disse Farrell. O novo estudo é a melhor vista ainda desta zona, que fica do lado de fora o mais novo rim caldeira. Rocha fundida adicional, não trabalhada neste estudo, também existe mais profundo sob Yellowstone, os cientistas pensam. 
Fonte: Blog Um Novo Despertar

200 mil já se inscreveram para a JMJ, número deve subir para 600 mil até junho.




Cerca de 200 mil jovens já se inscreveram para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá no Rio de Janeiro de 23 a 28 de julho e, conforme estimativa da organização do evento, esse número deverá subir para 600 mil até o fim de junho. Do total de inscritos, 59% são brasileiros e 23% virão de países latino-americanos. As mulheres são até agora mais numerosas, com 67 mil inscrições, contra 54 mil homens.
O Comitê Organizador Local (COL) dispõe de 250 vagas para hospedar os participantes vindos de fora – de outras cidades do Brasil e de 165 países dos cinco continentes.
O arcebispo do Rio, d. Orani João Tempesta, informou nesta quarta-feira, 17, ao plenário da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), que o número de inscrições deverá disparar nos próximos dois meses porque a maioria dos interessados só confirma presença na última hora. Pelas estimativas do COL, os participantes chegarão a 2,5 milhões, contando-se aqueles que não se inscreverão como peregrinos mas assistirão às principais celebrações da JMJ.
O papa Francisco participará da reunião de 25 a 28 de julho, em quatro atos religiosos – a cerimônia de acolhida no dia 25 e a Via-Sacra no dia 27 em Copacabana e, na noite de 27, a Vigília no Campus Fidei (Campo da Fé) em Guaratiba, onde no dia 28 será celebrada a Missa do Envio, na qual os jovens serão convidados a evangelizar o mundo, de volta às suas cidades. Paralelamente, Francisco cumprirá outros programas, como uma audiência protocolar com a presidente Dilma Rousseff, a visita a uma favela e um encontro com jovens internos numa casa de reclusão para viciados em drogas.
O coordenador geral do COL, monsenhor Joel Portella Amado, fez uma exposição para o episcopado sobre a logística da participação dos bispos na JMJ. Haverá orientação e facilidades nos pontos de desembarque para quem chegar de ônibus ou de avião e transporte, em comboio, para os locais de hospedagem. São cinco as opções: hotéis de livre escolha, hotéis reservados pela JMJ, hotéis de trânsito das Forças Armadas, casas de família e conventos religiosos. Os hotéis serão pagos pelos bispos, mas nas casas de família e nos conventos a hospedagem será de graça.
Os bispos brasileiros foram alertados para a necessidade de passarem por uma revista dos agentes de segurança, antes dos atos que tiverem a presença do papa. “Todas as pessoas que forem chegar a 150 metros do papa Francisco terão de ser revistados”, adiantou monsenhor Joel, advertindo que algumas poderão ser barradas, o que, acredita, não deverá ocorrer com os bispos. O coordenador aconselhou a todos locomover-se em comboios da JMJ no Rio, para evitar transtornos no transporte.
Fonte; Revista Exame

Justiça polonesa condena partido que queria tirar crucifixo do Parlamento.





O Tribunal Distrital de Varsóvia pronunciou-se contra um partido polonês que abriu um processo exigindo a remoção de um crucifixo da sala de debates do Parlamento nacional, informou a agência Reuters.
O processo foi mais uma tentativa cristofóbica para banir a influência do catolicismo na vida dos poloneses.

O Tribunal argüiu que esse crucifixo nunca motivou protestos, que foi sempre aceito pelos poloneses, e que não violava os seus direitos.


O crucifixo foi instalado na câmara em 1997

O tribunal também condenou o denunciante – o ex-magnata da vodca Janusz Palikot, líder de um partido anticlerical –, apontando a insinceridade de sua denúncia, pretensamente baseada na “tolerância”, mas de fato intolerante com os símbolos religiosos.

