quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A forma como um sacerdote se veste é um dado importante para a fé católica?


clergyman
Eu gostaria de perguntar, como todo respeito, se os padres devem usar “uniforme” somente quando estão em seus respectivos “trabalhos”, para onde foram enviados, ou se devem sempre estar identificados como sacerdotes, porque, na minha cidade, nenhuma congregação se identifica como padre (nem em missão, nem nos colégios, nem nas próprias paróquias), exceto na hora da Missa.”Sobre este tema é recorrer ao último documento da Santa Sé que trata do tema: o número 61 do Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros, na sua última versão, de 2013. É fácil encontrá-lo na internet, mas resumirei algo do seu conteúdo.
O documento afirma, em primeiro lugar, que o sacerdote deve ser reconhecido como tal, de maneira que sua roupa seja “sinal inequívoco da sua dedicação e da sua identidade de detentor de um ministério público”. Acrescenta, a seguir, que sua realidade interior deve se manifestar no exterior, também desta forma.
Por isso, indica que o padre deve usar o hábito talar ou um hábito eclesiástico decoroso, que o distinga dos leigos, segundo as normas das conferências episcopais e os legítimos costumes locais.
Não podem ser considerados legítimos os costumes que se opõem às indicações anteriores. Obviamente, o documento está falando de situações cotidianas – pois às vezes há circunstâncias extraordinárias, como no caso da perseguição religiosa.
E conclui com um parágrafo que afirma que estas medidas não beneficiam apenas o povo, mas o próprio sacerdote, pois sua forma de vestir é uma lembrança permanente da sua entrega e missão, e também o protege: “Vestir o hábito clerical serve, ademais, para a salvaguarda da pobreza e da castidade”.
Estas são as disposições do Diretório. Considero que ele deve ser entendido sem uma rigidez excessiva, que iria contra o bom senso mais elementar (não se trata de vestir obrigatoriamente o hábito sacerdotal quando o padre vai fazer um dia de excursão na montanha), mas ao mesmo tempo com toda a exigência que se desprende das suas palavras.
Um esclarecimento pertinente é que tais palavras se dirigem fundamentalmente ao clero secular. O regular – os religiosos (na pergunta se mencionam “congregações”, o que corresponde a estes) – não é que fique de fora, mas é que cada instituto tem seu próprio hábito religioso.
Há muitos comentários que poderiam ser feitos sobre este tema, mas nos limitaremos aos mais relevantes. Em primeiro lugar, existe a objeção de que opadre precisa estar no meio do povo, o pastor com o seu rebanho, e de que qualquer singularidade (como a de se vestir de forma diferente) o afastaria das pessoas e, portanto, da sua missão.
No entanto, por trás desta forma de pensar, há um equívoco: estar com o povo não significa ser “mais um” entre as pessoas. O sacerdote não é “mais um”, porque o que ele proporciona é próprio e peculiar.
De um ponto de vista mais teológico, o padre é  uma pessoa consagrada, e o “sagrado” significa precisamente algo que sai do uso comum e se dedica diretamente a Deus. Os fiéis precisam ver no sacerdote o distribuidor do sagrado, e ele mesmo precisa dar a entender isso com sua pessoa. Vê-lo de outra maneira é deformar o próprio sacerdócio: para ser “mais um”, não seria preciso receber a ordenação sacerdotal nem tudo o que a acompanha.
Ao mesmo tempo, corre-se o risco de perder o próprio sentido do sagrado, como se comprova em alguns casos, nos quais se começa por diluir a peculiaridade das coisas sagradas (por exemplo, utilizando os templos para reuniões e outras atividades) e se acaba concebendo os próprios sacramentos como algo meramente simbólico.
Do ponto de vista mais “leigo”, o uniforme nos adultos (aqui não estamos considerando os escolares) têm o significado de estar trabalhando. E um padre, ainda que logicamente tenha seus horários de atendimento, precisa ser considerado como alguém que está permanentemente “trabalhando”, a serviço. E a realidade costuma confirmar isso: sempre há imprevistos, sempre surgem coisas inadiáveis.
A vocação sacerdotal é de serviço permanente.
Valha como resumo o comentário feito em um debate sobre o tema. Alguém recordou o ditado de que “o hábito não faz o monge”, mas outro participante respondeu com estas palavras: “É verdade, o hábito não faz o monge. Mas o veste”.
Julio De la Vega Hazas
Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio/39312

Você sabe MESMO o que está acontecendo na Venezuela? Fique por dentro.


Por-que-se-protesta-na-VenezuelaEm sentido anti-horário, os motivos:
 
I. CENSURA
 
1) Sem papel, não há jornal.
 
