quarta-feira, 13 de junho de 2012

O autêntico cristão JAMAIS será homofóbico!



Publicamos a seguir um artigo de reflexão do nosso colaborador especialista em Bioética, Pe. Hélio Luciano, membro da comissão de bioética da CNBB.
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Nas últimas semanas temos acompanhado novas discussões sobre leis contra a homofobia – discussão que volta à tona pelo seminário organizado pela Senadora Marta Suplicy sobre o Projeto de Lei da Câmara 122/2006 (mais conhecido como PLC 122) e pelas propostas para o novo Código Penal Brasileiro. Com base nessas discussões, poderíamos perguntar-nos, qual é a posição dos católicos em relação à homofobia?
É já ideia comum entre os não-católicos – e infelizmente entre muitos católicos também – pensar que nós, católicos, somos homofóbicos. Nada mais equivocado. Atitudes de violência física ou moral, ridicularizações – ou o famoso bullyng, que agora está de moda – são tão contrários à doutrina católica como qualquer outro pecado contra a caridade. Sendo assim – repito para deixar bem claro – não somos e jamais seremos homofóbicos se queremos seguir a Cristo.
Ao mesmo tempo somos também contrários aos atuais projetos de lei propostos e já citados. Por sermos homofóbicos? Não. Mas por diversas outras razões.
A primeira delas é por ser um projeto legislativamente desnecessário. Contra a violência – seja física ou moral – e contra a discriminação, já existem leis às quais as pessoas que se sintam injustiçadas podem recorrer. Não é necessário criar uma nova lei, mas sim fazer que as leis já existentes se apliquem de fato. Porque estamos vivendo em uma tendência de multiplicar leis que já existem?
Em segundo lugar, a lei apresentada é contrária à liberdade de expressão e à liberdade religiosa. É verdade que a liberdade de expressão não é e não pode ser absoluta – por exemplo, ninguém nunca pode incitar à violência recorrendo à liberdade de expressão.Mas também é verdade que, com a nova lei, os limites do que poderá ser interpretado como agressão ou não-agressão – do ponto de vista moral – serão muito frágeis. Se um pastor protestante ou um sacerdote católico lerem ou pregarem sobre a 1ª Carta de São Paulo aos Corintios – Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os ladrões herdarão o reino de Deus – não poderá alguém recorrer à “nova” lei por sentir-se agredido? Se um sacerdote negar a comunhão a um “casal” homossexual, estes não poderiam acusar ao sacerdote de “homofóbico”?
Queremos apenas a liberdade de poder afirmar aquilo em que acreditamos. De poder dizer claramente, sem nenhuma pretensão de ofender a ninguém, que uma pessoa que vive atos homossexuais está ofendendo a Deus. De poder oferecer ajuda – somente àquelas pessoas que queiram e acreditem que precisam ser ajudadas – a que vivam o amor de Deus em plenitude. Queremos ser livres, sem ofender a ninguém, mas ser de fato livres para pensar.
Em um artigo escrito há aproximadamente dois anos sobre este mesmo tema, fui acusado em um blog – por pessoas que não me conhecem – de ser pedófilo, pederasta, homossexual, etc. Tudo isso pelo simples fato de ser sacerdote. Como sabemos, a discriminação atual contra a Igreja e contra os sacerdotes não são casos isolados – somos os únicos que não temos mais direito à liberdade. Devemos criar então uma lei de “sacerdociofobia” ou “eclesiofobia”por causa disso? Não. Por que então reivindicam que para os grupos homossexuais é necessária uma lei específica?
**Pe. Hélio é graduado em filosofia e teologia pela Universidade de Navarra, na Espanha, Mestrado em bioética pela mesma Faculdade; Mestrando em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (PUSC), na Itália, doutorando em bioética pela Faculdade de Medicina do Campus Biomedico di Roma (UNICAMPUS), na Itália e Membro da Comissão de Bioética da CNBB.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo emérito de Guarulhos e valente defensor da vida, chamado à casa do Pai

Guarulhos, 13 Jun. 12 / 10:28 am (ACI) 


“É com grande pesar que a Diocese de Guarulhos comunica que na manhã desta quarta-feira, dia 13 de junho de 2012, às 4h05min, no Hospital Stella Maris, o Exmo. Sr. Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Emérito de Guarulhos, entregou serenamente sua alma a Deus, após longo período de enfermidade”. Esta foi a mensagem deixada no site da diocese pelo seu atual bispo diocesano Dom Joaquim Justino Carreira.

