terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O Papa não é um traidor da Igreja e por isso não aceitará o aborto nem o “matrimônio” gay, afirma Cardeal eleito

Dom Fernando Sebastián. Foto: Conferência Episcopal Espanhola
VATICANO, 14 Jan. 14 / 01:58 pm (ACI).- Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira 13, logo que o Papa Francisco anunciara que no dia 22 de fevereiro, o Arcebispo Emérito de Pamplona-Tudela, Dom Fernando Sebastián, seria criado cardeal, este prelado expressou seu agradecimento e advertiu que apesar de que existam alguns que querem “levar o Papa seus territórios”, o Santo Padre não trairá a fé nem a moral da Igreja.
“O Papa tem um dom de simplicidade, de proximidade, de ir ao substancial, de nos falar dos conteúdos do Evangelho com uma linguagem muito realista, muito compreensível, que chega ao coração. Mas que ninguém espere que o Papa traia a fé nem a moral da Igreja”, disse.
Dom Fernando Sebastián lamentou que “agora parece que há muitos dissidentes da Igreja que querem levar o Papa para seus territórios. Eles se equivocam, o Papa não vai legitimar o aborto, não vai legitimar o matrimônio homossexual, nunca vai trair a fé tradicional dos apóstolos”.
“Aquilo que devem fazer esses dissidentes é vir à Igreja e confessar-se com o Papa”, asseverou.
O Arcebispo emérito também foi consultado durante a conferência de imprensa sobre o debate na Espanha sobre a reforma da Lei do Aborto.
“Para um católico, não há lei do aborto nenhuma”, sentenciou.
Dom Sebastián criticou que o debate sobre o aborto na Espanha esteja pervertido desde o começo, porque não querem reconhecer o que é de verdade o aborto. “Fala-se da interrupção da gravidez como se fora um sarampo ou fora umas varizes”
“Fala-se de mil coisas, mas nunca se fala do que é realmente o aborto: eliminar a vida de um ser humano nas primeiras fases de seu desenvolvimento, no ventre de sua mãe”.
O Arcebispo, que será criado Cardeal junto a outros 18 Bispos no dia 22 de fevereiro questionou “há alguma mulher que se sinta com o direito de matar seu filho?”.
Dom Sebastián indicou que essa é a pergunta “que tem que responder o senhor (Alfredo) Rubalcaba”, secretário geral do Partida Socialista Operário Espanhol, principal opositor à reforma da Lei do Aborto na Espanha e ativo partidário da ampliação do aborto legitimado por lei.
Consultado sobre sua nomeação pelo Papa Francisco, o Arcebispo Emérito da Pamplona-Tudela indicou que “estou muito contente, muito agradecido e assim o manifestei ao Santo Padre em uma carta escrita nesta madrugada, assim que despertei e soube da notícia inesperada”.

Arcebispo de Paris critica que “defensores da laicidade” não tenham condenado a profanação de uma igreja

Cardeal André Vingt-Trois. Foto: Marie-LanNguyen (DC BY 2.5)
PARIS, 13 Jan. 14 / 03:31 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Arcebispo de Paris (França), Cardeal André Vingt-Trois, criticou os chamados “defensores da laicidade” que não condenaram o ataque do grupo feminista Femen contra aigreja de La Madeleine no último 20 de dezembro, pois “aquele era o momento de mostrar que a laicidade protege as crenças e as religiões”.

“Onde estão os defensores da laicidade?”, perguntou o Cardeal durante uma entrevista com Radio Notre Dame, mencionando que os “grandes defensores da laicidade” não fizeram declarações públicas depois da profanação de umaigreja católica.

“Era o momento de mostrar que a laicidade protege as crenças e as religiões! Há vozes importantes que permaneceram mudas!”, sentenciou o Cardeal.

Como se recorda, naquela ocasião uma mulher com o peito descoberto simulou um aborto no coro da famosa igreja parisina. Manuel Valls, ministro do Interior, não pronunciou nenhuma declaração,
apesar de que o ataque “tenha ocorrido a poucos metros do Ministério do Interior e não souberam que estava passando em La Madeleine”.

O Cardeal disse que apresentou um processo judicial. Após esta entrevista, a igreja de Saint Odile, no XVII distrito de Paris, também sofreu uma profanação similar, sobre a qual tampouco houve pronunciamentos contundentes de grupos que defendem a laicidade do estado propondo um estado anti-religioso.