Destaco trechos da matéria da Folha: Falta de papel ameaça jornais na Venezuela
 
“Em menos de dois meses, seremos um país sem jornais impressos, algo que nunca se viu no mundo.” A frase é de Miguel Otero, diretor do “El Nacional”, um dos mais importantes jornais venezuelanos, com sede em Caracas.
 
Na última semana, o “Nacional” anunciou em editorial que, devido a travas burocráticas impostas pelo governo Nicolás Maduro, só tem papel para imprimir jornal nas próximas seis semanas.
 
Desde outubro último, dez diários do interior fecharam, e 21 anunciaram que podem fazer o mesmo caso recursos para a compra de insumos não sejam liberados pela Cadivi (Comissão de Administração de Divisas). O “El Universal”, rival do “El Nacional”, também disse passar pelas mesmas dificuldades.
 
Os jornais venezuelanos dependem de papel importado, principalmente do Canadá (cerca de 80%). Para obtê-lo, as empresas devem pedir ao órgão permissão para comprar dólares.
 
Além disso, é necessário obter uma autorização que justifique a compra de produto importado.
 
“São trâmites demorados, que requerem muita antecedência. O governo demora a liberar a compra. Uma vez aprovada, não libera o recurso. Nessa espera, os jornais fazem reformas, acabam com suplementos, para resistir até quando puderem. Muitos não vão conseguir”, afirmou à Folha Carlos Carmona, proprietário e diretor do jornal “El Impulso”, de Barquisimeto.
 
Desde 2003, há um controle estatal do câmbio que impede a livre compra e venda de divisas, administradas exclusivamente pela Cadivi.
 
Nos últimos meses, o “Nacional” eliminou os suplementos de moda e de literatura. O “Impulso” passou de quatro cadernos para dois. Em editorial, o jornal, o mais antigo da Venezuela, anunciou que só tem como circular até o começo de fevereiro.
 
“É um ataque por via indireta, porém óbvia. Equivale a cortar o suprimento de água de um pequeno vilarejo”, disse em entrevista à Folha o jornalista americano Jon Lee Anderson (autor de “Che “”Uma Biografia”). “Maduro está imitando a China comunista, o stalinismo.Não entendo bem o que quer fazer. Associado ao fato de ser inábil para lidar com a economia, isso não leva a Venezuela a um futuro promissor”, completa. (…)
 
2) Emissora NTN24 foi retirada do ar pela Comissão Nacional de Telecomunicações por transmitir os fatos que aconteceram na marcha do Dia da Juventude, em 12 de fevereiro.
 
Mesmo assim, acrescento eu, a NTN24 continua denunciando na internet as canalhices da ditadura Maduro, como a agressão que Marvinia Jimenez, de 35 anos, sofreu de uma guarda nacional bolivariana [assista à cena aos 2min10seg do vídeo abaixo, ou no vídeo específico sobre o caso aqui]; e a suposta pressão que a juíza Raclenys Tovar Guillen, que emitiu a ordem de prisão de Leopoldo Lopez, sofreu para condenar o líder opositor sob a ameaça de perder o emprego, segundo revelou sua amiga de infância Gabriela, venezuelana que mora nos Estados Unidos, mostrando aos repórteres da emissora sua conversa com a juíza via Whatsapp.
 
A matéria original está aquimas a análise posterior com a comprovação de que o número do telefone da juíza no Whatsapp era dela mesmo segue no vídeo abaixo, aos 9 minutos. (Abaixo,no final do artigo)
II. ESCASSEZ
A cesta básica custa 8590 bolívares, quase três vezes o salário mínimo de 3270.
 
Faltam produtos básicos, inclusive papel higiênico.
 
A inflação, vale lembrar, chegou a 56,2% em 2013.
 
III. INSEGURANÇA
 
Foram cerca de 25 mil homicídios em 2013.
 
Em 92% dos casos denunciados, os assassinos permanecem impunes.
Antonio Cermeno pugilista morto Venezuela
A vítima famosa da semana foi o ex-campeão mundial de boxe Antonio Cermeño, de 45 anos, encontrado morto por agentes policiais nesta terça-feira em estrada do estado de Miranda. Seus familiares, sequestrados junto com ele na véspera, conseguiram fugir quando o bando parou para reabastecer a caminhonete em um posto a caminho da cidade de Guarenas, mas Cermeño foi levado e assassinado, segundo informação do Ministério Público.
 
IV. JUSTIÇA PARA AS PESSOAS ASSASSINADAS DURANTE AS MANIFESTAÇÕES
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Robert Redman
José Mendez
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Asdrúbal Rodríguez
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Wilmer Carballo
…e Arturo Alexis Martínez (58), o caso mais misterioso de assassinato durante os protestos, pelo qual, naturalmente, a dupla de psicopatas Nicolás Maduro e Diosdado Cabello (o presidente da Assembleia Nacional) culpa as “balas fascistas” da oposição. Assista aos vídeos aqui aqui, se quiser ter uma ideia do jeitinho singelo de ser dos discípulos de Chávez. O site El Impulso.com apresentou o depoimento de uma suposta testemunha que desmentiria a versão oficial – aqui.
 
