quinta-feira, 15 de setembro de 2011

JOVEM SOFRE ENFARTE CEREBRAL APÓS TOMAR PÍLULA DO DIA SEGUINTE.



Uma jovem de 23 anos sofreu um enfarte cerebral detrás tomar a pílula abortiva do dia seguinte, que na Espanha se vende a varejo sem receita médica desde setembro de 2009. Depois do fato uma equipe do Hospital La Paz (em Madrid) aonde a jovem foi atendida, publicou um artigo alertando que esta situação poderia repetir-se.

A jovem, cuja identidade não foi divulgada, tomou a pílula abortiva doze horas antes de que os sintomas do enfarte cerebral se manifestassem. Na unidade de urgências, aonde chegou porque a sensibilidade na parte direita do corpo tinha diminuído, foi possível constatar a doença.

Conforme informa o jornal La Gazeta, a gravidade do assunto fez que a Unidade de Ictus do Hospital La Paz (Madrid) publicasse um artigo na revista científica Medicina Clínica alertando da "relação causa-efeito entre a pílula pós-coital e o enfarte cerebral".

"Com os dados que temos não podemos afirmá-lo rotundamente, mas sim podemos dizer que há uma relação temporária causa-efeito e uma possível associação entre esta pílula e o enfarte", disse o chefe do Serviço de Neurologia do Hospital La Paz, Exuperio Díez-Tejedor, autor do artigo.

Por este motivo, este perito considera que "a vigilância destes efeitos adversos é cada dia mais necessária, devido à maior disponibilidade destes fármacos".

Díez-Tejedor explica que a substância que poderia estar atrás destes enfartes cerebrais é o levonorgestrel (estrogênios sintéticos), o princípio ativo que compõe a pílula abortiva do dia seguinte e outros anticoncepcionais hormonais orais.

"O que ocorre é que a dose de levonorgestrel na pílula do dia depois é mil vezes maior à utilizada no resto de anticoncepcionais", indica.

A Europa Press divulgou nesta quinta-feira que a ministra de Saúde, Leire Pajín, assegurou que se estudará este caso, embora tenha considerado que "está falando-se apenas de suspeitas e em nenhum caso de uma análise conclusiva e objetiva que relacione este consumo com o enfarte cerebral".

Deste modo recordou que a venda do fármaco "foi autorizada na Espanha em 2001, com um governo do Partido Popular", apesar de que foram Trinidad Jiménez e Bibiana Aído, quando ocuparam os cargos de ministra de Saúde e de Igualdade, respectivamente, quem aprovaram sua venda sem receita em farmácias.

A decisão de seu estudo foi produzida depois da denúncia de que a Associação Estatal de Advogados Cristãos interpôs contra a anterior ministra de Saúde, Trinidad Jiménez e a que ex-titular do ministério de Igualdade, Bibiana Aído, por delitos contra a saúde pública.

Ambas foram denunciadas "por ter aprovado a distribuição da pílula do dia seguinte sem receita médica, e sem considerar os graves riscos que este fármaco tem para a saúde".

Dentro do escrito remetido ao Ministério Fiscal, assinalam que "se um médico tivesse revisado o histórico clínico da paciente falecida é evidente que não teria receitado a ela o consumo da mencionada pastilha".

Mais casos

O Hospital La Paz decidiu tornar público o caso da jovem de 23 anos porque, tal como explicam os médicos da Unidade do Ictus, "embora seja apenas um caso isolado, pouco a pouco podem ir acumulando-se".

De fato, no artigo se informa que vários estudos "demonstraram um incremento significativo de enfarte cerebral em pacientes que tomavam anticoncepcionais orais diariamente".

Também se relacionaram diretamente com o consumo da pílula abortiva do dia seguinte em outras duas ocasiões: "houve outro caso em Santander (Espanha) e outro país europeu notificou também um fato similar", afirma Díez-Tejedor.

Os especialistas suspeitam que, como ocorre com os anticoncepcionais tradicionais, a maior concentração de estrogênios nas pílulas de emergência favorecem a aparição de complicações cardiovasculares e trombose arteriais em mulheres, sobre tudo, com certa predisposição.

Entre estas pode-se contar as fumantes, as que sofrem de enxaqueca, maiores de 35 anos ou as que apresentam outros fatores de risco como hipertensão ou obesidade. Entretanto, o prospecto da pílula abortiva do dia seguinte não inclui nenhuma destas precauções.

"O problema é que a livre distribuição impede que o médico informe sobre todos estes riscos", destaca Díez-Tejedor.

Fonte:  (ACI/EWTN Noticias)


Para os que ainda! Tinham dúvidas sobre o deus do livro " A Cabana "...

