sábado, 15 de setembro de 2012

Arquidiocese de São Paulo divulga nota de repúdio ao pastor Marcos Pereira, presidente do Partido Republicado Brasileiro (PRB). Leia e entenda.



G1
A Arquidiocese de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (13) uma nota de repúdio ao pastor Marcos Pereira, presidente do Partido Republicado Brasileiro (PRB), atual coordenador da campanha de Celso Russomano à Prefeitura da capital paulista.
No texto, a entidade da Igreja Católica afirma que o PRB é “manifestadamente ligado à Igreja Universal”.
A assessoria de imprensa da campanha de Russomanno foi procurada pelo G1, mas até as 7h30 desta sexta-feira (14) não obteve retorno.
A nota da Arquidiocese critica um texto de Pereira publicado em seu blog, hospedado no portal de notícias da TV Record. No texto, segundo a nota da Arquidiocese de São Paulo, o pastor faz uma série de ataques à Igreja Católica. “Numa clara demonstração de destempero, ele atribui à Igreja o tal “kit gay” do governo [federal] e se coloca totalmente contra o ensino religioso nas escolas, esquecendo-se que o “Acordo Brasil-Santa Sé” poderá ser interpretado a favor de todas as religiões”, diz a nota da Arquidiocese de São Paulo, que tem à sua frente o cardeal Dom Odilo Scherer.
O texto classifica as opiniões publicadas por Pereira como manifestação de intolerância religiosa. “Atribuir o malfadado “Kit Gay” e os males da educação no Brasil à Igreja Católica não faz nenhum sentido e cheira a intolerância religiosa, que nunca foi e nem deverá ser alimentada ou incentivada. Atribuir esses males à influência do Vaticano é um disparate tão grotesco que, sendo verdade o tão propalado currículo, o dono dele deve ter passado por um devaneio”.
A nota da Arquidiocese  foi publicada no site da entidade.
Nos sites da campanha de Russomanno e de seu partido, o PRB, não há qualquer texto em resposta à manifestação da Igreja Católica em São Paulo.
NOTA DE REPÚDIO
O “Pastor” Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), do candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russumano, partido que é manifestadamente ligado à Igreja Universal, publicou no seu Blog, em um site vinculado ao portal da Record, uma série de ataques à Igreja Católica (“Qual o futuro da educação no Brasil?”  http://noticias.r7.com/blogs/marcos-pereira/2011/05/18/qual-o-futuro-da-educacao-no-brasil/ )
Numa clara demonstração de destempero, ele atribui à Igreja o tal “kit gay” do governo e se coloca totalmente contra o ensino religioso nas escolas, esquecendo-se que o “Acordo Brasil-Santa Sé” poderá ser interpretado a favor de todas as religiões. E não se impõe a ninguém, sendo a matrícula de livre escolha.
Qual seria o motivo para ataques tão gratuitos, infundados e ridículos à Igreja Católica em tempo de Campanha Eleitoral? Lamentavelmente, se já fomentam discórdia, ataques e ofensas, sem o Poder, o que esperar, se o conquistarem, mesmo parcialmente, pelo voto? É pra pensar!

Levou tempo e custou caro o retorno do Brasil à normalidade democrática. Vidas foram ceifadas até que os direitos mais elementares negados pelo regime militar fossem novamente respeitados.

Entre esses direitos, a reconquista do direito de expressão, de manifestação do pensamento, foi a mais festejada. Por isso mesmo, esse direito figura hoje entre os que mais são proclamados e defendidos. Até mesmo quando se ouvem ou se lêem posicionamentos ridículos, confusos, desrespeitosos e sem fundamento algum, como os de Marcos Pereira. Ele se pavoneia gritando um currículo invejável, como se isso lhe desse o direito de falar inverdades, para não dizer bobagens.

Deliciem-se os que gostam de perder tempo com as elocubrações fantasiosas de Marcos Pereira. Atribuir o malfadado “Kit Gay” e os males da educação no Brasil à Igreja Católica não faz nenhum sentido e cheira a intolerância religiosa, que nunca foi e nem deverá ser alimentada ou incentivada. Atribuir esses males à influência do Vaticano é um disparate tão grotesco que, sendo verdade o tão propalado currículo, o dono dele deve ter passado por um devaneio.

No seu destempero, Marcos Pereira vai mais longe, criticando o ensino religioso nas escolas, embora se afirme “Pastor”. Ele se bate contra a ditadura das minorias e nega o direito da maioria católica, que paga impostos e quer uma educação integral para seus filhos, educação intelectual, moral e religiosa.Queira ou não o nobre “jurista”, os católicos somam mais de 60% da população brasileira (dados do IBGE 2010).
***
Reinaldo Azevedo comenta a notícia em seu blog. Veja!
” Os kits de Haddad são, sim, um lixo didático, pedagógico e ético — em vez do combate à homofobia, há lá só proselitismo —, mas é evidente que a Igreja Católica não tem nada com isso. AO CONTRÁRIO: O MATERIAL FOI CRITICADO. Tanto a militância está às turras com a Igreja que a Parada Gay do ano passado levou à avenida provocações asquerosas à Igreja Católica, com modelos caracterizados como santos em poses e trajes, digamos, eróticos (mais aqui). O caso gerou um veemente protesto até de Silas Malafaia, que é pastor da Assembleia de Deus, mas considerou a ação ofensiva. O Ministério Público tentou processá-lo por isso, mas a ação, felizmente, foi extinta (clique aqui para saber mais).
Pois bem. O cardeal dom Odilo Scherer emitiu uma nota veemente de protesto contra o artigo, que voltou a circular freneticamente nestes dias. Já informei aqui que os “obreiros visitadores” de Russomanno estão abordando intensamente o kit gay no corpo a corpo com os eleitores. Assim, deixou de ser uma coisa velha e voltou a ser uma coisa nova. O artigo de Pereira está no site de Edir Macedo, como se pode ver na imagem abaixo. Vejam.

Reitero: é fora de questão que os kits gays de Haddad são um absurdo sob qualquer ponto de vista que se queira. Até Dilma Rousseff achou isso. O TCU cobrou explicações sobre o gasto inútil de dinheiro público. Mas atribuir a façanha à Igreja Católica é uma mentira asquerosa.
Que eleição esta! Um candidato não consegue andar pelas próprias pernas e precisa se ancorar em três padrinhos: Lula, Dilma e Marta. Outro, mais modesto, tem um padrinho só: Edir Macedo!”

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