As acusações do governo de violência por parte dos opositores felizmente ganham também reações debochadas, como o título deste vídeo em que uma manifestante “fortemente armada ataca” a polícia do estado de Falcón. Será que Maduro vai prendê-la também?
Trechos da matéria: “A tortura é a pior forma de violência do Estado. Os jovens venezuelanos torturados mostram que a máscara de democracia do regime caiu”. Com estas palavras, a deputada opositora María Corina Machado denuncia os casos de tortura relatados na Venezuela desde o início da onda de protestos contra o governo, há mais de duas semanas. A ONG Foro Penal Venezuelano tem documentados dezoito casos. “Todas estas pessoas tiveram seu direito de defesa violado. Não foi permitido que entrassem em contato com seus advogados eforam forçados a assinar um documento reconhecendo que, sim, foram atendidos por advogados”, afirmou o diretor da organização, Alfredo Romero.
Um dos relatos mais abomináveis é o de um estudante de 21 anos que disse ter sido agredido e violado por um cano de fuzil por integrantes da Guarda Nacional Bolivariana, em Valência, no estado de Carabobo, na noite do dia 13. “Ele chegou em sua casa com muitos hematomas e escoriações após deixar a prisão”, disse a deputada, que conversou com a mãe do jovem.
“Bateram muito em mim, nas costelas, na cabeça. Caí no chão e me chutaram”, contou o jovem em entrevista à imprensa local. “Quando chegamos ao Comando da Guarda Nacional em Tocuyito [cidade vizinha de Valência] passamos por um cão e ordenaram para ele me morder” – prossegue o relato. “Abaixaram minha calça e colocaram o cano de um fuzil em meu ânus”.
(…) Os casos compilados pela ONG incluem um vasto repertório de crueldades: sacos na cabeça, choques elétricos, espancamentos com bastões de madeira.(…)
Serão estas as “melhores intenções” que, nesta quarta-feira, Lula atribuiu em Cuba a Maduro?
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De resto:
 
Maduro antecipou o carnaval para esvaziar os protestos, mas o povo segue firme na luta.
Manifestações por cidade Venezuela
O prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, afirmou que a Venezuela não está para festas: “Maduro, quando [você] disser que NÃO seguirá o modelo de Cuba e que liberará poderes sequestrados e presos políticos, conversaremos”; “Maduro, se [você] clama pela paz, desarme os grupos [chavistas] e detenha a Guarda Nacional que maltrata os cidadãos”; “Com carnaval ou sem carnaval, aqui a escasez continua, a insegurança segue desenfreada. Com carnaval ou sem carnaval, continuamos nas ruas.”
Mortos Venezuela Cartaz Carnaval
O presidente da Federación de Centros Universitarios da Universidad Central de Venezuela, Juan Requesens, segue na mesma linha: “Nós não descansaremos nas jornadas de carnaval, o movimento estudantil se estenderá desde cedo”, disse ele ao El Impulso, indicando que há cerca de 650 detidos, 20 torturados e 500 feridos em decorrência dos protestos dos últimos dez dias. “Olhem, senhor Maduro, Diosdado Cabello, [Jorge] Arreaza, somos estudiantes a pé, nossas armas são os livros: aqui não há, em parte alguma, ninguém pedindo dinheiro.”
 
Eis aí uma das diferenças básicas entre os protestos na Venezuela (contra o socialismo) e no Brasil (em geral a favor de medidas socialistas): os estudantes venezuelanos realmente estudam.
 
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/02/27/por-que-se-protesta/

Nada perde quem aposta tudo no Amor Crucificado

Também hoje o Senhor sobe ao monte e chama os que Ele quer.

