terça-feira, 13 de setembro de 2011

Matrimônios e sacerdotes devem testemunhar o amor de Cristo, exorta o Papa Bento XVI

ANCONA, 13 Set. 11 / 02:15 pm (ACI/EWTN Noticias)

Ao reunir-se no domingo pela tarde com sacerdotes e famílias da diocese de Ancona (Itália) aonde chegou para encerrar o 25º Congresso Eucarístico Nacional, o Papa Bento XVI alentou os matrimônios e os sacerdotes a darem testemunho do amor de Cristo centrando suas vidas no sacramento da Eucaristia.

O Papa recordou que "ambos os estados de vida aprofundam suas raízes no amor de Cristo (...) e estão chamados a uma missão comum: dar testemunho deste amor e pô-lo ao serviço da comunidade".

Esta perspectiva, continuou o Santo Padre, "permite superar a visão redutiva que considera a família, como mera destinatária da ação pastoral" quando, em troca, "é o lugar privilegiado da educação humana e cristã" e, portanto, "o melhor aliado do ministério sacerdotal".

Por outra parte, "a proximidade do sacerdote à família a ajuda a tomar consciência de sua realidade profunda e de sua missão".

"Nenhuma vocação é uma questão privada e muito menos a do matrimônio, porque seu horizonte é a Igreja inteira. Trata-se de saber harmonizar e integrar (...) o ministério pastoral, com o verdadeiro evangelho do matrimônio e a família para uma comunhão ativa e fraternal. E a Eucaristia é o centro e a fonte desta unidade que anima toda a ação da Igreja".

Bento XVI se dirigiu logo aos sacerdotes e lhes recordou que "pelo dom da ordenação estão chamados a servir como pastores à comunidade eclesiástica, que é ‘família de famílias’ (…) Cultivem uma profunda familiaridade com a Palavra de Deus (…) Ele é sua casa e seu legado. Disto devem ser testemunhas ante as famílias (…) inclusive nas circunstâncias mais difíceis".

Por isso os exortou a serem "acolhedores e misericordiosos, também com aqueles que mais lhes custem cumprir com os compromissos do vínculo matrimonial e com os que, lamentavelmente, não conseguiram".

Aos casados, o Papa disse que "seu matrimônio se apóia na fé de que Deus é amor e de que seguir a Cristo é permanecer no amor (…) Edifiquem suas famílias na unidade, um dom que vem do alto e que alimenta seu compromisso na Igreja e na construção de um mundo mais justo".

"Que seu atuar cotidiano –insistiu logo a todos os presentes– tenha na comunhão sacramental sua origem e seu centro (...) A educação na fé das novas gerações também passa através de sua coerência".

"Sede testemunhas diante delas da beleza exigente da vida cristã" e "para os que estão confiados à sua responsabilidade sejam um sinal da benevolência e da ternura de Jesus: nele se faz visível que o Deus que ama a vida não é alheio ou distante dos assuntos humanos, mas é o Amigo que nunca abandona", concluiu.

Escândalo do "sexo por comida" das tropas de paz da ONU é só o começo do que acontece quando não há valores morais cristãos, avisa capelão

