sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Adolescentes enfatizam libertação dos “demônios sexualmente transmissíveis”


Adolescentes enfatizam libertação dos “demônios sexualmente transmissíveis”Adolescentes enfatizam libertação dos "demônios sexualmente transmissíveis"
Savannah, Tess e Brynne, são as “exorcistas adolescentes” mais famosas da mídia. Elas fazem parte do ministério do pastor Bob Larson, da Igreja Internacional Spiritual Freedom, conhecido pelos seus programas de TV com ênfase na libertação.
Enquanto a saga “Instrumentos Mortais” faz sucesso entre os adolescentes mostrando uma caçadora de demônios na ficção, elas dizem que isso é mais real que se imagina.
Nascidas no Arizona, elas contam que já viajaram por dezenas de países confrontando as forças do mal e orando por pessoas possuídas. A mais velha, Brynne, 18, é filha de Bob, que diz já ter ajudado cerca de 15 mil pessoas a serem livres dos demônios. Ele inclusive abriu uma escola de exorcismo, que conta com mais de 100 equipes. Ele lançou ano passado um curioso projeto onde seria possível fazer exorcismo pela internet.
Apesar de serem vistas por muitos como loucas, as jovens afirmam ter uma vida normal, como as outras garotas da mesma idade. A grande diferença está nas escolhas que fizeram. Elas não veem TV e nem vão ao cinema. Savannah explica que elas não têm tempo para essas coisas, pois estão “muito ocupadas lutando contra o diabo.”
“Eu acho que Harry Potter e Crepúsculo são instigadores do mal”, diz Savannah (21). “Eles anulam a moralidade e apenas servem para ligar pessoas com o mal”, assevera. Virgens, dizem que esperam que Deus lhes mostre com quem irão namorar e casar.
O pai explica que Brynne está no ministério desde que tinha 13 anos. Sua primeira experiência nessa área foi quando estava em uma igreja na África, durante um culto em que seu pai pregava para 3 mil pessoas. Tess (18) lembra que começou aos 15, quando orou por uma amiga que estava dormindo em sua casa e apresentou sintomas de possessão.
Mas como é possível identificar isso? Elas explicam: “As pupilas dilatam… a voz muda. Você olha nos olhos da pessoa, e depois do treinamento, consegue ver rapidamente o mal”, esclarece Tess.
Porém, elas fazem questão de ressaltar que Satanás não entra aleatoriamente no corpo das pessoas. “Ele precisa ter o direito legal”, ressalta Brynne.  Isso ocorre quando a pessoa “sai debaixo da proteção de Deus” ao cometer pecados como usar drogas, se envolver com o oculto ou fazer sexo com prostitutas. “Assim como você pega doenças sexualmente transmissíveis, pode pegar demônios sexualmente transmissíveis.” Sua afirmação mais polêmica é sobre as pessoas que são possuídas após serem abusadas ou estupradas.
A revista americana “Vice” acompanhou uma viagem recente do trio até a Ucrânia. O vídeo mostra elas usando uma Bíblia, uma cruz e uma espécie de “água benta” nos cultos de libertação. Os objetos são pressionados contra as pessoas, que gritam, vociferam e algumas caem. Os fieis glorificam a Deus e entoam hinos de louvor. Durante os 26 minutos do documentário “Teenage Exorcists” há muitos fatos que podem causar surpresa e até repulsa, para os incrédulos.
Para muitos elas são uma fraude bem ensaiada, com o discurso quase sempre igual. São acusadas ainda de ficarem ricas com as ofertas dadas por pessoas desesperadas. Além de aparecer em diferentes programas de TV graças a alguns vídeos polêmicos postados na Internet, elas dizem estar procurando uma emissora que deseje fazer um reality show sobre elas. Com informações Vice e Slate.
Assista:

Você sabe porque quase não se fala mais em Células-tronco EMBRIONÁRIAS?


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Aleteia
Vamos voltar um pouco no tempo: 2003. Em janeiro daquele ano, o ator tetraplégico Christopher Reeve
 em sua cadeira de rodas, visitou a Austrália para promover a legalização da “clonagem terapêutica“. Segundo ele, isso era absolutamente necessário, para que muitos pacientes não morressem desnecessariamente. O ceticismo sobre o potencial das células-tronco embrionárias seria totalmente injustificado. “Isso é um mito”, disse ele à sua audiência australiana. “Isso não é verdade. Não deixe ninguém lhe dizer que é um sonho fantástico.”
Em julho daquele ano, o New England Journal of Medicine, importante revista médica internacional, publicou um artigo sobre a “promessa de cura universal” com células-tronco embrionárias.

Em resumo, as pessoas estavam animadas. Tão animadas, na verdade, que, em 2005, a Austrália aprovou uma lei permitindo a “clonagem terapêutica” para fins de pesquisa.

É difícil recapturar a intensidade desse debate, na Austrália e em outros lugares. A causa era urgente. “Perdemos muito tempo já, e eu realmente não posso suportar perder mais”, disse a ex-primeira-dama Nancy Reagan. Os cientistas tornaram-se ativistas políticos. Eles pressionaram os políticos e insistiram em que a clonagem terapêutica levaria à cura do Parkinson, Alzheimer e diabetes.
Dissidentes sustentaram que as células-tronco adultas já ofereciam caminhos éticos para a cura e que as células-tronco embrionárias nunca funcionariamAfirmavam que embriões são seres humanos e que era loucura moral tratar a vida humana como um instrumento de pesquisa. As mulheres seriam vítimas, também, já que a clonagem terapêutica exigiria enormes estoques de óvulos.
As apostas eram imensas e os dissidentes perderam. A ética teve de ficar em segundo plano com relação à ciência. A bioeticista Ruth Faden e o especialista em células-tronco, John Gearhart, ambos líderes em seu campo, foram a voz de muitos: “Acreditamos que a obrigação de aliviar o sofrimento humano nos une e justifica o uso instrumental da vida embrionária”.

Mas a cura nunca chegou.

