segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Quais os fatores culturais que estimulam o surgimento de práticas ocultistas e satânicas em nossa sociedade?

Death-Metal

As maneiras são muito mais diversificadas do que você imagina!
O pe. Gary Thomas é o exorcista da diocese de San Jose, na Califórnia. Seu curso de preparação para o rito do exorcismo, realizado em Roma em 2005, foi a inspiração para o livro “The Rite: The Making of a Modern Exorcist” [O Rito: O Preparo de um Exorcista Moderno”], de Matt Baglio, lançado em 2010, além de servir de base para o filme “The Rite” [O Rito], de 2011, estrelado por Anthony Hopkins. O pe. Gary gosta de citar o papa emérito Bento XVI dizendo que, “quando a fé diminui, aumenta a superstição”.
Se quisermos identificar os fatores culturais que têm levado ao crescente interesse e à prática do satanismo e de outras atividades ocultas, teremos que começar observando o declínio da fé cristã no Ocidente.
O pe. Jeffrey Grob, exorcista da arquidiocese de Chicago, nos EUA, me descreveu o fenômeno durante uma recente conversa por telefone como “desencanto com a religião organizada”. Os ocidentais em geral são pessoas impacientes; “mesmo os católicos podem ​​ir atrás de curandeiros e de alternativas a Deus, no afã de soluções instantâneas”.
Mons. Patrick Brankin, exorcista da diocese de Tulsa, concorda que o declínio da fé cristã e o concomitante aumento do secularismo estão fomentando a atividade demoníaca: “Nos últimos anos, nós estamos vendo mais ação demoníaca”, afirma ele, que atribui essa tendência a uma sociedade cada vez mais laica, que se voltou para as tábuas Ouija, para a feitiçaria, para a astrologia, para a adivinhação e para outras práticas ocultistas que “abrem as portas para o demônio”.
Os três exorcistas acreditam que, em comparação com 25 a 30 anos atrás, tem havido um acentuado aumento do número de pessoas que estão se metendo com o ocultismo, seja através do satanismo, do paganismo, da idolatria ou de alguma outra modalidade.
Em “The Occult Roars Back: Its Modern Resurgence” [O Ressurgimento Moderno do Ocultismo], Richard Kyle, professor de História e Estudos Religiosos da Universidade Tabor, no Estado do Kansas, EUA, cita vários especialistas acadêmicos que escreveram sobre as causas do grande aumento do interesse pelo ocultismo. Jeffrey Russell, por exemplo, observou que, historicamente, “o interesse pelo oculto cresce significativamente nos períodos de rápido colapso social, quando os padrões estabelecidos deixam de dar respostas prontamente aceitáveis ​​e as pessoas se voltam para outras referências em busca de garantias”.
Mas, acrescenta Kyle, também há uma base de fatores para o aumento do interesse pelo oculto, conforme proposto por Catherine Albanese, que “ressalta que muita gente foi preparada pela cultura norte-americana para se voltar a si mesma e ao universo em busca de certezas religiosas. A tradição protestante tendeu a apoiar a importância do conhecimento ou da crença na religião. Depois, a ala liberal do protestantismo modificou esta abordagem, enfatizando a presença de Deus em todos os lugares e destacando o otimismo americano em relação à bondade inata da natureza humana. O caráter difusivo do liberalismo e a sua falta de limites nítidos ajudou as pessoas a se ajustarem à ideia de viver confortavelmente sem diretrizes religiosas rígidas”.
Albanese também observa que “a organização urbana e corporativa da sociedade” fragmentou todo o senso de vida comunitária. Em seu lugar, “a astrologia deu às pessoas um senso de identidade” e “as ajudou a estabelecer relações seguras com os outros. A autoajuda fez as pessoas adotarem certas medidas para conseguir a prosperidade, a saúde e a felicidade em meio às suas situações cotidianas. Videntes ofereceram cura física e orientação espiritual para lidar com os problemas do dia-a-dia”.
Ted Baehr, fundador e editor do Movieguide e autor de quase uma dúzia de livros, falou no II Congresso Mundial das Famílias sobre “Proteger as Crianças da Violência da Mídia”. Ele cita o estudioso Harold Bloom, da Universidade de Yale, que analisou “o surgimento da América pós-cristã em seu livro ‘A Religião Americana’, e que diz que o deus a quem adoramos somos nós mesmos. Ele afirma que a verdadeira religião da América do Norte é o gnosticismo, uma heresia elitista que combina filosofias místicas gregas e orientais e declara a necessidade do acesso a ‘conhecimentos especiais’ para se chegar ao mais alto dos céus”.
A palestra de Baehr incluiu definições coerentes das crenças que atualmente competem com o cristianismo para conseguir seguidores nos Estados Unidos e em grande parte do mundo: o humanismo secular, o panteísmo, o materialismo, o niilismo, o romantismo, o existencialismo, o nominalismo, o idealismo, a New Age e o ocultismo.
