terça-feira, 13 de maio de 2014

O comovente retrato da Igreja dos mártires

Enquanto, no Oriente, alguns sequer têm liberdade para proclamar a própria fé, o Ocidente é palco para cristãos que dão de ombros para a Cruz

Alguns jornais reportaram, no último mês, que "cristãos que se recusaram a professar a fé muçulmana ou pagar resgate foram crucificados por extremistas" na Síria [1]. A notícia, que rodou o mundo, chegou ao conhecimento do Papa Francisco, que admitiu ter chorado pela situação. Durante uma de suas homilias na Casa Santa Marta, o Santo Padre repudiou os que agem "matando e perseguindo em nome de Deus" e destacou a coragem dos cristãos que, como os apóstolos, "ficam felizes por serem julgados dignos de sofrer ultrajes devido ao nome de Jesus" [2].
O drama dos que confessam Jesus Cristo no Oriente Médio – e em outras regiões do mundo – é pouco exibido pelos meios de comunicação, fazendo que a realidade de tantas pessoas nos pareça distante e, às vezes, até ilusória. No entanto, as suas lágrimas, as suas dores e o seu sacrifício tantas vezes cruento são páginas verdadeiramente cruéis de uma história que está longe de seu termo final.
Pense-se, por exemplo, no sofrimento de pais de família que, antes de doarem a própria vida, foram obrigados a entregar aqueles que mais amavam: suas mulheres e seus filhos. Se pudessem se entregar a si mesmos para salvarem os seus, eles o fariam. Mas, tiveram de imitar aquela judia do livro dos Macabeus, que viu seus sete filhos pequenos morrerem, antes de ser martirizada [3]. Suas filhas foram levadas de seus braços, ou para receberem uma fé na qual não foram educadas e à qual não querem aderir, ou para serem assassinadas impiedosamente.
Entre as muitas histórias de perseguição que veem de todo o Oriente Médio, situa-se a desses jovens que foram crucificados por serem cristãos. Um deles, segundo o testemunho da irmã Raghid, ex-diretora da escola do patriarcado grego-católico de Damasco, "foi crucificado em frente a seu pai, que foi morto em seguida". De acordo com ela, depois dos massacres, os jihadistas "pegaram as cabeças das vítimas e jogaram futebol com elas". Também levarem os bebês das mulheres e "os penduraram em árvores com os seus cordões umbilicais".
Tais relatos devem nos comover e nos fazer dobrar os nossos joelhos por nossos irmãos perseguidos em terras estrangeiras. Afinal, somos todos membros da mesma Igreja, as orações que fazemos têm eficácia para as partes mais necessitadas do corpo místico de Cristo.
Mas, não apenas isso. O retrato de sangue dos cristãos martirizados precisa converter os nossos corações. Enquanto eles são perseguidos por viverem sua fé em lugares como Irã, Síria, Egito, Coreia do Norte e China, tendo que se esconder em espaços subterrâneos – como os primeiros seguidores de Cristo iam às catacumbas – ou viver debaixo da constante ameaça de milícias terroristas, nós, no Ocidente, temos vivido a fé de forma desleixada, transformando o dom da liberdade que recebemos em libertinagem, em ocasião para o pecado e para a própria destruição. Temos desperdiçado a oportunidade de participar diariamente da Santa Missa, de ter acesso ao sacramento da Penitência e de expor publicamente a Palavra de Deus, preferindo a isso a preguiça, a impenitência e a covardia – enquanto milhares de pessoas mundo afora dariam a própria vida para terem a liberdade que temos e usá-la para a maior glória de Deus.
Quanto à perseguição, é claro que o Ocidente não está isento dela. O Papa Bento XVI reconheceu, em nossos tempos, a existência de outro tipo de martírio: "Na nossa época, o preço que deve ser pago pela fidelidade ao Evangelho já não é ser enforcado, afogado e esquartejado, mas muitas vezes significa ser indicado como irrelevante, ridicularizado ou ser motivo de paródia" [4]. Se em muitos lugares o Senhor continua pedindo aos cristãos o martírio de sangue, a outros – e a todos, poderia se dizer – Ele pede o martírio espiritual, a morte diária e cotidiana para si mesmo e para o mundo, especialmente o mundo de hoje, profundamente hostil ao Evangelho e à Igreja.
As imagens criminosas de cristãos mortos no Oriente não passam de manifestação externa de um ódio que já está no coração de muitas pessoas no Ocidente. Quando "artistas" se pensam "esclarecidos" fazendo chacota da religião, cuspindo na Cruz de Cristo e abusando dos mistérios fundamentais da fé cristã, já são cúmplices morais das perseguições físicas perpetradas contra os cristãos. As suas agressões verbais já são o tortuoso caminho que conduz às perseguições físicas e abertas à religião cristã.
No entanto, não podemos desanimar. Como disse o Papa, devemos nos alegrar por "ser julgados dignos de sofrer ultrajes devido ao nome de Jesus"; porque, quase dois milênios depois da crucificação de Cristo e da grande perseguição perpetrada pelo Império Romano aos Seus apóstolos, a Igreja Católica continua sendo a vigorosa "Igreja dos mártires". Mártires de cujo testemunho de sangue serão gerados os futuros filhos de Deus e herdeiros da Pátria Celeste. Nos conforte e encoraje a dar a vida a esperança da verdadeira vida. Afinal, "se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima" [5].
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Freira denuncia crucificações de cristãos por extremistas na Síria – G1
  2. Hoje ainda se mata em nome de Deus, 2 de maio de 2014
  3. Cf. 2 Mc 7. Cf. também: Preferir a morte para entrar na vida
  4. Discurso durante Vigília de Oração para a beatificação do Cardeal Newman, 18 de setembro de 2010
  5. 1 Cor 15, 19

