sexta-feira, 12 de julho de 2013

Evangélicos e católicos se unem contra grupo satanista


Diferentes grupos cristãos católicos e evangélicos no estado de Nagaland, nordeste da Índia, estão se unindo para combater o rápido crescimento do satanismo.  Nos últimos meses foi divulgado que milhares de adolescentes estavam abandonando as igrejas e declarado que passaram a adorar o diabo.
A agência de notícias do Fides, do Vaticano, informou recentemente que mais de 3.000 jovens  católicos seriam agora “adoradores de Satanás” somente em Kohima,  capital do Estado de Nagaland.
A “explosão” do número de novos seguidores de Satanás teria começado em um movimento nas redes sociais, acredita o pastor Wati Longkumer, diretor do Movimento Missionário de Nagaland, um grupo que reúne cerca de 1.300 igrejas de confissão batista.
“Alguns dos jovens cristãos que conseguimos resgatar desse culto a Satanás nos contaram que eram convidados para reuniões após a meia-noite nos cemitérios da região. Eles recebiam novos nomes e sempre usavam roupas pretas nos encontros”, explica Longkumer. A maioria das pessoas ao receberem os convites pela primeira vez não sabiam que estariam fazendo parte da rituais de adoração ao diabo, mas depois tinham dificuldade em sair.
O pastor Ben Dang Toshi Longkumer, representante da Associação Evangélica da Índia, disse que os pais da região têm expressado preocupações com seus filhos depois que as denúncias começaram a ser divulgadas.
“A participação no culto a Satanás mudou consideravelmente o comportamento e a visão de mundo desses jovens, embora nenhuma atividade criminosa tenha sido comprovada até agora”.
Mais de 90% dos 2 milhões de habitantes de Nagaland são cristãos, sendo que 75% deles são evangélicos. O pastor Zotuo Kiewhuo acredita que a mudança drástica no comportamento da juventude do estado pode ser fruto de conflitos étnicos e seguidas denúncias de corrupção e escândalos nas igrejas, o que geraria uma grande insatisfação nos mais jovens.
Desde abril grupos de igrejas cristãs do estado estão organizando campanhas de oração para resgatar os jovens do satanismo. A Igreja Católica Romana em Nagaland já disse que está trabalhando em conjunto com grupos evangélicos para trazer os jovens de volta ao cristianismo. Com informações Religion News.

Prisão do jovem Nicolas Bernard na França desperta perplexidade e reações em todo o mundo.



Zenit
A equiparação das uniões homossexuais com a família natural despertou na França uma forte reação contrária da população, com manifestações que levaram mais de um milhão de pessoas às ruas.
O movimento Manif pour Tous (Manifestação a Favor de Todos) organizou diversos protestos na França contra a lei Taubria, que aprova as uniões homossexuais e a possibilidade de adoção de menores por casais gays.
Participaram dos protestos pessoas de diversos credos, tendências políticas e até mesmo alguns membros de movimentos homossexuais contrários à adoção de menores por famílias não tradicionais.
O governo do presidente socialista François Hollande respondeu com uma onda de prisões e de repressão policial violenta e inaudita.
O caso do jovem estudante Nicolas Bernard-Busse (foto) tornou-se emblemático: ele foi detido e, com celeridade inédita, condenado a quatro meses de prisão em um dos maiores presídios da Europa, o Fleury-Mérogis, onde está trancafiado em uma cela isolada “para a sua própria segurança”, em palavras das autoridades. Seu “delito” foi o de manifestar-se em defesa do matrimônio tradicional.
O bispo Marc Aillet deu apoio publicamente a Nicolas e, em comunicado, recorda que a condenação do jovem universitário por ser contra a ley Taubria “parece surreal e a pena é desproporcional aos fatos”.
A prisão de Nicolas está despertando perplexidade e reações em todo o mundo. Para o dia 14 de julho, data nacional da França, famosa pelo lema “Liberdade, igualdade, fraternidade”, estão sendo organizadas manifestações pacíficas de protesto.
Na Espanha, está programada uma manifestação pacífica e em família, autorizada pelo governo. A manifestação seguirá o modelo de resistência silenciosa, iniciado pelos franceses, e coincidirá com uma recepção, na Embaixada da França, para os cidadãos franceses que moram em Madri.
“A sociedade francesa soube responder com contundência à imposição totalitária dos caprichos de uma minoria que não conduz a nada além da destruição da família e à vulneração do direito dos menores de ter um pai e uma mãe”, afirma a responsável pela área internacional da associação espanhola Profesionales por la Ética, Leonor Tamayo, que acrescenta: “Vamos exigir o fim da repressão policial injusta, arbitrária e desproporcional, pedir a imediata libertação de Nicolas e dizer ao governo francês que temos vergonha da covardia da sua resposta na questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo”.

