sábado, 23 de junho de 2012

Como entender que a Igreja não erra? Parte 1 e 2.


Como entender que a Igreja não erra?  - Parte 1.





Como entender que a Igreja não erra?  - Parte 2






Ser Católico é bom DEMAIS !!!

Papa condena Teologia da Libertação e bispos repercutem


Essa agenda tem textos de pessoas que apoiam a Teologia da Libertação, que não condiz com o pensamento do Santo Padre Papa Bento XVI e está a venda em varios dioceses e paroquias, até quando a desobediência a ROMA?

Papa condena Teologia da Libertação e bispos repercutem

Leonardo Meira
Da Redação


Arquidiocese de Florianópolis
Papa Bento XVI incentivou bispos a evangelizar
Em discurso dirigido aos bispos dos Regionais Sul 3 e 4 (RS-3 e RS-4) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Bento XVI condenou os "princípios enganadores dateologia da libertação" (TL).

Na tarde desta quarta-feira, 9, o noticias.cancaonova.comconversou, por telefone, com os presidentes dos Regionais. Os bispos brasileiros ainda estão em Roma (Itália) e destacam que os encontros com o Papa redobram o ardor no trabalho da evangelização.

"O Santo Padre destacou o abuso, em alguns setores da Igreja, daqueles que insistem em fazer uma análise do Evangelho a partir de elementos marxistas", analisa o presidente do RS-4 e arcebispo de Florianópolis (SC), Dom Murilo Krieger.

Já o presidente do RS-3 e bispo de Rio Grande (RS), Dom José Mário Stroeher, complementa que "o discurso do Papa destaca a necessidade de uma evangelização legítima, que não se deixe levar por outras análises".

Bento XVI disse, no sábado, 5, que as sequelas da TL são "mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas". [Leia a íntegra do discurso aqui]

última visita ad Limina dos bispos brasileiros neste ano começou no dia 27 de novembro e acaba nesta quinta-feira, 10, com a visita aos Pontifícios Conselhos para a Unidade dos Cristãos e das Comunicações Sociais.

RELIGIÃO - Irmão de Leonardo Boff rompe com Teologia da Libertação, pelo menos na sua forma atual


Durante um bom tempo, sempre se falou dos irmãos Boff — Clodovis e Leonardo — como uma unidade. Chegaram a ser a face mais conhecida e midiática da Teologia da Libertação. Escrevo “a face”, no singular, porque, de fato, quem aparecia era Leonardo, que já foi frei. O irmão permanecia mais ou menos na obscuridade. Creio que estudasse, enquanto o outro escrevia livros, dava palestras, entrava em confronto com a Santa Sé, virava celebridade — até ser condenado ao “silêncio obsequioso” por algum tempo. Leonardo continua por aí. É um dos pilares de certa “igreja católica”, em minúsculas mesmo, que substituiu o dogma da Cruz pelo dogma da luta de classes.

Pois saibam que Clodovis, o que estudava enquanto o irmão falava, rompeu com a Teologia da Libertação — que chamo de “Escatologia da Libertação”. Não sei se ele gostaria de dar ao que fez um outro nome, mas é rompimento, sim, como está claro no longo texto que escreveu a respeito.
Assim ele próprio sintetiza o artigo:
Síntese: Quer-se mostrar aqui que a Teologia da Libertação partiu bem, mas, devido à sua ambigüidade epistemológica, acabou se desencaminhando: colocou os pobres em lugar de Cristo. Dessa inversão de fundo resultou um segundo equívoco: instrumentalização da fé “para” a libertação. Erros fatais, por comprometerem os bons frutos desta oportuna teologia. Numa segunda parte, expõe-se a lógica da Conferência de Aparecida, que ajuda aquela teologia a “voltar ao fundamento”: arrancar de Cristo e, a partir daí, resgatar os pobres.
Queremos aqui, numa primeira parte, fazer um questionamento de fundo da Teologia da Libertação (=TdL). A intenção não é desqualificar a TdL, mas, antes, defini-la de modo mais claro e refundá-la sobre bases originárias. Só assim se podem garantir seus ganhos inegáveis e seu futuro.
Apresentaremos, num segundo momento, a lógica que o Documento de Aparecida pôs em operação. Entendemos mostrar por aí como a TdL pode ser reconduzida aos seus fundamentos, ser incorporada num horizonte mais amplo e, assim, assegurar o que ela tem de melhor.
Reconhecemos que a análise que faremos da TdL é um tanto trabalhosa e sinuosa, enquanto a de Aparecida é mais fluente e linear. De todos os modos, andaremos aqui a grandes passadas, sem podermos explicar tudo e nem nos determos em detalhes.