“Legalizem as drogas! eu sou dono de mim mesmo!” Que pensar desse argumento??

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Vários Estados americanos e países no mundo estão discutindo se a maconha deve ou não deve ser descriminalizada. E eles alegam um bom motivo: a chamada “Guerra às Drogas” se revelou um fracasso tão custoso quanto a Lei Seca.
O número de norte-americanos presos por porte de drogas atinge a ultrajante marca de 1,1 milhão. Esta realidade tão feia não pode ser olhada só a partir de uma perspectiva monetária, mas vamos começar com os dólares para depois ir mais a fundo. Pense nos bilhões que custa manter esses presos em suas celas, sob a guarda de agentes penitenciários, longe das suas famílias, impedidos de criar seus próprios filhos.Pense no trabalho produtivo que eles poderiam estar fazendo fora da cadeia. Pense nos impostos que eles poderiam estar pagando. Pense nas crianças crescendo sem os pais. Pense em todas as liberdades civis que já tivemos que sacrificar para travar a Guerra às Drogas.
Todos esses custos cívicos e econômicos foram dissecados durante um simpósio sobre a Guerra às Drogas promovido pelo Intercollegiate Studies Institute (vou fazer a divulgação completa: durante dez anos, eu editei o guia deles sobre a educação nos EUA, “Como escolher a faculdade certa”). Doug Bandow, defensor do Estado mínimo, nos apresenta a jurisprudência em favor do tratado de paz na Guerra às Drogas, enquanto o colunista “bad-boy” Gavin MacInnes desenrola a sua longa história de amor e ódio com os narcóticos em uma coluna cujo título resume bem o conteúdo: “Legalizar a maconha é ruim para você”.
Um argumento mais preocupante é apresentado por Matthew Feeney, editor da Reason, que também apela para a questão das liberdades civis e fiscais em defesa da legalização, mas vai mais longe, em uma direção que podemos não querer seguir: ele evoca um princípio chamado “posse de si próprio”, que está no cerne do pensamento libertário radical. Escreve Feeney:
 
“Uma das características mais terríveis da ‘Guerra às Drogas’ não é o sofrimento humano que ela inflige ao mundo, por mais que isto nunca deva ser esquecido, mas sim o seu pressuposto moral: o Estado tem o direito de controlar o que você faz com o seu corpo. Mesmo que as drogas sejam tão viciantes e prejudiciais quanto os proibicionistas afirmam, ceder o direito da posse de nós próprios ao Estado é algo a que vale a pena resistirmos. Se concedermos ao Estado o direito de controlar o nosso corpo, não é difícil que o Estado justifique também o controle de outras propriedades”.
 
Outro colunista, um homem cujo trabalho eu respeito profundamente, ecoou este mesmo sentimento em uma entrevista comigo, publicada no ano passado. O grande Walter Williams, que fez mais do que qualquer outra pessoa para varrer as argumentações absurdas dos debates sobre raça e economia, chegou a defender a venda de órgãos humanos com base neste mesmo princípio:
 
“A verdadeira prova de que alguém é dono de alguma coisa é o fato de poder vendê-la. Se você acredita na liberdade, você acredita que as pessoas podem fazer o que quiserem com a sua propriedade, desde que não violem os direitos dos outros”.
 
