sexta-feira, 22 de junho de 2012

EUA: 50 anos sem oração oficial nas escolas


EUA: 50 anos sem oração oficial nas escolas
Em junho completa 50 anos desde que a Corte Suprema dos Estados Unidos declarou que a oração oficial nas escolas era algo inconstitucional.
O decreto foi assinado em 25 de junho de 1962, marcando a primeira de uma série de decisões que afastaram o Estado da Igreja. Desde então os funcionários estaduais não podem mais fazer orações ou promover rezas nas escolas públicas.
A acusação partiu de famílias que tinham filhos estudando nas escolas públicas de New Hyde Park, em Nova York, elas alegavam que a oração voluntária ao “Deus Todo Poderoso” contradizia suas crenças religiosas.
Grupos opostos à oração nas escolas rabínicas se juntaram aos pais e passaram a pedir para que o Estado interviesse e cancelasse a obrigatoriedade.
A oração que gerou toda essa polêmica dizia: Deus todo poderoso, reconhecemos a nossa dependência de Ti e pedimos tuas bênçãos sobre nós, sobre nossos pais, nossos professores e sobre nosso país. Amém.
Assim como no Brasil esse tipo de tema divide opiniões até mesmo de magistrados. Na época o juiz Hugo Black escreveu sua decisão dizendo: “a união de governo com religião tende a destruir o governo e degradar a religião”.
Já o juiz Potter Stewart não concordou e disse: “creio que negar o desejo destas crianças em idade escolar de participar e recitar esta oração é negar a oportunidade de participar na herança espiritual de nossa nação”.
Um ano depois o tribunal definiu que ler a Bíblia nas escolas também era inconstitucional e com o tempo o Livro Sagrado passou a ser esquecido pelas escolas americanas.
Hoje várias outras decisões parecidas foram tomadas, há estados onde é proibido fazer orações até mesmo nas cerimônias de graduação secundária, também há leis contra a oração feita por estudantes universitários antes dos jogos de futebol.
Traduzido de Cristianos.com

Bento XVI: Mundo do trabalho necessita valores cristãos para sair da crise

VATICANO, 22 Jun. 12 / 04:19 pm (ACI/EWTN Noticias)


Papa Bento XVI assinalou na manhã desta sexta-feira, 22, que o mundo da economia e do trabalho são âmbitos que não podem permanecer alheios à mensagem evangélica, mas ao contrário, necessitam dos valores cristãos para enfrentar dificuldades atuais como a crise econômica que assola vários países, especialmente da Europa.

"A sociedade, a economia, o trabalho não representam âmbitos exclusivamente seculares e muito menos alheios à mensagem cristã; ao contrário, são espaços que devem ser fecundados com a riqueza espiritual do Evangelho", afirmou o Papa Bento diante de uma delegação de empresários da agricultura e da pesca italiana (Coldiretti) com ocasião do congresso desse organismo cujo tema foi "A agricultura familiar para um desenvolvimento sustentável".

O Papa disse que a crise econômica e financeira expõe aos empresários difíceis desafios "que eles estão chamados a enfrentar como cristãos, cultivando um sentido de responsabilidade, profundo e renovado, dando prova de solidariedade e de capacidade de partilhar”. 

“Tendo em conta, ademais, que na base da dificuldade atual econômica há uma crise moral, trabalhem com solicitude para que as instâncias éticas prevaleçam sobre qualquer outra exigência", animou o Papa.

"Neste terreno ético, é necessário que a família, a escola, o sindicato e qualquer outra instituição política, cultural e cívica, desempenhem um importante trabalho de colaboração (...) sobre tudo pelo que se refere aos jovens: estão carregados de perspectivas e esperanças; procuram construir seu futuro com generosidade e esperam que os adultos lhes dêem exemplos válidos e propostas sérias. Não podemos desiludi-los", assinalou.

Por isso, animou os empresários a continuar dando seu testemunho evangélico "ressaltando os valores que fazem da atividade laboral uma ferramenta inapreciável para a convivência justa e humana", como o respeito da dignidade da pessoa, a busca do bem comum, a honradez na gestão dos serviços, a segurança alimentar, a proteção do ambiente e a promoção do espírito de solidariedade.

Nesse sentido, o Papa afirmou que a Igreja nunca é indiferente "à qualidade de vida das pessoas, nem às suas condições de trabalho e adverte a necessidade de cuidar dos seres humanos e dos contextos em que vivem e produzem, para que sejam sempre lugares humanos e humanizantes".

Precisamente na Coldiretti, indicou o Santo Padre "o ensino católico em matéria de ética social teve um de seus laboratórios mais férteis, graças à intuição e às amplas miras de seu fundador, Paolo Bonomi".

"Agora sua missão, permanecendo fiéis aos valores adquiridos, é dialogar com uma sociedade que mudou que aspecto. Que cada um se comprometa, desde o papel que lhe corresponde, a sustentar os interesses legítimos das categorias que representa (...) com o fim de valorizar os aspectos mais nobres e qualificadores da pessoa: o sentido do dever, a capacidade de compartilhar e o espírito de sacrifício, a solidariedade, o cumprimento das justas exigências do repouso e da regeneração corporal e, ainda mais, espiritual", afirmou.