Adiante, escreve Clodovis, professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sobre o que chamo substituição do dogma da cruz pelo dogma da luta de classes:
Que acontece então na prática teórica da TdL? Acontece uma “inversão” de primado epistemológico. Não é mais Deus, mas o pobre, o primeiro princípio operativo da teologia. Mas, uma inversão dessas é um erro de prioridade; por outras, é um erro de princípio e, por isso, de perspectiva. E isso é grave, para não dizer fatal.
Que o pobre seja um princípio da teologia ou uma perspectiva (ótica ou enfoque), é possível, legítimo e mesmo oportuno. Mas apenas como princípio segundo, como prioridade relativa. Se assim é, a teologia que arranca daí, como é a TdL, só pode ser um “discurso de segunda ordem”, que supõe em sua base uma “teologia primeira”.
Contudo, não parece que a TdL tenha essa consciência, pois se pensa, para todos os efeitos, como uma teologia inteira à parte, substituindo ou dispensando a “teologia primeira” e fundindo ou, melhor, confundindo o nível “transcendental” com o “categorial”. Em sua prática teórica, continua a pôr o “pobre” como seu princípio, centro e fim. E ainda que não o faça com plena consciência e consentimento epistemológico, o resultado, na prática, é o mesmo, e isso, como dissemos, por causa da ambigüidade com que esta questão essencial é aí tratada.

Para ler a íntegra do artigo, clique aqui
Para se corresponder com o autor, eis o endereço: osmcwb@brturbo.com.br
Por Reinaldo Azevedo

Organização Mundial da Saúde publica manual de boas maneiras de matar bebês em gestação


POR JOHN-HENRY WESTEN 

GENEBRA, 22 de junho de 2012 ( LifeSiteNews.com ) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um guia que detalha as formas mais eficazes para matar nascituros, com métodos diferentes em vários estágios de desenvolvimento da criança em gestação.
O documento é a segunda edição do "aborto seguro: orientação técnica e política para os sistemas de saúde", que foi publicado originalmente em 2003.
"É uma leitura horrível", afirmou Scott Fischbach, Diretor Executivo do Minnesota Citizens Concerned for Life (MCCL) Global Outreach.
"Seguindo essas orientações, seguramente matar mulheres e seus filhos ainda não nascidos, especialmente nos países em desenvolvimento", acrescentou. "Algumas das recomendações, a OMS admite, são baseadas em evidências muito baixo. Eles são verdadeiramente irresponsável e mortal. "
Internacional defende o aborto elogiou OMS novo guia como um "grande passo em frente". IPAS, a organização que foi fundada sobre a criação de um dispositivo de vácuo utilizado em aborto, elogiou a "OMS respeito pelo papel essencial do acesso ao aborto na saúde das mulheres e sua capacidade de exercer plenamente os seus direitos humanos", evidenciada no novo documento.
As diretrizes incluem quatro temas principais: estimativas sobre aborto inseguro no mundo inteiro, as últimas recomendações clínicas para realizar abortos, recomendações para "cima" de escala de serviços e assessoramento na formulação de políticas e legislação. A última das quatro áreas que não é habitualmente encontrada em documentos conselhos médicos, mas a OMS destaca a aplicação de um "quadro de direitos humanos" para fazer avançar políticas pró-aborto e legislação - especialmente para as mulheres jovens.
Através dos anos, a OMS fez um bom trabalho para milhões de pessoas para proteger, promover e enriquecer as suas vidas, mas Fischbach diz que essas diretrizes mortais para avançar e promover o aborto levar a organização na direção oposta.
"A solução para abortos clandestinos e altas taxas de mortalidade materna é muito simples: fornecer um abastecimento de água potável, fornecimento de sangue limpo e cuidados de saúde adequados", explicou Fischbach. "As estatísticas confirmam que a vida dessas mulheres. Salvar é - não a legalização do aborto"

Entre em contato com a Organização Mundial da Saúde:
E-mail: publications@who.int
formulário Web: http://www.who.int/about/contact_form/en/index.html

Cardeal Koch sobre os 500 anos da Revolução Protestante: “Não podemos comemorar um pecado”.


“Os acontecimentos que dividem a Igreja não podem ser considerados como um dia de festa”.