Bebê considerado morto é achado com vida em capela de hospital.

‘É um milagre. Não há explicação médica’, diz enfermeira que fez o parto. Criança respira com a ajuda de aparelhos em Joaquim Távora, norte do PR.

Bebê estava no altar da capela quando voltou a respirar (Foto: Luiz Guilherme Bannwart/Tanosite.com)
Bebê estava no altar da capela quando voltou a respirar (Foto: Luiz Guilherme Bannwart/Tanosite.com)
G1 – Um bebê considerado morto após o parto em um hospital de Joaquim Távora, a 180 quilômetros de Londrina, no norte do Paraná, foi encontrado com vida na capela do hospital, três horas depois. A menina, nascida na segunda-feira (8), está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Sagrada Família, em Londrina.
De acordo com a enfermeira do Hospital Lincoln Graça de Joaquim Távora Ana Cláudia Oliveira, responsável pelo parto, o bebê nasceu vivo, mas a equipe médica constatou que ele não respirava. Um médico foi chamado para assistir a equipe, que, após diversas tentativas de reanimar a criança, percebeu que não havia nenhum sinal vital. “Eu posso garantir: a criança estava morta. As pupilas não respondiam mais à luz. Todos os sinais comprovavam que não havia mais vida”, afirma a enfermeira.
Ana Cláudia conta que, por ser uma criança, solicitou que o corpo fosse encaminhado à capela interna do hospital. “É um anjinho, uma criança. Não queria que fosse para o necrotério”, explicou. Segundo ela, uma auxiliar de enfermagem limpou a criança e a vestiu com as roupas com as quais a recém-nascida seria enterrada. “Eu vi. Ela estava roxinha, completamente morta”, relembra a enfermeira.
No entanto, três horas depois da morte constatada, a avó da criança, Eliza Cabral Silva, a dona da funerária contratada pela família, Rosiles Ferro, e a própria Ana Cláudia notaram que a menina passou a mexer as pernas enquanto estava envolta em um cobertor sobre o altar.
“Quando eu vi, não sabia se ficava feliz ou triste. Fiquei sem reação”, diz a avó do bebê. “Não acreditava no que estava vendo. Foi Deus”, garante. A enfermeira também diz acreditar que a bebê voltou a respitar por intervenção divina. “Não há explicação médica. Eu, pessoalmente, só posso acreditar que foi um milagre”, afirma a funcionária do hospital.
A dona da funerária que atendeu à família diz não acreditar no que presenciou na capela do hospital. “A avó me ligou para buscar o corpo e eu fui. Chegando lá, encontrei o corpo da menina em cima do altar da capela. De repente, vimos que ela ergueu a perninha. Nós nem acreditamos. Ela estava respirando. Nos abraçamos e começamos gritar: ‘Ela está viva, ela está viva!’”, relata a dona da funerária, Rosiles Ferro.
Segundo a administração do Hospital Infantil Sagrada Família, a criança, que respira com a ajuda de aparelhos, ainda não tem diagnóstico confirmado. Ela deve passar por uma bateria de exames nesta quarta-feira (10). A mãe do bebê já está em casa, ainda conforme o hospital.

Disney vai apresentar dupla homossexual em série para crianças

Produtora pretende aproximar o público infantil de modelos homossexuais de “família”

