Ex-presidente da Associação Americana de Psicologia afirma que a organização está sob controle de ativistas gays
Matthew Cullinan Hoffman
6 de junho de 2012 (LifeSiteNews.com) — Um ex-presidente da Associação Americana de Psicologia (AAP), que também foi o responsável por protocolar a petição para desclassificar o homossexualismo como doença mental em 1975, afirma que a AAP foi tomada por “ultraesquerdistas” comprometidos com o movimento homossexual, que se recusam a abrir o debate sobre a terapia reparativa para o homossexualismo.
O Dr. Nicholas Cummings foi presidente da AAP de 1979 a 1980, e também atuou como membro do Conselho de Representantes da organização. Ele atuou durante anos como Diretor de Saúde Mental junto à Operadora de Saúde Kaiser-Permanente, e é autor do livro Destructive Trends in Mental Health: The Well-Intentioned Path to Harm (Tendências Destrutivas na Saúde Mental: O Caminho Bem Intencionado para os Danos).
Em uma entrevista dada a representantes da Associação Nacional de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade (cuja sigla em inglês é NARTH), no final de abril, Cummings afirmou que o problema da organização começou com a rejeição do princípio de Leona Tyler, que determinava que todas as posições públicas da AAP fossem fundamentadas por provas científicas.
A AAP ”começou a mudar muito drasticamente desde o final da década de 80”, afirma Cummings. “Na metade da década de 90, o princípio de Leona Tyler foi completamente esquecido, de forma que as posições políticas pareciam anular quaisquer resultados científicos. Suprimir provas virou moda. O movimento pelos direitos homossexuais, de certa forma, capturarou a AAP”.
Cummings acredita que o movimento pela “diversidade” na AAP, que ele havia endossado, resultou em uma falta de diversidade com relação aos heterossexuais.
“Se tivesse que escolher agora, veria a necessidade de uma espécie de organização que recrutasse homens brancos héteros, que estão subrepresentados na AAP”, afirma.
Cummings acrescenta que ele pessoalmente não se opõe ao movimento homossexual, incluindo o “casamento” gay, apontando que ele foi o autor da petição que retirou o homossexualismo da lista de distúrbios mentais da AAP. No entanto, ele lamenta a perda da objetividade científica na organização.
“Na primeira vez que isso começou a acontecer e eu era membro do Conselho, isso seria, acredito, em 1975, porque me lembro que foi quando emiti a resolução”, afirma Cummings. “A resolução era que ser gay não era uma doença mental, e que era referente ao caráter individual. E isso passou no Conselho de Representantes. Essa foi a primeira vez que isso começou a acontecer. Eu também havia dito, além disso, que a AAP, caso passasse a resolução, iria votar em favor de continuar as pesquisas que demonstrassem o que quer que as pesquisas demonstrem. Pesquisas abertas, não tendenciosas. Isso nunca foi feito”.
Em uma segunda entrevista no mesmo dia, mais curta, com a NARTH, Cummings se lembra do seu trabalho com homossexuais que queriam deixar o estilo de vida gay durante sua gestão na Kaiser Permanente.
“É uma terapia difícil, e não tem muita procura, mas vimos avanços sim, e por isso a postura de 'você nunca poderá mudar’ (Ronald Reagan disse ‘nunca diga nunca’) é absurda. Tudo o que você precisa fazer é encontrar uma exceção, e ela irá derrubar o ‘nunca’. Mas sim, vimos mais de uma exceção”, afirma Cummings.
“Admitimos que também houve fracassos. As recaídas ao longo do caminho com alguns eram intensas, mas presenciamos a mesma coisa nos tratamentos de abuso de entorpecentes e alcoolismo. Elas fazem parte do tratamento”.
A posição de Cummings como ex-presidente da AAP e autor da petição para remover o homossexualismo da lista de doenças mentais é análoga à decisão do Dr. Robert Spitzer, ex-presidente da Associação Americana de Psiquiatria, que liderou os esforços para desclassificar o homossexualismo como doença mental dois anos antes. Spitzer também se tornou crítico da Associação Americana de Psiquiatria nas décadas seguintes, e foi autor de um estudo em 2000 indicando que homossexuais “altamente motivados” poderiam ser bem sucedidos em alterar suas preferências sexuais por meio de terapia reparativa.
Embora Spitzer tenha recentemente repudiado o próprio estudo, que foi públicado no periódico acadêmico Arquives of Sexual Behavior em 2002, após anos de pressão dos ativistas homossexuais, Cummings nunca se retratou do seu endosso à visão de que os homossexuais às vezes são capazes de mudar.