“Um seminário sacerdotal significa, com efeito, que também hoje o Senhor sobe ao monte e chama os que Ele quer. O seminário sacerdotal é este monte de Jesus”[1], essas palavras do então Cardeal Joseph Ratzinger enchem-nos de alegria. Jesus continua a subir ao monte e a chamar pelo nome os que “Ele quis” (Mc 3, 13), esperançoso em encontrá-los dispostos a renunciar aos próprios sonhos, anseios e projetos pessoais, para atender à Sua voz. Muitos são os que, todos os anos, entregam-se com coragem a esse chamado e sobem ao monte de Jesus. Esse mistério deve nos maravilhar e encantar sempre de novo, de modo único.
Num mundo marcado pelo ateísmo, individualismo e relativismo, pelo provisório e descartável, ousar decisões definitivas[2], que visam o primado absoluto de Deus na própria vida, soa como uma grande loucura. Na realidade, é muito comum alguém que se decide entrar no seminário escutar reprovações do tipo: “você está ficando louco? Não desperdice assim sua vida”. Essas indagações nos fazem lembrar do homem rico que, recebendo o convite do Mestre para vender tudo e segui-lO, foi embora cheio de tristeza, “pois possuía muitos bens” (Mc 10, 22), a atitude desse homem dizia: “vou desperdiçar todos os meus bens? Vou desperdiçar minha vida?”. Também Judas Iscariotes se expressou de forma semelhante, ao ver Maria ungindo os pés de Jesus com nardo puro: “por que este perfume não foi vendido por trezentos denários?” (Jo 12, 5), ou seja: “que grande desperdício!”.
Contudo, “não pode perder aquele que aposta tudo no amor crucificado do Verbo encarnado”[3]. O Papa Bento XVI, no início do seu ministério petrino, comentando as palavras de João Paulo II, expressou o medo que há no coração humano diante desse “apostar tudo” em Cristo, e a grandeza que há no doar-se por Ele:
Porventura não temos todos nós, de um modo ou de outro, medo, se deixarmos entrar Cristo totalmente dentro de nós, se nos abrirmos completamente a Ele, medo de que Ele possa tirar-nos algo da nossa vida? Não temos porventura medo de renunciar a algo de grandioso, único, que torna a vida tão bela? Não arriscamos depois de nos encontrarmos na angústia e privados da liberdade? E mais uma vez o Papa queria dizer: não! Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada, absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta. Assim, eu gostaria com grande força e convicção, partindo da experiência de uma longa vida pessoal, de vos dizer hoje, queridos jovens: não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira[4].
“Quem faz entrar Cristo, nada perde”, mesmo que dê tudo! Aquele que é chamado pelo Senhor compreende que “a maior honra que Deus pode fazer a uma alma não é dar-lhe muito, mas pedir-lhe muito”[5], ao mesmo tempo que percebe o encontro do chamado de Deus com os anseios mais profundos de sua existência. Testemunha São Paulo: “Por causa dele, perdi tudo e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado unido a ele” (Fl 3, 8).
Que esses jovens, que respondem com coragem ao chamado do Senhor e sobem ao monte, sejam acompanhados por nossas orações e penitências. Sabemos que o tempo de seminário, como bem lembrou Bento XVI, é “tempo destinado à formação e ao discernimento [..], tempo de caminho, de busca, mas sobretudo de descoberta de Cristo. [...] somente na medida em que faz uma experiência pessoal de Cristo, o jovem pode compreender verdadeiramente a sua vontade e em consequência a própria vocação”[6]. É necessário, assim, que os ajudemos nesse discernimento vocacional e encontro com Cristo por nossa companhia espiritual.
Àqueles que se sentem chamados, mas ainda relutam em meio às dúvidas e temores, vale seguir o conselho paternal de Bento XVI:
É importante estar atentos aos gestos do Senhor no nosso caminho. Ele fala-nos através de acontecimentos, de pessoas, de encontros: é preciso estar atentos a tudo isto. Depois, o segundo ponto, entrar realmente na amizade de Jesus, numa relação pessoal com Ele e não saber só através de outros ou dos livros quem é Jesus, mas viver uma relação cada vez mais aprofundada de amizade pessoal com Jesus, na qual podemos começar a compreender o que Ele nos pede. E depois, a atenção ao que somos, às nossas possibilidades: por um lado, ter coragem e, por outro, ser humildes, confiantes e abertos, com a ajuda dos amigos, da autoridade da Igreja, dos sacerdotes, e também das famílias: que quer de mim o Senhor? Sem dúvida isto permanece sempre uma grande aventura, mas a vida só pode ser bem sucedida se tivermos a coragem da aventura, a confiança de que o Senhor nunca nos deixará sozinhos, que nos acompanhará e nos ajudará[7].
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. RATZINGER, Joseph. Servidor de vuestra alegría. Barcelona: Herder Editorial, 2005, p. 77-78
  2. Bento XVI. Discurso no Encontro com os Jovens em Luanda (Sábado, 21 de Março de 2009):“Eu digo-vos: Coragem! Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida”.
  3. Bento XVI. Discurso durante o encontro com os jovens no parque de Blonia (Cracóvia, 27 de Maio de 2006).
  4. Bento XVI. Homilia para o início do ministério petrino do bispo de Roma (Praça de São Pedro, 24 de Abril de 2005).
  5. Santa Teresa do Menino Jesus, Carta 172.
  6. Bento XVI. Discurso aos seminaristas durante o encontro na Igreja de São Pantaleão (Colónia, 19 de Agosto de 2005).
  7. Bento XVI. Encontro com os jovens de Roma e do Lácio em preparação para a XXI Jornada Mundial da Juventude (Quinta-feira, 6 de Abril de 2006).