Thaddeus Baklinski
ABIDJAN, Costa do Marfim, 7 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um telegrama secreto da embaixada dos EUA na Costa do Marfim declarando que as tropas de paz da ONU na cidade de Toulepleu estavam forçando meninas menores de idade a trocar sexo por comida foi revelado por WikiLeaks.
O telegrama escrito em janeiro de 2010 observa que a organização humanitária Save The Children da Inglaterra questionou dez meninas novas em 2009 e descobriu que oito delas haviam se submetido a atos sexuais com tropas de paz da República de Benin em troca de comida ou outras necessidades básicas da vida.
“Oito das 10 disseram que tinham relacionamentos sexuais em andamento com soldados de Benin em troca de comida ou alojamento”, o diplomata americano escreveu no telegrama, citando informações obtidas pela embaixada da parte de um alto funcionário de Save The Children.
O funcionário disse que o “problema de exploração e abuso sexual entre empregados da ONU é mais abrangente do que se reconhece”.
De acordo com o telegrama, as meninas novas eram incentivadas por seus pais a ter sexo com as tropas de paz de modo que eles dessem comida para elas.
Em 30 de agosto Michel Bonnardeaux, porta-voz da ONU, confirmou que em abril, 16 soldados benineses das tropas de paz, inclusive dez comandantes, foram repatriados para Benin e estão agora proibidos de atuar na ONU depois de uma investigação de um ano acerca dos incidentes. Eles “não conseguiram manter um ambiente que impede exploração e abuso sexual”, disse ele.
Embora fontes da ONU normalmente escondam dos meios de comunicação esses incidentes, Bonnardeaux comentou que, desde 2007, funcionários da ONU na Costa do Marfim têm sido acusados de abuso sexual em 42 ocasiões, com dezesseis das alegações envolvendo menores de idade.
Em 2007, de acordo com uma reportagem da Associated Press, uma tropa de paz da ONU de Marrocos foi instruída a deixar a cidade de Bouake, no Norte da Costa do Marfim, depois que alegações de má conduta sexual envolvendo meninas locais foram enviadas para a ONU.
Os soldados de paz da ONU têm sido acusados de abuso sexual em missões da Bósnia e Kosovo ao Camboja, Timor Leste, Somália, África Ocidental e Congo.
Em 2004, a ONU investigou aproximadamente 150 alegações de abuso sexual cometido por funcionários da ONU e tropas de paz no Congo, inclusive estupros, prostituição e pedofilia. Na época, Kofi Annan, secretário-geral da ONU, disse: “Temo que haja evidência clara de que atos de flagrantes más condutas tenham ocorrido. É vergonhoso para a ONU ter de dizer isso, e estou absolutamente indignado com isso”.
Gordon James Klingenschmitt, ex-capelão da marinha dos EUA e envolvido no Projeto Ore em Nome de Jesus (www.prayinjesusname.org) comentou para LifeSiteNews sobre a falta de moralidade exibida pelas tropas de paz da ONU.
“Como ex-capelão da marinha, vi pessoalmente como o ensino da ética cristã torna nossos soldados da paz mais eficientes, mas a imoralidade sexual entre as tropas pode criar discórdia, ou até mesmo agressão hostil com crueldade e opressão”, observou Klingenschmitt.
O capelão Klingenschmitt, que esteve nas manchetes nacionais depois de ter sofrido corte marcial por assumir a postura de defender os direitos dos capelães militares de orar publicamente “no nome de Jesus” e foi subsequentemente inocentado pelo Congresso, comentou que a falta de treinamento em ética cristã é tão evidente nas forças armadas dos EUA quanto nos soldados dos países do terceiro mundo.
“Nossa própria triste história americana no massacre de My Lai mostra como as Tropas dos EUA precisam de treinamento em ética cristã também. Mas hoje queixosos ateus estão tentando censurar a ‘Teoria da Guerra Justa’, de Santo Agostinho, da ética e aulas das forças armadas americanas. Pior ainda, parece que nosso próprio Pentágono teme ofender queixosos mais do que o risco de dar armas para nossos jovens soldados sem treinamento ético. Se tiverem êxito, provocarão danos à nossa segurança nacional, e transformarão as tropas americanas em militantes sem ética, sem consciência e sem compasso moral”, avisou o capelão Klingenschmitt.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Ex-trabalhadora do Planned Parenthood: " Só quero glorificar a Deus e salvar vidas"



Ramona Treviño no centro (foto Catholic Pro Life Committee of North Texas)
Sherman, 12 Set. 11 / 09:37 am (ACI/EWTN Noticias)

Ramona Treviño se uniu à lista de homens e mulheres que sofrem uma conversão radical enquanto trabalham para abortistas. Em sua primeira aparição pública, protagonizou uma vigília de oração em frente ao seu ex-centro de trabalho durante a qual assegurou que como católica só quer dar glória a Deus e salvar vidas.

"Minha mensagem é que devemos glorificar a Deus, glorificar as coisas maravilhosas que todos vocês estão fazendo e seguiremos fazendo", disse aos participantes da vigília nos subúrbios de um centro da transnacional abortista Planned Parenthood (PP) em Sherman, Texas.