Mariana Zylberkan – Revista Veja
Como você avalia a reação dos leitores brasileiros a seu livro, já que é este é um país essencialmente católico?
Leitores me dizem que o livro mudou suas vidas. E a maioria agradece pelo fato de terem ampliado sua visão de Deus após ler A Cabana. Os brasileiros são altamente espiritualizados. O livro foi traduzido para 41 idiomas, mas a versão em português é a mais lida, logo após a publicação em inglês. Isso significa que esse tipo de história fala diretamente aos seus corações. Sinto que os brasileiros são muito receptivos a discussões sobre o sofrimento, a dor e as questões da vida.
Por que as pessoas buscam publicações que as ajudem a pensar na vida?
As pessoas querem encontrar alguém que lhes diga o que devem fazer. Mas eu não quero ser essa pessoa. Desejo apenas levantar os questionamentos que levanto por acreditar que cada ser humano é importante e que as decisões que tomam são significativas para o funcionamento do universo.
O senhor sente que interfere na vida dos leitores quando escuta declarações de que A Cabana mudou suas vidas?
Eu costumo dizer que não tenho nenhum poder em fazer isso. Não posso curar ninguém e muito menos mudar a vida de uma pessoa. Mas Deus utiliza diversos recursos para tocar os nossos corações – uma música ou as palavras de um livro. A Cabana foi um presente para meus filhos, agora todo o mundo está lendo esse presente dedicado a eles. Nunca premeditei esse sucesso, nunca foi minha intenção.
Qual é a mensagem por trás do grande sucesso de A Cabana?
Acredito que as pessoas estão em busca de si mesmas. Há muitas condições atuais que levam a isso. O acesso à informação é mais amplo hoje. Antigamente, políticos e religiosos impunham obstáculos imensos para que a sociedade fizesse perguntas pertinentes ao seu autoconhecimento e crescimento espiritual. A internet e a velocidade da comunicação acabam com esses obstáculos. Isso nos faz começar a entender que somos uma única família, a raça humana.
Essas conclusões o inspiram a escrever um segundo livro?
Sim, sem dúvidas. Eu sempre fui escritor, mas nunca achei que mais ninguém fosse se interessar pelo que eu escrevo além de parentes e amigos. Há três anos e meio, eu tinha três empregos para sustentar minha família. Minha ocupação principal era como encarregado de uma pequena fábrica, eu enviava e recebia encomendas, limpava os banheiros, ou seja, sou uma pessoa bem comum. Estou apenas no meio de uma vivência fantástica.
Então, a vida melhorou bastante, não?
No fundo, tudo não passa de uma questão de perspectiva. Não há nada de errado em limpar banheiros para viver. Se for possível sentir a presença de Deus, não importa o tipo de atividade que se pratica.
O que planeja para seu segundo livro?
Será outra ficção com a mesma mensagem. Não será uma sequência de A Cabana, mas sim uma história diferente que irá envolver questões de relacionamento e sobre o mundo através dos olhos do próximo.
Em que estágio está a adaptação de A Cabana para o cinema?
Eu estou curioso a respeito disso, há incertezas envolvidas nessa produção. Não tenho previsões. Os direitos autorais do livro pertencem aos donos da pequena editora criada apenas para publicar A Cabana, que foi recusada por muitos publishers. Eles podem fazer o que quiserem com a história e isso é totalmente aceitável para mim. Eu não ligo.
Quem escolheria se pudesse indicar alguém para interpretar um de seus personagens?
Escolheria Queen Latifah para ser Papa (a mulher negra e voluptuosa que representa Deus no livro). Ou até mesmo Oprah Winfrey, porque ela já sabe como interpretar Deus. Isso é apenas uma piada, é claro (risos).
Qual é o lado positivo de se engajar em alguma religião?
Entidades religiosas realmente têm ações positivas, administram hospitais, promovem a educação e ajudam os menos favorecidos. As religiões também tendem a oferecer valores morais à sociedade. Mas, por outro lado, esses valores se tornam limitantes porque impedem as pessoas de se relacionar livremente.
Acredita que há um exercício de poder inerente às religiões?
Sim, a religião em si é maligna.As mulheres, por exemplo, sofrem terríveis abusos por conta dos sistemas religiosos.
Cria-se um sistema de poder que demanda dinheiro dos fiéis para manter a máquina em funcionamento, além de separar quem é realmente espiritualizado de quem não é. A maioria das guerras foi fundamentada em princípios religiosos. Isso já é um indício de que há algo errado com a ideologia religiosa. Jesus Cristo não veio à Terra para criar uma nova religião, sua missão foi destruir o pensamento religioso para incentivar os relacionamentos humanos. É isso que eu quero fazer com meus livros.
Mariana Zylberkan
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