terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cemitério para 1 milhão de pessoas será a maior cruz do mundo


Cemitério para 1 milhão de pessoas será a maior cruz do mundoCemitério para 1 milhão de pessoas será a maior cruz do mundo
O casal cristão Mike e Laurie Nowland dizem ter recebido em um sonho a visão para construir a maior cruz do mundo. Nascidos na Califórnia, eles querem ser enterrados no deserto de Nevada. Mas não estarão sozinhos. O cemitério que irão construir deve abrigar um milhão de pessoas.
Não se trata de uma seita nem de um suicídio em massa. É um empreendimento comercial que deve começar a ser construído no início de 2014. A “Aliança da Grande Cruz” será o maior cemitério do mundo e ao mesmo tempo a maior cruz do planeta. Esse é o formato escolhido por representar a fé cristã.
O local terá cerca de um quilômetro de extensão, o equivalente a 8 campos de futebol. Serão 55 metros de altura, com um volume total equivalente a três vezes a maior pirâmide do Egito. Com o custo aproximado de 1 bilhão de dólares, a obra deverá levar 30 anos para ser concluída.
Ao todo, serão mais de 600.000 grandes gavetas, onde as pessoas podem colocar os corpos de seus entes queridos ou as cinzas da cremação. Cada espaço será capaz de conter os restos mortais de duas pessoas, permitindo que membros da mesma família fiquem juntos. O edifício deverá ter dezoito andares, em formato de escada. À medida que as vagas de um andar esgotarem, inicia-se a construção de um novo.
Cemiterio Piramide
Os primeiros 400 espaços já estão disponíveis pelo site thegreatcrossalliance.com, com preços que variam entre 4.000 e 30.000 dólares. A estimativa é que os custos iniciais serão na casa de 2 milhões de dólares, em grande parte já arrecadados de investidores. Afinal, como todo cemitério, este terá fins lucrativos.
Ao mesmo tempo, seus fundadores desejam que ela se torne o maior monumento religioso, ultrapassado a fama do Cristo Redentor. O casal obteve a permissão para a construção perto da cidade de Reno e já está vendendo os túmulos. Os Nowland defendem que o monumento foi projetado para ser “uma poderosa declaração sobre a força e a unidade do cristianismo no mundo” e “um local de encontro para todos os cristãos interessados”.
O projeto inclui uma capela central, a Bíblia toda será inscrita nas paredes em quatro línguas diferentes. A estrutura tem um projeto ecológico, com a utilização de areia do próprio deserto para a construção. Pelo fato de ser erguida em uma região isolada, poupará muito terreno nas grandes cidades.
O projeto dos Nowland não é afiliado a nenhuma denominação ou organização religiosa em específico. “Qualquer cristão interessado pode ser enterrado na Grande Cruz”, asseveram. Com informações de Huffington Post e Oregon Faith Report.
Assista:

«Eu era ateu, estava no cárcere da KGB em Kiev, vi um facho de luz e então entendi tudo»



Pablo J. Ginés
Myroslav Marynovych hoje é vice-reitor da Universidade Católica da Ucrânia. No convulso panorama político ucraniano este não é na atualidade um cargo cômodo, mas alguém como ele, que passou 7 anos em campos de trabalho comunistas e outros três deportado ao Cazaquistão, não se intimida facilmente.
Inclusive, em parte, desejou isso por anos, porque a ele, que era ateu e cético, Deus se revelou no cárcere e no Gullag.
Neto de sacerdote, porém ateu
“Minha família era religiosa”, nos explica em um descanso durante o Encontro em Madri, a grande cidade de ‘Comunhão e Libertação’ na Espanha.
“Meu avô materno foi sacerdote greco-católico e minha mãe criou em casa uma atmosfera de fé simples e limpa, sem fanatismo algum. Ela desejava que eu fosse crente, mas não me pressionava.
Eu assumi o ceticismo ateu em minha juventude, mesmo mantendo respeito com as pessoas religiosas.Não sentia nenhuma necessidade de Deus, vivia bem sim Ele. Porém tinha claro que existia o bem e o mal e uns valores muito firmes, e o tema da gravidade moral sempre tive presente”.