"Há pessoas como eu em todo mundo esperando um milagre", afirmou Treviño quem até maio foi gerente deste centro do PP, encarregado de conduzir as grávidas às clínicas abortistas da cadeia.

No dia 6 de maio ela renunciou ao trabalho que exerceu por três anos e à “metade dos ganhos da minha família". Ela admite que durante todo o tempo que serviu no PP sentia um "puxão em meu coração, dentro e fora, e me envergonha dizer que o ignorei".

Com efeito, embora na clínica de Treviño não sejam praticados abortos, ela "tinha que fornecer as referências (às grávidas que procuram abortar). Tinha que dar o número, difundir a informação sobre os lugares... onde podiam obter um aborto".

Em uma entrevista com o grupo ACI, Treviño deu mais detalhes de sua história, assegurou que tentou em vão conciliar sua fé católica com seu trabalho no Planned Parenthood e descreveu que sua conversão coincidiu com a beatificação do Papa João Paulo II.
"Fui criada católica, mas em realidade não tive muita formação na fé. Quando eu era menina... sentia-me como se estivesse sendo chamada à vida religiosa. Mas não tinha a formação, como menina pequena, para responder a esse chamado", recordou.

Em lugar de ser freira, Treviño ficou grávida durante a secundária. Abandonou os estudos e anos depois contraiu matrimônio católico. Treviño obteve então um trabalho de tempo parcial no Planned Parenthood.

Embora tivesse recebido formação católica para preparar-se para o matrimônio, ainda carecia de uma adequada compreensão dos problemas relacionados com a sexualidade e a vida humana, assim como da liderança do Planned Parenthood na indústria do aborto.

Treviño admite que se sentia incômoda em seu trabalho e seu momento mais difícil foi dar pela primeira vez um catálogo a uma mulher que queria abortar.

Treviño tinha encontrado a maneira de calar sua consciência rezando pelas mulheres e procurando justificar suas ações para não sentir-se responsável.

"Constantemente busquei alimentar minhas mentiras. Com o tempo percebia que não estava buscando salvar suas vidas, já não poderia negar isso a mim mesma".

O ponto de quebra ocorreu em dezembro de 2010 quando escutou em uma rádio católica as experiências pós-aborto de várias mulheres que tinham terminado com as vidas de seus filhos em clínicas do Planned Parenthood.

Conheceu logo o caso de Abby Johnson, também ex-empregada do Planned Parenthood convertida agora em líder pró-vida.

Começou a rezar o Terço durante a Quaresma e, sem maior explicação –como ela sustenta–, compreendeu que não podia seguir trabalhando lá.

"Foi no domingo da Misericórdia, o dia em que beatificaram o Papa João Paulo II eu disse que deixaria de trabalhar. Quando recordei que era Domingo da Divina Misericórdia... não pude conter minhas lágrimas. Nesse momento senti que Deus me chamava", indicou.

O Papa aos namorados: Não tenham medo do matrimônio fiel e indissolúvel.


ANCONA, 13 Set. 11 / 11:30 am (ACI/EWTN Noticias)

Em seu discurso a um numeroso grupo de fiéis na Praça do Plebiscito na localidade italiana de Ancona, o Papa Bento XVI alentou este fim de semana os namorados que logo se casarão, a não terem medo do matrimônio que se caracteriza por ser fiel, indissolúvel e doador de vida.

Assim o indicou o Santo Padre neste encontro, logo depois de ter se reunido com sacerdotes e famílias na Catedral local. Em um sentido discurso, o Papa assinalou que "em alguns aspectos, o nosso tempo não é fácil, sobre tudo para vós, jovens".

"A mesa está preparada com tantas coisas deliciosas, mas, como no episódio evangélico das bodas de Caná, parece que veio a faltar o vinho da festa. Sobretudo a dificuldade de encontrar um trabalho estável estende um véu de incerteza sobre o futuro".

"Essa condição contribui para adiar a tomada de decisões definitivas, e incide de modo negativo sobre o crescimento da sociedade, que não chega a valorizar plenamente a riqueza das energias, das competências e da criatividade da vossa geração", continuou.