Fratres in Unum.com | Com informações da Diocese de Münster e Juanjo Romero - O responsável pelo ecumenismo no Vaticano “chutou o balde”. Em 2017, comemora-se os 500 anos da Reforma Protestante. Comemora-se? Segundo o Cardeal Kurt Koch (foto), Prefeito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, “não podemos comemorar um pecado”.
Em um ambiente embebido no politicamente correto das últimas décadas, surpreende ouvir um Cardeal — ainda mais o responsável pelo ecumenismo — falando assim, sem papas na língua. Ele sabe disso, e reconhece o risco de ser considerado “anti-ecumênico”. Mas vai adiante: “Os acontecimentos que dividem a Igreja não podem ser considerados como um dia de festa”.
Koch afirmou ainda que desejava assistir, em memória do acontecimento, a uma reunião das confissões reformadas seguindo o exemplo dado por João Paulo II, em 2000, isto é, pedindo desculpas e reconhecendo seus erros, condenando, ao mesmo tempo, as divisões na Cristandade.
A resposta não tardou. A comissionada do Conselho da Igreja Evangélica da Alemanha para o Jubileu de 2017 não quis diálogo nenhum. Esbravejou: “A Reforma Protestante não é nosso pecado, mas uma reforma da Igreja urgente e necessária do ponto de vista bíblico, na qual defendemos a liberdade evangélica; não temos que nos confessar culpáveis de nada”.
Bem, as palavras da filha de Lutero demonstram o que qualquer Católico já sabe. No “caminho ecumênico” só há uma culpada, a Santa Igreja Católica, e só a Ela são feitas exigências.

Desrespeito ao Cristianismo: Filme quer mostrar que Jesus seria fruto de um estupro



23.06.2012 - O cineasta holandês Paul Verhoeven ficou conhecido por filmes como Robocop, O Vingador do Futuro e A Espiã. Ele também é escritor e agora pretende adaptar para o cinema seu próprio livro sobre Jesus.
“Jesus of Nazareth” é o nome do livro inédito no Brasil e do filme homônimo que começará a ser rodado em breve. Diferentemente da maioria das produções sobre o tema, o Cristo de Verhoeven não é o “filho de Deus” nem foi concebido de forma sobrenatural.
O novo longa mostrará Jesus enquanto homem, e que foca mais seu papel como líder político do que religioso, eliminando da narrativa qualquer milagre ou ligação divina. A mãe de Jesus teria sido estuprada por um soldado romano, o que, segundo Verhoeven, era comum durante o período de dominação romana da Palestina.
Segundo Verhoeven, ele pesquisou a história de Jesus durante décadas antes de pensar no livro e no filme. Sua intenção é contar a vida do nazareno de “ponto de vista científico, histórico e político”. Isso exclui, obviamente, a ressurreição, questão central da fé cristã.
Na visão do cineasta, que afirma não crer nos milagres relatados na Bíblia, “Jesus era um profeta radical e chegou a realizar exorcismos porque estava convencido de que iria morrer e se encontrar no Reino dos Céus, até Pôncio Pilatos crucificá-lo”.
“Se você olhar o homem, fica claro que você tem ali uma pessoa completamente inovadora no campo da ética. Minha paixão pessoal por Jesus surgiu quando eu comecei a perceber isso. Um novo conjunto de ética, uma abertura ao mundo, que era um anátema em um mundo dominado pelos romanos. A questão não são os milagres, mas a nova ordem ética, uma visão aberta em relação ao mundo, o que se opunha à dominação dos romanos.
Eu acredito que ele foi crucificado porque sentiram que, politicamente, ele era uma pessoa perigosa e que estava em crescimento. Os ideais de Jesus dizem respeito a uma utopia do comportamento humano, falam sobre como devemos tratar uns aos outros e como devemos nos colocar na pele de nossos inimigos”, acrescenta.
Segundo Verhoeven, ele está há anos procurando financiamento sem, sucesso, já que muitas pessoas e marcas não querem seus nomes ligados ao que a opinião pública pode atribuir como atitude herege. Agora, a Muse Productions de Chris Hanley (produtor de Psicopata Americano) decidiu bancar o longa que promete gerar muitas polêmicas.
Alguns líderes cristãos, como Bill Donohue, presidente da Liga Católica, já criticou o livro de Verhoeven, dizendo “Mais uma vez vemos uma especulação maldosa, baseada em absolutamente nada. Ele não tem nenhuma evidência empírica para sustentar sua alegação”.
O último filme sobre Jesus Cristo que atraiu polêmica foi “A Paixão de Cristo”, lançado em 2004 e produzido por Mel Gibson. Ele decidiu seguir os relatos bíblicos muito de perto, incluindo as línguas originais. Ainda é o filme religioso de maior sucesso de todos os tempos, arrecadando cerca de 612 milhões de dólares em bilheteria em todo o mundo. Mesmo assim, o longa foi acusado de ser anti-semita pela maneira como retratou o povo judeu.
Roger Avary, de Pulp Fiction e “A lenda de Beowulf” foi contratado para escrever o roteiro de “Jesus de Nazareth”. Ele é conhecido por seus trabalhos provocativos, como Regras da Atração. Avary estava há bastante tempo sem escrever um roteiro, pois estava cumprindo pena na prisão por homicídio involuntário e posse de drogas.
Ainda não há cronograma de produção, nem o nome dos atores ou data de lançamento. O mais provável é que seja lançado no final de 2014. É curioso que a notícia surge num momento em que há uma grande quantidade de filmes bíblicos sendo desenvolvidos, como Noah, de Darren Aronofsky, e Gods and Kings, história de Moisés que Steven Spielberg planeja fazer.
Traduzido de The Christian Post  -  Gospel Prime