Desta exigência moral chegou seu compromisso com a dissidência e os direitos humanos… o que lhe levaria ao cárcere.
“Sentia que os valores do comunismo eram muito elevados na teoria, mas depois na vida real sempre resultavam feiíssimos. Isso suscitou muitas perguntas em mim… e vi que tudo no sistema comunista era falso”, detalha.
“Tinha 20 anos e perder a auto-estima nessa idade pode deixar vazia toda tua vida. Tinha afinidade pessoal pelos perseguidos e um forte sentido de solidariedade para eles. O regime pedia total lealdade, não bastava que amasses pela metade. Na KGB me disseram bem claro: “se não estás conosco, estás contra nós”. Assim que lhes respondi: “valeu, pois estou contra vós”.
Os dissidentes do grupo de Helsinki
Foi fundador de ‘Helsinki Watch’ na Ucrânia. Em 1977 foi encarcerado e depois deportado. “Eram os anos 70, e o presidente Carter dos Estados Unidos tinha tirado o tema dos direitos humanos do âmbito filosófico e o estava levando à política internacional. Aquilo o acolhemos muitos com entusiasmo.
Em Helsinki, em 1965, os países da OSCE, incluindo a URSS, firmaram um compromisso que falava inclusive de liberdade religiosa e de livre circulação de idéias!
Na União Soviética criamos 5 grupos de “seguimento de Helsinki”. Em 1976 dez dissidentes ucranianos difundiram através de publicações do Ocidente e jornalistas ocidentais, as violações na Ucrânia contra o pacto de Helsinki.
Difundimos os nomes de poetas e escritores presos e pedimos que os libertassem. Não tínhamos ilusões: sabíamos que também nos prenderiam”.
E assim sucedeu: a policia secreta os buscou um a um e os deteve.
“A KGB nos sentenciou por, tecnicamente, difundir propaganda anti-soviética para minar a estabilidade do sistema´. Desses dez dissidentes, oito fomos encarcerados e dois foram expulsos.
Declararam-nos “criminosos muito perigosos”. Sentenciaram-me a 12 anos em campos de trabalho e exílio. Cumpria já 10 anos quando chegou a perestroika de Gorbachov. Não houve nem um dia em que me arrependesse do que tinha feito.
A situação na URSS necessitava de kamikazes, pessoas que se sacrificavam para evidenciar o totalitarismo do sistema. Os dissidentes, naquele país que não era livre, atuavam como pessoas livres! Aquilo chocava com tudo.
Facho místico na KGB
“Minha volta a Deus foi inesperada, não buscava. Em obras literárias tinha lido, antes de meu encarceramento, que Deus às vezes vem para prisioneiros como uma resposta ao seu desespero, inclusive como uma resposta intelectual, mas meu caso não foi assim”, especifica.
A narrativa de Marynovych, a partir deste momento, adquire uma lucidez brilhante, quase doentia, que alguém percebe nos escritos de Dostoiévski quando disseca a alma humana. O que no escritor russo encontramos como literatura, em Marynovych acontece na carne.
“Acabavam de me interrogar na KGB de Kiev, e me tinham devolvido à cela. Ia agitado de parede a parede, refletindo sobre várias questões intelectuais. Entre elas, pensava na unificação da humanidade, em como todos os homens poderiam estar unidos no espiritual.
E então, de repente, vi como um facho de luz. Durante três dias meu estado nessa prisão foi muito estranho: comia, bebia, me asseava, me barbeava…Mas não entendia, nem ouvia nem respondia ao que alguém me dissesse. Ao terceiro dia ouvi um repicar de sinos. E falei. Perguntei ao meu companheiro de cela: “O que é isso? São os sinos da igreja de São Vladimir de Kiev as que soam?”
Ele me disse: “Menos mal, por fim ouves”. Entendi então que fazia três dias que estava sem reagir diante de nada. Nesse momento senti como se se desenrolasse um rolo em meu interior, despregando muita informação, e de repente entendi muitas coisas bíblicas, momentos que conhecia isolados mas agora unia em uma nova cosmovisão.
