terça-feira, 17 de setembro de 2013

Frei trocou o hábito religioso para ser coreógrafo de mestre-sala e porta-bandeira de Escola de Samba no RJ


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Na quadra da Unidos de Padre Miguel, na Vila Vintém, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira já faz reverências ao único realmente capaz de julgá-los por erros e acertos. De olhos fechados, Jéssica Ferreira e Vinicius Antunes buscam ganhar pontos com Deus.
Mas sob as bençãos de José Bonifácio dos Santos Junior, de 35 anos, que reza o terço a cada ensaio do casal. O coreógrafo deles, antes frei, trocou o hábito religioso pelo terno de sambista e botou fé no carnaval. E no projeto “Arte e graça”, que une “a postura comportamental do casal à elegância do bailado no samba”.
- É a arte da evolução e a graça da beleza. Deus é o autor de toda obra. E é Ele quem dá essa vocação aos dois. A Deus seja dada toda honra e glória. Tudo o que Vinicius e Jéssica fazem é para glorificá-lo pela dança - explica Bonifácio, segurando firme o terço de prata da época de frei.
E assim, louvando ao Senhor, é que ele inicia o ensaio. “Senhor Deus de bondade, queremos lhe agradecer por esse momento”, reza, faz alguns pedidos, puxa o Pai Nosso.
- Já rezava o Pai Nosso e me benzia antes de dançar. Mas com o Bonifácio é sempre especial, até pelas palavras dele, assim como foi nossa oração antes e após a apresentação para o papa - diz Jéssica, em referência à noite em que ela e Vinicius dançaram para Francisco na Jornada Mundial da Juventude.
Sonhos ainda como frei
O mestre de cerimônias dos guardiões de pavilhão pendurou o hábito de frei no cabide aos 27 anos, depois de dois no seminário (onde a Arquidiocese forma padres seculares, sempre à disposição das igrejas que precisam de sacerdotes). Ele ainda passou seis anos na ordem religiosa, onde fez os votos simples e se tornou um frei.
Deixou a vida religiosa com uma dor no peito provocada pelo câncer de mama (sim, homens podem ter), curado após cinco meses de tratamento. Para acompanhar a doença, ele teve de pedir para sair do confinamento coletivo com outros freis. Mas o passado, vez ou outra, bate à sua porta.
- Quando saí, foi doloroso porque os fantasmas circundam até hoje. Não voltaria. Mas, pelo menos, de três a quatro vezes ao ano sonho que ainda sou religioso, que estou vestido de frei - revela Bonifácio, que, se um dia voltar, pensa viver na paz da clausura.
O também professor de etiqueta entrou para a ordem logo numa quinta-feira de carnaval. Na bagagem, levou o sonho de conhecer a Beija-Flor de Nilópolis, a escola que vibrava ao ver desfilar pela TV de casa, na área rural de Campos. Na época, varava noites dando notas para as agremiações, sempre escondido dos pais.
- Passei a infância fazendo isso. É que criou-se um trauma na minha família quando meu pai se envolveu em briga de trânsito. Era carnaval. E os dois atiraram. O tiro do meu pai pegou e o cara morreu.
Mas quem subiu aos céus foi Bonifácio que, ainda na ordem, recebeu autorização do superior para visitar a quadra da Beija-Flor.
- Os freis antigos quase morreram - lembra-se.
Ensaios também com a proteção dos orixás
Vestido com o manto do samba, Bonifácio atendeu o convite de uma amiga, que conheceu na quadra da Azul e Branco de Nilópolis, e estreou na escola como diretor de ala, em 2004. Mas já entrou na Avenida, em 2006, apresentando o projeto “Arte e graça” à frente de Gleice Simpatia e Daniel Elegância, da Acadêmicos da Rocinha.
Este ano quem aprendeu suas técnicas de dança, como as de balé, foi Squel e Feliciano, na Mocidade Independente de Padre Miguel. Cristiane Caldas e Fabricio Pires, então na Porto da Pedra, foram seus alunos em 2012. E Marcela Alves e Rafael, que estavam na Mangueira, em 2011.
- Nos ensaios da Unidos de Padre Miguel, também pedimos proteção aos orixás. Jéssica é católica. Mas toda a família de Vinicius é espírita. Não posso sufocá-lo com a minha religião, impondo-a - reflete.
O mestre-sala da escola, Vinicius Henrique, de 20 anos, agradece.
- Isso realmente me impressiona. Ele é um cara de muito respeito a todos. E está sempre com o terço na mão - observa.
Enviado por Vitor Hugo - Rio de Janeiro - fonte Globo noticias.

Sinal dos Tempos: Humoristas brasileiros fazem piada dos milagres de Jesus


15.09.2013 - O canal online Porta dos Fundos mais uma vez aborda temas religiosos em seus vídeos humorísticos. A atração desta semana – que estreou na segunda-feira (9) – chama Cura.
Neste, o ator Rafael Infante interpreta Jesus Cristo em uma sessão de cura. Eis que surge Marcus Marjella, com características afeminadas, pedindo para ficar livre de um “fogo incontrolável”. Em menos de quatro dias, o lançamento já ultrapassou 1,7 milhão de acessos, segundo dados coletados nesta quarta-feira (11). Veja as imagens abaixo.
O Porta dos Fundos foi idealizado por Antonio Tabet, Fabio Porchat, Gregório Duvivier, Ian SBF e João Vicente de Castro. No YouTube, são lançados dois esquetes semanais, todas as segundas e quintas-feiras, às 11h. Em menos de um ano de existência, o espaço tornou-se o canal brasileiro na internet a atingir mais rapidamente a marca de 1 milhão de inscritos e venceu o prêmio de Melhor Programa de Humor Para TV da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).
Ao tentar fazer graça com temas sagrados, o canal acabou criando um embate com o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), além de outros líderes religiosos. Marco Feliciano criticou na internet o vídeo Oh, Meu Deus, de meados de agosto deste ano (2013), pedindo sua retirada. “Assim caminha a humanidade... Vídeo podre! Ajudem a denunciar para retirá-lo do ar”, postou o parlamentar no Twitter.
Na semana seguinte, foi a vez do Porta dos Fundos estrear outro enquete, denominado Deputado, debochando implicitamente de Feliciano. Sobre esse, o pastor não emitiu sua opinião, pois o lançamento coincidiu com uma viagem internacional do religioso.
O vídeo Cura faz referência ao Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, que está arquivado no Congresso Nacional e previa a possibilidade de psicólogos poderem tratar pacientes contra a homossexualidade, por meio da extinção de dois trechos de uma resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia.
O projeto ficou conhecido como ‘cura gay’ e foi a maior polêmica enfrentada por Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (DCHM). O caso foi vinculado ao pastor pela mídia em geral, apesar dele não ser o autor da proposta.
Sobre o novo filme, os responsáveis pelo canal de humor comentaram “milagres são acontecimentos extraordinários que não possuem explicação sob a luz da ciência. A mesma ciência que desbanca os falsos milagreiros, que insistem em não enxergar que certas ‘doenças’ não precisam de cura”. (Fonte: Gospel Minas)
VEJA O VIDEO:

Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Eles zombavam de seus enviados, desprezavam seus conselhos e riam de seus profetas, até que a ira de Deus se desencadeou sobre o seu povo, e não houve mais remédio".. (II Crônicas 36,16)
"Sabei antes de tudo o seguinte: nos últimos tempos virão escarnecedores cheios de zombaria, que viverão segundo as suas próprias concupiscências". (2Pd 3,3)

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