terça-feira, 1 de julho de 2014

Demônio e Espírito Santo podem estar na mesma pessoa?



Por Stefano Stimamiglio

Padre Gabriel Amorth, ouvimos falar que o demônio, como o resto dos anjos, sendo um ser espiritual, não tem formas definidas. Mas quando está numa pessoa, ele encontra maneiras e formas de se manifestar. O demônio pode se localizar em uma parte específica do corpo humano?

Não. Os demônios não têm uma localização específica, quando se encontram numa pessoa estão em toda ela. Quando a pessoa possessa entra em um momento de manifestação, o demônio, de alguma forma, “assume o comando”. Geralmente a pessoa fala em várias línguas, faz movimentos incontroláveis, blasfema e perde o controle de si mesma.

Neste caso, a possessão diabólica excluiria a presença do Espírito Santo?

Em se tratando dos espíritos não podemos raciocinar de maneira humana. O “espaço” representado por um corpo humano não é “preenchível”, como por exemplo, a água enche o espaço da piscina. Trata-se, no caso do demônio e do Espírito Santo, de dois espíritos rivais que podem conviver na mesma pessoa. Por outro lado, nota-se que diversos santos foram possuídos por espíritos maus, mesmo se, evidentemente, eram plenos do Espírito Santo. Como se explica isso sem admitir que é verdade o que eu disse?

Mas o Espírito Santo não pode expulsar o demônio?

Sim, mas o faz com a ajuda imprescindível das nossas orações, que representam o espaço da liberdade nas nossas escolhas. No Evangelho de Mt 9, 29 diz-se que certo tipo de demônio “não é possível expulsar senão pela oração e pelo jejum”. O demônio se camufla, esconde, porque sabe que no momento em que se revela com sinais marcantes, começa o seu fim. Começarão as orações, os exorcismos, as orações de libertação, intensificar-se-ão as missas. E ele não pode resistir à força da oração e do jejum. 

Quem deve rezar e jejuar?

Todos, a partir da pessoa que sofre com o espírito mau. Muito eficazes são também as orações dos familiares mais próximos, que com suas colaborações podem dar uma contribuição fundamental para criar um clima positivo na casa. A estas pessoas adiciono o exorcista, o pároco e outros que ajudam no trabalho de libertação dos oprimidos. 
Fonte: http://www.aleteia.org/

Que tipo de “ferro” nós somos?


Meu filho, não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando Ele te corrige; pois o Senhor educa a quem ama… é para a vossa educação que sofreis”. (Hb 12,6-7)

Existia na cidade um ferreiro que depois de uma juventude cheia de erros, de farras, até de roubos, encontrou Deus e mudou de vida, não quis mais fazer coisas erradas. Durante muitos anos trabalhou com capricho, praticou a caridade, ajudou muita gente, mas apesar de tudo isso parecia que nada dava certo na sua vida. Estava com muitas dívidas e outros problemas na sua família.

Uma bela tarde, um amigo que o visitou – e que tinha dó dele com os seus problemas, disse para ele: “É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem de Deus, sua vida começou a piorar. Eu não quero enfraquecer sua , mas apesar de toda a sua crença em Deus, nada tem melhorado para você; será que não é melhor esquecer esse Deus?”

O ferreiro não respondeu. Ele já havia pensado nisso, sem entender o que acontecia em sua vida. Até que encontrou a resposta. E disse para o amigo sem fé em Deus: “Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas, ferraduras, foices, enxadas, etc.. Você sabe como isto é feito? Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada. Logo, ela é mergulhada num balde de água fria e a oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da mudança de temperatura”.

Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é suficiente. O ferreiro fez uma longa pausa, e continuou: “Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue aguentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por enchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então, eu o coloco no monte de ferro-velho que você viu na entrada de minha ferraria”. Mais uma pausa e o ferreiro concluiu: “Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições. Tenho aceitado as marteladas que a vida me deu, e às vezes sinto-me tão frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mas a única coisa que peço é: “Meu Deus, não desista, até que eu consiga tomar a forma que o Senhor espera de mim. Tente da maneira que achar melhor, e pelo tempo que quiser – mas jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas”.

(Blog do Prof. Felipe Aquino)

Assista o vídeo: A lição de um pai e um filho: o “Time Hoyt”


Rick Hoyt, que tem paralisia cerebral, pediu ao seu pai Dick que o ajudasse a participar de uma maratona. Nos 30 anos seguintes, pai e filho participaram de numerosos Ironmans e diferentes competições esportivas; e encerraram sua grande aventura na maratona que os viu nascer: a de Boston.
 
Tudo começou em um dia de abril de 1984, e terminou em um dia de abril de 2014. Já se passaram 30 anos desde que Dick Hoyt se inscreveu para a Maratona de Boston, na qual conseguiu terminar a corrida arrastando o carro no qual estava seu filho Rick.
 
Alguns meses antes disso, Rick, que sofre de paralisia cerebral desde o nascimento, após um dia de passeio no qual ele corria na cadeira de rodas, empurrado pelo pai, disse que havia se sentido vivo depois de muitos anos. Motivado também por uma atividade beneficente para arrecadar dinheiro para um amigo de Rick, que havia sofrido um acidente, seu pai aceitou este desafio e decidiu participar de uma maratona. E conseguiu terminá-la!
 
Depois vieram os triathlons curtos e provas Ironman. Os Hoyt se tornaram uma fonte de inspiração mundial.
 