Nos últimos dez anos, o evento mais memorável no campo das pesquisas com células-tronco embrionárias foi um recorde mundial para a fraude científica. Em 2004 e 2005, Science publicou dois artigos de Hwang Woo-suk, um cientista sul-coreano. Ele alegou que tinha isolado com sucesso células-tronco embrionárias humanas. A Coreia imprimiu selos em sua homenagem e ele foi aclamado como uma celebridade internacional. Mas era um charlatão, havia obtido óvulos de forma antiética e seus resultados eram falsos.
Comunicados de imprensa continuaram jorrando de institutos de células-tronco, mas eram sempre sobre os desenvolvimentos promissores, ao invés de curas comprovadas. Em 2011, depois de muitos falsos começos, a empresa de biotecnologia Geron, com sede na Califórnia, desistiu de sua pesquisa com células-tronco embrionárias para se concentrar em medicamentos contra o câncer. Era necessário: ela estava indo à falência.

A razão pela qual a pesquisa com células-tronco de embriões desapareceu das manchetes dos jornais é porque que ela foi substituída por “células-tronco pluripotentes induzidas”. Em 2007, o pesquisador japonês Shinya Yamanaka mostrou que era possível criar linhas de células estaminais a partir de células dapele sem destruir embriões. Quase imediatamente, os principais cientistas de células-tronco abandonaram a pesquisa com células-tronco embrionárias.
 
Yamanaka – um homem que tinha rejeitado a pesquisa com células-tronco embrionárias como antiética – ganhou o Prêmio Nobel de Medicina no ano passado.
Por várias razões, alguns cientistas continuam defendendo a causa das células-tronco embrionárias. No início deste mês, pesquisadores da Oregon Health and Science University anunciaram que tinham clonado embriões humanos e extraído com sucesso células-tronco embrionárias. O estudo foi publicado na revista Cell. Foi “uma conquista sem precedentes”, disse George Daly, do Harvard Stem Cell Institute. Mas sua alegria durou pouco.

O principal efeito deste trabalho foi evocar o pesadelo do escândalo Hwang. Leitores de olhos aguçados notaram que algumas imagens foram duplicadas. As nuvens começaram a se formar sobre os resultados. “É um grau de desleixo que não se esperaria de um jornal com este perfil”, disse um especialista à Nature.
Para obter o financiamento do governo e poder brincar de deus com embriões humanos, cientistas e bioeticistas mentiram, exageraram, foram sensacionalistas e caricatos. Foi uma batalha brutal, na qual a verdade ficou em segundo lugar. “As pessoas precisam de um conto de fadas”, disse Ronald D.G. McKay, outro importante cientista de células-tronco.

Inimigos da pesquisa com embriões foram chamados de trogloditas e fundamentalistas religiosos. Suas credenciais científicas foram questionadas. Eles foram acusados de ser insensíveis e indiferentes ao sofrimento de pacientes com doenças crônicas.

No entanto, eles estavam certos.
Nenhuma pessoa jamais foi curada com células-tronco embrionárias. Nem uma. Há ainda um longo caminho a percorrer antes que as células de Yamanaka possam ser usadas para tratar os pacientes. Mas a solução, quando vier, não exigirá a destruição de embriões.
Não há ninguém preparado para pedir desculpas?

Marta Suplicy libera R$ 2,8 milhões para desfile em Paris

Com intervenção da ministra, o estilista Pedro Lourenço poderá captar dinheiro para dois desfiles da Semana de Moda de Paris, nos meses de outubro e março

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, após sanção da Lei do Vale-Cultura, no Palácio do Planalto
A ministra da Cultura, Marta Suplicy (José Cruz/ABr)
Em decisão publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, o Ministério da Cultura (Minc) autoriza o estilista Pedro Lourenço a captar 2,830 milhões de reais pela Lei de Incentivo à Cultura (conhecida como Lei Rouanet) para a realização de dois desfiles na Semana de Moda em Paris, em outubro de 2013 e março de 2014. A Lei Rouanet permite que empresas ou pessoas físicas recebam isenção fiscal, direcionando parte do Imposto de Renda devido por elas a eventos ligados à cultura, desde que esses eventos tenham alguma forma de acesso ou participação popular -- o que não é o caso de um desfile feito para 300 pessoas na Europa.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a intervenção da ministra da Cultura, Marta Suplicy, foi essencial na aprovação do projeto. De acordo com o jornal, a discussão sobre o projeto de Lourenço começou em junho e seguiu até 7 de agosto, quando o plano recebeu parecer negativo da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic). No dia 12, a empresa que apresentou o projeto, Aias Produtora de Eventos, recorreu da decisão e, dois dias depois, Marta reverteu a decisão da Cnic, liberando a captação.
A ministra não quis se pronunciar sobre o assunto e divulgou uma nota justificando a decisão: “O Brasil luta há muito tempo para se introduzir e ter uma imagem forte na moda internacional. Essa oportunidade tem como consequência o incremento das confecções e gera empregos. E é um extraordinário 'soft power' no imaginário de um Brasil glamouroso e atraente”.
O texto do projeto, intitulado "Mostra de moda brasileira em Paris: Internacionalização da criatividade, Pedro Lourenço", afirma que a intenção dos desfiles é a “exposição de artefatos e de criações artísticas” de Lourenço com inspiração nos valores culturais e estéticos da cantora Carmen Miranda. “A exposição de artefatos e de criações artísticas pretende mostrar duas coleções contemporâneas de moda feitas por um designer brasileiro, pensadas através da ótica do jovem e internacionalmente renomado estilista Pedro Lourenço, que interpretará valores culturais e estéticos da performer e cantora Carmem Miranda e que os traduzirá para os dias atuais em duas mostras diferentes desfiladas na semana de moda de Paris”, diz o resumo.

‘Merchandising’ pró-aborto na novela “Amor à Vida”, da Globo, MENTE, mistifica, doutrina e demoniza a religião.