"Falta o vinho da festa também em uma cultura que tende a prescindir de claros critérios morais: na desorientação, cada um é forçado a mover-se de maneira individual e autônoma, muitas vezes apenas no perímetro do presente".

Assim, prosseguiu o Santo Padre, "também as escolhas de fundo, portanto, tornam-se frágeis, expostas a uma perene revogabilidade, que muitas vezes é tida como expressão de liberdade, mesmo que assinale, mais que tudo, a carência".

"Pertence a uma cultura privada do vinho da festa também a aparente exaltação do corpo, que, na realidade, banaliza a sexualidade e tende a fazê-la viver fora de um contexto de comunhão de vida e de amor".

O Papa fez logo uma enérgica e afetuosa exortação: "queridos jovens, não tenhais medo de afrontar esses desafios! Não percais nunca a esperança. Tendes coragem, também nas dificuldades, permanecendo firmes na fé. Estais certos de que, em cada circunstância, sois amados e protegidos pelo amor de Deus, que é a nossa força".

"Nada nos pode separar do amor de Deus! Estejais certos, pois, que também a Igreja vos é próxima, vos sustenta, não cessa de olhar para vós com grande confiança. Ela sabe que tendes sede de valores, aqueles verdadeiros, sobre os quais vale a pena construir a vossa casa! O valor da fé, da fé, da família, das relações humanas, da justiça", assegurou.

“Não vos desencorajeis diante das carências que parecem tirar a alegria da mesa da vida. Nas núpcias de Caná, quando vem a faltar o vinho, Maria convidou os servos a dirigir-se a Jesus e deu-lhes uma indicação preciosa: "Fazei o que ele vos disser"”, animou o Papa.

"Como namorados, vos encontrais a viver uma época única, que abre à maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder-vos dizer reciprocamente: tu és importante para mim. Vivais com intensidade, gradualidade e verdade esse caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus!”

"Gostaria de dizer-vos, antes de tudo, que eviteis vos trancar em relacionamentos íntimos, falsamente tranquilizadores; façais, mais que tudo, que a vossa relação torne-se levedo de uma presença ativa e responsável na comunidade”.

“Não esqueçais, pois, que, para ser autêntico, também o amor exige um caminho de amadurecimento: a partir da atração da inicial e do "sentir-se bem" com o outro, educai-vos a "querer bem" ao outro. O amor vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito pelo outro”, afirmou o Papa Bento.

O Santo Padre explicou também que "cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher em dar-se reciprocamente a vida no matrimônio. Vivais esse tempo do namoro na expectativa confiante de tal dom, que é acolhido percorrendo uma estrada de consciência, de respeito, de atenções que não deveis nunca ferir: somente nessa condição a linguagem do amor permanecerá significativa também ao passar dos anos".

Por isso é necessário que os jovens se preparem adequadamente para “escolher com convicção o "para sempre" que conota o amor: a indissolubilidade, antes que condição, é dom a ser desejado, pedido e vivido, para além de todas as mutáveis situações humanas".

"A fidelidade e a continuidade do vosso querer-vos bem vos tornarão capazes também de ser abertos à vida, de serem pais: a estabilidade da vossa união no Sacramento do Matrimônio permitirá aos filhos que Deus desejar vos dar crescer confiantes na bondade da vida. Fidelidade, indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de cada família, verdadeiro bem comum, patrimônio precioso para toda a sociedade".

Desde já, continuou o Pontífice, "fundai sobre tudo isso o vosso caminho rumo ao matrimônio e testemunhai-o também aos vossos coetâneos: é um serviço precioso! Sejais gratos a quantos, com compromisso, competência e disponibilidade vos acompanham na formação: são sinal da atenção e do cuidado que a comunidade cristã vos reserva. Não sejais sós: busqueis e acolheis por primeiro a companhia da Igreja".

"A experiência do amor tem no seu interior a tensão rumo a Deus. O verdadeiro amor promete o infinito! Fazei, portanto, deste vosso tempo de preparação ao matrimônio um itinerário de fé: redescubrais para a vossa vida de casal a centralidade de Jesus Cristo e do caminhar na Igreja", afirmou.