Em 2014, após 30 anos participando, pai e filho decidiram colocar um ponto final em sua relação de amor a esta lendária maratona.
 
A prova decidiu dedicar-lhes uma estátua, simbolizando o agradecimento da cidade ao seu esforço e sua ajuda para motivar milhares de pessoas no mundo inteiro.
 
Agora, com 74 e 52 anos, respectivamente, pai e filho decidiram que já era hora de “para o ritmo”, mas quiseram fechar este ciclo com broche de ouro, prestando uma homenagem à Maratona de Boston, que, em 2013, viveu uma experiência trágica, no brutal atentado ocorrido na linha de chegada.
 
Na hora do atentado, os Hoyt estavam no quilômetro 23 e tentavam chegar até o final, mas a polícia os impediu. De fato, Rick ficou sem sua cadeira de rodas e teve de ficar no colo do seu pai durante horas.
 
No entanto, Boston sempre foi a prova favorita de Rick, e seu pai e ele acreditam que ter corrido pela última vez em 2014 era uma dívida que tinham com este evento que lhes proporcionou tantas vivências maravilhosas nestes 30 anos.
 
(Artigo original publicado pelo Fórum Libertas)

Ele despertou após 15 anos em coma



Entre os riscos da legalização da chamada “morte digna”, cabe destacar aqueles corridos por pessoas que, tendo entrado em coma durante um longo período, podem ser desconectadas dos aparelhos que as mantêm com vida – em muitos casos por decisão dos próprios familiares, aconselhados pelos médicos.
 
Um exemplo disso é o caso de Mathew Taylor, um homem britânico que despertou ao ouvir a voz da sua namorada, após um ano em coma.
 
Recentemente, foi divulgado um caso ainda mais espetacular: Miguel Parrondo, que entrou em coma após sofrer um acidente de carro em 1987, despertou em 2002, graças à constância, amor e fé dos seus familiares.
 
Seu pai, médico dermatologista no mesmo hospital, se negou completamente a “desligar” seu filho, seis meses após o acidente.
 
De fato, quando Miguel chegou ao Hospital Juan Canalejo de A Coruña, nenhum médico tinha esperanças de que ele pudesse sair adiante. Nem sequer seu próprio pai, que, quando viu o estado em que seu filho chegou, pediu ao sacerdote do hospital que lhe desse a unção dos enfermos.
 
Estes fatos ocorreram em 1987, quando Miguel, aos 32 anos, voltava de uma noite de festa em companhia de duas amigas. Ele perdeu o controle da direção em uma curva e acabou colidindo com um muro, em seu Renault 5 GT Turbo. De repente, sua vida se tornou escuridão durante os 15 anos em que passou na UTI.
 
“Só Deus pode tirar a vida”
 
Durante esses 15 anos na UTI, sua mãe, seu pai e sua filha Almudena, com dedicação exclusiva, não saíram do seu lado. O principal motor dessa verdadeira maratona foi sua fé. Eles passaram mais de uma década da sua vida vendo Miguel através de um vidro.
 
Foram meses e anos de lágrimas, de esgotamento e de momentos muito duros, como quando os médicos lhes sugeriram que avaliassem a possibilidade de “desligar” Miguel.
 
“Queriam me desconectar, então meu pai reuniu seus colegas do hospital e lhes disse: ‘Só Deus pode tirar a vida’. Se não fosse por isso, eu não estaria aqui, porque não davam nada por mim. Meu pai teve fé”, contou Miguel.
 
Ele despertou em uma manhã de 2002. Sem saber como, abriu os olhos e a primeira coisa que viu, atrás da janela de vidro da UTI, foi sua mãe e sua filha. “Eu não sabia nada. Abri os olhos e vi minha mãe junto a uma menina. Olhei para a minha filha e perguntei: ‘Almudena?’ Porque eu me lembrava de que tinha uma filha com esse nome. E ela me respondeu: ‘Sim!’. Então eu disse: ‘Eu sou seu pai!’. Minha mãe chorava como uma criança e meu pai não conseguia acreditar.”
 
De fato, não há explicação médica alguma para o seu caso. Miguel havia acordado de um sonho de 15 anos e começava uma vida nova. Entrou em coma aos 32 anos e saiu aos 47.
 
“Foi como se eu tivesse dormido e acordado no dia seguinte. Quando vi minha filha, me assustei. Ela já estava formada e eu já era avô. Hoje ela tem 38 anos.”
 
A volta à vida
 
Após despertar, sua própria família lhe contou os detalhes de como foram todos aqueles anos. “Imagine como eu cheguei ao hospital, para que meu pai, médico, pedisse a um padre que me desse a extrema unção”, recordou.
 
“Depois, quando despertei, ele não acreditava, e me levou à Universidade de Santiago para que me vissem. Disseram-nos que o meu caso era único. Ou seja, sou um bicho estranho. E a minha mãe (que já faleceu) passava todos os dias na UTI vendo-me através do vidro; comia lá, dormia lá, não se separava de mim”, agradeceu.
 
Retornar à vida não foi fácil, foi um choque para Miguel. Ele teve sequelas físicas, dezenas de cirurgias e um mundo totalmente novo, que havia mudado a uma velocidade difícil de assimilar.
 
“Eu pareço um mapa rodoviário. Tiraram meu baço, uso uma prótese no ombro, lesões cranioencefálicas severas que provocaram uma hemiparesia (doença que diminui a força motora e paralisa parcialmente uma parte do corpo), devido às cicatrizes do cérebro. Estive mais morto que vivo.”