Richard Kyle fornece uma definição simples e moderna do ocultismo: “Primeiro, o ocultismo é misterioso, vai além do alcance do conhecimento comum. Segundo, é secreto e comunicado apenas para os iniciados. Terceiro, o oculto se refere ao mágico, à astrologia e a outras supostas ciências que alegam o conhecimento do secreto, do misterioso ou do sobrenatural”.
Até que ponto a crença no oculto é difundida? Uma pesquisa da Gallup, em 2005, revelou que três em cada quatro americanos acreditam em ocultismo.
Considerando-se que a nossa cultura proporciona um terreno fértil para o crescimento do satanismo e das práticas ocultas, contemplemos o que temos semeado neste solo receptivo. Ted Baehr traz à tona o fato óbvio de que muitas crianças não estão sendo criadas numa relação de intimidade com Deus, mas em meio a influências como “Assassinos por Natureza”, “Halloween” e “Pânico”. Será um exagero? Muito provavelmente não. Considere as séries de televisão dos últimos anos: “Vampire Diaries” [“Diários de um Vampiro”], “True Blood” [“Sangue Fresco”], “Buffy the Vampire Slayer” [“Buffy, a Caça-Vampiros”], “Charmed” [“As Feiticeiras”], “Sabrina the Teenage Witch” [“Sabrina, a Bruxa Adolescente”], apenas para citar algumas. Ou filmes de grande sucesso, como “O Exorcista”, “O Bebê de Rosemary” e “The Craft” [“Jovens Bruxas”], que empalidecem em comparação com os filmes da saga “Crepúsculo”, com faturamento bruto mundial de 3,3 bilhões de dólares, e com os filmes de Harry Potter, que arrecadaram 7,7 bilhões de dólares.
Também podemos recordar RPGs de fantasia ocultista, como “Dungeons & Dragons” [Caverna do Dragão], de 1974, e seus muitos “herdeiros”, todos ligados ao mundo da feitiçaria.
Estudos psicológicos indicam que 60% ​​dos adolescentes com dependência química apontam a música “death metal” como seu gênero musical favoritoAs letras glorificam o satanismo e o ocultismo, a anarquia, a violência, o abuso de mulheres e crianças, o assassinato, as drogas, o suicídio, o incesto, o estupro e a necrofilia. Richard Ramirez, famigerado assassino em série conhecido como Night Stalker, era obcecado com a banda de heavy metal ​(ou “death metal”) AC/DC. Satanistas adultos são conhecidos por “recrutar” novos membros em shows desse tipo de música e em convenções de jogadores de videogame.
O Dr. Baehr observa que a maioria das crianças expostas ao satanismo e ao ocultismo por meio da mídia de entretenimento não adere automaticamente a esses grupos. Mas a maioria se torna insensível aos males ali representados e uma minoria significativa acaba ficando assustada e paranoica. Ele acrescenta que “pode ​​haver consequências de longo prazo ao se assistir a material antissocial” e, “lamentavelmente, de 7% a 11% dos adultos e até 31% dos adolescentes dizem querer copiar aquilo que veem”. 
Existe ainda outra forma de a nossa cultura promover a opressão demoníaca. Como explica o pe. Thomas, as pessoas atacadas por demônios têm muitas vezes feridas na alma, por terem sofrido abusos físicos ou sexuais na infância, o que muda a sua percepção da vida e de si mesmas e a sua capacidade de se relacionar com os outros. “Os demônios”, diz ele, “estão sempre à procura de seres humanos com relações fragmentadas”.
Os demônios podem possuir ou oprimir uma pessoa através dos seus sentidos; eles precisam de uma abertura que torne a vítima vulnerável. As “aberturas” mais comuns, de acordo com o pe. Thomas, incluem o vício em pornografia na internet e o uso de cocaína, metanfetamina e outras drogas que causam alucinações.
A obra “O Reino do Oculto”, de Walter Martin e outros autores, traça o perfil de adolescentes do sexo masculino atraídos para o satanismo e para ocultismo por serem pessoas psicologicamente machucadas, rebeldes, hedonistas e niilistas, usuárias de drogas, solitárias e mal-sucedidas. Eles se sentem “impotentes, isolados e vítimas”, e o satanismo lhes dá uma sensação de controle, de status e de pertencimento a um grupo.
Já os adultos são mais frequentemente atraídos para os cultos satânicos pelo seu elitismo, secretismo, hedonismo, pornografia, prostituição e desejo de adquirir poderes mágicos.
O pe. Thomas salienta que não devemos temer os ataques demoníacos. O seu filho ou o seu neto que joga RPG e a sua filha ou a sua neta que “ama” algum personagem de “Crepúsculo” não vão necessariamente acordar de repente com os olhos esbugalhados e falando fluente aramaico. Mas o pe. Thomas recomenda quatro meios cotidianos para nos protegermos dos ataques demoníacos: uma vida vivida de acordo com a boa moral, uma vida de oração, uma vida de fé e uma vida sacramental.
Todos nós faríamos muito bem se aceitássemos essas recomendações. 
Fonte: www.aleteia.org