“A Diocese de Guarulhos agradece a Deus por todo o trabalho, dedicação e entrega generosa desse apóstolo que a apascentou por quase vinte anos, pautando seu ministério episcopal no anúncio incansável do Evangelho, tornando o Cristo mais conhecido e amado, conforme seu lema episcopal: “Oportet illum crescere” (É necessário que ele cresça – Jo 3,30)”, afirma ainda a nota de Dom Justino.

Missa Exequial será celebrada dia 14 de junho, às 16h, na Catedral Diocesana Nossa Senhora da Conceição, Praça Tereza Cristina, 01, Centro, Guarulhos, seguindo-se o sepultamento na cripta da Catedral.

Dom Bergonzini ficou conhecido pela sua luta pelo direito à vida de maneira especial durante a eleição presidencial de 2010 na qual o bispo ofereceu fortes declarações afirmando que os católicos não podem votar em candidatos que apóiem o aborto.

A luta de Dom Bergonzini rendeu-lhe não poucas críticas por parte da mídia, grupos feministas e pró-aborto e até mesmo de um membro do episcopado brasileiro, Dom Demétrio Valentini, um conhecido propulsor da teologia marxista da libertação.

Em 2011 Dom Bergonzini recebeu da entidade pró-vida Human Life International o prêmio Cardeal Von Gallen, pelos seus constantes esforços na luta contra a legalização do aborto e pelos direitos do nascituro.

O último projeto que Dom Bergonzini propôs para defender a vida foi a CPI da verdade sobre o Aborto, um pedido de uma comissão de inquérito para esclarecer os fatos sobre a prática anti-vida no Brasil, seu financiamento e os interesses atrás da sua promoção como “direito” e “tema de saúde pública”. 

Os escritos e testemunhos do bispo pró-vida, alguns escritos direto do hospital em que estava internado, podem ser vistos no seu blog: 
www.domluizbergonzini.com.br

Presença da Igreja em Vigília Ecumênica que promove “direitos sexuais e reprodutivos” é preocupante, afirma perito

RIO DE JANEIRO, 13 Jun. 12 / 11:28 am (ACI)



No contexto da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio +20, membros de diversas religiões promoverão uma Vigília Ecumênica na noite deste 17 de junho, na qual formarão uma espécie de candelabro humano, acendendo velas para pedir pela defesa de sete direitos humanos, entre eles, os “direitos sexuais e reprodutivos”. Segundo o perito peruano em temas de vida e família, Carlos Pólo, a presença da Igreja Católica no evento poderia dar a entender que Ela apoia estes supostos “direitos”, rechaçados e criticados reiteradamente pelo Magistério Pontifício e pelas representações da Santa Sé ante a ONU .

Segundo o artigo de Polo intitulado “Vigília Ecumênica na Rio + 20: preparam fraude mediático para mostrar a Igreja Católica apoiando Direitos Sexuais e Reprodutivos”, aparecido nesta terça-feira, 12, o diretor para América Latina do Population Research Institute, uma entidade especializada em temas de defesa da vida e população, afirma que “diversos analistas e representantes de organizações internacionais nos advertiam que a Rio + 20 seria uma oportunidade ideal para pressionar a Igreja Católica”. 

“Os lobbystas dos direitos sexuais e reprodutivos não perderão oportunidade para desinformar a opinião pública, principalmente católica, neste Continente para mostrar uma foto de um católico acendendo uma vela por sua causa”, revela o diretor do PRI para o continente latino-americano.

A controvertida Vigília é iniciativa de uma “coalizão ecumênica e inter-religiosa” chamada "Religiões por Direitos" (RdP) formada especialmente para a Cúpula dos Povos, um evento cujo comitê organizador reúne entidades de cunho marxista como a Central Única dos Trabalhadores, e de corte feminista como a Marcha Mundial das Mulheres.  