Senti que já entendia isso, que já o via unido. Desde esse dia, fui outra pessoa, agora religiosa”.
Isso é proibido e uma voz: «reza!»
“Houve outro momento muito especial, que sucedeu dois anos depois, desta vez já no campo de trabalho. Tinha estado dois dias sem comer, em greve de fome reclamando meu direito de levar uma cruzinha.
Tinham arrancado a que tinha. Ao terceiro dia veio um oficial à minha cela e me disse: “de acordo, lhe devolverei sua cruzinha, mas depois de passar 15 dias na cela do castigo”. Para mim era uma grande vitória moral e voltei a comer”
(…) então ouvi uma voz potente, em ucraniano, minha língua natal: “Reza!”, disse essa voz. Estava tão fraco, ali deitado, que não podia nem usar as manos para persignar-me, mas me persignei mentalmente… e num instante recobrei as forças e pulei da cama de um salto, perplexo!
A fórmula se tinha apagado completamente de minha mente. Deu-me medo e me deixou a sensação de ter sabido algo proibido, e senti agradecimento porque se apagou”.
Desde então, a pergunta de que ‘Deus existe’, para mim, já não tem sentido, devido ao fato de que o senti tão forte. Hoje sei que sou um pecador, que deixo de cumprir muitas virtudes, mas precisamente sei que isso são transgressões.
Para mim é importante que o mundo em geral e a civilização européia em particular entenda que estão omitindo a busca da verdade, e que dizendo que querem proteger a liberdade, na realidade muitas vezes danam essa liberdade”.
Inglaterra hoje, como a URSS?
“Choca-me agora o caso da Inglaterra, onde os tribunais dizem que podem despedir a alguém por levar uma cruzinha ao pescoço”, continua este acadêmico.
“Eu, que no cárcere comunista defendi minha cruzinha e pensava no Ocidente como um lugar de tolerância. Em seu momento, a Ilustração lutou contra o monopólio da Igreja e lhe retirou certas funções que não lhe eram próprias, fazendo-lhe voltar à sua missão espiritual.
Mas agora a Igreja é quase perseguida no Ocidente e o monopólio do público concedeu-lhe cosmovisões anti-religiosas. Esse monopólio é tão daninho como o anterior”.
Marynovych admite certa nostalgia da prisão, mais concretamente, da espiritualidade daqueles dias no campo de trabalho.
“No gulag, não nos permitiam nenhuma prática religiosa, era proibido ter bíblia. Passei 15 dias de greve de fome para pedir que me deixassem ter uma bíblia. Não o consegui. Até nos censuravam as cartas que nos mandavam com versículos bíblicos.
O Espírito Santo circulava pela “prisão”. Como não tínhamos acesso ao culto litúrgico, uma pessoa religiosa se concentrava numa consciência profunda de Deus.
Não tinha comunidade cristã com a qual adorar, assim que a alma fazia do sofrimento cotidiano seu templo. Dar a outra face, amar os teus guardas desapiedados e cínicos… era nosso culto.
Não há melhor lugar para o sentimento cristão que esses campos de trabalho! Não tinha sacerdotes que te pudessem dar alento. Estavas a sós diante de Deus. Que dias benditos aqueles! Que bênção para os que passavam a provação com êxito!
Podia ver com novos olhos a promessa de Cristo: bem-aventurados os perseguidos! Saber que estavas condenado só pela verdade consagrava e enchia de significado cada dia na prisão. Era um apoio sublime, mas só ao sair da prisão o entendi. Aqui fora tens de justificar tua existência com obras”.
“Hoje vivo uma tensão entre a fé pura e os rituais. Na prisão não tinha vida ritual e minha fé era toda mística, espiritualidade. Aceito os rituais, a liturgia de minha tradição greco-católica.
Nos domingos vou à missa greco-católica. Mas houve uma época em que eu acusava minha mãe de ter uma religião com demasiado ritual.