“O Tribunal fracassou na hora de mostrar objetividade”, redargüiu Andrzej Rozenek, um dos deputados do partido condenado.

Ele acenou que apelaria à Corte Europeia dos Direitos Humanos em Estrasburgo.
Porém, a maioria dos deputados elogiou a decisão da Justiça, por representar o sentimento da maioria dos poloneses.
“Este caso parece uma grotesca piada”, disse o deputado da oposição Andrzej Jaworski.

O partido anti-crucifixo de Palikot – que trabalha pela agenda homossexual (a qual inclui a legalização do “casamento” homossexual) e pela legalização da maconha – já conta com o primeiro deputado trans-sexual.
Fonte:http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/34134-34134

Espiritismo e Fé.


Espiritismo e Fé
Muitos pensam que espiritismo e catolicismo são compatíveis e até complementares. A verdade, entretanto, é bem outra. Neste trecho tirado do livro Espirismo e Fé, D. Boaventura Kloppenburg mostra claramente as discrepâncias entre a doutrina espírita e a doutrina de Cristo.

COMO SURGIU O ESPIRITISMO
A prática da evocação dos falecidos para deles receber conhecimentos, chamada também “necromancia” (do grego nekrósfalecido e manteiaadivinhação), é antiga. Mas o seu aproveitamento sistemático, denominado “espiritismo”, vem do século passado.
Surgiu primeiro nos Estados Unidos, em torno dos estranhos acontecimentos de Hydesville com as irmãs Fox, a partir de 1848 (1). Mas já um ano antes, em 1847, aparecia nos Estados Unidos uma obra mediúnica de Andrew Jackson Davis e outra na França, de Louis Alphonse Cahagnet, do grupo dos “magnetizadores” de Paris, que se serviam de “sonâmbulos” (assim eram então denominados os médiuns) para receber revelações do além-túmulo. Em 1856, o mesmo Cahagnet publicava em ParisRévélations d´outre-tombe, com mensagens ditadas, segundo pretendia, pelos falecidos Galileu, Hipócrates, Franklin e outros.

(1) Certa noite, o pastor protestante John Fox, sua esposa e as duas filhas, Margaret e Katie, estavam a conversar sobre estranhos fenômenos de assombração. Catarina, então, produziu estalos com os dedos; notaram todos que alguém os repetia. Por sua vez, Margarida produziu estalos e encontrou eco. Apavorada, a sra. Fox perguntou: “É homem ou mulher que está batendo?”, mas não obteve resposta. Insistiu então: “É espírito? Se é espírito, bata duas vezes”. Produziram-se duas breves pancadas. Concluiu, assim, que um espírito “desencarnado” estava em comunicação com a família, e as “sessões” de comunicação por esse método continuaram. Mais tarde, os adeptos das irmãs Fox encontraram em Andrew Jackson (1826-1910) um organizador, que estruturou as clássicas sessões com médiuns, a evocação em torno de uma mesa etc. … No entanto, em 1888 Margaret e Katie retrataram-se de maneira repetida, pública e solene, confessando que tinham recorrido a truques e fraudes para produzir as pancadas (veja-se New York Herald de 27.05.1888 e 10.09.1888, e The World de 22.10.1888). As notas deste artigo não aparecem no livro impresso (N. do E.).

Foi neste ambiente interessado no “magnetismo animal” imaginado pelo médico austríaco Franz Anton Mesmer (1733-1815), instalado em Paris desde 1778, que nasceu o “espiritismo”. Esta palavra foi proposta por Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), mais conhecido pelo seu pseudônimo de Allan Kardec, o codificador sistemático de um tipo especial de espiritismo conhecido também como “kardecismo”.

