quinta-feira, 18 de julho de 2013

Estudos confirmam benefícios para a sociedade do Matrimônio e sua diferença – nos resultados sociais- da “coabitação”


Casamento e compromisso: a diferença que uma aliança faz

Estudos confirmam que a coabitação não é proveitosa para a sociedade
Por John Flynn, LC

O aumento do número de casais coabitando nos últimos anos pode levar à conclusão de que casar não faz diferença: esta suposição, porém, não é corroborada por alguns estudos recentes sobre casais.No mês passado, a Rand Corporation lançou um estudo intitulado “Intensidade da Coabitação e do Casamento: Consolidação, Intimidade e Compromisso”, de Michael Pollard e Kathleen M. Harris.
Os dois pesquisadores estudaram várias fontes de dados sobre os casais unidos em matrimônio e aqueles que coabitam sem estar casados.
No tocante à consolidação, o estudo revela que apenas 16,1% das mulheres que coabitam afirmam ter contas bancárias conjuntas com o parceiro, em contraste com 68,5% das mulheres que coabitaram antes de se casar e com 72,1% das mulheres casadas que não coabitaram antes do casamento.
Apenas 40,1% das mulheres que coabitam afirmam ter adquirido em conjunto com o parceiro bens ou serviços superiores a 500 dólares, contra mais de 80% das mulheres casadas (com ou sem coabitação precedente).
No âmbito da intimidade, o relatório encontra resultados semelhantes: os parceiros que coabitam relatam níveis significativamente mais baixos de intimidade em comparação com os casais unidos em matrimônio.
No tocante ao compromisso, os parceiros que coabitam também atingem níveis mais baixos que os casados. Nas uniões livres, há muito menos certeza sobre a duração do relacionamento e, portanto, o nível de compromisso é menor, em particular por parte dos homens.
“Vistos em conjunto, os resultados indicam uma nítida diferença de intensidade da relação entre a coabitação e o casamento”, conclui o estudo.
A Fundação Inglesa do Casamento (England’s Marriage Foundation) também observa uma diferença substancial entre os parceiros casados e os que apenas coabitam.
Em “O Mito das Relações Estáveis ​​de Longo Prazo Fora do Casamento”, estudo de Harry Benson publicado em 22 de maio, a fundação britânica demonstra que os parceiros não casados raramente conseguem garantir um lar sólido e estável para os filhos.
O relatório afirma que 45% dos adolescentes entre 13 e 15 anos não vivem com ambos os pais. Dos adolescentes que ainda vivem numa família unida, 93% têm os pais casados.
“De acordo com o que é mostrado pelo relatório, o governo tem ignorado a forte correlação entre o estado marital e a ruptura familiar. O governo prioriza as ‘relações estáveis ​​e duradouras’ ao desenvolver documentos de política familiar”, declara a fundação, em comunicado de imprensa.
A desagregação da família custa mais que o orçamento de Defesa inteiro, além de causar um dano social imensurável. Deveria ser claramente do interesse do governo e de quem paga impostos fazer um esforço para reduzir esta tendência devastadora”, ressalta o autor do estudo, Harry Benson.
A remoção do casamento dos documentos do programa de governo é incompatível com as evidências, diz o relatório. “Um grande número de fatores mostra que os pais casados ​​tendem a ser mais estáveis ​​que os pais solteiros”, prossegue o estudo.
Um relatório posterior, divulgado em 24 de junho pela mesma fundação, aponta que os índices de divórcio não são condicionados pela situação econômica.
Alguns analistas argumentam que há mais rupturas matrimoniais durante as crises econômicas, devido às pressões financeiras. Outros, observa o relatório, afirmam que a crise econômica provoca menos divórcios, porque os casais evitam os custos de separar-se e ter que comprar uma segunda casa.
De acordo com a pesquisa “Não É Questão de Economia: Outro Mito sobre o Divórcio Cai por Terra”, nenhuma das duas posições é confirmada pelos acontecimentos dos últimos anos.
Desde os anos 1970, os índices de divórcio sempre giraram em torno de 10% do padrão dos anos anteriores. Em três períodos de crise econômica, desde 1979, os números do divórcio aumentaram em dois casos e diminuíram no outro, diz o estudo, permitindo crer que o casamento é mais forte que o dinheiro.
“O primeiro ambiente em que a fé ilumina a cidade humana é a família”, sublinha o papa Francisco em sua primeira encíclica, a Lumen Fidei (52).
“Penso, em primeiro lugar, na união estável entre homem e mulher no casamento. Ela nasce do amor, sinal e presença do amor de Deus, do reconhecimento e da aceitação da bondade da diferença sexual, por meio da qual os cônjuges podem se unir em uma só carne (cf. Gn 2, 24) e gerar uma nova vida, manifestação da bondade do Criador, da sua sabedoria e do seu desígnio de amor”, diz a encíclica.
A credibilidade deste sábio e amoroso plano está se tornando cada vez mais evidente, à medida que são documentas as consequências do enfraquecimento do matrimônio.
“Prometer um amor que dure para sempre só é possível quando se descobre um desígnio maior dos próprios projetos, que nos sustenta e nos permite doar todo o futuro à pessoa amada”, diz ainda a encíclica, ressaltando claramente que o compromisso do casamento faz mesmo diferença.

Relatório Rand:
http://www.rand.org/content/dam/rand/pubs/working_papers/WR1000/WR1001/RAND_WR1001.pdf
Marriage Foundation: http://www.marriagefoundation.org.uk/Web/

Fonte: 
http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/35328

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