”Êxodo: deuses e reis’ atraí multidões aos cinemas no Brasil. No Egito, o mesmo filme é ‘proibido’.

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O filme “Êxodo: Deuses e Reis” estreou no Brasil no dia 25 de dezembro e no primeiro final de semana se tornou o campeão de bilheteria, atraindo uma multidão de espectadores para as salas de cinema.
A obra dirigida por Ridley Scott conta a história de Moisés, mostrando toda a história bíblica do profeta que tirou os judeus da opressão do Egito, fazendo-os atravessar o Mar Vermelho e a vagar pelo deserto em busca da terra prometida.
O longa tem Christian Bale no papel principal e outros nomes como Joel Edgerton, John Turturro, Sigourney Weaver, María Valverde, Ben Kingsley, Ben Mendelsohn e outros.
A história de Moisés atraiu 919.088 espectadores brasileiros até os cinemas entre a quinta-feira (25) e o domingo (28), segundo dados da Rentrak. Em segundo lugar entre os mais vistos está o desenho da Disney “Operação Big Hero” que atraiu 452.643 pessoas.
“Êxodo: Deuses e Reis” faz parte da série de filmes bíblicos que estão sendo produzidos em Hollywood. No começo do ano o filme “Noé” estreou atraindo mais de 1,3 milhões de pessoas aos cinemas encerrando a série de exibições em maio com 4.882.842 ingressos vendidos em todas as regiões do país.
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O filme “Êxodo: Deuses e Reis” teve sua exibição proibida no Egito depois que o departamento de censura assistiu uma cópia do longa que estreou na última semana em diversos países do mundo.
Para o chefe da censura, Abdel Sattar Fathi, o longa que narra a vida de Moisés “tenta transferir informação distorcida de cenas religiosas e históricas”.
Em entrevista ao jornal Al Watan Fathi explicou que a obra cinematográfica tem alguns erros como mostrar que “os judeus estiveram envolvidos na construção das pirâmides de Guiza como povo eleito por Deus”. Ele também lamentou que o filme passe uma imagem errada sobre os egípcios mostrando-os como “demagogos” e torturadores de judeus.
Êxodo: Deuses e Reis tem a direção de Ridley Scott tento o ator Christian Bale como protagonista. Apesar das críticas positivas, o longa enfrenta essa condenação por parte dos muçulmanos que reclamam, além dos assuntos acima citados, da parte onde Deus aparece encarnado na foto de um bebê.
Quando uma obra vai contra o que o islã prega o Egito veta sua exibição, em março deste ano o filme “Noé” foi considerado contrário à lei islâmica e por conta disto a instituição religiosa Al-Azhar solicitou a proibição do longa no país.
Fonte: G Prime

Darth Vader, Lex Luthor e Coringa: “inimigos externos”


Dentre todas as leviandades que marcam a reação do Governo às descobertas do petrolão, a insinuação da Presidente Dilma Rousseff de que os problemas da Petrobras tenham a ver com ‘inimigos externos’ é a mais cínica e inaceitável — ainda mais para uma mandatária cuja própria biografia está misturada a tudo que aconteceu na Petrobras nos últimos 12 anos, tanto por ter sido ministra de Minas e Energia e Casa Civil quanto por ter presidido o conselho de administração da empresa.