Este é o espiritismo dominante no Brasil.
Allan Kardec (isto é, Denizard Rivail) era de família católica. Com a idade de 10 anos foi enviado a Yverdun, Suíça, ao Instituto de Educação dirigido pelo conhecido pedagogo Pestalozzi, protestante calvinista e liberal, que identificava religião com moralidade. Lá esteve o jovem Rivail até 1822, quando foi a Paris, onde se dedicou então ao ensino e publicou vários livros pedagógicos e didáticos. De boa formação geral e cultural, era metódico, lógico e claro na exposição das suas idéias. Conhecia também o alemão e o inglês e trabalhava como tradutor. Bom matemático, atuou ainda como contabilista. Casou-se em 1826 com Amélie Gabrielle Boudet, nove anos mais velha e de boa situação financeira. Não teve filhos.

Mas Alan Kardec não era particularmente versado em religião e muito menos em teologia. Em maio de 1855, começou a interessar-se pelo fenômeno das “mesas girantes e falantes”, nascido nos Estados Unidos, e aceitou a teoria da presença e atuação de “espíritos” ou almas dos falecidos nos movimentos de mesas, cestas e outros objetos usados pelos “sonâmbulos” dos “magnetizadores”. E já dois anos depois, no dia 18 de abril de 1857, publicou O Livro dos Espíritos. Este dia 18 de abril de 1857 é considerado pelos espíritas como o dia da fundação do espiritismo.

O Livro dos Espíritos é a obra fundamental da codificação da doutrina espírita, com o seguinte subtítulo: “Princípios da doutrina espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns – recebidos e coordenados por Allan Kardec”.

Outra obra básica de Allan Kardec para a prática do espiritismo foi publicada em 1861: O Livro dos Médiuns, com o subtítulo “Guia dos médiuns e dos evocadores”. Note-se aqui a palavra “evocadores”, indicando assim a função determinante da “evocação” para o espiritismo.

Além destes dois livros básicos, Allan Kardec ainda escreveu e publicou O Evangelho segundo o Espiritismo (em 1864), que é a sua obra mais difundida no Brasil, já com cerca de dois milhões de exemplares. Publicou também O Céu e o Inferno (em 1865)e A Gênese (em 1868). Depois da sua morte, em 1869, mais alguns textos inéditos foram publicados como Obras Póstumas. Em 1858, Allan Kardec começou a publicar a sua Revue Spirite (“revista espírita”), que deixou de aparecer com este título em 1976.

O espiritismo codificado por Allan Kardec foi introduzido no Brasil ainda em vida do codificador, a partir de 1865. Em 1884, foi fundada a Federação Espírita Brasileira (FEB), tendo desde então como órgão oficial a revista Reformador, palavra que revela um programa.

CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS

Há muitas coisas em comum entre catolicismo e espiritismo. Católicos e espíritas concordam em professar que o mundo não é só matéria; que Deus existe e é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom; que Deus criou o universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais; que os seres materiais constituem o mundo visível ou corpóreo e os seres imateriais o mundo invisível dos espíritos; que os valores do espírito são superiores aos da matéria; que o ser humano não é só matéria; que temos uma alma de natureza espiritual; que esta alma não morre quando se separa do corpo no momento do desenlace; que depois da morte a nossa alma continua viva e consciente; que a vida depois da morte depende do modo como aproveitamos a vida agora no corpo (2).

(2) O homem se comporia, de acordo com a doutrina espírita, de alma ou espírito, perispírito e corpo. O espírito seria a sede da inteligência, da vontade e da consciência moral. A alma se acharia encarnada num corpo, que viria a ser “o alambique no qual o espírito tem que entrar para se purificar”. E o perispírito seria um “envoltório” fluido, leve e imponderável para a alma, que serviria de intermediário entre o espírito e o corpo. É preciso comentar, a este respeito, que o corpo e a alma formam uma unidade, e que o conceito do corpo como uma espécie de roupagem temporária, embora difundido, é profundamente contrário ao bom senso. A doutrina do perispírito, essencial para a interpretação espírita dos fenômenos mediúnicos (como os “ectoplasmas”, isto é, as representações espaciais de pessoas ou objetos ausentes; a “telecinese”, movimentação de objetos materiais à distância; a “escotografia”, fotografia de imagens de supostos mortos etc.), carece de confirmação seja por parte das grandes tradições filosófica, seja da ciência moderna, e mais vale considerá-la com certa reserva. Mesmo a parapsicologia ainda parece estar em seus primeiros passos, e não parece resolver satisfatoriamente essas questões (N. do E.).

