quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Votação PLC 122 é adiada a pedido do governo.


O relator da matéria e autor do substitutivo em exame na CDH, Paulo Paim (PT-RS), informou que foi procurado por outros parlamentares para adiar mais uma vez a votação e explicou que não era ele que estava recuando da deliberação do projeto.A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) adiou mais uma vez a votação do projeto que torna crime a discriminação ou o preconceito pela orientação sexual e identidade de gênero (PLC 122/2006). O adiamento foi motivado por pedido do líder do PT, senador Wellington Dias (PT-PI). O anúncio foi acompanhado por deputados da bancada evangélica e representantes de igrejas, contrários à proposta, além de ativistas e entidades de defesa dos direitos dos homossexuais, que defendem a aprovação. Segundo a presidente do colegiado, senadora Ana Rita (PT-ES), o projeto continua na pauta e será analisado na próxima reunião.
- Não teve um líder que defendeu que a matéria fosse votada, nem do PT. Isso tem que ficar muito claro. Tem gente que faz um discurso para fora e outro para dentro. Quer ficar bem para foto e, na verdade, não defende posições. Não me tirem para bobo. Quando assumi esse projeto, eu sabia da responsabilidade. Fiz de tudo. Construí uma linha para que a gente combata o ódio, a intolerância e o preconceito contra todas as pessoas. É um projeto global. Tive a coragem que muita gente não teve. Se alguém está recuando da discussão, não é aqui não - afirmou o senador.
Segundo Paim, líderes do governo e do PT marcaram reunião nesta quinta-feira (5) com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para debater melhor o texto antes da votação.
– A Secretaria-Geral da Presidência pediu, via José Pimentel [líder do governo], que haja essa chance de construir um entendimento em uma reunião nesta quinta-feira. Esse projeto não é bomba, é um projeto que trata de vidas, de direitos humanos – disse Paim, reafirmando que seu relatório é fruto de amplo debate com representantes de todos os setores envolvidos.
A reunião com a Secretaria-Geral da Presidência estava marcada originalmente para esta terça-feira (3), mas foi adiada em razão da morte do governador de Sergipe, Marcelo Déda. Wellington Dias avalia que um entendimento está próximo e fez um apelo para que a votação do PLC 122/2006 fosse adiada.
- Eu acho que estamos muito perto [de um entendimento]. O apelo que fazemos é que nos deem a oportunidade desse entendimento - afirmou Wellington Dias.
Código Penal
O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) apresentou requerimento para que o PLC 122/2006 seja apensado ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 236/2012 de reforma do Código Penal. A proposta está sendo analisada no Senado por uma comissão especial. Lopes e o senador Magno Malta (PR-ES) argumentaram não ser possível manter o projeto que pune a homofobia na pauta da CDH porque querem a análise desse requerimento antes.
- O processado [o requerimento] tem que ir à Mesa [do Senado] independente de estar na pauta [da CDH] - argumentou Lopes.
Em resposta, Ana Rita disse que está seguindo o regimento e que a matéria será mantida na pauta da CDH. Sob protestos, Lopes e Magno Malta, que integram a bancada evangélica, afirmaram que vão recorrer da decisão.
Agência Senado

O segredo de Napoleão: sua profunda fé católica

"Uma inteligência superior não pode deixar de ser pelo menos provocada pela busca da verdade." Nem Napoleão Bonaparte, militar e político genial, deixou de pensar nos grandes interrogantes da existência humana, e foi assim que chegou a Deus.

Durante os seis anos de exílio na ilha de Santa Helena, Napoleão releu sua própria existência e, em longas conversas com os oficiais que o acompanhavam, ele acabou se abrindo e falando da própria fé, da necessidade da Missa, da Confissão e de Deus, afirmando que "tudo proclama sua existência".

"A sede do homem é tão grande, que só pode ser saciada pelo mistério maravilhoso do cristianismo", disse (Il Sole 24 Ore, 17 de novembro).