amor a vida

Reinaldo Azevedo
Estava programado para esta quinta uma manifestação de militantes de esquerda no Congresso Nacional em defesa do controle da mídia. Nem sei se aconteceu. Acompanhei depois o julgamento do mensalão, fiquei estudando o caso da saúde, li sobre as barbaridades na Síria e deixei de lado os pterodáctilos. Escrevi no começo da tarde um post a respeito. Perguntei, então, por que as esquerdas querem tanto controlar essa tal mídia se controlada ela já está. E citei o caso da Globo. Indaguei se havia como a emissora ser mais de esquerda — em qualquer área que se escolha, incluindo as novelas.
Vi há pouco uma cena chocante de “Amor à vida”. Está inaugurado o merchandising militante pró-aborto. Nunca vi nada parecido. Como há no enredo um hospital, lugar preferencial paras as maldades de Félix, o vilão que caiu no gosto popular, eis que, do nada, chega uma paciente com hemorragia. Mobiliza-se o socorro de emergência. Um médico então diz: “Eu não posso atender!”
A equipe tenta salvar a moça, mas em vão. Ela morre. E começa a discurseira. O médico mais velho diz que ela fez um aborto ilegal, que o procedimento foi malfeito e que a mulher morreu por isso. Vai mais longe“Infelizmente, essa é uma das principais causas da morte de mulheres no Brasil. É mentira! É mentira escandalosa! Já chego lá. A enfermeira, com o cadáver ainda à sua frente, quentinho, dispara: “Morte de mulheres pobres, né? Porque as ricas fazem aborto em segurança” (se a fala não é exata, foi algo ainda mais primitivo). Foi mais longe, dizendo que essas mulheres também são vítimas da miséria e da ignorância. Ainda era pouco. O médico mais velho vai, então, procurar o outro, que havia dito que não poderia fazer o atendimento.
— Por que você não quis atender a paciente?
— Porque ela fez aborto. Isso é contra as leis divinas.

O chefe lhe dá uma carraspana. O rapaz, então, reproduzindo uma caricatura do discurso religioso, emenda:
— Me recuso a atender uma pecadora!
— Você está fora do corpo de residentes deste hospital!

Vergonha
Fiquei com vergonha de assistir à cena. Prometi a mim mesmo que não vejo a novela nunca mais, nem excepcionalmente, como hoje. Como vocês sabem, de hábito, estou trabalhando nesse horário. E nunca mais verei não porque ofende as minhas convicções, mas porque ofende a minha inteligência. O merchandising social — a morte de fetos se insere nessa categoria? — tem um compromisso com a verdade.
Principal causa de mortes?
Eu não sei, ou sei, por que os abortistas precisam mentir tanto. Qual é o problema dessa gente com os fatos? Até outro dia, os mentirosos contumazes diziam que 200 mil mulheres morriam, por ano, vitimas de aborto. Eleonora Menicucci, a abortista e ex-aborteira que é ministra das Mulheres, chegou a levar esses números a uma reunião da ONU. Em fevereiro de 2012, fiz uma conta com os dados disponíveis, todos oficiais.
Acompanhem.
Em 2010, o Censo do IBGE passou a investigar a ocorrência de óbitos de pessoas que haviam residido como moradoras no domicílio pesquisado. ATENÇÃO! Entre agosto de 2009 e julho de 2010, foram contabilizadas 1.034.418 mortes, sendo 591.252 homens (57,2%) e 443.166 mulheres (42,8%). Houve, pois, 133,4 mortes de homens para cada grupo de 100 óbitos de mulheres.
Vocês começam a se dar conta da estupidez fantasiosa daquele número? Segundo o Mapa da Violência, dos 49.932 homicídios havidos no país em 2010, 4.273 eram mulheres. Muito bem: dados oficiais demonstram que as doenças circulatórias respondem por 27,9% das mortes no Brasil — 123.643 mulheres. Em seguida, vem o câncer, com 13,7% (no caso das mulheres, 60.713). Adiante. Em 2009, morreram no trânsito 37.594 brasileiros — 6.496 eram mulheres. As doenças do aparelho respiratório matam 9,3% dos brasileiros — 41.214 mulheres. As infecciosas e parasitárias levam outros 4,7% (20.828). A lista seria extensa.
Agora eu os convido a um exercício aritmético elementar. Peguemos aquele grupo de 443.166 óbitos de mulheres e subtraiamos as que morreram assassinadas, de doenças circulatórias, câncer, acidentes de trânsito, doenças do aparelho respiratório, infecções (e olhem que não esgotei as causas). Chegamos a este número: 185.999!!!
Já começou a faltar mulher. Ora, para que pudessem morrer 200 mil mulheres vítimas de abortos de risco, é forçoso reconhecer, então, que essas mortes teriam se dado na chamada idade reprodutiva — entre 15 e 49 anos. É mesmo? Ocorre que, segundo o IBGE, 43,9% dos óbitos são de idosos, e 3,4% de crianças com menos de um ano. Então vejam que fabuloso:
Total de mortes de mulheres – 443.166
Idosas mortas – 194.549
Meninas mortas com menos de um ano – 15.067
Sobra – 233.550

Dessas, segundo os delirantes de então, 200 mil teriam morrido em decorrência do aborto — e necessariamente na faixa dos 15 aos 49 anos!!!
 Cessou a mentira
Quando desmoralizei, COM NÚMEROS OFICIAIS, a mentira das 200 mil mortes, essa bobagem parou de ser veiculada no país. O doutor que disse aquela besteira na novela, fosse de verdade, seria um mentiroso, um mistificador, um vigarista. Vejam acima as principais causas da morte de mulheres no Brasil, ricas ou pobres. Se a enfermeira histérica faz seu trabalho tão bem quanto pensa, coitados dos pacientes!
 Os números reais
O número de mortes maternas, no Brasil, está abaixo de 2.000 por ano! Atenção! Estou me referindo à morte de mulheres em decorrência da gravidez. O aborto, segundo dados do DataSUS, corresponde a 5% dessas mortes, entenderam? Ocorre que esse número inclui tanto o aborto espontâneo como o provocado. Assim:
a: o aborto não é a principal causa da morte de mulheres;
b: o aborto não é nem mesmo a principal causa de morte materna.