Bento XVI procura restabelecer clima de serenidade e confiança no Vaticano

VATICANO, 23 Jun. 12 / 02:47 pm (ACI)
 
O Pe. Federico Lombardi, Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou na manhã deste sábado, 23, que o Papa Bento XVI está se reunindo com chefes de diversos dicasterios e pessoas que compartilham com ele a responsabilidade de governo da Igreja, para intercambiar considerações e sugestões que contribuam a restabelecer o clima de serenidade e confiança no Vaticano. 

Na manhã de hoje, o Santo Padre se reuniu com o Arcebispo de Sydney, o Cardeal George Pell, o Prefeito da Congregação para osBispos, Cardeal Marc Ouellet, o Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso, Cardeal Camillo Ruini, entre outras importantes autoridades da Igreja

O Pe. Lombardi explicou que “no contexto da situação criada depois da difusão de documentos reservados, o Santo Padre aprofunda suas reflexões em diálogo contínuo com as pessoas que compartilham com ele a responsabilidade pelo governo da Igreja”.

O porta-voz vaticano remarcou o desejo de Bento XVI de permanecer informado sobre as investigações do caso “vatileaks”, que dirige o Cardeal Julián Herranz, Presidente Emérito do Pontifício Conselho para os Textos legislativos, e destacou que neste momento é particularmente importante e urgente testemunhar de modo eficaz a união de espírito que anima à Cúria romana.

O Pe. Lombardi indicou que o Papa continuará suas conversações e reflexões com as diversas autoridades eclesiásticas nos próximos dias, aproveitando a viagem a Roma que muitos destes realizam por ocasião da Festa de São Pedro e São Paulo, que é “uma ocasião extraordinária para que a comunidade da Igreja universal se sinta unida a ele na oração, no serviço e no testemunho da fé para a humanidade de nosso tempo”.

Fortnight for Freedom: Arcebispo de L.A. chama a defender liberdade religiosa nos Estados Unidos

LOS ANGELES, 23 Jun. 12 / 10:34 am (ACI)
 
O Arcebispo de Los Angeles (Estados Unidos), Dom José Gómez, chamou os americanos a unir-se à campanha Fortnight for Freedom (Duas Semanas pela Liberdade), para proteger o direito à liberdade religiosa que vem sendo ameaçado pelas políticas da Administração de Barack Obama.

"A liberdade religiosa uma liberdade preciosa. Tristemente, também é uma liberdade rara. Três de cada quatro pessoas no mundo vivem em um país onde o governo não protege seu direito para prestar culto e servir o Deus no qual acreditam", assinalou o Prelado em sua última coluna enviada na sexta-feira 22, ao grupo ACI.

Dom Gómez recordou que os cristãos são os fiéis mais perseguidos no mundo, pois em alguns países chegam a “arriscar a sua vidacada vez que vão a Missa".

"Este contexto global põe nosso atual conflito com o governo dos Estados Unidos em perspectiva. Mas é importante recordar: precisamente pelo fato que os fiéis aqui não seja punidos com violência e sejam livres de ir à igreja, não significa que a liberdade religiosa não esteja em perigo", advertiu.

Por isso, disse que a campanha Fortnight for Freedom  que teve início nesta quinta-feira , 21, é "um período de oração, sacrifício e testemunho público pela causa da liberdade religiosa. Eu me uno aos meus irmãos na Conferência de Bispos Católicos dos E.U.A no chamado a esta ‘Quinzena pela liberdade’, que terminará no dia 4 de julho, festa da independência do nosso país".