Antes mesmo de produzir a fantasia sobre “inimigos externos” — talvez os alienígenas de Orson Welles em sua fictícia “Guerra dos Mundos” — a Presidente Dilma passou o mês de dezembro empenhada em outra mistificação: a ideia de que é preciso nomear um ‘ministério Frankenstein’ para governar o Brasil.

Convenhamos. Depois de todo o aparelhamento e pilhagem que os últimos governos patrocinaram na Petrobras, e depois daquele papo de que havia entendido o recado das urnas (de que o País queria mudança), a Presidente devia aos brasileiros um ministério minimamente qualificado, jamais um concurso de incompetência entre derrotados nas urnas e gente admitidamente ignorante.

Quando a política é apenas ‘a arte do possível’, quando não há ousadia nem coragem, quando falta criatividade para se construir um caminho alternativo ao mau caminho, a política perde sentido. Passa a ser uma farsa — ou um fim em si mesmo.

Todo mundo já sabia que o PT é avesso à autocrítica — e a despedida à la Richard Nixon de Gilberto Carvalho (“I am not a crook”) sepultou qualquer dúvida — mas agora sabemos que também a Presidente é incapaz de uma reflexão e de uma admissão de suas responsabilidades pessoais. Mesmo ela, dona de 51,64% dos votos válidos. Segundos mandatos servem justamente para isto: permitir mudanças de rota e reconhecimentos difíceis. Mas no Brasil, é mais fácil uma empreiteira ter um contrato limpo com a Petrobras do que um político admitir que errou.

A (boa?) notícia é que a Presidente Dilma não inventou esse “diversionismo da incompetência.”

Quando se trata de se eximir de responsabilidade e invocar ‘inimigos externos’, a Argentina tem currículo. A ‘senha’ de que é hora de achar um gringo-nada-a-ver-com-a-estória para botar a culpa já foi captada em Buenos Aires. Numa entrevista ao Página12 publicada neste domingo, o ministro da economia portenho, Axel Kicillof — uma cruza intelectual de Arno Augustín com Leonel Brizola — afirmou que Argentina e Brasil vêm sendo “vítimas de um ataque financeiro de fundos especulativos com fins políticos,” segundo relato da AFP.

“O ataque simultâneo contra Argentina e Brasil está gerando um descalabro financeiro na região”, disse Kicillof, interditando qualquer relação de causa e efeito entre sua própria política econômica e o tal ‘descalabro’. Disse ainda que se trata de “uma estratégia generalizada que está utilizando a questão financeira como campo de batalha contra determinados processos políticos”.

Então ficamos assim: você é acionista de uma padaria junto com um sócio. O sócio emprega os parentes no negócio, dá descontos inexplicáveis para os amigos, compra trigo superfaturado, a padaria quebra… e a culpa é do banco que veio cobrar a duplicata.

Depois de Lula, Kirchner e Rousseff, o “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano” terá que ser reeditado com outro título: o “Manual do Cínico Latino-Americano.”

Kicillof se referia especificamente ao fundo de investimentos Aurelius, de Nova York, que foi à Justiça dos Estados Unidos para receber pagamentos como credor da dívida argentina e agora exorta os credores da Petrobras a notificarem a empresa.

O Aurelius “acaba de iniciar uma campanha contra a Petrobras, alegando que a estatal brasileira fraudou informações financeiras”, explicou Kicillof, falando do que desconhece e se metendo onde não deve. “Este paralelo (entre a dívida da Argentina e a situação da Petrobras) não é gratuito nem casual."


É verdade que o Aurelius quer fazer valer seus direitos e ganhar dinheiro com isso — e exatamente o que o Governo deveria querer para a Petrobras. O único ‘processo político’ que está sendo perturbado aqui é o roubo avassalador do patrimônio público. O fim deste roubo (e suas repercussões judiciais) atinge interesses próximos à Presidente Dilma, e não tem nada a ver com inimigos externos.

Em vez de encarar o problema de frente e chamar as coisas pelo que são, a Presidente faz lembrar aquele verso de Cazuza em ‘Ideologia’: “aquel(a) garot(a) que ia mudar o mundo/agora assiste a tudo em cima do muro.”

Nos anos 70, Dilma Rousseff travou uma batalha de vida ou morte contra um inimigo real: uma ditadura que a torturou e assassinou brasileiros. Agora, sem assunto, sem ideias e sem boas desculpas, busca um novo inimigo a quem debitar a implosão da Petrobras. Pode tentar Darth Vader, Lex Luthor, o Coringa.. e ver se alguma coisa cola.  

Fonte: Veja Mercados - Geraldo Samor