domingo, 11 de março de 2012

Ataque suicida contra igreja mata ao menos 11 na Nigéria



Ao menos 11 pessoas morreram neste domingo e 22 ficaram feridas em um atentado suicida cometido contra uma igreja católica na cidade de Jos, na região central da Nigéria. Esses dados foram divulgados pela agência oficial de notíciasNAN, que citou fontes ligadas a hospitais e à Cruz Vermelha. Anteriormente, a Agência de Gestão de Emergências Nacionais (Nema) da Nigéria havia confirmado cinco mortos, entre eles, os dois terroristas suicidas, uma criança, uma mulher grávida e um homem.
O atentado, cuja autoria ainda não foi atribuída a nenhum grupo, ocorreu quando os dois suicidas lançaram um veículo carregado de explosivos contra a porta da Igreja de Saint Finbar, no bairro de Rayfield. O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, condenou o atentado e pediu à população que mantenha a calma e não responda com "ataques de represália".
O sacerdote da paróquia, Peter Umorem, indicou que o menino morto era membro dos escoteiros e estava encarregado da porta da igreja no momento do ataque, detalhando que a explosão ocorreu de manhã, pouco depois do início da missa. "Estava no altar quando ouvi uma forte explosão. De repente, as coisas começaram a cair e se formou um pandemônio na igreja", comentou o pároco, citado pela Agência de Notícias da Nigéria(NAN).
A Igreja de Cristo na Nigéria, situada no mesmo bairro, não foi afetada, mas inicialmente pensava-se que também tinha sido alvo do ataque. Nenhum grupo reivindicou o atentado até o momento, mas um dos suspeitos é o grupo radical islâmica Boko Haram, que cometeu inúmeros ataques contra templos cristãos nos últimos meses.

Considerados “satanistas” jovens emos e gays são mortos a pedradas



Considerados “satanistas” jovens emos e gays são mortos a pedradas
Brigadas do ódio já fizeram dezenas de vítimas e prometem mais mortes.
Nas últimas três semanas, 14 jovens foram apedrejados até a morte em Bagdá como parte de uma campanha de militantes xiitas contra adolescentes que se vestem como “emos”.
Os radicais muçulmanos distribuíram listas identificando mais jovens marcados para serem mortos, caso não mudem o estilo de suas roupas.
As mortes começaram depois que o Ministério do Interior do Iraque chamou atenção, mês passado, para a cultura “emo”. Para as autoridades religiosas, esse é um tipo de “satanismo” e ordenaram que a polícia comunitária combata essa nova moda dos jovens.
O folheto distribuído em bairros xiitas traziam 24 nomes de jovens marcados para morrer. “Nós alertamos vocês e todos os homens e mulheres obscenos. Se você não mudar esse comportamento sujo dentro de quatro dias, a punição de Deus descerá até você pelas mãos dos Mujahideen”.
Outro folheto similar listava 20 nomes e alertava: “Nós somos as Brigadas do Ódio. Estamos avisando, se vocês não voltarem à sanidade e ao caminho certo, serão mortos”.
Os 14 corpos foram levados a três hospitais de Bagdá com ferimentos fatais feitos por pedras ou tijolos, segundo fontes que preferiram não se identificar.
“Semana passada, assinei atestados de óbito de três jovens, e a causa das mortes foram graves fraturas no crânio. Uma pancada muito forte na cabeça causou as fraturas, rompendo totalmente o crânio das vítimas”, explicou um médico do hospital al-Kindi.
Outros jovens, incluindo duas mulheres na casa dos 20 anos, foram internados com espancamentos que foram vistos como “sinais de alerta”, segundo as mesmas fontes.
Os “emos” são um movimento que ficou popular nos Estados Unidos. Seus fãs são reconhecidos pelo tipo de roupas que usam, geralmente são calças justas e camisetas com nomes de bandas do chamado emo-core e também pelos cortes de cabelo característicos.
Além dos “emos”, as brigadas do ódio têm assassinado jovens LGBT, chamando-os de “adúlteros, satanistas, vampiros e sexualmente depravados”.
Cartazes contendo ameaças aos homossexuais foram colocados em cafés e nas esquinas das ruas de Bagdá. Os assassinatos de jovens emos e LGBT ocorreram nos distritos de Sadr, Chaala, Albaladiat, Bagdá Al-Jadedah, Karadah e Kadhymia. O número de vítimas pode chegar a uma centena.
Um ativista LGBT iraquiano relatou que além de apedrejamento até a morte, outro método de execução é empurrá-los de cima de edifícios altos.
Há relatos que cinco sobreviventes foram assassinados dentro de hospitais. Acredita-se que alguns funcionários podem estar envolvidos ou terem facilitado os assassinatos.
Segundo organizações LGBT pelo menos 45 vítimas homens gays foram mortos este ano. O canal deTV Al-Sharqiya afirma que há registros de 90 mortes, na maioria jovens e mulheres acusados de “comportamento imoral”. As mortes são atribuídas a grupos como Jaish Al-Mahdi (Exército de Mahdi) e Asa’ib Ahl al-Haq (Liga dos Justos).
O coronel Mushtaq Taleb Muhammadawi, diretor da polícia comunitária do Ministério do Interior iraquiano, declarou ao Iraque Network News que a polícia tem a aprovação oficial para eliminar emos e homossexuais por terem “efeitos danosos sobre a comunidade”.
O site de notícias iraquiano  Alakhbar.org divulgou que há um “estado de pânico viral entre os estudantes e jovens com medo de serem sequestrados, torturados e mortos a sangue frio por causa da forma como se vestem ou penteiam os cabelos”.
Traduzido e adaptado de Wnep e Pink News