O Arcebispo de Los Angeles recordou que para os fundadores dos Estados Unidos a liberdade religiosa significou não só a liberdade de culto, mas também a "liberdade para estabelecer instituições que nos ajudem a viver nossa fé" e expressar seus valores em debates políticos, procurando persuadir outros "a compartilharem nossas convicções".

Entretanto, advertiu que em anos recentes isto foi se deteriorando "sob constante pressão de elementos anti-cristãos e secularizados na sociedade norte-americana".

"O governo, em todos os níveis, está incrementando a pressão sobre agências da Igreja para contrariar sua crença. A fé e os valores cristãos estão mais e mais representados –nos meios de comunicação, nas cortes, ainda em comentários de altos oficiais do governo- como uma forma de preconceito", indicou.

Inclusive, assinalou o arcebispo, "algumas vezes parece que o cristianismo está chegando a ser o único estilo de vida que não pode ser tolerado tendo um papel em nossa vida pública".

Entretanto, Dom Gómez esclareceu que esta luta não se reduz ao acesso ao aborto e ao controle da natalidade, "porque, infelizmente, ambos estão amplamente disponíveis e acessíveis a qualquer um que queira obtê-los neste país, freqüentemente subsidiados por governos estatais e federal".

"Precisamos ver isto claramente: Nosso presente conflito parte de uma luta cultural mais longa para voltar a definir a América do Norte puramente como uma sociedade secular -- na qual não há uma função pública para as instituições religiosas, exceto se elas servirem os propósitos do governo".

O bispo assinalou ainda que "esta luta já leva um longo tempo. A novidade é que nosso governo -- que tem o dever de proteger a liberdade religiosa -- agora toma partido contra a liberdade da Igreja".

Para isso usa "todo o peso de seus poderes para tratar de ditar os termos sob os quais a Igreja e os crentes católicos podem participar da nossa sociedade".

"Possivelmente pela primeira vez na nossa história, nosso governo está atuando como se os direitos humanos não viessem da mão de Deus, mas como se fossem ‘benefícios’ que o governo pode dar, definir e tirar".

Há gente bem-intencionada "que me pergunta: por que isto é tão importante? por que a Igreja não pode somente comprometer-se e proporcionar planos de saúde que incluem controle da natalidade para nossos empregados? Eles me dizem que se obteria um bem maior se a Igreja pudesse continuar servindo aos pobres em seus hospitais, escolas e caridades".

Entretanto, recordou que os católicos servem os pobres por amor a Cristo e não para agradar um governo. O amor ao Senhor, indicou, "obriga-nos a dar testemunho de que a vida, omatrimônio e a família são sagrados e que é imoral prevenir o nascimento de crianças".

Nesse sentido, advertiu que o "compromisso" que oferece o Governo Obama "nos impede de amar Cristo e de sermos cristãos".

Diante disto, o prelado disse que se fará o que "a Igreja e os cristãos têm feito sempre".

"Nós amamos nossos inimigos e oramos pelos que nos perseguem. Vivemos nossa fé com a liberdade dos filhos de Deus, com um amor que cura e inspira outros. Falamos ao mundo da Boa Nova de que Deus está vivo e de que Ele chama a um grande destino de amor. Nós trabalhamos para criar uma sociedade de mútuo compartilhar, de reconciliação e amor, arraigados na santidade da pessoa humana e da família. De modo que oremos esta semana uns por outros e pelo nosso país", expressou. 