A teologia da libertação precisou distanciar-se do marxismo, afirma cardeal Müller

Cardeal Gerhard Müller (Foto News.va)
ROMA, 26 Fev. 14 / 12:55 pm (ACI).- Em uma conferência de imprensa onde apresentou seu recente livro sobre a realidade dos pobres e sua relação com a Igreja, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o recentemente criado Cardeal Gerhard Müller, esclareceu que a Igreja teve a necessidade de esclarecer uma problemática Teologia da Libertação que sofreu “pressões” do marxismo.

Na conferência de imprensa da apresentação do livro “Pobres pelos pobres: A Missão da Igreja” também participou o controvertido teólogo peruano Gustavo Gutiérrez, autor de dois artigos que aparecem na terceira parte do livro.

Afastando-se das suas ideias radicais expressas em sua obra “Teologia da Libertação, Perspectivas”, onde advogava pela luta de classes, Gutiérrez assinalou na apresentação que “a ideia do serviço vem diretamente do Concílio Vaticano II” já que os cristãos estão chamados “a servir e a procurar a imagem de Cristo em cada homem e ir aos limites do mundo e às periferias, como nos convida o Papa Francisco”.

Logo depois da apresentação do livro cujo prólogo foi escrito pelo Papa Francisco, o Cardeal Müller disse ao grupo ACI que a Teologia da Libertação começou como uma aplicação da Gaudium et Spes, um documento do Concílio Vaticano II sobre a Igreja no mundo atual, ao cenário da América Latina.
Mas precisou que, “quando uma nova teologia está em desenvolvimento, há assuntos que devem esclarecer-se”.

Esta necessidade de esclarecimento fez que a Congregação para a Doutrina da Fé, presidida nesse então pelo Cardeal Joseph Ratzinger (depois Bento XVI), emitisse duas instruções: A Libertatis Nuntius, de 1984, que condenava a orientação marxista da teologia da libertação; e a Libertatis Conscientia, de 1986.
“Nesta parte da história, a ideologia do comunismo soviético pressionou muito à Teologia da Libertação”, disse o Cardeal.

O Cardeal não quis entrar em polêmica sobre o distanciamento da Teologia da Libertação da ortodoxia, afirmando que “mais que uma purificação, houve um esclarecimento”.

“Tivemos um diálogo, um debate sério, porque cada tema pode tratar-se desde uma perspectiva distinta, mas cada um de nós está enraizado na doutrina da fé. A Teologia é realmente necessária para a atualização da doutrina da fé, mas a doutrina da Igreja sempre é a mesma, dado que a doutrina da Igreja é a profissão da fé revelada pela Palavra de Deus”.

O Cardeal disse também ao Grupo ACI que ele e Gutiérrez “conversaram muito sobre alguns, digamos problemáticos, assuntos da Teologia da Libertação” que sempre estão “divididos em três passos: ver, julgar e atuar”.

O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé disse também aos jornalistas presentes na apresentação do livro que “talvez tenha tido algo de influência” em aprofundar o diálogo de Gutiérrez com a filosofia medieval, latina e grega, e não tanto com a filosofia moderna.

Nesse sentido, “houve certo desenvolvimento em modelar a missão da Igreja pelo bem comum e pela missão da unidade”.

Bento XVI: Minha renúncia é válida e as especulações são absurdas

Foto ACI Prensa
Roma, 26 Fev. 14 / 02:01 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Supremo Pontífice Emérito, Bento XVI, respondeu em uma carta, a algumas perguntas do vaticanista Andrea Tornielli do jornal italiano La Stampa, assegurando: "não existe a menor duvida sobre a validez de minha renúncia ao ministério petrino" e qualificou como  “simplesmente absurdas” as especulações que alguns têm feito sobre suas possíveis motivações.

O jornalista explica em artigo publicado hoje que Bento XVI esclarece que naIgreja não existe nenhuma "diarquia", nenhum duplo governo e sustenta que seu "único e último objetivo" é sustentar mediante a oração o pontificado do Papa Francisco.

"De forma sintética, mas muito precisa, Ratzinger respondeu e desmentiu os supostos contextos secretos da renúncia, além de convidar a não adjudicar significados impróprios a algumas decisões que tomou, como a de manter o hábito branco inclusive depois de ter deixado o ministério de Bispo de Roma", indicou Tornielli.

O jornalista considera que as palavras do Bento XVI sobre sua vontade de permanecer "no recinto de São Pedro" foram as que provocaram versões desatinadas quanto às razões e liberdade de sua renúncia, e até mesmo de sua validez por alguns setores da mídia.

O Bispo Emérito de Roma assinala em sua carta que "não existe a menor dúvida sobre a validez de minha renúncia ao ministério petrino. Única condição da validez é a plena liberdade da decisão. As especulações sobre a invalidez da renúncia são simplesmente absurdas".