Maria, recordou o Papa Bento, “ensina-nos que o bem de cada um depende do escutar com docilidade a palavra do Filho. Em quem se confia n'Ele, a água da vida cotidiana transforma-se no vinho de um amor que torna boa, bela e fecunda a vida. Caná, de fato, é anúncio e antecipação do dom do vinho novo da Eucaristia, sacrifício e banquete no qual o Senhor nos alcança, renova e transforma".

Por isso, disse o Papa, é importante não descuidar "a importância vital desse encontro: a assembleia litúrgica dominical vos encontre plenamente participantes; da Eucaristia brota o sentido cristão da existência e um novo modo de viver".

"Não tenhais, então, medo de assumir a comprometedora responsabilidade da escolha conjugal; não temais em entrar neste "grande mistério", no qual duas pessoas tornam-se uma só carne", concluiu.

Papa Bento XVI pede que escolas católicas sejam VERDADEIRAMENTE católicas.



Zenit
O Papa Bento XVI pediu aos bispos indianos de rito latino que velem para que suas escolas “sejam verdadeiramente católicas” e que respeitem a “herança espiritual e intelectual da Igreja”.
Ao receber em Castel Gandolfo este quinto grupo de bispos da Índia, presentes em Roma para a visita ad Limina Apostolorum, o pontífice sublinhou a importância da missão educativa da Igreja neste país.
As escolas católicas na Índia gozam de um importante status social pela qualidade de sua formação. Atualmente, a Igreja nesse país mantém cerca de 15 mil centros educativos.
“A Igreja na Índia foi abençoada com grande quantidade de instituições que pretendem ser expressão do amor de Deus pela humanidade, através da caridade e do exemplo dos sacerdotes, religiosos e fiéis leigos que formam parte delas”, afirmou, destacando a instituição escolar.
Bento XVI reconheceu “os esforços realizados por toda comunidade cristã para preparar os jovens cidadãos para construir uma sociedade mais justa e próspera”.
Nesse sentido, o Papa convidou os bispos a continuar “prestando uma especial atenção à qualidade do ensino das escolas presentes em suas dioceses, para assegurar que sejam realmente católicas e, portanto, capazes de transmitir estas verdades e valores necessários para a salvação das almas e a construção da sociedade”.
Ele aludiu à importância de promover uma forma de apresentar a verdade “amavelmente, mas com firmeza”, um “dom que deve ser fomentado sobretudo nos que ensinam nos institutos católicos de educação superior e naqueles que estão a cargo da tarefa eclesial de ensinar seminaristas, religiosos e fiéis leigos, seja teologia, estudos catequéticos ou espiritualidade cristã”.
“Aqueles que ensinam em nome da Igreja têm a obrigação especial de respeitar a riqueza da tradição, de acordo com o Magistério e de uma maneira que corresponda às necessidades de hoje, enquanto que os estudantes têm o direito de receber a plenitude da herança espiritual e intelectual da Igreja”, disse.
Com uma “sólida formação” e “dedicados à caridade na verdade”, os agentes pastorais “são muito mais capazes de contribuir para o crescimento da Igreja e o avanço da sociedade hindu”, dando “um sólido testemunho cristão na amizade, respeito e amor, e lutando não para condenar o mundo, mas para oferecer-lhe o dom da salvação”.
Nesse sentido, pediu aos bispos que estimulem os agentes educativos a “aprofundar sua fé em Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado da morte. Ajudai-os a chegar até seu próximo, para que, através de sua palavra e de seu exemplo, possam proclamar melhor Cristo como Caminho, Verdade e Vida”.
Por outro lado, disse que as escolas católicas “não são o único meio através do qual a Igreja instrui e edifica sua gente na verdade moral e intelectual, pois todas as atividades da Igreja têm o propósito de glorificar a Deus e preencher seu povo com a verdade que nos torna livres”.

"Gurus" hindus movimentam indústria milionária na Índia.