Católicos e espíritas estão de acordo também em afirmar que os falecidos não rompem seus laços com os que ainda vivem nesta terra; que no mundo do além nem todos são iguais; que há espíritos perfeitos que vivem com Deus; que estes espíritos nos podem socorrer e ajudar; que há espíritos imperfeitos e até maus que assim se fizeram por próprio arbítrio; que estes nos podem perturbar e prejudicar.

Católicos e espíritas proclamam e reconhecem a extraordinária figura de Jesus Cristo (3); que Jesus nos ensinou o caminho do bem e da salvação; que as leis morais do Evangelho são excelentes; que Jesus insistiu principalmente na caridade; que fora da caridade não há salvação; que devemos fazer o bem e fugir do mal; que há pecados e vícios que devem ser evitados; que os pecados devem ser expiados; que a virtude será premiada depois da morte.

(3) Para Kardec, porém, Jesus Cristo não passaria de um espírito muito evoluído através das suas sucessivas reencarnações (ver abaixo). Deus teria enviado o espírito de Jesus à terra não já para purificar-se, mas para ensinar aos homens deste planeta pouco evoluído o caminho do bem e do amor. Jesus teria sido “o maior dos enviados de Deus”, e somente nesse sentido poderia ser chamado Deus. Ter-se-ia tornado pela sua missão o “governador espiritual deste planeta”. Os espíritas não podem ser chamados de cristãos, uma vez que não reconhecem a divindade de Cristo (N. do E.).

Católicos e espíritas aceitam outrossim que os espíritos do além podem manifestar-se ou comunicar-se perceptivelmente conosco. Ambos admitem dois tipos de manifestação dos espíritos: as espontâneas e as provocadas. Por manifestações espontâneas entendem as que têm a sua origem ou iniciativa no além, como foi, por exemplo, o caso que nos é narrado pelo Evangelho de São Lucas (1, 26-38): o anjo Gabriel foi enviado por Deus a Maria de Nazaré para comunicar-lhe que ela seria a mãe de Jesus. Por manifestações provocadas entendem as que têm a sua iniciativa no aquém, como foi, por exemplo, o caso que nos é relatado pelo primeiro livro de Samuel (28, 3-25): a pedido do rei Saul, a necromante de Endor evoca a alma do falecido Samuel, que então comunica ao rei os castigos divinos.

Mas é neste ponto que começa uma primeira divergência fundamental entre católicos e espíritas: os católicos admitem de bom grado as manifestações espontâneas que nos são oferecidas por iniciativa da bondade de Deus, mas consideram divinamente proibidas as manifestações provocadas pelo homem mediante o processo da evocação; e os espíritas transformam precisamente esta evocação dos falecidos em meio principal para as suas novas revelações do além.

O espiritismo se especifica, caracteriza e define por sua prática das manifestações provocadas das almas ou espíritos dos falecidos, para deles receber mensagens ou algum tipo de ajuda. A evocação dos falecidos constitui a essência do espiritismo. Sem a evocação não há espiritismo. E a evocação é a fonte principal de seus conhecimentos específicos ou da sua doutrina.

Há ainda uma segunda discordância fundamental entre católicos e espíritas: a questão da reencarnação. Os católicos crêem na unicidade da vida terrestre; e os espíritas anunciam a pluralidade das reencarnações. Este desacordo tem em si tantas conseqüências lógicas, sobretudo no modo de conceber a salvação eterna, que conduz de fato a dois corpos doutrinários frontalmente discrepantes e opostos entre si de modo irreconciliável.
Em resumo: apesar das numerosas convergências entre católicos e espíritas, há duas palavras que marcam a separação e caracterizam o espiritismo: evocação e reencarnação.