Eu queria espiritualizar a minha mãe. Ela me disse: “conceda-me a possibilidade de crer à minha maneira, e não à tua”. Sua simplicidade me chocou e não mais pretendo impor minha visão aos demais”.
Cristãos, corrupção e consumismo
“Os valores culturais cristãos chocam com a sociedade ucraniana de hoje. Recordo que um estudante escreveu uma magnífica tese sobre a doutrina social da Igreja, com muito êxito.
Dois meses depois, o encontro na rua e me disse: “fui pedir trabalho em tal lugar e me disseram que se pagasse 2.000 dólares o lugar era meu”. Suborno! Choque de valores.
Muitos hoje perderam a fé e a esperança. Creem em Deus, mas vão à Igreja e dizem ao Senhor: “bom, já vistes, isto é assim, não posso mudar em nada”. Não têm esperança! Talvez antes, mesmo que houvesse mais pobreza econômica, tinha mais limpeza moral.
A Ucrânia não é pior nem melhor que outras nações, mas o que mais me dói é ver que não creem que a mudança é possível, que não creem que possam melhorar. Sem esta esperança nas pessoas, os políticos seguirão sendo todo-poderosos”.
“Na Universidade Católica olhamos com reserva para todas as ideologias. Somos acadêmicos, não tomamos partido. Mas o país está preso nessas ideologias.
Uns são de ideologia quase comunista; outros de um nacionalismo ideológico; outros, ideólogos liberais… e todos eles suspeitam de nós, da universidade católica, porque não somos dos seus. ]
“O sistema comunista mudou a moral absoluta cristã pela bolchevique, que dizia: “a moral é tudo aquilo que é útil para o proletariado”.
Ao cair o Muro e a União Soviética, nos encontramos com o dogma da moral pós-moderna que diz: “a moral é só o que é útil para mim”. Como universidade católica promovemos a restauração dos valores autênticos.
É uma provocação para muitos pós-comunistas que hoje têm cargos na administração pública e apoiam a desordem presente, que querem que a desordem dure sempre porque lhes beneficia. A universidade, por exemplo, é “zona livre de corrupção” num sistema quase totalmente corrupto.
É uma bênção do Senhor trabalhar num lugar onde se respeita a dignidade humana, mas em breve poderá precisar da solidariedade dos cristãos ocidentais para defender-nos de quem quiser nos intimidar”.

O Facebook é anticatólico? Rede social tolera ataques contra fiéis e preocupa os usuários

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Ago. 13 / 08:51 am (ACI).- Nos últimos meses, o Grupo ACI recebeu centenas de denúncias de usuários sobre a permanente tolerância do Facebook a conteúdos obscenos dirigidos a atacar a fé católica, uma situação que levou a muitos usuários a questionar as políticas desta empresa e inclusive perguntar-se se deveriam continuar ou não usando a conhecida rede social.
Carlos Wadsworth, da Costa Rica, em resposta a uma pergunta aberta realizada pelo diretor do Grupo ACI, Alejandro Bermúdez, assegurou que denuncia páginas anticatólicas com frequência. "É tão grotesco que reporto um comentário onde textualmente insultam a mãe do Bispo e/ou a de todos os católicos" e a única resposta que recebeu por parte da rede é que estas publicações ofensivas não violam as políticas do Facebook.
Por sua parte, Mario Gallardo, escreve desde León (México) que "infelizmente no Facebook há uma política altamente tolerante ao anticatolicismo".
Gallardo assinalou que Facebook bloqueou a sua conta pessoal "várias vezes. A princípio pensei que fosse por queixa dos irmãos protestantes pelo que publicava na minha linha do tempo", porém, "penso, hoje em dia, que no Facebook se tolera o anticatolicismo".
Outro usuário, Rodrigo Perez, da Colômbia, assegura que no Facebook "promovem-se todo tipo de perversões morais, pornografia, aborto, satanismo toda a loucura do mundo. Um anticatolicismo aberto, sem controle, sem medida".