BBC
“Posso abraçá-lo?”, perguntou Shruti, uma menina pequena de Nova Déli. Ela estava praticamente engasgando no desespero para conseguir uma audiência com seu guru.
Mas a grande multidão de muitos milhares tornou impossível para ela alcançá-lo. A menina parecia desesperada para conseguir chegar perto do homem por quem viajou de tão longe para ver.
Shruti é uma das muitas devotas de Sri Sri Ravi Shankar (foto) um dos mais populares líderes espirituais da Índia moderna. Popular não somente no país, mas com presença também em outros 150 em vários continentes, com milhões de seguidores.
Ele é famoso pelo que chama de “Programa da Arte de Viver”, destinado a “aliviar as angústias urbanas” por meio do uso da meditação.
Líderes espirituais não são novidade na Índia onde há mais deles per capita do que em qualquer outra nação do planeta.
Mas o que mudou recentemente é que não falamos mais apenas de um sistema de crenças e fé pessoal. É uma indústria em expansão avaliada em milhões de dólares.
Hoje há inúmeros produtos derivados que vêm destes gurus, como CDs de música e vídeos, turismo e canais de TV até portais espirituais que permitem aos fiéis um contato maior com seu deus pela internet.(foto)
A sede do império de Sri Sri Ravi Shankar ocupa um área impressionante de mais de 40 hectares na cidade de Bangalore, no sul da Índia.
Há um grande Ashram onde os sábios vivem em paz, vários “centros de recursos” e uma escola veda (escrituras que forma a base do hinduísmo). O local tem também uma grande cozinha que alimenta cinco mil devotos por dia.
Andando pelo complexo, outra coisa que impressiona é grande variedade de produtos desenvolvidos, como protetores solares, shampoos e remédios.
O professor e escritor Dipankar Gupta vem seguindo esse fenômeno de fusão entre religião e espiritualidade que ele chama de “indústria de vários milhões de dólares” que inclui alguns gurus muito ricos.
Sri Sri Ravi Shankar, por exemplo, foi classificado pela revista Forbes como ocupando a oitava posição entre os líderes indianos mais importantes.
O professor Gupta acredita que um dos motivos do crescimento da influência dos gurus é que eles preenchem um vazio deixado pelo Estado. Muitos fornecem auxílio social, educação e assistência médica a pessoas que não teriam acesso a esses serviços.
Gupta critica o fato de que “alguns destes gurus vivem em opulência”. Ele acredita que isso “não combina com uma personalidade espiritual”.
Opulência x conforto
Me perguntei como Sri Sri Ravi Shankar se sentia sobre o dinheiro e sobre ocupar posição tão importante em algo tão espiritual.
Ele me disse que a “espiritualidade não tem preço, mas mesmo assim algumas taxas são mantidas para cobrir as despesas do programa e não há nada de errado nisso”.
Quando o perguntei sobre o montante envolvido, ele desenvolveu o raciocínio de forma poética.
“A opulência é contra a espiritualidade, mas o conforto não. Austeridade não precisa significar sofrimento. Você não deve viver em um barraco com vazamentos no teto e passando frio com apenas um cobertor. Isso não é sinal de espiritualidade.”
“Quando está quente você não precisa ficar sob o sol para ser espiritual… você pode ter ar condicionado. Não tem problema!”
Essas contradições aparentes não parecem ter influência sobre os milhares de devotos que dançam sob o céu aberto, meditando com seu guru e comendo uma dieta de arroz e lentilhas vindas da cozinha do próprio guru.
Todos eles têm o ar de pessoas que sentiam estar recebendo algo pelo dinheiro pago.
No entanto, Nitish Kashyap, um jovem estudante em busca de respostas para suas questões, ficou decepcionado.
“No ambiente do campo, era fácil se sentir relaxado, mas uma vez de volta para minha vida real, percebi que nada em mim havia mudado… foi uma perda de dinheiro”, disse ele.
Mas Nitish parece uma enorme exceção entre os outros seguidores do guru.
Qualquer que seja seu valor espiritual, uma estratégia competente de marketing e publicidade certamente os ajudaram a ter um papel importante na Índia contemporânea e ter um séquito cada vez maior.