Não gosto de merchandising, de nenhuma natureza, comercial, social ou, como é o caso, ideológico. Repugna-me a ideia de que se deve pegar o telespectador distraído para, então, “pimba!”. Sabem por que jamais defenderia a sua proibição? Porque a engenharia legal para isso resultaria, com certeza, em algo ainda pior. Então que permaneça o mal menor — mas que chamo de “mal” ainda assim.
Demonização da religião
Aquele médico que se negou a atender a paciente que chegou morrendo, exibido na novela, não existe. Criou-se uma caricatura para, no fundo, demonizar o discurso religioso. Imaginem se alguém formado em medicina se referiria a uma paciente terminal como “pecadora”; se diria a seu chefe que o aborto atenta “contra as leis divinas”. Usa-se, então, o discurso ridículo de um médico para ridicularizar os que se opõem ao aborto por motivos religiosos, o que é um direito, no país em que há liberdade de crença.
 Há um outro nível de falsificação nessa história. Existem médicos às pencas que são agnósticos, mas que se recusam a praticar o aborto mesmo nos casos em que ele é legalmente permitido. O Código de Ética Médica lhes assegura o direito de alegar objeção de consciência. Nesse caso, sua obrigação é informar a paciente dos seus direitos e encaminhá-la para um colega. “E no caso de não haver quem faça, num rincão do Brasil qualquer”. Assegurado um direito a ser conferido pelo poder público, o Estado tem a obrigação de prover os meios. Que se crie, sei lá, uma central nacional, com um número de telefone, para ocorrências dessa natureza e garantia de atendimento.
 Uma coisa é certa: obrigar um médico a fazer um procedimento que viola a sua consciência seria um absurdo. Mas há uma pressão nesse sentido. Que eu saiba, nem os cubanos poderão se encarregar da tarefa…  A novela entrou de forma grosseira nessa questão. “Páginas da Vida” faz proselitismo em favor da adoção de crianças por gays e levou ao ar, nesta quinta, essa cena patética, mentirosa e patrulheira, sobre abortoNo Globo Repórter, a gente aprendeu que só uma família deve ser chata: a que tem papai e mamãe. Dia desses, um programa discutia a descriminação das drogas na base de quatro (a favor) a um (contra). Certamente não reproduz os percentuais que estão na sociedade.
 E os pterodáctilos ainda querem fazer o controle social da mídia, muito especialmente da Globo, acusando-a, imaginem só!, de ser conservadora, reacionária. Pois é! Com todo o suposto conservadorismo e reacionarismo, um “médico” foi demitido. Deus nos livre da versão progressista. O coitado teria sido fuzilado em nome do povo e da vida.
Pode não parecer, eu sei. Mas o que se viu em “Páginas da Vida” foi uma manifestação absurda de intolerância. Intolerância com a divergência (os que se opõem ao aborto — e que, curiosamente, são maioria absoluta no Brasil) e intolerância religiosa, reduzida a uma patética caricatura. E me lembrei de uma antiga frase minha: “Deus nos livre da intolerância dos tolerantes! Sabem ser obscurantistas em nome das luzes”.
Finalmente
A militância pró-aborto não tente tomar de assalto a área de comentários. Será inútil. E não porque eu me oponha à descriminação, mas porque este texto não propõe um debate de mérito. Admito, sim, uma contestação: quero que provem que os dados com os quais trabalho são falsos. Mas têm de provar. Não basta apenas repudiá-los porque ele desmonta as teses pró-aborto. Eu estou é contestando uma mentira transmitida a milhões de brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/35923

40 Peregrinos que vieram para a Jornada Mundial da Juventude pedem refúgio ao Brasil.



Na esperança de conseguir refúgio no Brasil, esse grupo de peregrinos de Serra Leoa e do Paquistão se esforça para aprender a falar português (@ACNUR/L.F.Godinho)
Paulo Silva Pinto
São 40 pessoas que alegam que querem ficar no país para fugir de conflitos armados e perseguição religiosa
Três paquistaneses e dois cidadãos de Serra Leoa assistiam a uma aula de português em uma casa da Caritas, no Rio de Janeiro, na terça-feira passada. Os estrangeiros vieram ao Brasil como peregrinos da Jornada Mundial da Juventude e não querem mais voltar a seus países, onde se dizem perseguidos por serem católicos. Mais 35 pessoas, incluindo homens e mulheres da República Democrática do Congo, que também vieram ao país para ver o papa Francisco, tomaram a mesma decisão de buscar refúgio.Nesse caso, o problema relatado não é a perseguição religiosa, mas o longo conflito armado que desestruturou o país — que não deve ser confundido com a vizinha República do Congo.
Os 40 peregrinos estrangeiros deram entrada no pedido de entrevista na Polícia Federal (PF) com a auxílio da Caritas, uma ONG internacional ligada à Igreja Católica que se dedica a ajudar refugiados independentemente de crenças ou religiões. Graças a essa política de universalidade, a instituição é parceira do Acnur em todo o mundo.
Parte do grupo recebe abrigo da própria Caritas. Outra parte continua nas casas de voluntários que se ofereceram para hospedá-los durante a Jornada. Após serem entrevistadas pela PF, essas pessoas poderão ser consideradas oficialmente requerentes de refúgio. Os casos devem ser analisados pelo Comitê Nacional de Refugiados (Conare), vinculado ao Ministério da Justiça, que costuma dar uma resposta aos pedidos em um prazo que varia de seis a oito meses.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/35920

A mediação de Maria contra o escândalo do mal

A intercessão de Nossa Senhora é uma das principais armas do cristão contra o flagelo do pecado