Cardeal Scherer discursa na Rio+20


No Rio de Janeiro para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, o cardeal dom Odilo Scherer, legado pontifício e chefe da Delegação da Santa Sé, discursou nesta terça-feira, 19 de junho, em um evento paralelo à Rio+20, sobre Agricultura e Sociedades sustentáveis: segurança alimentar, terra e solidariedade.
O evento foi uma iniciativa da Cáritas Internacional, CIDSE e organização Franciscana Internacional. Também participaram do evento o arcebispo de Dioulasso, em Burkina Fasso, dom Paul Yembuado Ouédraogo, e o observador permanente da Santa Sé na ONU, arcebispo Francis Chullikatt.
Em seu discurso, o cardeal ressaltou que “a centralidade da pessoa humana no Princípio 1º da Conferência de 1992 é um lembrete de que o desenvolvimento sustentável não é alcançado através do desenvolvimento econômico, ambiental ou político isoladamente, mas antes, e acima de tudo, deve ser medido pela sua capacidade de promover e salvaguardar a dignidade da pessoa humana”.
Dom Odilo recordou a responsabilidade da sociedade para com o meio ambiente e ressaltou, porém, que não se pode tirar a dignidade humana e nem deixar de lado o direito a vida “a centralidade da pessoa humana requer que a sociedade meça o progresso econômico sobretudo pela capacidade de promover a pessoa humana. Isso requer que a ética não seja separada das tomadas de decisões econômicas, mas sim que seja reconhecida”.
Ao finalizar seu discurso, o arcebispo reforçou que a Santa Sé tem procurado “promover um desfecho que respeite a dignidade da pessoa humana”, e que o maior recurso do planeta é o ser humano. E este está “no centro do desenvolvimento sustentável”.
Leia a íntegra do discurso, em tradução cedida pela Arquidiocese de São Paulo.
Pontos de discussão de Sua Eminência, Cardeal Scherer
AGRICULTURA & SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS: Segurança alimentar, Terra e Solidariedade
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
Rio de Janeiro
Centro de Conferência
Excelências, Senhoras e Senhores,
É uma honra e um grande prazer estar aqui hoje como enviado Especial de Sua Santidade o Papa Bento XVI à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Primeiramente, gostaria de agradecer Sua Excelência Arcebispo Francis Chullikatt por sua dedicação permanente, tanto nas Nações Unidas, quanto nesta Conferência.
Ainda, gostaria de agradecer Sua Excelência Arcebispo Paul Ouedraogo, Senhora Gisele Henriques, Senhora Cristina Dos Anjoys e Senhora Maria Elena Aradas por terem se juntado a nós neste dia. O trabalho, a nível base, da CARITAS Internationalis, CIDSE e da  Franciscans International, é uma grande contribuição para a promoção do ser humano centrado no desenvolvimento sustentável.
Vinte anos atrás, líderes do mundo vieram para o Rio de Janeiro para estabelecer um novo modelo e estrutura para promoção do desenvolvimento sustentável. Nessa reunião, eles reconheceram que, na da promoção de uma nova e mais justa parceria para o desenvolvimento sustentável, o princípio básico que deve orientar o desenvolvimento global exige colocar a pessoa humana no centro das preocupações para o desenvolvimento sustentável. A centralidade da pessoa humana no Princípio 1 da Conferência de 1992 é um lembrete de que o desenvolvimento sustentável não é alcançado através do desenvolvimento econômico, ambiental ou político isoladamente, mas antes, e acima de tudo, deve ser medido pela sua capacidade de promover e salvaguardar a dignidade da pessoa humana.
Agora, vinte anos depois, nós continuamos a ver as consequências para o desenvolvimento humano quando a pessoa humana não é colocada no centro desenvolvimento político, ambiental ou social, mas é bastante colocado à sua mercê. A contínua promoção das abordagens neo-malthusianas para o desenvolvimento, que veem o ser humano como obstáculo para o desenvolvimento, em vez de um benefício para este, levou à adoção de programas que promovem a destruição da vida humana e desenvolveu uma cultura hostil à vida. Os efeitos de uma abordagem não centrada no ser humano pode ser verificada no envelhecimento de comunidades ao redor do mundo hoje e nos milhões de órfãos que nunca tiveram a aportunidade de nascer e cujas contribuições graduais para o nosso planeta, portanto, ficarão para sempre em falta.
A centralidade da pessoa humana requer que a sociedade meça o progresso econômico sobretudo pela capacidade de promover a pessoa humana. Isso requer que a ética não seja separada das tomadas de decisões econômicas, mas sim que seja reconhecida. A ética da justiça e da solidariedade serve como a fundação de uma eficiência social e econômica, crucial para reparar injustiças e reformar instituições fundadas para perpetuar a pobreza, o subdesenvolvimento e a degradação ambiental, permitindo a todos o direito de participar na vida econômica para o progresso de suas comunidades e sociedades. Quando a dimensão ética é negligenciada na elaboração de políticas econômicas, podemos facilmente ver os efeitos desumanizantes e desestabilizantes resultantes de um crescimento econômico realizado à custa do detrimento dos seres humanos.