"Estou quase fechando a minha conta, perturba-me ver tanto ódio e veneno contra a Igreja Católica. Não há nenhum tipo de controle, e pelo contrário, se você fizer um comentário alertando sobre as seitas satânicas o primeiro que o Facebook faz é bloquear a sua conta temporalmente, como foi o meu caso".
Os usuários criticam que aqueles que difundem conteúdos anticatólicos, não enfrentam sanção alguma por parte dos administradores do Facebook e, paradoxalmente, a rede atuou contra páginas católicas positivas.
Uma das páginas católicas mais populares em espanhol, "Memes Católicos", foi eliminada pelo Facebook pouco depois de superar os 110 mil seguidores. Esta página, criada pelo jovem peruano Yhonathan Luque Reyes, difundia conteúdos católicos em forma de imagens com textos sugestivos.
Em outubro de 2012, Facebook notificou a Luque que vários usuários tinham denunciado sua página acusando-o de promover uma linguagem que incitava o ódio religioso. A rede social lhe ofereceu a alternativa de colocar a página sob a categoria de "humor polêmico" para permanecer no Facebook.
Entretanto, em janeiro de 2013, grupos anticristãos fizeram uma campanha para que Facebook proibisse esta página, atacando inclusive a conta pessoal de Luque que foi fechada pelo Facebook e assim conseguiram retirar definitivamente a página de "Memes Católicos". Luque decidiu abrir uma nova página que em poucos meses teve mais de 20 mil seguidores.
O caso de "Memes Católicos" atraiu a atenção do Pontifício Conselho para as Comunicações, do Vaticano, que soube da notícia de sua eliminação pela sua conta no Twitter.
Enquanto isto ocorre com sites católicos, Facebook tolera a publicação de páginas como "Peneadicto XVI" onde em nome de promover o ateísmo se publicam insultos e montagens obscenas contra Jesus, a Virgem Maria e os Papas. Esta página obscena conta com mais de 44 mil seguidores.
"Peneadicto XVI" apresenta o Papa Francisco e Bento XVI como pedófilos, promove o ódio contra a religião e incita atos de agressão física contra o Papa e outros líderes religiosos.
Apesar da proibição da pornografia no Facebook, por um tempo a imagem de capa de "Peneadicto XVI" era uma montagem fotográfica que simulava um ato sexual entre o Papa Bento XVI e um homem nu no altar maior da Basílica de São Pedro. Mesmo com as denúncias dos usuários, Facebook nunca eliminou essa imagem nem a polêmica página.
O criador de "Peneadicto XVI" foi identificado como Carlos Alberto Becerra Mendoza do Peru, que está enfrentando uma denúncia judicial por um ataque cibernético contra o site do Grupo ACI orquestrada desde sua página no Facebook.
A divisão do Facebook para a América Latina se negou a responder as acusações específicas sobre se essa página violou alguma política da rede social.
"As conversar que acontecem no Facebook, assim como as opiniões que seus usuários expressam, são um reflexo da diversidade das pessoas que fazem uso do Facebook", disse o chefe de comunicações do Facebook para a América Latina, Alberto Arébalos ao Grupo ACI.
Arebalos assegurou que "com o propósito de nivelar os interesses e as necessidades de um público mundial, Facebook protege a expressão de opiniões e conteúdos que cumprem com as normas descritas em nossas políticas".
"Posso assegurar que não há nenhum espírito anticatólico na nossa empresa", disse o chefe de comunicações do Facebook ao Grupo ACI, evitando responder sobre os incidentes específicos assinalados por este meio.
Alberto Arebalos disse que "cada denúncia da comunidade se estuda e se analisa de acordo com nossas políticas, sem nenhum tipo de inclinação em um sentido ou outro".
Em maio deste ano, Facebook anunciou uma revisão de suas políticas para retirar conteúdo ofensivo e linguagem de ódio, indicando que escutou as sugestões de grupos de mulheres e judeus, muçulmanos e grupos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT).
Isto parece ter surtido alguns efeitos, incluindo a eliminação de páginas anticristãs em inglês como "Cristãos aos que gostaria de socar" ("Christians I’d Like to Throat Punch", em inglês).