A recente decisão do Papa Francisco de repetir o gesto de seus predecessores, consagrando novamente o mundo ao Imaculado Coração de Maria, reacende no coração dos católicos a necessária devoção mariana, já que "não há fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora"01. Ela, a Tota Pulchra, a Virgem Puríssima cuja maternidade divina se estende desde o céu a toda a humanidade, é quem prodigaliza as bênçãos da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, repartindo-as de bom grado entre cada um de seus filhos, sobretudo entre aqueles que souberem optar pelo sim total ao seu dulcíssimo coração.
O vale de lágrimas no qual se transformou os países do Oriente Médio, em especial, o Egito, onde centenas de milhares de cristãos estão sofrendo, vítimas da perseguição de extremistas islâmicos, provoca, obviamente, dor, desespero e indignação. A experiência daqueles que, de sobressalto, veem-se mergulhados numa esfera de terror e medo, como é a dessas nações neste momento, suscita as palavras de Cristo na cruz: "Eli, Eli, lammá sabactáni? - o que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Cf. Mt 27, 46). Por outro lado, ao longo desses dois milênios de Cristandade, a intercessão da Virgem Maria pelos filhos da Igreja sempre foi um refúgio seguro para defesa da fé. Com efeito, cada fiel é novamente convidado a recorrer à proteção da Mãe de Deus, tida pela Tradição como a Auxilium Christianorum, sempre que o bem da causa de Cristo estiver em jogo, como o está agora.
Recorda o Papa Leão XIII, na sua Encíclica Augustissimae Virginis Mariae acerca da récita do rosário, que "a história da Igreja atesta a força e a eficácia destas orações, recordando-nos a derrota das forças turcas na batalha naval de Lepanto, e as esplêndidas vitórias alcançadas no século passado sobre os mesmos Turcos em Temesvar, na Hungria, e perto da ilha de Corfu"(Cf. 09). Alçada pela vontade de Deus à graça de cooperar na obra da salvação, Maria, sempre que invocada por seus filhos, não os abandonou à própria sorte, antes, agiu de forma decisiva para o êxito da Igreja e para glória do nome de seu filho, Nosso Senhor e Salvador.
Inúmeros são os testemunhos dos santos que, abandonando-se à proteção maternal de Maria, puderam antegozar na terra o paraíso que os aguardava no céu. Ora, e não há um sequer que tenha chegado à glória dos altares sem antes ter-se formado no cenáculo da Beatíssima Virgem, o qual também formou Jesus durante 30 anos, período em que viveu servindo-a em silêncio e recolhimento antes da sua revelação pública. Tamanha é a pureza de Maria, diz São Luís Maria Grignon de Montfort, "que Ela glorificou mais Deus pela mínima das suas obras (por exemplo: fiar na sua roca ou dar alguns pontos de costura com agulha), do que São Lourenço pelo cruel martírio que sofreu na grelha, e mesmo do que todos os santos pelas suas mais heróicas ações".
Na condição de criatura escolhida por Deus para dar à luz o seu próprio filho, Maria teve a nobre missão de ensinar a Palavra de Deus a falar, uma vez que era Ele "semelhante a nós em tudo, exceto no pecado" (Cf. CIC, n.470). Se, portanto, Deus, para redimir o gênero humano, se submeteu aos cuidados de uma mulher, acolhendo-a por mãe, que resta à humanidade senão ir ao encontro dessa mesma mulher em caráter verdadeiramente filial? Ora, se Deus a amou como Filho, como não amá-la e servi-la também?
Ocorre que, perante o flagelo da humanidade pelo pecado e pela ação destruidora do mal, é exatamente neste momento - lembra Bento XVI - "que teremos em Nossa Senhora a melhor defesa contra os males que afligem a vida moderna". Com efeito, faz-se mais do que urgente a consagração total ao Imaculado Coração de Maria, porquanto "foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo".02
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

A logica perversa do aborto


ARTIGOS - ABORTO
Em alguns países da Comunidade Européia já não é mais possível formar-se em medicina, se o estudante recusar-se a praticar um aborto em seus últimos anos de graduação.
Imagem Defesa da Vida 300x175 A lógica perversa do aborto
O aborto está amplamente legalizado no mundo desenvolvido e no continente asiático. Na Europa, na América do Norte, na Austrália e em países da Ásia. Com pouquíssimas exceções (onde se legalizou) o número de abortos tem aumentado a cada ano, especialmente após a sua aprovação, nos Estados Unidos. Em 20 anos, o aumento foi espantoso: 200 mil para mais de um milhão e meio por ano. O número de abortos também cresceu a cada ano, sem nenhuma diminuição até hoje na Espanha, Inglaterra, Canadá, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Índia, Rússia, Cuba e muitos outros. Com isso cresce gradativamente a banalização da vida, em todos os aspectos. O aborto, que era antes um crime, passou a ser propositalmente propagandeado, primeiro como um problema de saúde pública, depois como um direito das mulheres, considerado não mais como um mal menor que a sociedade tolera por uma questão de saúde pública, mas explicitamente um novo direito humano, o direito de matar, por qualquer motivo, o próprio filho não nascido.
Nos Estados Unidos, desde 1973, o aborto está legalizado durante todos os nove meses da gravidez. A perda do respeito pela vida humana nascitura está em um processo muito avançado na Europa, onde muitos consideram a defesa da vida uma batalha quase perdida. Hoje, os que desejam impor a cultura da morte na Europa e nos Estados Unidos estão focados também na eutanásia, introduzida no início apenas para casos difíceis, mas que depois passa a ser apresentada como um novo direito para que ninguém mais tenha que morrer devido à idade e tenha a devida proteção requerida. A vida se torna extremamente vulnerável em sua fase nascente e poente. Há ainda o fim do direito à objeção de consciência, para que os médicos não possam mais negar-se a praticar um aborto. Em alguns países da Comunidade Européia já não é mais possível formar-se em medicina, se o estudante recusar-se a praticar um aborto em seus últimos anos de graduação. A ONU, que outrora defendia os direitos humanos, agora pressiona os governos cujas legislações ainda defendem a vida, para que legalizem o aborto, e sustenta (para fundamentar sua posição), que a personalidade jurídica e o direito à vida, no direito internacional, somente se iniciam após o nascimento. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, que antes defendia a vida dos presos políticos, agora apregoam o aborto como um novo direito humano.
Como chegamos a isso? É evidente que não se trata de uma evolução espontânea da sociedade. Tudo começou em 1952, quando as organizações Rockefeller assumiram (como um princípio) que em um futuro próximo a maior ameaça à segurança mundial não seria a guerra nuclear, nem a pobreza, nem o terrorismo, mas a explosão populacional, a qual não poderia ser controlada sem o recurso ao aborto. Seguindo tal raciocínio, foram abertos programas de planejamento familiar em todo o mundo, com pesado financiamento ao aborto, não apenas a sua legalização, mas também a prática do aborto clandestino. Nos anos 60 e 70 a USAID, com um orçamento anual de mais de uma centena de milhões de dólares para programas populacionais, desenvolveu um programa de esterilização forçada em todo o mundo em desenvolvimento, criou e distribuiu clandestinamente novos fármacos abortivos, treinou e equipou dezenas de milhares de médicos em todos os países do mundo, onde o aborto ainda era ilegal com equipamentos para práticas abortivas.
Nos anos 80, os cientistas sociais que trabalhavam nas organizações que financiavam a estratégia do controle do crescimento populacional, descobriram que todos os esforços, que haviam contribuído decisivamente para a diminuição da natalidade mundial, estavam atingindo um patamar além do qual não era possível passar. A simples oferta de serviços de planejamento familiar, da esterilização e, principalmente, do aborto provocado não poderia produzir o crescimento zero da população, simplesmente porque as pessoas, embora quisessem ter menos filhos, não queriam ter tão poucos filhos quanto seria necessário. Em 1990, segundo um relatório do programa populacional da Fundação Ford (uma das principais promotoras do aborto no mundo de hoje), a simples oferta de serviços de contracepção, esterilização e aborto poderia responder provavelmente por 40% da redução necessária da taxa de natalidade. Os demais 60% deveriam ser alcançados por outros meios não clínicos.
Em outras palavras, para controlar o crescimento populacional não bastaria apenas disponibilizar o aborto, mas era necessário também produzir mudanças básicas na sociedade de tal maneira que as próprias pessoas não quisessem ter mais filhos. É a revolução cultural em curso. Para isso, seria necessário “emancipar” a mulher e criar novos direitos sexuais e reprodutivos, introduzir novos modelos alternativos de família, produzir mudanças nos esquemas conceituais da ética e da moral cristã, introduzir uma educação sexual propositalmente cada vez mais liberal, incentivar o movimento homossexual, financiar a dissidência dentro da Igreja Católica, criar uma rede de cientistas sociais que pudessem gerenciar o modo de conduzir estas mudanças, atrair fundações milionárias que se dispusessem a financiar uma rede internacional de novas ONGs que executassem em todo o mundo este plano cuidadosamente planejado, fazendo parecer a cada país que se trataria de um movimento espontâneo, exigido pelo próprio povo local. Tudo isso insere a questão do aborto na lógica perversa da manipulação, a pior de todas as violências.

