segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vaticano publica conteúdo da Carta Apostólica "Porta Fidei"



O Santo Padre na Carta Apostólica "Motu Proprio" Porta Fidei, sobre o significado do próximo jubileu para a Igreja Católica que acontecerá entre 11 de outubro de 2012 até 24 de novembro de 2013, afirma que ele "será uma autêntica e renovada conversão ao senhor, único Salvador do mundo".

Hoje, a Sala de Imprensa da Santa Sé, por meio de seu diretor e porta-voz Vaticano, Padre Federico Lombardi, publicou o texto da Carta já anunciada ontem pelo Santo Padre na Santa Missa para os novos evangelizadores. Até o fim deste ano será publicada uma "Nota" da Congregação para a Doutrina da Fé com sugestões sobre a celebração do Ano.
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Papa desejou na carta que a celebração do Ano da Fé aconteça de "maneira digna e fecunda"
O documento se insere nos temas fortes do atual pontificado cujo centro é o tema da fé, do sair do deserto para a amizade com Deus e reafirma-os. "Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo", explica o Santo Padre.
Será a segunda vez que a Igreja celebrará o ano da fé. Já em 1967 o Servo de Deus, Paulo VI o havia anunciado no 19º centenário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo, para responder às dificuldades da época na profissão da fé. O mesmo quer o Papa Ratzinger, mas a ocasião é diferente,é a do 50° aniversário da abertura do Concílio Vaticano II. Citando seu predecessor, João Paulo II, o pontífice chama de novo a Igreja Católica a uma leitura "apropriada" dos documentos conciliares através "de uma justa hermenêutica".
A fim de explicar como traduzir a fé em uma linguagem comum, Bento XVI afirma na Carta Apostólica a importância de viver a essência da vida cristã, isto é, a necessidade de confessar, celebrar e testemunhar a própria fé. Neste sentido, o Santo Padre volta a recordar o caráter pessoal e comunitário da fé que sendo "um ato de liberdade" não é "um fato privado", mas "exige também a responsabilidade social daquilo no qual se crê".
Um outro tema caro ao pontífice é a necessidade de conhecimento da fé. Por isto, convida "à redescoberta e ao estudo dos conteúdos fundamentais da fé" que se encontram no "Catecismo da Igreja católica", um "subsídio precioso e indispensável" e também "um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II", publicado justamente no 30° aniversário do Concílio.
Além disso, o Papa deseja que a celebração do Ano da Fé aconteça de "maneira digna e fecunda" para "intensificar-se a reflexão sobre a fé" e "para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho".
A Carta Apostólica de Bento XVI Porta Fidei tem um caráter pessoal. "Motu proprio" que do latim se traduz como "de minha iniciativa", ressalta que a decisão do Papa é sua iniciativa pessoal, e não em resposta a qualquer pedido de outros. (AA).

Fonte: Gaudium Press


Vaticano e Bispos da Itália deploram violência e destruição de imagem da Virgem de Lourdes em Roma



O Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, deplorou a violência e a destruição de um crucifixo e uma imagem da Virgem da Lourdes durante a manifestação dos "indignados" em Roma que se uniram ao protesto mundial (15- O, em referência a 15 de outubro) deste movimento surgido na Espanha.

No sábado 15 de outubro um grupo de vândalos em Roma saquearam lojas e bancos, queimaram veículos e enfrentaram as forças da ordem. Faziam parte de uma manifestação que começou na Praça da República e que terminou na Plaza São João do Latrão na Cidade Eterna.

O Pe. Lombardi disse no dia 16 de outubro sobre estes fatos que "a violência ocorrida ontem em Roma é inaceitável e injustificada. Condenamos toda a violência e também aquela contra os símbolos religiosos".

A manifestação do sábado era parte da iniciativa mundial que uniu centenas de cidades como Barcelona, Nova Iorque, Sydney, entre outros, aonde os "indignados" protestaram por "uma mudança global" da situação econômica, política e social.

A cruz e a imagem da Virgem de Lourdes que destruíram os manifestantes em Roma se encontravam na antiga paróquia dos Santos Marcelino e Pedro em Latrão.

O jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR) recolhe em sua edição para o dia 18 de outubro as declarações do Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, quem afirmou que "não podemos não expressar nosso total rechaço pela violência organizada por facínoras que turvaram a muitos que tentavam manifestar de modo pacífico suas preocupações".

O Vigário do Papa para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, disse à sua vez que "a violência gratuita que profanou imagenssagradas, a agressão a pessoas e a destruição de coisas não podem ser não justificadas".

"Roma, cidade acolhedora, que recebe a cada dia milhares de peregrinos e turistas, ficou agora ferida", acrescentou.

O Arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola, disse em sua homilia de ontem na festa da dedicação da Catedral dessa cidade que "ofende-nos profundamente como cristãos a destruição da estátua da Virgem e a profanação do crucifixo, mas o episódio, além de nos ofender, entristece-nos muito e nos enche de dor de maneira grave porque expressa uma grave violência do sentido comum do humano".

É necessário, disse o Cardeal, "responder com paz e justiça, reagir no sentido nobre da palavra, construindo boas relações. Não podemos sofrer tudo de modo inelutável".

O LOR conclui ressaltando que nos 82 países onde se deram os protestos, "não se registrou felizmente graves desordens. Em Nova Iorque a polícia prendeu 40 pessoas que não obedeceram a ordem de sair de Times Square. Mas não há rastros de violência, exceto os de Roma".
Fonte:ACIDIGITAL