quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Os frutos de uma vida sem fé

A cruzada do ateísmo militante contra a fé cristã não só abre caminho para falsificações da realidade, como também para o ressurgimento do paganismo

O mundo relativista também tem seus dogmas. Torna-se cada vez mais comum nos dias de hoje a exclusão da fé cristã, como um pressuposto básico para o desencadeamento de uma ação social. O simples ato de crer é considerado um comportamento desumano, tendo-se a impressão de que a fé levaria o indivíduo a uma espécie de alienação de seus direitos, posto que a pessoa se perde em orações e rituais sem sentido. O homem, portanto, deveria ser privado da fé ou, ao menos, esclarecido sobre os males que advêm dela, sobretudo daquelas religiões que pregam a crença num Deus único e pessoal.
A tentativa de eliminar-se a fé das pessoas foi uma constante nos últimos dois séculos. Sob o axioma marxista de que a religião seria o “ópio do povo”, inúmeros governos, mormente aqueles de índole gnóstica e ateia, subjugaram povos inteiros, acusando-os até mesmo de crime contra a pátria, simplesmente por aplicarem a máxima cristã do “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Cf. Mt. 12,15-21). Foi assim que o governo maçom de Plutarco Elías Calles dizimou centenas de cristãos, no México, durante a chamada Guerra de Cristiada, na década de 20, com o pretexto de impedir o avanço de “crenças fundamentalistas”[1]. De igual modo, nazistas e comunistas no leste europeu deram cabo de mais de 100 milhões de vidas, em apenas um século, montados nos auspícios do que Pio XI acertadamente chamou de “ideologia neopagã detestável”[2]. De fato, a loucura revolucionária, segundo os cálculos do professor R.J. Rummel, da Universidade do Havaí, levou à morte mais civis no século XX do que todas as guerras e catástrofes naturais do começo da civilização até hoje somadas. Eis o tamanho do crime: 262 milhões de mortos e contando[3].
O montante de corpos contabilizados pelas sendas da revolução dá-nos a prova do quão equivocado está aquele professor universitário que, a fim de conquistar a turma e demonstrar ares de superioridade intelectual, precisa fazer troça da Igreja Católica e daqueles que ousam romper o dogma de que é necessário desertar de seu batismo para conquistar um diploma acadêmico. Ateísmo não é sinônimo de inteligência. Pelo contrário, trata-se de uma simples negação da realidade e, em última análise, das suas exigências. Com efeito, diz-nos Bento XVI:“somente quem reconhece Deus, conhece a realidade e pode corresponder-lhe de modo adequado e realmente humano”[4]. E essa afirmação se torna tanto mais verdadeira quando confrontada com os frutos do “século do nada” – para usar uma expressão de Gustavo Corção. Seja na ficção científica de Richard Dawkins – a nova coqueluche do neoateísmo –, seja nos diálogos de Nietszche – sobretudo no seu “Assim falou Zaratustra” –, o que se percebe no ateísmo militante é muito mais uma atitude de afetação e preconceito religioso do que de autêntica sabedoria.
Certamente, os ateus que procuram acoimar os cristãos de ignorantes desconhecem a literatura de Chesterton, a profundidade filosófica de Edith Stein, os progressos científicos de Jerome Lejeune – o responsável pela descoberta da trissomia 21, comumente conhecida por Síndrome de Down –, a pesquisa histórica de Paul Johnson e Daniel-Rops ou, quem sabe ainda, a famosíssima mitologia de J.R.R. Tolkien. Não por acaso, C.S. Lewis, outro autor cristão de renome internacional, acabou deixando a bobagem agnóstica para trás justamente pelo exemplo do amigo criador d’O Senhor dos Anéis:
[...] Lewis achava difícil aceitar o fato de que seu novo amigo era um dos homens mais interessantes, intelectuais e inteligentes que ele jamais havia conhecido e ainda um cristão devoto - e católico, para começar.[5]
A cruzada ateísta contra a fé cristã não só abre caminho para a falsificação do conceito de realidade, como também para o ressurgimento do paganismo. Quando não se crê em Deus, acaba-se crendo em tudo. “A superstição” – recorda-nos G.K. Chesterton – “ocorre em todas as épocas, e especialmente em épocas racionalistas”[6]. E o resultado não podia ser outro, senão o que já foi visto em todos os períodos em que a humanidade foi deixada à mercê dos falsos deuses. O cristianismo, por sua vez, baseia-se em outra medida: Nosso Senhor Jesus Cristo. É Ele que vem a nós, é Ele o nosso fundamento. A partir disso, constitui-se grande verdade a afirmação do Papa Francisco, na última Mensagem para o dia mundial da paz:
[...] Uma verdadeira fraternidade entre os homens supõe e exige uma paternidade transcendente. A partir do reconhecimento desta paternidade, consolida-se a fraternidade entre os homens, ou seja, aquele fazer-se «próximo» para cuidar do outro.[7]
Quando se coloca Deus entre parêntesis, pretendendo-se assim dar prioridade aos bens materiais, econômicos e políticos, começa-se por incutir no coração do homem uma lógica gladiadora, na qual todos são nivelados à condição de objeto. É humano aquele que tiver mais poder. Disso nasce a famosa frase do ateu Jean-Paul Sartre: “o inferno são os outros”. O homem deixa de ser irmão para se converter em obstáculo. E uma tal lógica só poderia “terminar por caminhos equivocados e com receitas destruidoras.”[8] Diz-nos o evangelho que uma árvore é reconhecida pelos seus frutos. Certamente, 262 milhões de mortos não são o que poderíamos chamar de “bons frutos”.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. A história da guerra de Cristiada pode ser vista no ótimo filme For Greater Glory, em que se retrata a saga do menino José Sanches del Río, martirizado pelos algozes do governo, e beatificado pelo Papa Bento XVI, em 2005.
  2. Pio XI, Carta Encíclica Mit Brennender Sorge (14 de março de 1937)
  3. Olavo de Carvalho, O tamanho do crime, in Diário do Comércio (19 de fevereiro de 2009)
  4. Bento XVI, Sessão inaugural da V Conferência do episcopado da América Latina (13 de maio de 2007), n. 3
  5. WHITE, Michael. J.R.R. Tolkien, o senhor da fantasia. Rio de Janeiro: DarkSide, 2013, p. 129
  6. CHESTERTON, Gilbert Keith. O homem eterno. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p. 123
  7. Francisco, Mensagem para a celebração do XLVII Dia Mundial da Paz (8 de dezembro), n. 1
  8. Bento XVI, Sessão inaugural da V Conferência do episcopado da América Latina (13 de maio de 2007), n. 3