Hermes Rodrigues Nery é coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté. Especialista em Bioética, é pós-graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. E-mail: hrneryprovida@gmail.com.

Onda gigante fere 30 no leste da China e causa pânico em cidade


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Ondas gigantes atingem o leste da China
Cerca de 30 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira (22), na província de Zhejiang, localizada no leste da China, quando uma onda gigante atingiu a margem do rio Qiantang.
Segundo informações da BBC, uma estação de monitoramento de clima disse ter registrado ondas de até 20 metros de altura, que - se confirmadas - seriam um recorde em mais de uma década.
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Pessoas foram arrastadas pela onda gigante vinda do rio Qiantang em Haining
Em uma tradição milenar, chineses e turistas costumam ir às margens do rio para esperar a chamada " maré de Haining", e no final do verão é celebrado o Festival de Observação da Maré.
As ondas maiores que o normal, no entanto, foram provocadas pela passagem do tufão Trami na região. Das 30 pessoas feridas, 11 permanecem internadas em hospital, segundo agência estatal de notícias da China.
Fonte: G1


Nota de  www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21,25)

As múmias ressurgem das catacumbas. Com a ajuda de um pombo-correio da CNBB.

‘Queremos que, na Igreja, pessoas sintam que não há distinção’

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O Globo – RIO – Arcebispo emérito da Paraíba e bispos eméritos de Goiás e São Félix do Araguaia (MT), Dom José Maria Pires, Dom Tomás Balduino e Dom Pedro Casaldáliga, respectivamente,enviaram uma carta a todos os bispos do país conclamando ao diálogo, e pedindo que os princípios do Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII e levado à frente pelo Papa Paulo VI, sejam retomados pela Igreja Católica.
— A primeira geração que teve contato com o Concílio tentou segui-lo com muito ardor. Gostaríamos de retomar esse ardor, essa capacidade de nos ajustar à realidade das pessoas, de estar mais perto do povo, seja rico ou pobre — diz Dom José Maria Pires: — À época do Concílio, os bispos deixaram os palácios e foram viver em casas. Quando viajavam, eles deixaram de ficar hospedados na melhores casas e passaram a se aproximar mais das pessoas. Queremos que o diálogo sobre essas questões seja retomado e que, na Igreja, as pessoas sintam que não há distinção entre elas.
Carta relembra Papa Francisco
A carta, escrita em 15 de agosto, diz que a eleição do Papa Francisco foi motivo de alegria e lembra seus pedidos de mais simplicidade: “Alegrou-nos muito a eleição do Papa Francisco no pastoreio da Igreja, pelas suas mensagens de renovação e conversão, com seus seguidos apelos a uma maior simplicidade evangélica e maior zelo de amor pastoral por toda a Igreja”. Diz ainda que a vinda do Papa ao Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, e suas palavras aos jovens e aos bispos os fez lembrar do Pacto das Catacumbas.
— O Pacto das Catacumbas foi feito por bispos progressistas de todo o mundo e deixava claro como eles deveriam levar o Concílio à prática. No entanto, Paulo VI foi boicotado pela Cúria Romana. João Paulo II assumiu como Papa e foi ficando cada vez mais conservador, ainda que tenha assinado o pacto quando era bispo. Depois, tivemos Bento XVI e agora, com o Papa Francisco, existe a possibilidade que o Concílio seja colocado em prática — explica Frei Betto, que diz ainda que, com o passar dos anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi se afastando dos mais pobres e dos que não tinham voz: — Agora, com a carta assinada por esses três homens que dedicaram a vida à Igreja, que são mártires vivos,e que vão ao encontro do que o Papa Francisco tem falado, acredito que o diálogo possa ser retomado.
A carta relembra ainda o que o Papa Francisco disse no Rio: “O Papa Francisco ao dirigir-se aos jovens na Jornada Mundial e ao dar-lhes apoio nas suas mobilizações, assim se expressou: ‘Quero que a Igreja saia às ruas”. Isso faz eco à entusiástica palavra do apóstolo Paulo aos Romanos: “É hora de despertar, é hora e de vestir as armas da luz” (13,11)’. Seja essa a nossa mística e nosso mais profundo amor.”
— As novas gerações se afastaram do que era proposto pelo Concílio. Mas nossa grande força agora é o estilo do Papa Francisco, que quer uma Igreja cada vez mais perto do povo — diz Dom José Maria Pires, que já recebeu duas cartas de bispos interessados em repassar o que ele e os outros dois bispos escreveram para todos os padres de suas arquidioceses:
— A carta foi feita para isso, para que todos possam refletir, para provocar uma reflexão. Nós perdemos a capacidade de nos ajustarmos (à realidade de todos), mas agora podemos ter uma integração maior com as pessoas. O começo dessa mudança foi a eleição do Papa Francisco. Então, nós nos sentimos na obrigação de apoiá-lo.
* * *
Fratres in Unum está em condições de afirmar que a carta, cuja íntegra segue abaixo, foi distribuída também por e-mail, ao menos a alguns bispos do Brasil, através do garoto de recados secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, futuro arcebispo de Porto Alegre — que acumula, assim, mais um feito para seu enorme currículo de bizarrices e desserviços à Igreja na Terra de Santa Cruz.
Das múmias das catacumbas, recorde-se: que Dom Steiner (a 14 anos de se aposentar) foi o primeiro sucessor de Casaldáliga (85 anos) na prelazia de São Felix do Araguaia; que Dom José Maria Pires (94 anos) esteve presente no congresso herético-libertário da Unisinos no ano passado (de clergyman — nessas horas eles se valem de sua apresentação clerical); e que Dom Tomás Balduíno (90 anos) foi condecorado, juntamente com Boff e Casaldáliga, pelo governo federal petista no ano passado.

