quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Cristianismo é o último bastião contra o «totalitarismo» do projeto secularista europeu.



O cristianismo é o último bastião contra o “totalitarismo” do projeto secularista europeu, segundo a diretora do Observatório da Intolerância e da Discriminação contra os cristãos na Europa, Gudrun Kugler.

Um grupo de reflexão austríaco e organização não governamental adverte que a liberdade de expressão religiosa está “em risco” na Europa, devido à intolerância secularista de esquerda.
Enquanto os extremistas islâmicos continuam os ataques contra comunidades cristãs no Egito, Iraque, Paquistão e em todo o Oriente Médio e Ásia, as restrições às expressões públicas das crenças religiosas dos cristãos estão aumentando na Europa ocidental, o berço da cristandade.

“Não se pode comparar as injustiças daqui com a situação, por exemplo, da Coreia do Norte, Índia ou Paquistão”, advertiu Gudrun Kugler, advogada e diretora do Observatório da Intolerância e da Discriminação contra os cristãos na Europa. “Os cristãos que vivem lá, apesar da feroz perseguição,são nossos grandes modelos”.

Disse que o cristianismo é odiado na Europa porque é “o último obstáculo para uma nova visão do secularismo que é tão politicamente correto que raia o totalitarismo”.

“Os cristãos são cada vez mais marginalizados e estão aparecendo com mais frequência nos tribunais sobre assuntos relacionados à fé. Penso que assim estamos nos dirigindo a uma perseguição sem derramamento de sangue”.

As preocupações da Dra. Kugler foram repetidas pelo Dr. Massimo Introvigne, da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, um italiano especialista em sociologia da religião, o qual disse esta semana que atualmente os cristãos europeus não são “demasiado sensíveis”.

A discriminação contra is cristãos na Europa, disse, “é mais sutil” que nos países onde são perseguidos de forma total, mas é real.

“Ironicamente, uma das análises mais importante desta situação está incluída num discurso que nunca foi feito, embora seu texto tenha sido posteriormente dado a conhecer”, disse Massimo Introvigne. “Bento XVI preparou um discurso para uma visita à Universidade La Sapienza, em Roma, em 17 de janeiro de 2008, onde previa debater a marginalização dos cristãos no discurso público ocidental”.

No entanto, esse discurso papal foi arquivado depois dos protestos realizados por um reduzido número de estudantes e professores contra a suposta “homofobia” do Papa.

Evidentemente, o incidente confirmou, mais do que aquilo que o Papa pudesse ter dito, que o problema da intolerância contra os cristãos existe realmente no Ocidente”.

O Observatório monitora e documenta sistematicamente incidentes de intolerância e discriminação contra os cristãos e o cristianismo em toda a Europa. Elaborou um informe da crônica dos incidentes de discriminação anticristã em instituições europeias entre os anos 2005 e 2010.

Kugler disse a MercatorNet que “privadamente, você pode orar e pensar como quer, mas no âmbito público há cada vez mais restrições. Judeus e muçulmanos experimentam intolerância e discriminação. Mas também as sofrem os cristãos, inclusive se constituem aqui uma maioria nominal”.

“Temos recebido muitas informações em que se denuncia a eliminação dos símbolos cristãos, representações distorcidas, estereotipadas e negativas dos cristãos nos meios de comunicação, e os problemas sociais que os cristãos enfrentam, como ser ridicularizados ou desfavorecidos nos lugares de trabalho”.

Em geral, o informe do Observatório revela que a principal falha geológica na Europa é o enfrentamento entre as novas leis “igualitárias” postas em curso pelas instâncias dos lobbies políticos homossexualistas e feministas radicais, e a população ainda nominalmente cristã da Europa. Esta ruptura tem sido favorecida por um meio de comunicação institucionalmente anticristão, disse Kugler.

“Tenho a impressão de que os jornalistas e os políticos são frequentemente mais anticristãos que seus concidadãos. Mas eles formam o estado de ânimo do país. Observamos que descrevem os cristãos, cada vez mais, como ‘homofóbicos’, machistas, intolerantes e sem experiência do mundo”.

Quando perguntada sobre o que podem fazer os cristãos, Gudrun Kugler disse: “Falar”.

“Muitos cristãos europeus não se dão conta de que defender as próprias crenças é uma forma de falar a favor dos fracos, dos prejudicados e dos indefesos”.

É um “ato de caridade cristã insistir nos direitos democráticos próprios de cada um”, acrescentou. “Temos de buscar a inspiração em nossos irmãos e irmãs, que com valentia enfrentam formas violentas de perseguição, em vez de silenciar”.

Tradução: OBLATVS

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