Papa Francisco: Universidades e escolas católicas devem educar com amor e coerência

Foto Grupo ACI
VATICANO, 13 Fev. 14 / 02:53 pm (ACI/EWTN Noticias).- ”A educação católica é um dos desafios mais importantes para a Igreja”, comprometida na nova evangelização em meio de um contexto histórico e cultural em constante transformação, afirmou o Papa Francisco em seu discurso aos participantes na plenária da Congregação para a Educação Católica na Sala Clementina do Vaticano.

A agenda da plenária está centrada na atualização da Constituição Apostólica Sapientia Christiana, a consolidação da identidade das universidades católicas e a preparação de dois aniversários em 2015: o 50º da declaração conciliar Gravissimum educationis e o 25º da Constituição Apostólica Ex-Corde Ecclesiae, que regula a todas as universidades católicas do mundo.

Francisco propôs aos participantes três aspectos: o valor do diálogo na educação, a preparação qualificada dos formadores e a responsabilidade das instituições educativas:

“Efetivamente –disse referindo-se ao primeiro ponto–, as escolas e universidades católicas são frequentadas por muitos estudantes não cristãos e inclusive não crentes. As instituições católicas oferecem a todos uma proposta educativa que tem como objetivo o desenvolvimento integral da pessoa, que responde ao direito de todo ser humano a ter acesso ao saber e ao conhecimento”.

“Mas, estão igualmente chamadas a oferecer a todos, com pleno respeito à liberdade de cada indivíduo e dos métodos próprios do entorno escolar, a proposta cristã, quer dizer Jesus Cristo como sentido da vida, do universo e da história. Jesus começou a pregar a boa nova na ‘Galileia dos gentios’, uma encruzilhada de pessoas de diferentes raças, culturas e religiões”.

Esse contexto, explicou o Papa, “se assemelha em alguns aspectos ao mundo de hoje. As mudanças profundas que levaram à difusão de sociedades multiculturais requerem dos que atuam no setor escolar e universitário que empreendam itinerários educativos de confronto e de diálogo, com uma fidelidade corajosa e inovadora que saibam promover o encontro entre a identidade católica com as várias ‘almas’ da sociedade multicultural”.