Neste ponto eu acho que o Dr. Williams se engana, por confundir liberdade com libertarismo. Nenhum dos fundadores dos Estados Unidos entendia a liberdade num sentido tão radical, como Samuel Gregg documenta em seu cuidadoso estudo histórico “Tea Party Catholic”, que eu tive a honra de publicar. A “posse de si mesmo”, tal como entendida por anarco-capitalistas como Murray Rothbard, sem dúvida teria parecido a Thomas Jefferson, James Madison e até John Locke (sem falar de John Adams e dos outros fundadores conservadores) um princípio não de liberdade, mas de “licenciosidade”.
Uma sociedade baseada na licenciosidade, acreditavam eles, decairia rapidamente rumo ao caos e cederia prontamente à tirania. A história justifica as preocupações deles: nações em que o Estado desmorona completamente, como a Somália, não dão espaço para indivíduos racionais e respeitadores dos direitos uns dos outros, mas sim para disputas feudais pelo poder, para despotismos em pequena escala, para a guerra civil e, finalmente, se os habitantes tiverem sorte, para o surgimento de um Estado autocrático. Os pequenos tiranos que dominaram a Europa durante a Idade Média abusavam de tal forma dos direitos dos camponeses sob seu controle que o surgimento de reis e parlamentos foi um passo à frente rumo à liberdade, ainda que pequeno para uma estrada tão longa. O velho slogan americano, “liberdade ordenada”, é útil, mas redundante. Não pode existir liberdade sem ordem: a ordem é a sua condição necessária, embora não suficiente. Querer uma “liberdade ordenada” é tão pleonástico quanto pedir a um vendedor de carros “uma boa minivan, uma que tenha volante e freios”.
Vamos olhar um pouco mais de perto para a ideia da “posse de si mesmo”. Existe nela um importante núcleo de verdade que vale a pena ressaltar, especialmente depois de um século de ditaduras totalitárias. Os últimos cem anos de história certamente nos fazem simpatizar, logo de cara, com a premissa de que cada um de nós é dono de si próprio. Afinal, se não somos, quem seria? Os nossos vizinhos?  O governo, a ONU?
 
Uma boa dose de noção de posse de si mesmo em 1914 poderia ter impedido os governos da Europa de empurrar milhões de homens à força para uma guerra brutal provocada por motivos frívolos. Se o respeito à posse de si mesmo tivesse prevalecido na Rússia, milhões de camponeses não teriam sido privados da liberdade religiosa, expulsos das suas terras e deportados para gulags a milhares de quilômetros para morrer de fome ou fuzilados. Se os alemães tivessem respeitado o direito dos judeus à posse de si mesmos, eles não os teriam saqueado, privado dos direitos civis e exterminado em campos de concentração. Se o Japão tivesse respeitado o direito das pessoas à posse de si mesmas, não teria enviado seus soldados à China para participar de estupros em massa, pilhagens e abates, nem usado os prisioneiros chineses como cobaias humanas em seus testes de armas biológicas. O respeito ao direito de cada indivíduo à posse de si mesmo poderia ter evitado que 80 milhões de pessoas fossem mortas a bala ou de fome na China comunista de Mao Tsé-Tung. E assim por diante. Como R. J. Rummel documentou em seu clássico “Death By Government”, os governos foram responsáveis no século XX ​​por 133,1 milhões de mortes de civis, sem incluir as mortes não intencionais causadas durante os tempos de guerra. Cada uma dessas mortes foi um assassinato.
 
Aqueles de nós que defendem a necessidade de um Estado organizado depois de tudo isso precisam dar algumas explicações. Mas os defensores da licenciosidade também precisam. Vejamos, como exemplo: por um lado, o governo da China é de fato responsável por milhões de abortos forçados; por outro lado, a maioria das incontáveis dezenas de milhões ​​de crianças abortadas no mundo foram mortas com o consentimento de suas próprias mães, enquanto o Estado apoiava e assistia. Esse é o Holocausto libertário, provocado pelas implicações doentias que o conceito de “posse de si mesmo” pode gerar. É irônico que os esquerdistas ocidentais defendam esta aplicação pontual de um princípio que no geral eles desprezam, impondo alegremente as suas noções degradadas de Bem Comum e ao mesmo tempo desprezando os direitos dos indivíduos a trabalhar, comerciar, falar e rezar. A mulher é livre, nos Estados Unidos de Barack Obama, para abortar o seu feto de nove meses, mas não é livre para contratar um plano de saúde que não inclua assistência odontológica pediátrica.
 