José Maria Pinheiro
O Disney Channel vai apresentar um casal de lésbicas, com filhos, num episódio da série "Boa Sorte, Charlie". O programa deverá ir para o ar em 2014, ano em que a popular sitcom infantil chegará ao fim.
O casal protagonista, Amy e Bob Duncan (Leigh-Allyn Baker e Eric Allan Kramer), vão orgnaizar uma tarde de jogos infantis para a filha Charlie (Mia Talerico) brincar com os seus novos amigos. E será aí que os pais da personagem titular irão descobrir que uma das crianças tem duas mães.
"Esta storyline foi escrita sob a supervisão de uma consultora de desenvolvimento infantil", revelou fonte oficial do canal. "Tal como grande parte da programação do Disney Channel, esta narrativa foi desenvolvida no sentido de ser relevante para as famílias de todo o mundo, reflectindo temas de diversidade e inclusão social."
A antiga estrela de Hannah Montana, Miley Cyrus, elogiou publicamente a decisão do canal do rato Mickey no Twitter: "Isto é verdade?! Só posso defender a Disney ao dar este passo. Eles controlam muito o que as crianças pensam… Isto é inspirador."
"Boa sorte, Charlie" estreou no Disney Channel norte-americano a 4 de Abril de 2010, tornando-se um sucesso instantâneo de audiências. As aventuras de Charlie e da sua família disfuncional chegaram a ultrapassar a famosa "regra dos 65 episódios" do canal: a maior parte dos programas de ficção da Disney chega ao fim no 65.º episódio. "Boa sorte, Charlie" quebrou esta tradição e vai terminar com quase 100 episódios exibidos.
Fonte: Público
Divulgação: www.juliosevero.com

Comentários sobre Instrução do Arcebispo de Cuiabá que proíbe a recepção da Sagrada Comunhão de joelhos.