Falando do segundo aspecto, a preparação qualificada dos formadores, o Papa assinalou que “não se pode improvisar” e que “se deve fazer seriamente”. Deste modo recordou que durante o seu encontro com os Superiores Gerais, destacou que a educação nos nossos dias “está dirigida a uma geração que muda, e que, portanto, todo educador –e toda a Igreja que é mãe educadora– estão chamados a ‘mudar' no sentido de ser capazes de comunicar-se com os jovens que têm em frente”.

“A educação é um ato de amor, é dar a vida. E o amor é exigente, pede empregar melhor os recursos, apaziguar as paixões e iniciar um caminho de paciência junto aos jovens. O educador nas escolas católicas deve ser antes de tudo muito competente, qualificado e, ao mesmo tempo, rico em humanidade, capaz de estar entre os jovens com estilo pedagógico para promover seu crescimento humano e espiritual. Os jovens necessitam de qualidade de ensino e os valores não devem ser somente enunciados, mas testemunhados. A coerência é um fator indispensável na educação dos jovens. Coerência! Não se pode fazer crescer, não se pode educar sem coerência: coerência, testemunho”.

O Santo Padre ressaltou que “por isso o educador necessita ele mesmo uma formação permanente. É necessário investir para que os docentes e os dirigentes possam manter a sua profissionalidade em alta e também a sua fé e a força das suas motivações espirituais. E também nesta formação permanente me permito sugerir a necessidade de retiros e exercícios espirituais para os educadores”.

“É belo fazer cursos sobre este aspecto, mas também é necessário fazer os exercícios espirituais, retiros, para rezar! Porque a coerência é um esforço, mas é, sobretudo, um dom e uma graça. E devemos pedi-la!”.

Quanto à responsabilidade das instituições educativas de “expressar uma presença viva do Evangelho no campo da educação, da ciência e da cultura”, o Papa Francisco reiterou a necessidade de que as instituições acadêmicas católicas “não se isolem do mundo, mas saibam entrar com coragem no areópago das culturas atuais e colocar-se em diálogo, conscientes do dom a oferecer a todos”.

“A educação –concluiu– é um grande pátio aberto, onde a Igreja sempre esteve presente com suas próprias instituições e projetos. Hoje temos que fomentar este compromisso em todos os níveis para renovar a tarefa de todos aqueles que estão comprometidos na perspectiva da nova evangelização”.

Igreja ‘corta a própria carne’ e reduz sacerdote ao ‘estado laical’ após processo eclesiástico, na Itália.


pedofilia
Pode a justiça Vaticana, em um caso de pedofilia, chegar antes do que a italiana com uma sentença definitiva? E parecer assim ainda mais firme e inflexível? Pode!
Prova disso é um caso resolvido recentemente pelo Santo Ofício: o do padre Marco Mangiacasale , o sacerdote da diocese de Como, na Itália, já condenado nos dois primeiros níveis do processo penal a três anos, cinco meses e 20 dias de prisão por abusos sexuais de quatro meninas menores de idade.
O ex-pároco e depois ecônomo da paróquia de San Giuliano, com uma sentença assinada pelo papa argentino e pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Ludwig Müller, no último dia 13 de dezembro, foi “reduzido ao estado laical”.
O procedimento, que ocorreu depois de uma investigação (Investigatio praevia) do delegado da averiguação, o padre Andrea Stabellini como vigário judicial, equivale, para um sacerdote, à pena máxima aplicável segundo o Direito Canônico. 
E é uma medida que, nesse caso, a Santa Sé tomou não através de um processo tradicional, com as testemunhas e a defesa. Mas até escolhendo a via administrativa, a mais rápida, dado o grau de certeza do Vaticano.
A redução do padre Mangiacasale ao estado laical é a primeira de que se tem notícia para um sacerdote italiano com Francisco. Outro caso, enfrentado no ano passado pelo Santo Ofício, é o do padre australiano Greg Reynolds.
A Congregação para a Doutrina da Fé trabalha intensamente: no biênio 2011-2012, os padres despojados por Bento XVI do seu ministério sacerdotal foram cerca de 400. A fonte comenta, sem se admirar: “Essa é a política, que, em linguagem secular, poderia ser definida como justicialista, introduzida por Ratzinger quando, como cardeal, dirigia o Santo Ofício. Antes como prefeito e depois como pontífice, a fim de reprimir o triste fenômeno, ele introduziu uma legislação inflexível e, em alguns casos, não garantista”.
No documento, o Papa Francisco e o prefeito Müller dão a faculdade ao bispo da diocese de Como, Dom Diego Coletti, de divulgar a notícia. No dia 30 de janeiro, uma quinta-feira à noite, Coletti convocou ao seu escritório, das 21h às 22h30min, as famílias envolvidas. Todos de pé, foi feita a leitura das disposições da hierarquia eclesiástica.
O padre Marco Mangiacasale foi reduzido ao estado laical, não poderá trabalhar como educador nas escolas católicas, nem participar de qualquer modo de grupos ou organizações onde jovens estejam presentes”. O documento vaticano já havia sido assinado por Marco Mangiacasale.
Marco Mangiacasale, que, à espera da sentença definitiva da Cassazione [Supremo Tribunal de Justiça italiano], já descontou, de 8 de março a 26 de maio de 2012, dois meses de isolamento na prisão de Bassone, em Como, e agora se encontra protegido na casa da irmã, indenizou as famílias, como ordenou a justiça civil. Agora, a justiça vaticana também interveio.