Acabamos de ver tanto as implicações sombrias de se renunciar à posse de si mesmo quanto os resultados igualmente tétricos de se deixar esse princípio livre de qualquer limite sadio. Existe, então, algum meio termo na questão da posse de si mesmo, que esclareça como podemos ser nossos próprios donos e preservar ao mesmo tempo os direitos dos outros? Existe, mas exige mais seriedade de pensamento do que pareceria à primeira vista.
 
Alguns podem cair de paraquedas neste ponto da conversa e se dizer libertários pró-vida, que reconhecem o direito do nascituro à posse de si mesmo. Eu faço votos de que eles consigam convencer os seus correligionários disso, mas duvido muito. O fato biológico bruto da total dependência da criança em gestação, durante nove longos meses, da carne e do sangue de outro ser humano é algo que “golpeia” a maioria dos libertários como uma imposição escandalosa, contrária à liberdade da mãe, que teria todo o direito de expulsar aquele pequeno “intruso” do santuário do seu ventre. Mas por acaso não é verdade que uma mulher que voluntariamente mantém relações sexuais é bem ciente do risco da gravidez e, por isso, assume a responsabilidade de proteger qualquer criança que ela venha a conceber? As nossas leis ainda reconhecem a responsabilidade assumida por um homem que engravida uma mulher: dezoito longos anos de pensão. Do mesmo ponto de vista lógico, poderíamos impor um dever semelhante à mãe, exigindo dela, por ter engravidado, nove meses do seu santuário físico. Aliás, isto nos permitiria proibir qualquer aborto que não ameaçasse diretamente a vida da mãe nem fosse resultado de estupro. Essa lei eliminaria nada menos que 98% de todos os abortos praticados nos Estados Unidos.
Mas será que o aborto é o único caso em que a “posse de si mesmo” pode se revelar um vício tóxico? A mera ideia de “posse de si”, sozinha, exigiria que abolíssemos todas as leis de segurança no trabalho, todas as leis contra a discriminação racial e contra a prostituição e toda a regulamentação ambiental. Os médicos poderiam se recusar a cuidar de pacientes terminais que não pudessem provar que têm como pagar. Lutas de gladiadores até a morte seriam perfeitamente legais, bastando que cada um desses “ultimate fighters” assinasse um contrato dando seu pleno consentimento. Pessoas excêntricas poderiam vender-se como escravas sexuais e o Estado as devolveria aos seus donos legais se elas de repente mudassem de ideia, rompessem o contrato unilateralmente e fugissem. Será que tudo isso seria mesmo uma aplicação da ideia de liberdade pessoal? Seria mesmo uma vitória da “liberdade”?
John Zmirak  via http://blog.comshalom.org/carmadelio

Um filme cristão que promete: “Persecuted” ( Perseguidos).

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Não existe apenas um tipo de martírio.
 
O tipo que conhecemos melhor, aquele que mais se assemelha ao de Cristo, envolve tortura e morte por causa da fé. Além das representações do próprio Jesus, contamos com inúmeras outras imagens, elaboradas ao longo da história da arte, que retratam a morte de cristãos pelas mãos de não crentes. E é uma trágica ironia que o século XX, produtor de mais mártires cristãos do que todos os outros séculos juntos, tenha sofrido um declínio tão grande da arte religiosa e figurativa a ponto de não termos hoje muitas imagens memoráveis ​​de cristãos prestando o testemunho final da fé (lembre-se: “mártir” significa “testemunha”).
 
Existem algumas representações de São Maximiliano Kolbe, algumas fotos amareladas de cristãos ortodoxos assassinados pelos bolcheviques, dos católicos que morreram no México ou na China pelas mãos dos revolucionários.
Alguns relatos escritos também evocam a coragem que Deus derramou no coração do seu povo em momentos tão terríveis: “Com Deus na Rússia”, do pe. Walter Cizsek, “Arquipélago Gulag”, os últimos escritos de Edith Stein. Eu tenho orgulho de ter feito a supervisão de um livro editado por Philip Lawler, “When Faith Goes Viral” [Quando a fé viraliza], que retrata o trabalho corajoso dos cristãos perseguidos no mundo árabe e na Índia. Para quem tem preferências mais futuristas, há “O Senhor do Mundo”, o romance vitoriano do pe. Robert Hugh Benson, que mostra a vinda do Anticristo em um tempo muito parecido com… o nosso presente.
 