As conversas em Santa Helena foram publicadas na França, em 1840, escritas por Robert-Antoine de Beauterne, que havia trabalhado em documentos e declarações de testemunhas. Sua obra, intitulada “Sentiment de Napoléon sur le cristianisme” ("Sentimentos deNapoleão sobre o cristianismo"), teve um êxito imediato e foi reimpressa várias vezes. As páginas foram publicadas recentemente na Itália, em um só volume, com prólogo do cardeal Giacomo Biffi.

Os diálogos com o cético general Bertrand demonstram que, depois de uma vida repleta de enfrentamentos com a Igreja, com "centralismo estatal e burocrático, códigos civis 'leigos', depredações", Napoleão morreu na religião católica apostólica romana, "perfeitamente consciente de sua escolha", "com os sacramentos e devidamente confessado" (La Nuova Bussola Quotidiana, 26 de novembro).

Chama a atenção a lucidez dos seus pensamentos, dos quais surge um inesperado conhecimento de todas as demais religiões, incluindo as antigas.

A um Bertrand que se surpreendia diante da sua religiosidade e que, como bom positivista, lhe propinava "a habitual ladainha de Cristo como 'grande homem', comparável a Alexandre Magno, César e Maomé", Napoleão respondia: "Eu conheço os homens e posso lhe dizer que Cristo não era um homem."

"Os espíritos superficiais veem uma semelhança entre Cristo e os fundadores de impérios, conquistadores e a divindades de outras religiões. Esta semelhança não existe: entre o cristianismo e qualquer outra religião há uma distância infinita", disse Napoleão.

"Você, general Bertrand, fala de Confúcio, Zoroastro, Júpiter e Maomé. No entanto, a diferença entre eles e Cristo é que tudo o que tem a ver com Cristo mostra a natureza divina, enquanto tudo o que tem a ver com todos os outros mostra a natureza terrena", acrescentou.

"Os povos passam, os tronos são derrubados, mas a Igrejapermanece. Então, qual é a força que mantém em pé essa Igrejaatacada pelo oceano furioso da cólera e do desprezo do mundo?", perguntava Napoleão.

"Não existe um caminho intermediário: ou Cristo é um impostor, ou é Deus", concluiu.
Fonte: http://www.aleteia.org

Relíquias:Os santos ossos do primeiro Santo Padre.

Que religião manteria guardados os ossos de pessoas mortas, colocando-os em exposição e esperando que as pessoas viessem beijá-los? Notícias recentes demonstram que a veneração de relíquias ainda é uma parte muito importante da fé católica. Como um ápice apropriado para o Ano da Fé, o Papa Francisco colocou em exposição pela primeira vez os ossos de São Pedro, o primeiro Papa.

As notícias sofre o fato foram sensacionalistas, muitas vezes deixando de lado os aspectos essenciais. O que são as relíquias e por que são tão importantes para os católicos? Eles realmente acreditam na autenticidade destas relíquias? Os ossos seriam realmente do apóstolo Pedro?

Uma relíquia é algo associado a uma pessoa que foi canonizada, sendo portanto santa, ou beatificada. Existem três categorias de relíquias: uma relíquia de primeira classe é um pedaço dos restos mortais da pessoa. Pode ser um fragmento de osso, cabelo, pele ou sangue. A relíquia é extraída quando o corpo do santo é exumado como parte do processo de canonização.

Uma relíquia de segunda classe é algum objeto ou parte de um objeto que foi regularmente usado pelo santo durante sua vida terrena. Há muitas relíquias de segunda classe. Podem ser pertences do santo, como roupas, móveis... Relíquias de segunda classe do Papa João Paulo II, por exemplo, incluem pedaços de suas roupas ou de seus pertences.

Uma relíquia de terceira classe é um pedaço de pano que tocou umarelíquia de primeira classe. Relíquias de terceira classe são normalmente incluídas como partes de cartões de oração produzidos em massa e itens de devoção. Um pano toca a relíquia de primeira classe, em seguida, retiram-se em vários pedaços para que um grande número de pessoas possa ter contato físico com o santo.

Uma relíquia é venerada quando seu relicário é beijado pelo devoto ou quando ele beija os dedos e toca a urna. Isso é feito como parte dos serviços religiosos em honra do santo. Os católicos acreditam que o mundo físico é importante. Quando uma pessoa se torna santa, tudo relacionado a ela é tocado por essa santidade. A santidade permeia até mesmo o mundo físico.