Alguns grupos tentam IMPOR sua visão da vida, sem admitir qualquer possibilidade de crítica às suas ideias.

LIBERDADE-DE-EXPRESSÃOO blog “Profesionales por la Ética” (Espanha) publicou recentemente um texto sobre os neodireitos com relação à ideologia de gênero. Mas este conceito tem mais dimensões, apresentadas a seguir:
 
Com o neodireito de que a mulher disponha do seu próprio corpo (como se não dispusesse dele em cada uma das suas ações) sem “imprevistos” que lhe recordam suas diferenças com relação aos homens, viola-se o direito fundamental à vida de crianças que nunca poderão reclamar nem exigir que estes direitos, que amparam todos, as amparem também.
 
Com o neodireito aos novos modelos de família e sua equiparação ao casamento, dilui-se e degrada-se a célula base da sociedade, cuja origem e razão de ser não foram inventadas pelo homem sem sentido, mas constituem uma estratégia biológica para a sobrevivência e bem-estar dos filhos.
 
Com o neodireito dos homossexuais a adotar crianças, esquece-se o direito fundamental dos menores de ter um pai e uma mãe, bem como a um ambiente natural e benéfico para a sua formação.
 
Com o neodireito estatal de impor uma visão ética e moral controversa desde a infância, esquece-se o direito dos pais de educar seus filhos segundo suas convicções, bem como o direito das crianças de serem crianças.
 
Com os neodireitos de alguns grupos de impor a todos sua visão da vida, sem possibilidade de crítica, todos nós perdemos a liberdade de expressão e de pensamento (Relatório Lunaceck).
 
Acreditamos que a democracia deve permitir a liberdade de expressão e religiosa; queremos continuar sendo livres; queremos continuar educando nossos filhos segundo os nossos valores; acreditamos no casamento como base natural de uma sociedade; queremos que as crianças tenham direito a uma família que lhes permita seu desenvolvimento nas condições mais idôneas.
 
Acreditamos firmemente que a ideologia de gênero, com sua progressiva implantação social desde a infância, não nos leva a uma sociedade melhor, mas todo o contrário. Por todas estas razões, profissionais de diversos âmbitos se unem à mobilização europeia a favor do casamento natural e do direito das crianças de terem um pai e uma mãe.
 
Como juristas, defendemos que a lei proteja os menores e lhes proporcione um referencial masculino e feminino claro e estável.
 
Afirmamos igualmente que a família constituída por um homem e uma mulher é a base da sociedade e merece um reconhecimento jurídico, bem como um tratamento social e político preferenciais.
 
Como educadores, nós nos rebelamos frente às imposições ideológicas nas escolas que desnaturalizam a realidade e questionam a identidade sexual das crianças e jovens, chegando ao extremo (com o pretexto da igualdade de gênero) de não deixar os meninos jogarem futebol no pátio da escola.
 
Como profissionais da saúde, proclamamos que a educação sexual imposta pelos governos nos últimos anos foi um fracasso absoluto que só provocou infelicidade, gravidezes de menores e crescimento do número de abortos cirúrgicos e farmacológicos.
 