Entretanto, esta política parece não incluir os ataques obscenos contra os líderes católicos.
Em 10 de junho deste ano, Alison Schumer, membro da seção de comunicações e política pública do Facebook, disse ao Grupo ACI que suas normas contra a perseguição "não cobrem figuras públicas".
Schumer citou as normas de comunidade do Facebook, que permitem "aos usuários falar livremente sobre assuntos e pessoas de interesse público, mas tomamos ação sobre todos os reportes de conduta abusiva dirigida a indivíduos privados".
As normas também proíbem "expressões de ódio", que significam "ataque diretos e sérios sobre qualquer categoria protegida de pessoas", incluindo categorias religiosas. A companhia diz que o "humor de mau gosto" não se qualifica como expressões de ódio.
Ante a pergunta sobre se Facebook está trabalhando com algum grupo católico ou cristão para obter feedback sobre sua política, Schumer disse que a começos de junho, o escritório do Facebook em Washington D.C. (Estados Unidos) teve uma reunião com "líderes religiosos nacionais", coordenada sob a guia dos líderes da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos.
Schumer disse que a reunião de 19 de junho foi "privada" e "um exemplo de muitos nos que nos reunimos com grupos externos sobre nossas políticas". A Conferência dos Bispos Católicos Americanos confirmou que a reunião se realizou, mas também a descreveu como "privada".
Facebook esteve operando por nove anos, chegando a dominar as redes sociais. Entretanto, mostrou sinais de estancamento em seu crescimento, e de declínio no entusiasmo entre os usuários mais jovens.

Alemanha cria ‘terceiro gênero’ para registro de recém-nascidos hermafroditas.


G1
A partir de 1º de novembro, a Alemanha oferecerá aos pais três opções para registrar seus filhos: “masculino”, “feminino” e “indefinido”.
A nova lei foi aprovada em maio, mas seu teor só foi divulgado agora. Com isso, aAlemanha passa a ser o primeiro país europeu a oficializar o terceiro gênero.
Essa mudança é uma opção para pais de bebês hermafroditas, que nascem fisicamente com ambos os sexos.
A nova legislação abre a possibilidade de a criança, ao se tornar adulta, escolher posteriormente se prefere ser definida como homem ou mulher. Ou mesmo seguir com o sexo indefinido pelo resto da vida.
Questões indefinidas
Na Alemanha, alguns jornais disseram que a mudança é uma “revolução legal”. No entanto, a lei não prevê como a escolha do sexo indefinido é refletida em documentos como o passaporte, onde existe apenas escolha entre “M” e “F”. A revista alemã de direito familiar FamRZ sugere que a opção de sexo indefinido seja marcada com a letra “X”.
A nova lei é amparada em uma decisão do tribunal constitucional alemão que estabeleceu que pessoas que se sentem profundamente identificadas com um determinado gênero têm o direito de escolher seu sexo legalmente.
Outro assunto ainda a ser definido é matrimônio. A lei alemã só permite atualmente casamentos entre homens e mulheres, o que não contempla pessoas de gêneros indefinidos.
Poucos países no mundo possuem legislações sobre terceiro sexo. A Austrália aprovou uma lei há seis semanas, mas desde 2011 os australianos já têm o direito de identificar-se com o sexo “X” no passaporte. Na Nova Zelândia, isso é possível desde 2012.
O correspondente da BBC na Alemanha, Demian McGuiness, afirma que ainda há outros pontos em aberto. No caso de uma pessoa de sexo indefinido ser presa, em qual presídio ela seria detida?
O grupo de direitos de pessoas transgêneros Trangender Europe vê avanços na legislação alemã, mas reivindica mais mudanças.
“É [uma mudança] lógica, mas não é uma lei tão progressista como gostaríamos que fosse”, disse Richad Köhler, do Transgender Europe. Ele diz que a lei só contempla bebês que tiveram diagnóstico médico de hermafroditismo.
A entidade quer que as pessoas possam ter o direito de deixar a opção de gênero em branco, sem precisar se quer se declarar ‘indefinido’.