A PROIBIÇÃO DIVINA DA EVOCAÇÃO

Vimos que a evocação ou a manifestação provocada das almas dos falecidos, que são os “espíritos” do espiritismo, especifica, caracteriza e define o movimento suscitado por Allan Kardec. Sem evocação não há espiritismo. A evocação é a base da doutrina codificada por Allan Kardec.


Entretanto, a evocação não foi inventada por Allan Kardec. A sua prática já era conhecida nos tempos do Antigo Testamento. As gentes no meio das quais vivia o povo judeu a conheciam e praticavam abundamentemente. Mas o próprio Deus proibiu então severamente a evocação. Os textos são abundantes. Basta ler Êxodo 22, 17; Levítico 19, 31; Levítico 20, 6; Levítico 20, 27; Deuteronômio 18, 10-14; 2 Reis 17, 17; 2 Reis 21, 6; Isaías 8, 19-20 e, de maneira particular, 1 Samuel 28, 3-25.

Vejamos Deuteronômio 18, 10-14: Que em teu meio não se encontre alguém que faça presságios, oráculos, adivinhações ou magia, ou que pratique encantamentos, interrogue espíritos ou adivinhos, ou evoque os mortos; pois quem pratica essas coisas é abominável a Iahweh, e é por causa dessas abominações que Iahweh teu Deus os desalojará em teu favor. Tu serás íntegro para com lahweh teu Deus. Eis que as nações que vais conquistar ouvem os oráculos e adivinhos. Quanto a ti, isso não te é permitido por Iahweh teu Deus.

A proibição divina é clara, repetida, enérgica e severíssima.

Este mandamento divino não foi revogado na Nova Aliança. Basta ler Atos dos Apóstolos 13, 612; 16, 16-18; 19, 11-20. Neste último texto, descreve-se a atividade e a pregação de Paulo em Éfeso, com um resultado surpreendente: Muitos daqueles que haviam crido vinham-se confessar e revelar as suas práticas. Grande número dos que se haviam dado à magia amontoavam os seus livros e os queimavam na presença de todos. E estimaram o valor deles em cinqüenta mil peças de prata. Deviam ser muitos os livros de magia! O fato de eles terem queimado esses livros só se explica se admitirmos que o Apóstolo falou fortemente contra tais práticas.

Na carta aos Gálatas (5, 20-21), declara o mesmo Apóstolo que os que se entregam à magia não herdarão o Reino de Deus. E São João, no Apocalipse, revela que a parte dos magos se encontra no lago de fogo e enxofre (21, 8); e que, na hora do julgamento, eles ficarão de fora da Cidade Eterna (22, 15).

Posteriormente, a Igreja sempre se manteve fiel a esta rigorosa interdição divina de evocar os falecidos. No último Concílio, o Vaticano II, na Constituição Lumen Gentium (1964), temendo que a doutrina sobre a nossa comunicação espiritual com os falecidos pudesse dar azo a interpretações do tipo espiritista, acrescentou ao texto a nota no. 2 “contra qualquer forma de evocação dos espíritos”, coisa que, segundo esclareceu a Comissão teológica responsável pela redação do texto, nada tem a ver com a “sobrenatural comunhão dos santos”.

A Comissão definia então mais claramente o que se proíbe: “A evocação pela qual se pretende provocar, por meios humanos, uma comunicação perceptível com os espíritos ou almas separadas, com o fim de obter mensagens ou outros tipos de auxílio”.

É exatamente isso o que o espiritismo pretende fazer.