A atual crise financeira e econômica atesta os perigos do desenvolvimento econômico que desdenha imperativos éticos e morais e demonstra que o interesse próprio e a ganância apenas fomentam o agravamento da desigualdade social e da divisão. A consequência de uma ordem econômica ambivalente com os imperativos morais e éticos pode ser visto nos rostos das mulheres e homens desempregados que lutam para sustentar suas famílias, na agitação política crescente que assola o mundo, enquanto os líderes políticos tentam estabilizar a sistemas econômicos, na brutalmente verificada nas vidas dos mais pobres da sociedade, cujos filhos morrem de fome ou sucumbidos por doenças facilmente tratáveis e controladas. Estas realidades emergem onde as políticas econômicas não conseguem reconhecer o vínculo essencial entre a moralidade e a vida econômica.
A centralidade da pessoa humana no desenvolvimento sustentável deve orientar não só o trabalho dos gestores políticos, mas também do setor privado. Embora o desenvolvimento da riqueza seja um objetivo da economia, a criação de riqueza deve se concentrar no progresso em qualidade e da moralidade, e não apenas na quantidade de riqueza gerada. Quando a acumulação de riqueza for valorizada como um bem social em si, ciclos insustentáveis de produção e consumo vão continuar a provocar o esgotamento inexorável de recursos, deixando as pessoas e as comunidades ansiosas por uma felicidade autêntica. O que é necessário, antes, é o meio para a promoção do desenvolvimento humano integral, que reconhece que o real desenvolvimento solicita mais que o simples desenvolvimento econômico, social ou políticos, mas exige, acima de tudo, que o desenvolvimento da pessoa humana seja mantido na frente e no centro de tudo.
A encíclica do Papa Bento XVI, Caritas in veritate, elabora as necessidades da promoção do desenvolvimento integral, a fim de estimular o verdadeiro desenvolvimento humano e, portanto, o desenvolvimento sustentável. Tal desenvolvimento integral requer o reconhecimento que abordagens puramente institucionais para o desenvolvimento não podem ser suficientes para o genuíno desenvolvimento, mas que cada membro individual da sociedade é dotado de uma atitude vocacional que livremente assume a responsabilidade, na genuína solidariedade para com o outro e toda criação.
O reconhecimento de uma dimensão ética para o desenvolvimento não se limita apenas à criação de riqueza, mas também é relevante para o nosso papel como administradores da criação. Nós não somos chamados para subjugar e dominar a criação (cf. Gn 1:28) sem referência a quaisquer critérios determinados . Em vez disso, estamos a exercer este mandato numa gestão responsável da criação para o florescimento da geração atual e as futuras gerações. Isso requer o reconhecimento de uma responsabilidade primordial para com o meio ambiente para a melhora de o nosso futuro e que de todo o planeta.
A gestão adequada da criação reconhece a importante contribuição que a ciência e a tecnologia trazem para a proteção ambiental e fornece os recursos necessários para a sobrevivência humana. No entanto, os avanços tecnológicos e científicos devem ser sempre prudentes e responsáveis, para que seus reais objetivos sejam servir toda a humanidade. Os avanços científicos e tecnológicos não podem, portanto, tornarem-se um novo meio para a criação de barreiras para os pobres, nem podem ser permitir provocar novos, longos e duradouros detrimentos que ferem o delicado equilíbrio de vários ecossistemas nossos.
O direito à alimentação e à água potável continua a ser dois dos mais elementares direitos humanos que ainda não foram cumpridos em tantas partes do nosso planeta. Os avanços científicos e tecnológicos certamente tornaram possíveis que toda a comunidade internacional pudesse se beneficiar da generosidade de criação para o bem de toda a humanidade, mas milhões de pessoas ainda vivem sem esses direitos mais básicos. Uma ordem internacional mais eficaz requer mais solidariedade e maior responsabilização perante os nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais necessitados. As crianças que passam fome e morrem de disenteria são nossas crianças: isso não é problema local, mas é um problema que requer que toda a comunidade internacional se una para trabalhar para cumprir o mais básico dos direitos humanos.
O progresso tecnológico, científico e humano tornou-se de vital importância se quisermos abordar a segurança alimentar e a promoção de produtos agrícolas saudáveis e boa gestão da terra.  Como o Papa Bento XVI tem sublinhado recentemente, “a fome não é muito dependente da falta de coisas materiais como na escassez de recursos sociais”. Para resolver esta falta de recursos sociais é imperativo máximo que os líderes da sociedade tomem as medidas necessárias para resolver as causas estruturais da insegurança alimentar e promovam um maior investimento no desenvolvimento agrícola nos países pobres.
Com o acesso maior e mais equitativo às mercadorias e às tecnologias agrárias, como a irrigação e o eficiente armazenamento e transporte de mercadorias e de transporte e a remoção de programas do mercado distorcidos, podemos fazer uma contribuição substancial para a resolução da segurança alimentar  e erradicação da pobreza.