Na carta, escrita a mão, o Supremo Pontífice Emérito respondeu também sobre o significado do vestido branco e do nome papal: "Manter o hábito branco e o nome Bento é uma coisa simplesmente prática. Ao momento da renúncia não havia outros vestidos a disposição. Afinal, uso a veste branca de modo claramente distinto da veste do Papa. Também aqui se trata de especulações sem o mínimo fundamento".

Bento XVI também confirmou ter enviado uma carta ao teólogo suíço Hans Kung, na que assegurava que está unido ao Papa Francisco "por uma grande identidade de visão e por uma amizade de coração" e que sua única e última tarefa "é apoiar seu pontificado na oração".

Peça gera polêmica há 4 décadas por mostrar relacionamento de Jesus com Maria Madalena


27.02.2014 - 

n/d
Católicos se unem contra espetáculo "Jesus Cristo Superstar"
Grupos de católicos de São Paulo estão se unindo para impedir a estreia de “Jesus Cristo Superstar” que será lançada no teatro do Instituto Tomie Ohtake no dia 14 de março.
Pela internet a Associação Devotos de Fátima fez uma petição defendendo o cancelamento do financiamento de R$ 5,7 milhões oferecidos pela Lei Rouanet.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Marcos Luiz Garcia, 30 anos, coordenador de campanhas da organização, disse que não se trata de censura, mas de um direito. “É um direito que temos de pedir que nosso dinheiro não seja utilizado para atacar nossos valores e nossa fé”.
A petição é endereçada ao Ministério da Cultura e à ministra Marta Suplicy. No texto os católicos afirmam que a peça teatral é uma blasfêmia e que não deve ser financiada com dinheiro público.
“Não é lícito ao Estado laico violentar barbaramente a fé de milhões de pessoas, promovendo, com dinheiro dos contribuintes, o evento blasfemo que ocorrerá no dia 14 de março, com o lançamento da ópera-rock ‘Jesus Cristo Superstar’”, diz trecho do texto.
Quase 30 mil pessoas já assinaram a petição que tem também o apoio da Associação Sagrado Coração de Jesus de outros blogs e páginas do Facebook que concordam que a peça ofende a fé cristã.
“A peça ofende a imagem de Cristo porque apresenta uma versão da história a partir do ponto de vista de Judas e tem coreografias com mulheres seminuas”, disse Fábia Johansen, 27 anos, membro da Devotos de Fátima e assessora da Sagrado Coração de Jesus.
O diretor do musical, Jorge Takla, foi ouvido pela Folha para comentar a crítica e afirmou que também é católico e que respeita a Bíblia. “Toda obra de ar, quando é boa, pode ser considerada transgressora”, disse ele. “Só que ‘Jesus Cristo Superstar’ trata do tema com delicadeza e extremo respeito à Bíblia”.
Polêmica desde sua criação
A primeira estreia da peça aconteceu em 1971 na Broadway, nos Estados Unidos, e gerou muita revolta entre cristãos. Os principais motivos para tantos protestos é o espaço que Maria Madalena ganha na história por sentir forte atração sexual por Jesus.
Outro ponto criticado na obra é o papel de Judas Iscariotes que não aceita a divindade de Jesus. Na versão brasileira Judas vai confrontar esse assunto com Jesus dizendo:“Quando tudo isso começou, não te chamavam de Deus, você era apenas um homem”.
Protestos cancelaram versão russa do musical
Em 2012 protestos de cristãos ortodoxos conseguiram cancelar a apresentação do musical em Rostov. A ópera-rock de Andrew Lloyd Webber seria apresentada pela companhia teatral russa e pela Filarmônica de Rostov. O cancelamento deixou os artistas surpresos e fez com que reascendesse a polêmica sobre como a religião interfere na vida dos russos.
Fonte: www.ceifadores.com.br

Grã-Bretanha regulamenta geração de bebês de 'três pais'

A geração de bebês usando espermatozoides e óvulos de três pessoas será regulamentada na Grã-Bretanha.
A proposta de regras para esse tipo de reprodução - que usa espermatozoide e óvulos dos pais, além de óvulo adicional de uma doadora - será analisada como parte de uma consulta pública e poderá entrar em vigor no final de 2014.

Mas críticos afirmam que o procedimento não é ético e poderá abrir caminho para que a Grã-Bretanha comece a usar técnicas para "projetar crianças".Médicos afirmam que a fertilização in vitro usando material genético de três pessoas pode eliminar doenças debilitantes ou fatais passadas da mãe para os filhos.
A Secretaria da Saúde britânica (equivalente ao Ministério da Saúde no Brasil) já afirmou que apoia o uso da técnica e acrescentou que a consulta pública não vai colocar em debate se a técnica poderá ser usada, mas sim como ela será implementada.
O órgão regulatório desses procedimento no país, a Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia, terá que decidir caso a caso se existe um "risco significativo" de a criança nascer com alguma deficiência ou doença para justificar o uso da técnica.