O Concílio Vaticano II remete-nos então a vários documentos anteriores da Santa Sé, principalmente à declaração de 4 de setembro de 1856 e à resposta de 24 de abril de 1917. Na declaração de 4 de agosto de 1856, precisamente quando o católico Allan Kardec se iniciava na arte da evocação, era repetida a interdição de “evocar as almas dos mortos e pretender receber as suas respostas”.

No documento de 24 de abril de 1917 também se declarava ilícito “assistir a sessões ou manifestações espiritistas, sejam elas realizadas ou não com o auxílio de um médium, com ou sem hipnotismo, sejam quais forem estas sessões ou manifestações, mesmo que aparentemente simulem honestidade ou piedade; quer interrogando almas ou espíritos, ou ouvindo-lhes as respostas, quer assistindo a elas com o protesto tácito ou expresso de não querer ter qualquer relação com espíritos malignos”.

Esta é a orientação da Igreja.

Mas a Igreja, por seu magistério oficial, nunca se pronunciou nem sobre a verdade histórica ou autenticidade, nem sobre a natureza, nem sobre a causa dos fenômenos mediúnicos ou próprios do espiritismo. Por isso:

a) nenhuma das várias interpretações propostas sobre a natureza ou a causa dos fenômenos mediúnicos – nem mesmo a interpretação espírita – foi censurada, rejeitada ou condenada oficialmente pela Igreja;

b) não corresponde à verdade dizer que a Igreja endossa oficialmente a interpretação que vê nos fenômenos mediúnicos uma intervenção preternatural do diabo;

c) jamais a Igreja proibiu o estudo ou a investigação científica dos fenômenos mediúnicos. O católico não está absolutamente proibido de estudar a metapsíquica ou a parapsicologia.

O que a Igreja faz, fez e continuará a fazer, por ser esta a sua missão específica, é recordar o mandamento divino que proíbe evocar os falecidos ou outros espíritos quaisquer. Esta proibição vem de Deus, não da Igreja, que não tem nem autoridade nem competência para modificar ou revogar uma lei, determinação ou proibição divina

Para resolver a questão moral da prática do Espiritismo, pouco importa saber se os espíritas de fato conseguem ou não evocar espíritos em suas sessões; pois se o conseguem, não há dúvida a respeito da evocação e, por conseguinte, da desobediência; se não o conseguem, é certo que eles têm ao menos a intenção, o propósito ou a vontade deliberada de evocar e, portanto, de transgredir um mandamento divino. E isto basta para um pecado formal.

É necessário observar também a diferença fundamental entre invocação e evocação: esta última sempre pretende uma comunicação perceptível provocada por iniciativa do homem; aquela é apenas uma forma de prece ou súplica. E é evidente que a invocação é um ato bom e cristão, expressão da comunhão dos santos.

A HERESIA DA REENCARNAÇÃO

A suposição da reencarnação ou da pluralidade das existências, chamada também palingenesia, é certamente o ponto central de toda a doutrina espírita. Allan Kardec chega a dizer que é um “dogma” (O Livro dos Espíritos, 171 e 222).

Todo o seu pensamento gira em torno das vidas sucessivas . O progresso contínuo através da reencarnação, da “metensomatose”, como diria Platão, é o seu postulado básico. Se riscarmos de suas obras a reencarnação, sobrarão apenas cacos sem valor. Depois da sua morte, em 1870, seus amigos fizeram gravar no monumental dólmen do cemitério Père-Lachaise, em Paris, o apotema que resume a sua doutrina: “Nascer, morrer, renascer de novo e progredir sem cessar: esta é a lei”.

A palavra “reencarnação”, composta do prefixo re (designativo de repetição) e do verbo encarnar (tomar corpo), significa etimologicamente: tornar a tomar corpo. Designa a ação do ser espiritual (espírito ou alma) que, tendo já animado um corpo no passado, foi posteriormente dele separado pela morte e agora torna a informar ou vivificar um corpo novo.