Como cidadãos, exigimos o restabelecimento da instituição matrimonial na legislação, com todos os benefícios que a sociedade lhes deve e com a exclusividade para a adoção de menores.
 
Combateremos a perversão dos direitos naturais, instrumentalizados por minorias antifamília, como o lobby homossexual, que pretendem impor-se ao conjunto da sociedade com a força dos antigos totalitarismos.
 
(Artigo de Alicia V. Rubio Calle, publicado originalmente por Profesionales por la Ética)

Lei da eutanásia infantil na Bélgica, já aprovada pelo parlamento, celebra a cultura da morte.

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Santo Deus! Dias estranhos estes. Tenho procurado resposta para alguns enigmas, sem sucesso até agora. É incrível como a luta em defesa dos direitos humanos convive de modo harmônico com a cultura da morte. A Bélgica decidiu tornar legal a eutanásia de crianças em qualquer idade.
Leiam o que vai na VEJA.com. Volto em seguida.
A Bélgica aprovou nesta quinta-feira a eutanásia em crianças de qualquer idade com doenças terminais. A votação da nova lei, no Parlamento, teve 86 votos a favor, 44 contra e 12 abstenções( veja placar acima)  A lei passará a valer quando for assinada pelo rei Philippe — tornando o país o primeiro do mundo a remover qualquer limite de idade para a prática. A Holanda, por exemplo, permite que a eutanásia seja feita em crianças a partir dos 12 anos caso haja consentimento dos pais. Outros países europeus que descriminalizaram a eutanásia são Luxemburgo e Suíça.
Pesquisas de opinião sugerem que a medida tem apoio popular na Bélgica, onde a eutanásia se tornou legal em pessoas com mais de 18 anos em 2002. Líderes cristãos, muçulmanos e judeus criticaram o projeto em uma rara declaração conjunta. Para a oposição, crianças não são capazes de tomar a decisão sobre se desejam morrer. De acordo com a emissora britânica BBC, parlamentares favoráveis à lei argumentaram que a medida vai afetar um número muito pequeno de crianças, provavelmente as mais velhas.
A medida estabelece que a eutanásia poderá ser solicitada caso a criança apresente sofrimento físico e tenha uma doença terminal sem tratamento, com morte inevitável a curto prazo. A decisão sobre a eutanásia deve ser aprovada pelos pais da criança, por médicos e por um psicólogo que comprovem a capacidade de discernimento do paciente para tomar essa decisão.
Comento
É possível, sim, que a lei acabe sendo pouco, sei lá como dizer, “acionada”. A questão grave aí é de princípio mesmo. Nem tem a criança, mesmo com condições de se comunicar com clareza, discernimento o suficiente para opinar sobre algo tão… definitivo nem me parece razoável, como princípio de civilização, que outros possam definir quem continua ou não vivo, ainda que pais, médicos e psicólogos.
Tudo está preparado para a falsa polarização entre a sociedade laica e as religiões, já que cristãos judeus e muçulmanos criticaram a aprovação da lei, como se a defesa incondicional da vida fosse expressão de um dogma que interessa a hierarcas religiosos. Até onde alcanço, deveria ser um fundamento inegociável do humanismo, com ou sem Deus.
Sem Deus? Pois é… Quem precisa Dele quando os homens sabem, não é mesmo?, quem pode nascer, viver e morrer?
Por Reinaldo Azevedo

Fecharão centenas de igrejas na Holanda, prevê associação dedicada a preservar prédios religiosos no país.