No desenvolvimento de tais políticas, temos de assegurar que a cooperação, em conformidade com o princípio da subsidiariedade, oriente nossos esforços para garantir estas escolhas das comunidades locais e precisam ser tratadas de forma adequada e tidas em consideração. Assim, a agricultura, a assistência ao desenvolvimento e os programas de reforma agrária não deveriam ser implementados de cima para baixo, mas deveriam sim ativamente ser levados em consideração e cooperar com as comunidades locais.
Um dos primeiros passos a serem tomados no tratamento a reforma agrária é resolver a falta de direitos de terra e propriedade por marginalizados dentro da sociedade. A crescente concentração da propriedade da terra e produção agrícola por poucos apresentam uma obrigação moral para os líderes políticos e sociais para encontrar meios equitativos e justos para uma reforma agrária em longo prazo. Em particular, maiores investimentos em agricultura familiar e pequenas propriedade proporcionam uma oportunidade única, tanto para apoiar a família e quanto para apoiar um futuro mais sustentável para a agricultura em longo prazo.
O destino universal dos bens da terra também se aplica à água, esse elemento vital, essencial para nossa sobrevivência e para a agricultura. A Sagrada Escritura tem também a água como um símbolo de vida, sustento e purificação. Por sua própria natureza, a água nunca pode ser tratada como mais uma mercadoria, mas deve sim ser reconhecida como um direito inalienável de ser compartilhada em solidariedade e generosidade com os outros. A água é um bem público, o que significa que é da responsabilidade da liderança política garantir que todas as pessoas tenham acesso à água potável, especialmente os pobres. O descumprimento de obrigações tais resultados em sofrimento, conflitos e doenças e, portanto, prejudica o direito inerente à vida.
Ao redor do mundo, graves problemas ecológicos e humanos exigem uma mudança fundamental no estilo de vida se quisermos ser melhores administradores da criação e promover uma mais justa comunhão econômica internacional. Métodos de produção de alimentos, portanto, demandam análise atenta para garantir o direito a alimentos suficientes, saudável e nutritiva e água, e para alcançar esse direito, de forma a reconhecer as nossas obrigações de proteger o meio ambiente como uma herança compartilhada para as gerações atuais e futuras.
Isto exige romper com o longo ciclo de mais de consumo e produção, de pobreza e de degradação ambiental. Aqui, devemos reconhecer que todas as decisões econômicas têm implicações morais que exigem de nós redescobrir os valores de longa data da sobriedade, da temperança e auto-disciplina. Um mundo no qual os ricos consomem uma percentagem esmagadora de recursos humanos e naturais é escandaloso e chama para uma renovada disposição para se tornar mais consciente da interdependência de todos os habitantes da terra. A autêntica solidariedade global deve motivar indivíduos e líderes políticos a reavaliar suas escolhas de estilo de vida, a fim de fazer escolhas que promovam a dignidade humana e a solidariedade global. A este respeito, devemos reconhecer o papel fundamental que a família desempenha na aprendizagem e ensino dos valores necessários para se formarem cidadãos responsáveis que fazem escolher responsáveis de estilo de vida.
Antes de concluir, eu gostaria de tocar em algumas das preocupações constantes da Santa Sé no processo de negociações. Enquanto a Santa Sé tem procurado promover um desfecho que respeite a dignidade da pessoa humana, nós continuamos a ver algumas delegações tentando promover estas questões como “dinâmica populacional” ou “direitos reprodutivos”, como uma forma de desenvolvimento sustentável. Estas propostas são baseadas em uma noção errada de que o desenvolvimento sustentável e a proteção ambiental só podem ser alcançados através da garantia de que haja menos pessoas em nosso planeta. Sublinhada por uma hermenêutica da suspeita que fere profundamente a solidariedade humana, tal ideologia levou a um alarmante destruição na família e, fundamentalmente, priva o planeta de seu maior recurso, a pessoa humana, que está no centro do desenvolvimento sustentável.
Além disso, um grande volume de trabalho continua em busca um olhar para o futuro consciente, ciente que o documento resultante é de responsabilidade de todos os países. Os esforços para assegurar que os países em desenvolvimento tenham acesso à tão necessária amigável tecnologia ecológica, e financeira para a transição para um futuro mais sustentável são apenas dois dos muitos exemplos em que uma maior solidariedade entre países em desenvolvimento e nas economias desenvolvidas é necessária, se quisermos fazer uma diferença duradoura no mundo. Da mesma forma, maior solidariedade é necessária para promover o acesso a empregos decentes e cuidados básicos de saúde, bem como os direitos dos migrantes. Essa é a nossa esperança, que o texto final do documento seja satisfatório na abordagem destas questões para que possa ser dito de contribuir para o bem-estar material e espiritual de todas as pessoas, suas famílias e suas comunidades.
Obrigado.
 Cardeal Odilo Scherer
Arcebispo de São Paulo
Legado Pontifício para a Conferência Rio+20