Escreve Allan Kardec que “o princípio da reencarnação ressalta de muitas passagens das Escrituras, achando-se especialmente formulado, de modo explícito, no Evangelho” (O Livro dos Espíritos, n. 222). Opina mesmo que “sem o princípio da pré-existência da alma e da pluralidade das existências, são ininteligíveis, em sua maioria, as máximas do Evangelho” (O Evangelho segundo o Espiritismo, 39ª ed., p. 72). Contudo, o vocábulo “reencarnação” não ocorre nos Evangelhos.

A doutrina de Kardec acerca da reencarnação, que pode ser compendiada nestas quatro proposições

1ª) Pluralidade das existências: a nossa vida atual não é a primeira nem será a última existência corporal; já vivemos e ainda teremos que viver inúmeras vezes em corpos materiais sempre novos.

2ª) Progresso contínuo para a perfeição: a lei do progresso impele a alma para sempre novas vidas e não permite não só nenhum regresso, mas nem mesmo um estacionamento definitivo a meio caminho, e muito menos comporta um estado definitivo de condenação sem fim (inferno): mais século, menos século, todos chegarão à perfeição final de espírito puro.

3ª) Conquista da meta final por méritos próprios: em cada nova existência, a alma avança e progride na proporção dos seus esforços; todo o mal cometido será reparado com expiações pessoais, sofridas pelo próprio espírito em novas e difíceis encarnações (lei do carma).

4ª) Definitiva independência do corpo: na proporção em que avança na incessante conquista para a perfeição final, a alma, em suas novas encarnações, assumirá um corpo sempre menos material, até chegar ao estado definitivo, em que viverá; para sempre, livre do corpo e independente da matéria (4).

(4) A salvação decorreria, portanto, não da graça de Deus nem dos méritos obtidos por Cristo, mas do esforço pessoal de cada indivíduo que procure purificar-se do “pecado original”, ou seja, dos pecados cometidos em encarnações anteriores. Uma vez livre das reencarnações, o espírito do indivíduo passará a gozar de felicidade no Reino dos Céus. Os espíritas rejeitam peremptoriamente o conceito bíblico de inferno. (N. do E.).

Sem estes quatro princípios, não há reencarnação. Quem proclama a reencarnação também afirma a pluralidade das existências terrestres, sustenta o progresso contínuo para a perfeição, garante a conquista da meta final por méritos próprios e defende uma vida definitiva independente da matéria.

Mas quem nega estes pontos, quem contesta as vidas sucessivas do homem sobre a terra, a marcha irreprimível e certa para o fim supremo, a necessidade de adquirir a perfeição final só por esforços pessoais e a definitiva independência da matéria, recusará também a idéia da reencarnação (5).

(5) A teoria da reencarnação contraria o senso comum, uma vez que não experimentamos o corpo como algo que “temos”, mas algo que “somos”; não conservamos o menor vestígio de lembrança quer da preexistência no mundo dos espíritos, quer das vidas passadas. Ninguém pode dizer que pecados cometeu numa encarnação anterior, e muito menos que deve expiá-los na vida presente; portanto, estaríamos pagando por faltas que ignoramos, o que não é pedagógico. Histórica e logicamente, a teoria da transmigração das almas nasce de uma visão excessivamente materialista e imaginativa do que seja o espírito; e sobretudo é um recurso que permite eludir, ao menos aparentemente, a dura verdade de um castigo eterno para quem se empenha em contrariar a sua consciência. O inferno parece, assim, confortavelmente suprimido por decreto. Mas, sobretudo, o reencarnacionismo contraria a Revelação: todo o Evangelho presume que só há uma vida, e que receberemos o prêmio ou o castigo eternos, na alma e no corpo, pelo que tivermos feito nesta vida. E a Epístola aos Hebreus o afirma expressamente: Está estabelecido que os homens morrem uma só vez, e depois disso vem o juízo (9, 27).
FONTE: ESPIRITISMO E FÉ, EDITORA QUADRANTE, 1990
POR:  | SEX , 05 DE ABRIL DE 2013 |