Mitocôndria

O uso do espermatozoide e dos óvulos dos pais, mais um óvulo adicional de uma doadora, pode evitar doenças e problemas herdados pela mitocôndria.
A mitocôndria pode ser encontrada em quase todas as células humanas, provendo a energia que essas células precisam para funcionar.
As doenças passadas de mãe para filho através da mitocôndria são conhecidas como distúrbios mitocondriais. Tais doenças afetam uma em cada 6,5 mil crianças britânicas e podem causar incapacidade muscular, cegueira, insuficiência cardíaca e até a morte.
Para evitar essas doenças, é possível usar um óvulo extra de uma doadora, que poderia proporcionar à criança uma mitocôndria saudável.
Mas isso também pode resultar em bebês com DNA dos dois pais e uma quantidade minúscula de material genético da doadora, pois a mitocôndria tem seu próprio DNA.

Técnicas

Existem duas técnicas para criar embriões a partir de três doadores.
Uma delas consiste em tirar o núcleo do óvulo da mãe e inseri-lo em um óvulo de uma doadora que possui mitocôndrias saudáveis e que teve seu núcleo previamente removido. Esse novo óvulo poderá, então, ser fertilizado com o espermatozoide do pai.
A outra forma é fertilizar dois óvulos com o espermatozoide, criando o embrião dos pais e outro dos doadores. Os núcleos, contendo a informação genética, são removidos dos dois embriões, mas apenas o núcleo do embrião dos pais é conservado.
Esse núcleo é implantado no embrião dos doadores, com a mitocôndria saudável, e este embrião é implantado no útero da mãe.

Doação de órgãos

A Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia acredita que apenas as mulheres que sejam portadoras de problemas graves obterão a autorização para este tratamento - ou seja, é possível que o método seja aplicado em apenas dez casos por ano.
E a regulamentação britânica também sugere que a mulher doadora dos óvulos seja tratada da mesma forma que um doador de órgãos.
As crianças que venham a nascer a partir deste processo não saberão a identidade da doadora, o que também é o procedimento para os outros doadores de espermatozoides e óvulos.
"Permitir a doação mitocondrial dará às mulheres que têm (alguma) doença mitocondrial grave a oportunidade de ter filhos sem passar para eles problemas genéticos devastadores", disse Sally Davies, a médica-chefe da Secretaria da Saúde. "Também vai manter a Grã-Bretanha na vanguarda do desenvolvimento científico na área"
David King, diretor do grupo de fiscalização independente Juman Genetis Alert, afirmou que essa foi uma decisão de grande "significado histórico", mas que não foi debatida de forma adequada e tem implicações "antiéticas".
"Se (a medida) for aprovada, será a primeira vez que qualquer governo legaliza a modificação do genoma humano que pode ser herdado, algo que é proibido em todos os outros países europeus. As técnicas não passaram pelos testes de segurança necessários, então é desnecessário e prematuro apressar a legalização", afirmou.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/

Artigo do Padre Marcélo Tenorio: O carnaval é mal em sua natureza


n/d
Por causa do pecado original herdamos uma natureza decaída. Não fazemos, como nos diz S. Paulo o bem que desejamos, mas o mal que não queremos fazer. É a  concupiscência da carne; a inclinação que temos ao mal, que nos afasta de Deus, nosso Sumo Bem.
A moral católica nos ensina que não existem "Atos Neutros", de forma que tudo que fazemos nos levam ou para Deus, ou para longe Dele.
S. Paulo nos admoesta:
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." ( I Cor 10, 31).
Aqui está a chave de tudo: " Dar glória a Deus" pelos nossos atos. De forma que, diante disso, cabe-nos a interrogação: o que faço, o que realizo leva-me a dar glória a Deus?
A glória de Deus, ensina Santo Irineu, "É o homem Vivo!". E é óbvio que trata-se aqui da vida na graça.
Estar na Glória de Deus é viver na graça e nela permanecer. Então devemos zelar, redobrar nossos esforços para que, permanecendo Nele , possamos dar-lhe a gloria que lhe é devida.
Nosso Senhor nos ensinou a procurar por primeiro o Reino de Deus e sua justiça. Noutros momentos nos admoestou à bravura e até à  violência conosco mesmos: " Se teu olho de faz pecar.." ou " ..O reino dos céus é para os violentos"(Mt
  11, 12.).