Bispos eméritos escrevem aos bispos do Brasil

Queridos irmãos no episcopado,
Somos três bispos eméritos que, de acordo com o ensinamento do Concílio Vaticano II, apesar de não sermos mais pastores de uma Igreja local, somos sempre participantes do Colégio episcopal, e junto com o Papa, nos sentimos responsáveis pela comunhão universal da Igreja Católica.
Alegrou-nos muito a eleição do Papa Francisco no pastoreio da Igreja, pelas suas mensagens de renovação e conversão, com seus seguidos apelos a uma maior simplicidade evangélica e maior zelo de amor pastoral por toda a Igreja. Tocou-nos também a sua recente visita ao Brasil, particularmente suas palavras aos jovens e aos bispos. Isso até nos trouxe a memória do histórico Pacto das Catacumbas.
Será que nós bispos nos damos conta do que, teologicamente, significa esse novo horizonte eclesial? No Brasil, em uma entrevista, o Papa recordou a famosa máxima medieval: “Ecclesia semper renovanda”.
Por pensar nessa nossa responsabilidade como bispos da Igreja Católica, nos permitimos esse gesto de confiança de lhes escrever essas reflexões, com um pedido fraterno para que desenvolvamos um maior diálogo a respeito.
1. A Teologia do Vaticano II sobre o ministério episcopal
O Decreto Christus Dominus dedica o 2º capítulo à relação entre bispo e Igreja Particular. Cada Diocese é apresentada como “porção do Povo de Deus” (não é mais apenas um território) e afirma que, “em cada Igreja local está e opera verdadeiramente a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica” (CD 11), pois toda Igreja local não é apenas um pedaço de Igreja ou filial do Vaticano, mas é verdadeiramente Igreja de Cristo e, assim a designa o Novo Testamento (LG 22). “Cada Igreja local é congregada pelo Espírito Santo, por meio do Evangelho, tem sua consistência própria no serviço da caridade, isto é, na missão de transformar o mundo e testemunhar o Reino de Deus. Essa missão é expressa na Eucaristia e nos sacramentos. Isso é vivido na comunhão com seu pastor, o bispo”.
Essa teologia situa o bispo não acima ou fora de sua Igreja, mas como cristão inserido no rebanho e com um ministério de serviço a seus irmãos. É a partir dessa inserção que cada bispo, local ou emérito, assim como os auxiliares e os que trabalham em funções pastorais sem dioceses,todos, enquanto portadores do dom recebido de Deus na ordenação são membros do Colégio Episcopal e responsáveis pela catolicidade da Igreja.
2. A sinodalidade necessária no século XXI
A organização do papado como estrutura monárquica centralizada foi instituída a partir do pontificado de Gregório VII, em 1078. Durante o 1º milênio do Cristianismo, o primado do bispo de Roma estava organizado de forma mais colegial e a Igreja toda era mais sinodal.
O Concílio Vaticano II orientou a Igreja para a compreensão do episcopado como um ministério colegial. Essa inovação encontrou, durante o Concílio, a oposição de uma minoria inconformada. O assunto, na verdade, não foi suficientemente amarrado. Além disso, o Código de Direito Canônico, de 1983 e os documentos emanados pelo Vaticano, a partir de então, não priorizaram a colegialidade, mas restringiram a sua compreensão e criaram barreiras ao seu exercício. Isso foi em prol da centralização e crescente poder da Cúria romana, em detrimento das Conferências nacionais e continentais e do próprio Sínodo dos bispos, este de caráter apenas consultivo e não deliberativo, sendo que tais organismos detêm, junto com o Bispo de Roma, o supremo e pleno poder em relação à Igreja inteira.
Agora, o Papa Francisco parece desejar restituir às estruturas da Igreja Católica e a cada uma de nossas dioceses uma organização mais sinodal e de comunhão colegiada. Nessa orientação, ele constituiu uma comissão de cardeais de todos os continentes para estudar uma possível reforma da Cúria Romana. Entretanto, para dar passos concretos e eficientes nesse caminho – e que já está acontecendo – ele precisa da nossa participação ativa e consciente. Devemos fazer isso como forma de compreender a própria função de bispos, não como meros conselheiros e auxiliares do papa, que o ajudam à medida que ele pede ou deseja e sim como pastores, encarregados com o papa de zelar pela comunhão universal e o cuidado de todas as Igrejas.
3. O cinquentenário do Concílio
Nesse momento histórico, que coincide também com o cinqüentenário do Concílio Vaticano II, a primeira contribuição que podemos dar à Igreja é assumir nossa missão de pastores que exercem o sacerdócio do Novo Testamento, não como sacerdotes da antiga lei e sim, como profetas. Isso nos obriga colaborar efetivamente com o bispo de Roma, expressando com mais liberdade e autonomia nossa opinião sobre os assuntos que pedem uma revisão pastoral e teológica. Se os bispos de todo o mundo exercessem com mais liberdade e responsabilidade fraternas o dever do diálogo e dessem sua opinião mais livre sobre vários assuntos, certamente, se quebrariam certos tabus e a Igreja conseguiria retomar o diálogo com a humanidade, que o Papa João XXIII iniciou e o Papa Francisco está acenando.
A ocasião, pois, é de assumir o Concílio Vaticano II atualizado, superar de uma vez por todas a tentação de Cristandade, viver dentro de uma Igreja plural e pobre, de opção pelos pobres, uma eclesiologia de participação, de libertação, de diaconia, de profecia, de martírio… Uma Igreja explicitamente ecumênica, de fé e política, de integração da Nossa América, reivindicando os plenos direitos da mulher, superando a respeito os fechamentos advindos de uma eclesiologia equivocada.
Concluído o Concílio, alguns bispos – sendo muitos do Brasil – celebraram o Pacto das Catacumbas de Santa Domitila. Eles foram seguidos por aproximadamente 500 bispos nesse compromisso de radical e profunda conversão pessoal. Foi assim que se inaugurou a recepção corajosa e profética do Concílio.
Hoje, várias pessoas, em diversas partes do mundo, estão pensando num novo Pacto das Catacumbas. Por isso, desejando contribuir com a reflexão eclesial de vocês, enviamos anexo o texto original do Primeiro Pacto.
O clericalismo denunciado pelo Papa Francisco está sequestrando a centralidade do Povo de Deus na compreensão de uma Igreja, cujos membros, pelo batismo, são alçados à dignidade de “sacerdotes, profetas e reis”. O mesmo clericalismo vem excluindo o protagonismo eclesial dos leigos e leigas, fazendo o sacramento da ordem se sobrepor ao sacramento do batismo e à radical igualdade em Cristo de todos os batizados e batizadas.
Além disso, em um contexto de mundo no qual a maioria dos católicos está nos países do sul (América Latina e África), se torna importante dar à Igreja outros rostos além do costumeiro expresso na cultura ocidental. Nos nossos países, é preciso ter a liberdade de desocidentalizar a linguagem da fé e da liturgia latina, não para criarmos uma Igreja diferente, mas para enriquecermos a catolicidade eclesial.
Finalmente, está em jogo o nosso diálogo com o mundo. Está em questão qual a imagem de Deus que damos ao mundo e o testemunhamos pelo nosso modo de ser, pela linguagem de nossas celebrações e pela forma que toma nossa pastoral. Esse ponto é o que deve mais nos preocupar e exigir nossa atenção. Na Bíblia, para o Povo de Israel, “voltar ao primeiro amor”, significava retomar a mística e a espiritualidade do Êxodo.
Para as nossas Igrejas da América Latina, “voltar ao primeiro amor” é retomar a mística do Reino de Deus na caminhada junto com os pobres e a serviço de sua libertação. Em nossas dioceses, as pastorais sociais não podem ser meros apêndices da organização eclesial ou expressões menores do nosso cuidado pastoral. Ao contrário, é o que nos constitui como Igreja, assembleia reunida pelo Espírito para testemunhar que o Reino está vindo e que de fato oramos e desejamos: venha o teu Reino!
Esta hora é, sem dúvida, sobretudo para nós bispos, com urgência, a hora da ação. O Papa Francisco ao dirigir-se aos jovens na Jornada Mundial e ao dar-lhes apoio nas suas mobilizações, assim se expressou: “Quero que a Igreja saia às ruas”. Isso faz eco à entusiástica palavra do apóstolo Paulo aos Romanos: “É hora de despertar, é hora e de vestir as armas da luz” (13,11). Seja essa a nossa mística e nosso mais profundo amor.
Abraços, com fraterna amizade,
Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba.
Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás.
Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia.