O site oficial da Cúpula detalha que para a Vigília “serão escolhidas cerca de cinco lideranças das principais redes que compõem a Cúpula dos Povos para que apresentem aos participantes seus desejos por um mundo melhor e toquem o sino da paz”. Porém, o momento central do evento do dia 17 será a leitura de sete direitos que a coalizão ecumênica “Religiões por Direitos” apóia. 

“Durante a leitura de cada direito, um grupo acenderá velas e, ao final da leitura, um enorme candelabro se formará entre o público. Os sete direitos propostos pela RpD são os direitos das Comunidades Tradicionais; à Água e pela proteção do meio ambiente; à Alimentação; Direitos Sociais; Direitos Humanos, Sexuais e Reprodutivos; à Educação e Cultura; à comunicação”, afirma ainda a página web do evento.

Carlos Polo indicou que o conceito "Direitos Sexuais e Reprodutivos", foi “reiteradamente desqualificado pelo Magistério Pontifício e extremamente criticado pela Missões da Santa Sé na ONU tanto em Genebra como em Nova Iorque”. “A vinculação destes conceitos com o aborto, a homossexualidade e outros ameaças à vida e à família foi explicada com precisão pelo Lexicon, publicado pelo Pontifico Conselho para a família alguns anos atrás”, sublinhou.

Para Carlos Polo que participou da Conferência de Aparecida em 2007, “esta situação não é nova”.
“Organizações vinculadas à chamada Teologia Marxista da Liberação se enfocaram em reivindicar os temas ecológicos junto à ideologia de gênero e aos direitos sexuais e reprodutivos. Nessa ocasião, eles não só foram rechaçados pelos Bispos no texto final do documento de Aparecida, mas denunciou-se esta ideologia como anti-cristã”, concluiu Polo.



Polo relata também que a possível participação de algumas organizações católicas, especialmente aquelas vinculadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil na Vigília Ecumênica, é um fato “preocupante”. 

Segundo o blog oficial da CNBB a entidade participará da Cúpula “por meio de duas Comissões Episcopais: a da Caridade, Justiça e Paz e a do Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso, além da Comissão Brasileira de Justiça e Paz”. A assessoria de Imprensa da entidade disse-nos que o setor não estava informado sobre a presença de membros destas comissões na Vigília Ecumênica. O grupo ACI tentou entrar em contato na manhã da quarta-feira, com os responsáveis pelas comissões de Ecumenismo e Justiça e Paz da CNBB, mas estes não se encontravam disponíveis. 

Por outra parte, Dom Antônio Augusto Duarte, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro garantiu a fontes da nossa agência que “nenhuma autoridade eclesiástica estará na Vigília Ecumênica”. O prelado ressaltou ainda que a Santa Sé enviará uma delegação de especialistas à Rio +20 como observadores, com o fim de analisar o conteúdo das propostas advindas da conferencia e especialmente os objetivos daquelas que poderiam significar investidas contra a dignidade da vida humana e da família.

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, será o enviado especial do papa Bento XVI e chefe da Delegação da Santa Sé na Rio+20, que se realiza entre os dias 13 e 22 de junho na cidade do Rio de Janeiro. Segundo o Jornal O São Paulo, Dom Odilo foi comunicado da nomeação pelo núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D'Aniello, por carta datada de 29 de maio. 

A carta do Núncio informa, ainda, que também farão parte da Delegação da Santa Sé o arcebispo Dom Francis Chullikatt, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, os padres Philip J.Bené e Justin Wylie, e o advogado Lucas Swanepoel.