Ora o oposto da graça é o pecado. Então sendo assim devemos fugir das ocasiões que podem nos levar ao erro.
Assim a fuga do pecado é mais que uma obrigação, um dever de todos aqueles que amam a Deus e permanecem em seu santo temor.
Cabe-nos então perguntar:
O que faz um cristão em meio à folia carnavalesca? Não estaria ele se expondo gravemente ao pecado? E mesmo que, sendo ele alguém "impermeável "( o que não existe),sua presença ali não seria um ato grave de cumplicidade com o mal? Como ficar num local - mesmo que ileso - onde tantas almas são arrastadas à perdição? Que glória estaria dando a Deus  comungando com os infiéis?
Mas, dirão: Estamos apenas nos divertindo. Que mal há nisso?
Ou ainda: O carnaval em si é bom. nada há de mal. O mal está naqueles que brincam indevidamente.
Santo Agostinho nos ensina que o pecado entra em nós pelos sentidos.
Ora, a ideia de que o carnaval é bom  e que o pecado não é da festa mas do espírito dos que brincam, é falso e é usado por aqueles que rodopiando pelo catecismo, com malabarismos tentam justificar  e absolver de culpa aquilo que é o centro de todo mal, o carnaval em si.
Essa forma de agir é próprio dos modernistas e já tão conhecida que o grande S. Pio X a condenou na célebre encíclica Pascendi Dominici Gregis , em 1907.
"O objeto é bom ( o carnaval), mas o espírito carnavalesco é que é responsável pelo mal que venha a existir, já que subjetivo."
Coloco aqui a questão dos atos e dos vícios. Ora beber não é pecado, beber em demasia, sim. Assim com a comida, com o falar, etc. São as virtudes que vão moderar os atos humanos, para que não se caia em exageros. Bem verdade isso.
Ora, mas não podemos nos esquecer o que ensina a moral católica sobre as ocasiões que podem nos levar ao pecado.
Vejamos a questão das ocasiões próximas e remotas.
A ocasião remota é aquela que encontramos em toda parte, sobretudo nos dias de hoje, mas raramente arrasta a alma para o pecado. É mais fácil de ser driblada.
A ocasião próxima, por sua mesma natureza, induz ao pecado.
É claro que para alguns uma ocasião, que aos outros pode ser remota, torna-se próxima.
Claro que, como ensina Sto. Afonso, o "perigo não é igual nem o mesmo para todos.
Tratando-se do carnaval , não existe distinção entre a folia e foliar, pois a questão estar na natureza mesma da festa, uma natureza de insubordinação às regras, a preponderação da carne sobre o espírito, e disso não sairá outro resultado, senão a depravação dos costumes e a rejeição da prática das virtudes.
Se hoje temos um carnaval de se fazer inveja aos tempos do dilúvio não é causa de uma subjetividade de atos, mas da essência mesma da festa. É a sentença já conhecida: " os que vivem na carne, na carne morrerão"
Novamente S. Paulo:
"Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam." (Gálatas 5.17)

Mas qual o objetivo de se rodopiar tanto para salvar o "reinado de Momo?" Que necessidade existe em se gastar tantos escritos, argumentos inflamados em defesa de algo tão acidental e dispensável que é a folia de Momo?
A verdade é que, reinando Momo também reinamos nós em nossa carne, nos prazeres e nos desejos mais escondidos, aflorados ou não...É, na verdade a antiga busca romântica pela autonomia dos sentidos.
Ensina a Imitação de Cristo:

Pois a perfeita vitória é triunfar de si mesmo. Porque aquele que se
domina a tal ponto, que os sentidos obedeçam à razão e a razão lhe obedeça em todas as coisas, este é realmente vencedor de si mesmo e senhor do mundo.

O carnaval não é uma festa católica. Era uma festa pagã que os romanos realizavam em fevereiro, as februália. De forma que nada temos com ela, muito pelo contrário, devemos buscar o essencial para nós que é o Sumo Bem e ensinar isso àqueles que vivem aos ventos de seus próprios desejos, alimentando os seus sentidos com tudo o que lhe é prazeroso.
Ora, é justamente caminhando em sentido contrário, refreando os sentidos, pondo controle aos vícios que permanecemos na graça para a qual nós fomos criados. Os santos nos ensinam isso com a própria vida tão cheia de renúncias e conformidade com a vontade divina.
Leiamos bem o que vários santos falaram sobre o carnaval, sua repulsa e condenação a essa folia. A colocação dos santos são simples e clara. Não cabe aqui interpretações descabidas, na busca de um "não sei que" que legitime o que é mal em sua natureza e origem.
Fiquemos com os santos. Sabemos onde estão e como chegaram lá. Certamente não foi correndo atrás de folias, dando asas ao corpo..muito pelo contrário, "crucificaram-se com Cristo!
Agindo assim estaremos seguros.
  E se a Glória de Deus é o homem vivo, então "Glorifiquemos a Deus em nossos corpos!"
Fonte: http://www.amormariano.com.br/    -