Por Padre Cristóvão e Padre Williams 
Fratres in Unum.com – Abaixo, divulgamos a Instrução que o Exmo. e Revmo. Sr. D. Milton Antônio Santos, Arcebispo Metropolitano de Cuiabá, escreveu aos seus fiéis, “unificando” (sic!) o modo de receber a Santa Comunhão.
Antes de analisarmos a questão sob o ponto de vista litúrgico-jurídico, analisemos quatro aspectos doutrinais da carta do Exmo. Bispo.
Primeiramente, em toda a Carta, Sua Excelência não menciona em nenhum momento que a Santíssima Eucaristia é o verdadeiro Corpo do Verbo Encarnado, Jesus Cristo Deus. Mesmo na citação que selecionou, escolheu uma frase que, apresentada isoladamente, induz a uma alteração do sentido original dado pelo Magistério da Igreja no documento em questão (que cita, por diversas vezes, a Presença Real), como se o Sacramento da Comunhão fosse apenas um sinal da comunhão dos comungantes, e não da Presença Real de Cristo, a ser adorado nas espécies eucarísticas. Crê, o Sr. Arcebispo, que Cristo está presente real e substancialmente na Eucaristia? Fica o suspense!
Estaria Dom Milton em comunhão com os Papas?
Estaria Dom Milton em comunhão com os Papas?
Em segundo lugar, ele sugere que o modo de receber a Sagrada Comunhão (a atitude, como ele chama) é decisivo para que haja comunhão eclesial. Como assim? Quem quisesse comungar de joelhos quando todos comungam em pé está ferindo a comunhão eclesial? A posição corporal é o que há de mais significativo para que haja comunhão entre os fiéis na Igreja? Então, o Sr. Arcebispo, distribuindo a Santa Comunhão exclusivamente aos comungantes em pé estaria em comunhão com o Papa, que a dá estando os comungantes ajoelhados?
Em terceiro lugar, o Sr. Arcebispo se fixa sobre a atitude exterior. Como os tempos estão mudados! E a atitude interior, espiritual, onde fica? Por que não exorta os fieis a se confessarem, caso tenham cometido pecado grave, antes de se aproximarem deste Augusto Sacramento? E as pessoas imodestamente vestidas, ou melhor, bem despidas? E o tema do jejum eucarístico? Será que o Sr. Arcebispo ainda se lembra do Catecismo?
Em quarto lugar, estamos no ano da fé. E a fé na Eucaristia como Presença Real de Cristo, onde fica? Quer dizer que uma pessoa que se aproximasse da Comunhão em pé, processionalmente, mas sem fé, incredulamente, estaria em comunhão com a Igreja? Talvez com o arcebispo de Cuiabá, sim; mas com a Igreja Católica, não!
A própria disciplina atual da Igreja demonstra que o Bispo de Cuiabá está errado. E isto veremos na análise litúrgico-jurídica da questão.
Para respaldar-se, Dom Milton cita a Instrução Eucharisticum Mysterium, da então Sagrada Congregação para os Ritos (hoje, Congregação para o Culto Divino), publicada em 1967. Pois é! Mas, desde aqueles tempos, “muita água passou debaixo da ponte”.  Naquela ida década otimista, na qual o relógio de muitos bispos parece ter parado, por exemplo, Paulo VI, com a esmagadora maioria do episcopado, reafirmava a disciplina tradicional sobre a Comunhão administrada exclusivamente na boca, rechaçando a Comunhão na mão. Dom Milton recuperará também esta disciplina em sua arquidiocese?
De fato, o Sr. Arcebispo parece ignorar alguns documentos bem posteriores das autoridades competentes, isto é, não provenientes de Dom Milton, que esclareceram a “atitude na comunhão eucarística”. Por exemplo, a Instrução Geral do Missal Romano, que diz: “os fiéis comungam ajoelhados ou de pé, conforme for estabelecido pela Conferência dos Bispos. Se, no entanto, comungarem de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam devida reverência, a ser estabelecida pelas mesmas normas” (n. 90). Este “conforme for estabelecido pela Conferência dos Bispos” se explica melhor no documento que citamos a seguir.
A Instrução Redemptionis Sacramentum, da mesma Congregação, publicada em 2002,  reza: “na distribuição da sagrada Comunhão se deve recordar que ‘os ministros sagrados não podem negar os sacramentos a quem os pedem de modo oportuno, e estejam bem dispostos e que não lhes seja proibido o direito de receber’ [por exemplo, um excomungado ou pecador público, ndr.]. Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé”  (nn. 91s).
Carta da Congregação para o Culto Divino de 2002 - clique para ampliar.
Carta da Congregação para o Culto Divino de 2002 – clique para ampliar.
Esse mesmo conteúdo já era comunicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em carta a um bispo diocesano, sob o protocolo nº 1322/02/L, datada de 1º de julho de 2002, cuja íntegra nossos leitores podem ler ao lado. Nela se diz: “Esta Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos recebeu recentemente, da parte de fiéis leigos da sua diocese, informação comunicando que se tem recusado a Sagrada Comunhão aos fiéis que, para recebê-la, se põem de joelhos em vez de permanecer em pé.  Os informantes dizem que tal procedimento pode estar mais difundido na diocese [...] Esta Congregação está realmente preocupada com o grande número de queixas recebidas de várias partes nos últimos meses.  Ela considera que a recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos. [...] Mesmo naqueles países em que esta Congregação adotou a legislação local que reconhece o permanecer em pé como postura normal para receber a Sagrada Comunhão… ela o fez com a condição de que aos comungantes desejosos de se ajoelhar não seria recusada a Sagrada Eucaristia“. Recordaremos esta carta mais adiante.
Pois bem, os documentos mais atuais, que dão a reta interpretação aos anteriores, são claros. É o fiel quem escolhe o modo como vai receber a comunhão, e pastores devem respeitar este direito.