Pesquisa revela os perigos de famílias com pais homossexuais



Pesquisa revela os perigos de famílias com pais homossexuais
Dois estudos divulgados na última semana contrariam as ideais amplamente divulgadas que famílias com dois pais ou duas mães gays são iguais – ou talvez melhores que – casais tradicionais.
“A alegação empírica que não existem diferenças notáveis ​​devem desaparecer”, acredita o  professor de sociologia na Universidade do Texas, Mark Regnerus ao publicar seu estudo na revista científica de Ciências Sociais.
Usando conjunto de dados de entrevistas com cerca de 3.000 adultos jovens selecionadas aleatoriamente, Regnerus dividiu os dados em 40 tipos de grupos, considerando os resultados sociais, emocionais e de relacionamento. Ele descobriu que, quando comparados com adultos criados em casais tradicionais, as pessoas criadas por duas mães lésbicas tiveram resultados negativos em 24 das 40 categorias, enquanto os adultos criados por pais gays tiveram resultados negativos em 19 categorias.
Mark Regnerus norteou outro estudo de impacto na sociedade pela pergunta: “Qual a diferença dos adultos criados por pais homossexuais?” A resposta, tanto na literatura acadêmica quanto no imaginário do público americano, provou ter mudado drasticamente nos últimos 15 anos.
Durante um evento promovido pelo Institute for American Values, ele mostrou que no final da década de 1990, famílias heterossexuais eram “consideradas o melhor ambiente para crianças”. Agora, já predomina a noção de que não há “nenhuma diferença significativa” na criação de crianças por casais gays. Finalmente, ele mostra que existe uma tendência crescente de afirmar-se que crianças “podem ser melhores se forem criadas por um casal gay”.
Embora existam pouquíssimas evidências que poderiam comprovar essa conclusão, defensores do casamento homossexual e da adoção gay declararam que isso já está provado. Segundo o professor Regnerus, o material mais famoso sobre esse ponto de vista foi publicado em 2010, assinado pelos cientistas sociais Judith Stacey e Timothy Biblarz, que afirmaram que pais homossexuais são iguais ou melhores do que as estruturas familiares tradicionais. O artigo já foi usado inclusive em tribunais norte-americanos em julgamentos de casos de adoção e raramente é questionado.
Os novos estudos de Regnerus foram desenvolvidos para reexaminar essa questão. Ele lembra que muitos estudos acadêmicos utilizam a chamada “técnica bola-de-neve”, que usam amostragens pequenas para fazerem projeções maiores.  O problema com essa abordagem popular é que ela restringe as entrevistas a uma fatia do público que são muito próximos em termos de educação, renda e posição social, resultando em uma compreensão limitada.
Em busca de um novo padrão, Regnerus e sua equipe entrevistaram 15.088 pessoas. Destas,  175 pessoas foram criadas por um casal de lésbicas, e 73 que foram criadas por pais gays.
Regnerus afirma que as crianças do estudo raramente passaram a infância inteira na casa de seus pais gays e seus parceiros. Por exemplo, 57% das crianças passaram mais de 4 meses com mães lésbicas, mas apenas 23% passaram mais de 3 anos com elas.  Por fim, Mark Regnerus buscou responder se crianças com os dois pais gays percebiam desvantagens quando comparadas com crianças criadas por seus pais biológicos.
Crianças com pais em relacionamentos homossexuais tiveram baixo desempenho em quase todos os quesitos. Um dado é particularmente preocupante: menos de 2% das crianças de famílias biológicas convencionais sofreram algum tipo de abuso sexual, mas o número correspondente às crianças de casais homossexuais é de 23%. Além disso, 14% das crianças de casais homossexuais passaram algum tempo em abrigos governamentais, comparado com 2% da média nos EUA. Os índices de prisão, uso de drogas e desemprego são bem maiores dentre filhos de casais homossexuais.
O estudo de Regnerus parece responder à questão hoje tão debatida,  se crianças criadas por casais homossexuais são diferentes: está claro que sim. De fato, a maior conclusão do relatório não é de que famílias homossexuais sejam negativas, mas mais uma afirmação de que famílias biológicas pai-mãe são mais positivas.
Mesmo assim, Regnerus adverte que sabe das críticas que receberá e que seu estudo não tenta “minar os argumentos” de quem defende os direitos dos homossexuais, nem deseja ligar os resultados de adultos problemáticos unicamente à paternidade gay. Seu objetivo é gerar mais discussão e possíveis novas pesquisas sobre a parentalidade gay.
Traduzido e adaptado de Washington Times e National Review