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Cena triste e, ao mesmo tempo comum, na Europa. Observe a faixa preta com a inscrição “I’m not a Church” (Eu não sou uma Igreja) na frente do templo em Copenhagen ( Dinamarca).  Prédios que abrigaram cultos no passado estão sendo vendidos porque caíram no desuso! Alguns viram bares, outros bibliotecas, outros boates. Um continente outrora cristão e hoje ateu, humanista, materialista.
Rezemos pela Europa!
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Entre 600 e 700 igrejas católicas serão dessacralizadas e entregues a uso profano nos próximos cinco anos, informou o jornal oficioso vaticano L’Osservatore Romano, citado por CWN. 
O jornal vaticano citou estatísticas da “Future for Religious Heritage”, associação dedicada a preservar os prédios religiosos. Entre 400 e 500 locais de reunião protestantes também serão desafetados até 2018.
A Holanda conta com 1.267 igrejas paroquiais católicas, só ficam 2.804 padres e apenas 179 seminaristas, segundo as estatísticas Vaticanas.
Na Holanda fecham duas igrejas por semana, segundo a agência Reuters. Um dos problemas menores – mas quão importante – é o destino das obras de arte sacras.
Em sentido contrário, congregações tradicionais andam à procura desses objetos religiosos tão simbólicos e necessários para o culto, acrescenta Reuters.
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Objetos sacros podem acabar como neste Café em Tóquio
Esse “espírito” dizimou clero e fiéis, e agora chegou ao ponto – aliás, anunciado como objetivo do progressismo – de liquidar o patrimônio eclesiástico.
Na igreja de Eindhoven, o altar foi enviado para a catedral da República Dominicana, mas o prédio sagrado foi transformado num posto de saúde, bem no gosto do progressismo miserabilista e anti-tradicional.
Ouras igrejas católicas viraram livrarias ou teatros, enquanto os objetos religiosos foram repassados para igrejas na Ucrânia.
Essas transferências são as menos chocantes. Segundo Eugene van Deutekom, arquivista e historiador diocesano reconheceu que há tantos objetos religiosos sobrando que custa achar igrejas que os aceitem. A solução menos pior seria doá-los a museus.
A frequentação dos católicos à Missa dominical foi a mais alta da Europa antes do Vaticano II, mais de 90%, disse o Pe. Jan Stuyt de Nijmegen.
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Inglaterra: igreja transformada em moradia, Northumberland
“Agora estamos abaixo do nível da Franca”, com uma frequentação inferior a 10% dos fiéis. A igreja modernizada não atraiu ninguém e repeliu a maioria.
Entre 1970 e 2008, já foram demolias 205 igrejas católicas holandesas, enquanto outras 148 foram convertidas em lojas, centros de saúde, restaurantes, apartamentos ou ainda outros usos não explicados.
Marc de Beyer, curador do Museu Catharijnecovent de Utrecht reconheceu que há um super-fornecimento de obras de arte religiosas provenientes das igrejas dessacralizadas: por volta de 150.000 objetos sagrados.
Entrementes, o temido risco de esses objetos sagrados serem usados de formas que tocam na blasfêmia ou escarnio da religião tem se verificado. Alguns bares e discotecas utilizam desrepeitosamente ou com intenções blasfemas.
Sem falar do temor, que muitos dos prédios sejam convertidos em mesquitas.
Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio

Sinal dos Tempos: Homem gasta mais de R$ 40 mil para se transformar em diabo


13.02.2014 -
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Com a língua bifurcada, dentes afiados e chifres que brotam da testa, Diablo Delenfer, 43, de Kent, pode parecer o demônio encarnado para a maioria das pessoas. Agora, o ex-segurança que se autodescreve como “artista da modificação do corpo” terá também parafusos implantados em seu crânio em uma tentativa de criar um moicano de metal diabólico. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.
Como não há licença ou regulamentação para a modificação do corpo no Reino Unido, toda o procedimento será feito sem anestesia. “Em tudo o que fiz, estive completamente consciente, completamente acordado”. Ele conta que já gastou mais do qeu 10 mil libras (em torno de R$ 40 mil) nessa trajetória de transformação. “Ser um Devil Man não é algo barato!”, brinca.
Entre as operações que já fez até agora, Diablo Delenfer – cujo nome real é Gavin Paslow – teve a língua cortada em duas partes, implantes sub-cutâneos que deram lugar a um par de chifres e uma tatuagem no globo ocular que se transformou o branco de seus olhos em dois brilhantes vermelhos.
n/d
Apesar da dor, ele não tem planos de parar. Ele afirma que é muito curioso e que a modificação do corpo faz parte de sua jornada de vida. “É um pouco estranho, um pouco excêntrico, mas é o que eu sou.”
Enquanto ainda nao concretiza sua ambição de ter uma cauda orgânica, ele se contenta com as orelhas pontudas e com a série de tatuagens que agora cobrem o rosto e os braços. “Relacionamentos são um problema sério, para ser honesto”, afirma. “Estou procurando por alguém que possa ver por detrás da máscara”, completa.
Ele conta, ainda, que chama muita atenção na rua e que se diverte com isso. “Algumas pessoas se assustam e outras não entendem, mas é muito divertido”, conclui.
Fonte: Terra noticias