No entanto, D. Milton Antônio, citando o magistério, alega que “não é permitido a ninguém, nem mesmo ao sacerdote, salvo a suprema autoridade da Igreja, ou conforme o Direito, o bispo e as Conferências dos Bispos, por conta própria, acrescentar, tirar ou mudar qualquer coisa na Liturgia” (Concílio Vaticano II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 22, §3)” e, ainda,  “por isso, os presbíteros tomem a peito presidir a celebração da Eucaristia de tal forma que os fiéis percebam que não participam de um rito de autoridade particular, mas de um culto público da Igreja, cuja organização foi confiada pelo próprio Cristo aos Apóstolos e seus sucessores” (Ibidem, 45), como se ele mesmo não estivesse debaixo desta norma e não devesse cuidar de que seus sacerdotes a cumpram
"Esclarecimento" divulgado na página oficial da Arquidiocese de Cuiabá.
“Esclarecimento” divulgado na página oficial da Arquidiocese de Cuiabá.
De fato, o bispo, em sua diocese, deve ser garante do dever dos fieis e, ademais, da reta disciplina universal da Igreja. “Com efeito, ‘ao Bispo diocesano, na Igreja a ele confiada e dentro dos limites de sua competência, corresponde-lhe dar normas obrigatórias para todos, sobre a matéria litúrgica’. Sem dúvida, o Bispo deve ter sempre presente que não se impeça a liberdade prevista nas normas dos livros litúrgicos, adaptando a celebração, de modo inteligente, seja à igreja, seja ao grupo de fiéis, seja às circunstâncias pastorais, para que todo o rito sagrado universal esteja verdadeiramente acomodado ao caráter dos fiéis” (Congregação para o Culto Divino, Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 21).
Portanto, quanto à comunhão de joelhos e na boca, é bem claro, pelo teor dos textos litúrgicos, pelas normas do direito vigentes na Igreja e pela prática dos últimos pontífices, que este é o modo ordinário de  comungar; quanto a ser em pé, na boca ou na mão, trata-se de uma concessão (Cf. Redemptionis Sacramentum, 92) que só é vigente por uma confirmação da Sé apostólica e, mesmo assim, condicionada à ausência de algum perigo de profanação. Esta possibilidade é dada como uma faculdade aos fiéis, que sempre têm o direito de usarem a prática mais tradicional e ordinária durante séculos na Igreja. E o bispo deveria vigiar para que este direito fosse mantido.
Note-se, ainda, que esta faculdade a Santa Sé concede aos fiéis graças a uma dispensa dada a pedido da Conferência Episcopal. No entanto, caso o bispo diocesano não queira tal dispensa, por exemplo, como prevenção de eventuais sacrilégios, tem o direito de conservar a prática ordinária, ou seja, a comunhão de joelhos e na boca. Mas o contrário, evidentemente, não se pode fazer, transformando-se, assim, um indulto, uma concessão, em lei.
Em suma, o bispo não cria a liturgia, é liturgo enquanto garante da unidade da Igreja. Por isso, a Igreja afirma que “a ordenação da sagrada Liturgia é da competência exclusiva da autoridade eclesiástica; esta reside na Sé apostólica e, na medida que determine a lei, no Bispo” (Concílio Vaticano II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 22 § 1; Código de Direito Canônico, c. 838 § 1; Congregação para o Culto Divino, Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 14). Vale enfatizar: a lei da Igreja não outorga ao bispo, enquanto moderador da vida litúrgica na diocese, poderes específicos para alterar a disciplina sobre a forma de administrar a Sagrada Comunhão.
Dom Milton: missas regadas a siriri, berrante e violas, em que o Arcebispo, durante a celebração, tira fotos com seu Iphone.
Dom Milton: missas regadas a siriri, berrante e violas, em que o Arcebispo, durante a celebração, tira fotos com seu Iphone.
Portanto, resta perguntar ao Exmo. Arcebispo de Cuiabá se está realmente vigiando para que a liturgia seja obedecida em sua Diocese, quanto, por exemplo, à obrigatoriedade do uso da casula para os padres (Cf. Instrução Redemptionis Sacramentum, n. 123), da bandeja de comunhão (cf. Ibidem, n. 93), da não alteração das leituras bíblicas e da letra do salmo responsorial (cf. Ibidem, n. 62),  à sobriedade no rito da paz (cf. Ibidem, n. 72), quanto à proibição de se alterar a letra do Glória a Deus nas alturas (cf. IGMR, n. 53)… Enquanto muitos abusos se cometem diariamente (por exemplo, com missas regadas a siriri, berrante e violas, cuja aclamação ao Evangelho se dá com cantos como: “Não há ó gente ó não/ Lugar como este pro sermão”, e em que o Arcebispo, durante a celebração, tira fotos com seu Iphone…), alguns pastores se concentram sobre as justas manifestações de devoção do povo, contrariando o bom senso e o legítimo zelo pela unidade da Igreja.
Por fim, voltamos à carta da Congregação para o Culto Divino de 2002, que na ocasião exortava o bispo destinatário sobre os sacerdotes de seu clero: “Dada a importância deste assunto, esta Congregação pede que V. Ex. investigue se tal sacerdote recusa habitualmente a Sagrada Comunhão a algum fiel nas circunstâncias atrás descritas e, se tal é fato real, a Congregação pede também que V. Ex. lhe ordene firmemente que se abstenha de assim proceder no futuro; o mesmo seja feito em relação a qualquer outro sacerdote que haja praticado a mesma falha. Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes, atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral”.
Resta-nos encorajar aos fiéis de Cuiabá a escrever às autoridades competentes, de preferência por carta ou fax, tendo em conta a firme disposição da Sagrada Congregação para o Culto Divino em sanar tais irregularidades: Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos - Palazzo delle Congregazioni -Piazza Pio XII, 10 -00120 -Città del Vaticano -Santa Sede -Fax: 06-6969-3499 -e-mail’s: cultidiv@ccdds.va e  vpr-sacramenti@ccdds.vaNunciatura Apostólica no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello – Av. das Nações, Quadra 801 Lt. 01/ CEP 70401-900 -Brasília -DF -CEP 70359-916 -Fax: (61) 3224 – 9365 e–mail: nunapost@solar.com.br.
O bispo é pastor, não tirano, que impõe sua própria preferência sobre os demais!
esclarecimento1