O demônio não é uma superstição

O demônio está bastante presente na pregação do Papa Francisco. Mas, afinal, qual a importância de se falar sobre o diabo e o inferno hoje?

Referência constante em seus discursos, o diabo é um inimigo contra o qual o Papa Francisco insiste em convocar os cristãos a lutar. Na homilia de sua primeira Missa como Pontífice, ele disse que, "quando não se confessa Jesus Cristo, confessa-se o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio". Em uma de suas reflexões matutinas, no mês de maio, Francisco falou do "ódio do príncipe deste mundo àqueles que foram salvos e redimidos por Jesus".
A espontaneidade com que o Pontífice fala de Satanás lembra Jesus Cristo. Desagradando aos "politicamente corretos" e adeptos de uma teologia pouco preocupada com a transcendência, o Santo Padre imita ninguém menos que nosso Senhor: de fato, só nos Evangelhos sinóticos, são mais de 40 referências ao anjo caído; inúmeras delas, relatos de autênticos exorcismos, comprovando que o demônio, longe de ser uma mera produção fantasiosa, é uma realidade viva e atuante no mundo.
Hoje, no entanto, pregadores que falem com veemência do diabo e do inferno são acusados de instalarem o medo e angústia entre os fiéis, como se a prédica da Igreja devesse refletir a preocupação apenas com as coisas deste mundo, e não com as realidades eternas.
Mais do que isso: várias destas realidades eternas chegam mesmo a ser negadas, inclusive por aqueles que nelas e por elas deveriam crer e guiar suas vidas. O demônio, por exemplo, é tratado por muitos como uma mera "força negativa" ou simplesmente como uma metáfora para designar o mal físico. O inferno não passaria de um recurso retórico para ajudar as pessoas na luta contra as mazelas deste mundo. Reduz-se, assim, a categorias materiais aquilo que, de acordo com a doutrina perene e constante da Igreja, é uma autêntica realidade espiritual.
Com efeito, o Catecismo, recordando que "a existência dos (...) anjos, é uma verdade de fé", ensina que alguns destes anjos caíram. São os que comumente chamamos de demônios. Eles "foram por Deus criados bons em natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa", segundo uma lição do IV Concílio de Latrão. O Catecismo também destaca que a Escritura por diversas vezes "atesta a influência nefasta" do diabo, que tentou o próprio Senhor quando ele jejuava no deserto (cf. Mt 4, 1-11).
Ao se falar sobre estas coisas, não se pretende fazer do diabo o centro da pregação cristã. Deseja-se, outrossim, instruir os fiéis sobre o perigo de se manter indefeso ou indiferente aos assaltos do maligno. São João Crisóstomo declarava, aos fiéis de Antioquia: "Não é para mim nenhum prazer falar-vos do diabo, mas a doutrina que este tema me sugere será muito útil para vós". A importância deste tema está relacionada ao próprio fundamento espiritual de nossa fé, posto que, como já dizia o Papa Francisco, antes de ser eleito Pontífice, talvez o maior sucesso do demônio "tenha sido nos fazer acreditar que ele não existe, que tudo se arranja em um plano puramente humano" 01.
A Igreja não pode, em nome do bom-mocismo, calar estas verdades de fé, tão importantes para os nossos tempos, sob a alegação de que causariam medo entre as pessoas. De fato, nem todo temor é mau. O medo de perder a Deus e, consequentemente, a nossa alma é, por assim dizer, um "temor sadio", que deve não só ser pregado pelos sacerdotes, mas cultivado por todos os fiéis. Uma sentença atribuída a São João Crisóstomo diz que "devemos nos afligir durante toda a nossa vida por causa do pecado". O cristão deve criar em seu coração um verdadeiro medo de ofender a Deus, fazendo seu o lema do jovem São Domingos Sávio: "Antes morrer do que pecar".
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere