segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Investigadores afirmam que às 17 semanas feto já experimenta sentimentos




Foto: INS News Agency
LONDRES, 31 Out. 11 / 12:44 pm (ACI/EWTN Noticias)

Um grupo de investigadores na Grã-Bretanha demonstrou com uma exploração 4-D, que um feto de 17 semanas de gestação pode experimentar sentimentos como a felicidade e a dor.

Conforme informou recentemente o Daily Mail, o professor Stuart Campbell tomou uma imagem 3-D, e mediante a equipe de exploração em 4-D, manifestou que as imagens mostram o bebê de 17 semanas de gestação revelando sentimentos.

Entretanto, o professor Eric Jauniaux, do University College, disse que nesta etapa o feto não pode demonstrar sentimentos porque ainda está em um período de inconsciência. Disse que "a evidência da dor e o sentimento se percebe em 24 ou 28 semanas. Às 17 semanas, a conexão entre o cérebro e o resto do corpo tende a ser limitada".

Entretanto, Campbell assinalou que o observado na imagem se converte em uma expressão de alegria e humanidade. "pude ser capaz de apreciar um feto chorando ao redor da 18 ou 19 semana, mas até agora nada como um sorriso agradável. Esta é a primeira perseverança. É incrível", expressou.

Embora o professor seja perito em temas ginecológicos e obstetras, disse que não sabia o que causou o sorriso, e o atribuiu a uma seqüência que inclui o bocejo, alguns movimentos respiratórios e a abertura de suas pálpebras.

Autoridade vaticana explica as chaves da nova evangelização


SANTIAGO, 31 Out. 11 / 01:40 pm (ACI/EWTN Noticias)

O Secretário do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização no Vaticano, Arcebispo Octavio Ruiz Arenas, assinalou em uma recente conferencia as chaves deste processo animado pelo Beato Papa João Paulo II e agora pelo Bento XVI, especialmente com este novo dicastério do qual faz parte o Prelado.

Em uma exposição feita neste último 21 de outubro em Santiago no Chile para um grupo de jovens missionários da Universidad Catolica chilena, o também Arcebispo Emérito de Villavicencio (Colômbia) recordou que "a missão fundamental da Igreja é a evangelização, que tem como fim último o anúncio claro de Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem".

Este anúncio, disse o Prelado, "deve levar a uma adesão de coração, a um seguimento do Senhor Jesus, para que acolhendo essa Palavra de vida, a pessoa se converta em alguém que dá testemunho e anuncia, em outras palavras: quem foi evangelizado deve evangelizar também"

Esta tarefa é especialmente importante ante uma série de desafios como o fato de que "em muitos países de antiga tradição cristã, foi-se perdendo a fé e se deixaram envolver por um ambiente secularista, no qual querem excluir Deus da vida das pessoas, marginar a Igreja da atividade pública e viver em uma grande indiferença religiosa".

"Trata-se, em concreto, de países e nações nos quais o bem-estar econômico e o consumismo –embora misturado com espantosas situações de pobreza e miséria– inspiram e sustentam uma existência vivida ‘como se não houvesse Deus’", advertiu.

O conceito de Nova Evangelização, explicou o Arcebispo, surgiu "como tal durante a III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano realizada em Puebla (México)". Com este novo critério, a tarefa da Igreja também é forjar "uma evangelização da cultura e de maneira especial uma nova qualidade de evangelização, que comece no setor das pessoas, da família e da paróquia, para confrontar o amplo fenômeno da secularização"

O Arcebispo precisou também que a nova evangelização "não se trata de uma mensagem nova, distinta à de sempre, pois pregamos o mesmo Jesus Cristo de ontem, hoje e sempre. A novidade por tanto está no coração de quem anuncia o Evangelho".

"Tem que ser uma pessoa inteiramente apaixonada por Senhor, de alguém que saciou sua sede, com a Palavra de Cristo, como o fez a mulher samaritana. A sede do homem só se calma, em Jesus. Ele é o Mendigo sedento que sai ao encontro da mulher samaritana".

Depois de pôr como exemplo Santa Teresa de Jesus, a primeira Santa chilena que faleceu aos 20 anos de idade, o Prelado disse que para a nova evangelização é importante que esta seja nova em seu ardor, nova em seus métodos e nova em sua expressão.

Os "requisitos" para a nova evangelização

Dom Ruiz Arenas enumerou logo uma série de requisitos para empreender esta tarefa, entre os quais está primeiro "dar primazia à graça", como dizia João Paulo II: "quer dizer devemos ser conscientes que é o Espírito Santo quem obra na Igreja. Não podemos cair na tentação de pensar que são nossas obras e nossos programas os que produzem os resultados, a conversão".

Um segundo requisito é "viver como autêntico discípulo missionário. O discipulado é uma realidade que não se pode viver de maneira isolada, individual, mas deve ser vivida em comunidade. O Senhor foi escolhendo e chamando os seus discípulos. Hoje também chama cada um de nós e nos dá uma missão. Devemos viver o gozo de sentir-nos chamados e amados pelo Senhor".

O terceiro é ter uma grande generosidade, enquanto que o quarto consiste em que "toda a atividade da Igreja deve ser uma expressão de amor e de serviço, que deve procurar o bem integral do ser humano. Mais ainda, em muitas circunstâncias esse amor fala por si só e se constitui em uma forma de evangelizar, pois através de sua atuação –assim como por seu falar, seu silêncio, seu exemplo- fazemos acreditável o que anunciamos e o que celebramos".

Um quinto requisito fundamental é a oração: "é importante que o que nos proponhamos, com a ajuda de Deus, esteja baseado na contemplação e na oração. Vivemos com grande agitação e contínuo movimento, o qual desemboca no ativismo, com o risco fácil do ‘fazer por fazer’".

Um sexto ponto a ter em conta é a centralidade da Eucaristia, que "encerra em si mesma o núcleo do mistério da Igreja e constitui a fonte e cume de toda a vida cristã. Nela se celebra com gozo o mistério da fé, já que faz presente o acontecimento central de nossa salvação e realiza a obra de nossa redenção, atualizando sempre no tempo o sacrifício redentor de Cristo".

Um sétimo requisito é a leitura constante da Palavra de Deus: "é urgente ter uma confiança e familiaridade com a Sagrada Escritura, para que seja como uma bússola que indica a via a seguir, com a ajuda de testemunhas e professores, que caminhem com eles e os levem a amar e a comunicar à sua vez o Evangelho, especialmente a seus coetâneos, convertendo-se eles mesmos em autênticos e acreditáveis anunciadores. Neste sentido é bom familiarizar-nos com o método de leitura orante da Sagrada Escritura, por meio da lectio divina".

Finalmente o Prelado recordou aos jovens o chamado do João Paulo II de "remar mar dentro" para ser "evangelizadores de outros: de sua família, de seus amigos e companheiros e de todos aqueles cuja fé é fraca ou têm medo de entregar-se ao Senhor. Hoje são vocês, os Apóstolos da Nova Evangelização".

O Pontifício Conselho para a Nova Evangelização foi criado pelo Papa Bento XVI em junho de 2010 para animar este processo especialmente na Europa e Estados Unidos, lugares de antiga tradição cristã aonde agora se vive um processo de profunda secularização.

Entre as tarefas que tem o dicastério, presidido pelo Arcebispo Rino Fisichella, estão a promoção e divulgação do Catecismo da Igreja Católica que no próximo ano cumpre 20 anos de sua publicação durante o pontificado de João Paulo II.

A criação deste novo dicastério está em sintonia com a realização do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização que se celebrará no Vaticano em outubro de 2012.