A veneração dos santos começou na Igreja primitiva. Quando os cristãos eram martirizados, seus restos mortais eram recolhidos e honrados. No ano 156 dC, os cristãos na cidade de Esmirna registraram o que eles fizeram com os restos de seu amado bispo Policarpo, que tinha sido morto: "Nós recolhemos os seus ossos, que são mais valiosos do que pedras preciosas e mais finos do que ouro refinado, e os colocamos em um local adequado, onde o Senhor nos permitirá reunir-nos, na satisfação e na alegria, para comemorar o aniversário de seu martírio".

O costume de honrar os mortos em santidade começou com a celebração do seu aniversário de falecimento. Desde os primeiros dias da fé, os católicos têm honrado os mortos em santidade por meio da veneração dos seus restos mortais.

Os católicos são ingênuos por acreditar em relíquias? Não. Nós avaliamos a autenticidade das relíquias como faríamos com qualquer objeto histórico. Algumas relíquias são falsas, outras são definitivamente verdadeiras. A veracidade de outras ainda permanece incerta. Para uma relíquia ser venerada em público, o proprietário deve ter a documentação oficial considerando-a "autêntica". O selo de autenticidade é dado pelo bispo quando as relíquias são produzidas. A autenticidade pode ser verificada por especialistas para garantir que ela é genuína.

O que falar sobre as relíquias de São Pedro que foram expostas pelo Papa Francisco na missa de encerramento do Ano da Fé? A história de sua descoberta é uma peça fascinante do trabalho de detetive. Sabemos que a grande Basílica de São Pedro fica no que antes era a lateral da colina do Vaticano. No primeiro século, aquela colina foi o local de um cemitério. Em meados do século IV, o imperador Constantino ordenou que seus engenheiros criassem uma plataforma de nível para se construir uma igreja, a qual estaria centrada em túmulo particular do cemitério da colina do Vaticano. Durante três séculos, aquele túmulo tinha sido venerado por cristãos romanos como o túmulo de São Pedro.

Vários séculos mais tarde, quando os arqueólogos começaram a escavar sob a Basílica de São Pedro, na década de 1940, eles descobriram o cemitério. Então, logo embaixo do altar-mor, eles descobriram um monumento do século II, que tinha sido construído sobre um pobre túmulo do primeiro século. Dentro dele, foram encontrados alguns ossos embrulhados em um pano de seda roxo. Ao lado do monumento estavam esculpidas as palavras: "aqui está Pedro". O exame dos ossos revelou que eles eram de um homem que morreu na casa dos 60 anos - a idade aproximada do apóstolo quando ele morreu nas perseguições de Nero, no ano 65. O esqueleto estava incompleto - não tinha os pés. As histórias antigas dizem que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. Os historiadores supõem que seus seguidores possam ter removido o corpo da cruz apressadamente, cortando os pés.

Os ossos expostos pelo Papa Francisco seriam mesmo os de São Pedro? Nunca saberemos ao certo, porque não podemos realizar um teste de DNA em seus parentes. O debate continua, e o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, permanece cauteloso. Ele disse que venerar as relíquias era "um modo de se sentir espiritualmente próximo da história do túmulo e do apóstolo”. Mas ele reconhece que existe a “possibilidade séria de que sejam os ossos de São Pedro”. Com todas as evidências reunidas, podemos afirmar com grande probabilidade que os ossos de um homem baixo e forte em seus sessenta anos, encontrados na sepultura embaixo do altar-mor da Basílica de São Pedro, são restos mortais de 2 mil anos de idade do homem que Jesus Cristo chamou a deixar suas redes e ser pescador de homens.

O fato de que a maior igreja do catolicismo erga-se majestosamente sobre o túmulo de São Pedro é um lembrete impressionante de que Jesus não só chamou Pedro para ser pescador de homens, mas também declarou que Pedro era a rocha sobre a qual ele iria construir a sua Igreja.
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Assista esse vídeo: Nós católicos brasileiros estamos preparados para isso?