O que vemos ainda menos frequentemente é o que se chamava de “martírio branco”. O termo se refere à longa e incruenta destruição da vida de um cristão por instituições e pessoas que desejam ver a Igreja fora de jogo. Eles querem que os cristãos remodelem a cruz em borracha, totalmente leve e flexível: assim, ela perderia todo o seu sentido e se reduziria a mera decoração.
 
Relatos desse tipo de martírio existem, é claro. Alguns meses atrás, eu escrevi sobre Jerome Lejeune, um dos maiores cientistas da França do século XX, que foi desprezado pelos colegas e privado do financiamento de que precisava porque era considerado “muito imprudente”: ele se posicionava contra o aborto. Outras notícias nos falam dos proprietários cristãos de empresas como Hobby Lobby e Triune Health Care, que estão arriscando a vida porque não querem cumprir a lei que os obriga a pagar “tratamentos” abortivos.
 
Mas há muito poucos filmes dramáticos que contam essas histórias sobre a coragem e a firmeza dos cristãos forçados a ficar de lado, obrigados a cooperar com o mal e condenados a pagar, lenta e dolorosamente, o preço da fé.
 
É por isso que eu fiquei muito animado com o filme “Persecuted” [Perseguidos].
 
O filme retrata um momento emocionante, de um futuro próximo, nos EUA, quando o Estado finalmente se cansa de ter que acomodar os ensinamentos morais e doutrinais excêntricos que são caros aos cristãos. Esses ensinamentos se mostram “divisionistas” e, por fazerem reivindicações de verdade absoluta, são vistos como hostis à “diversidade”. Por isso, elites laicas decidem “botar os cristãos na linha”, não com punhos de ferro, mas com luvas de veludo. Luvas cheia de dinheiro, luvas que dão suaves tapinhas nos crentes enquanto os enxotam para os fundos do cenário.
 
Em “Persecuted”, é proposta uma lei federal para promover a “cooperação” entre o governo federal e as igrejas, sinagogas, mesquitas, templos e todos os outros centros de qualquer tipo de religião. Eles deverão trabalhar em conjunto, com amplo financiamento federal para todas as religiões, a fim de “construir juntos um futuro comum de paz e harmonia”. O preço cobrado pelos senadores que propõem essa lei parece modesto, quase nominal: nenhuma igreja se apresentará como especialmente vinculada à Verdade ou como tendo na sua fé o único e verdadeiro meio de se encontrar a Deus.
Eu não quero contar a história do filme, mas em “Persecuted” haverá alguns cristãos que não querem pagar esse preço. O mais destacado é um “televangelista” chamado John Luther (James Remar), cristão eloquente, com vasta audiência nacional e com um passado sórdido de bebedeiras e vício em drogas. John fez muitos amigos em lugares poderosos, incluindo o líder da maioria no Senado, o bajulador Donald Harrison (Bruce Davison), que está promovendo a “Lei da Fé”, voltada a encurralar todos os crentes do país e ensiná-los a “jogar conforme as novas regras”. Mas John Luther não quer jogar conforme essas regras.
 
Acontece que a “Lei da Fé” é muito, muito importante não apenas para o senador Harrison, mas para o presidente dos EUA. A singularidade da reivindicação cristã e a sua férrea recusa a servir a qualquer agenda que não seja o desígnio de Cristo é como um osso entalado na garganta do Estado, desde os dias de Diocleciano até os nossos dias, em que milhões de cristãos morrem todo ano, das selvas da Índia aos campos de prisioneiros da China. Suprimir a reivindicação cristã por meio da tática de corromper os reivindicadores é tão importante para os detentores do poder que eles vão destruir qualquer um que se atrever a ficar no seu caminho. Não apenas matar: eles vão destruir mesmo.
 
Dado o passado sórdido de John Luther, não será difícil enquadrá-lo por um crime envolvendo drogas e bebidas. Considerando os escândalos que afligiram pregadores de TV como Jimmy Swaggart, as pessoas já estarão predispostas a aceitar que ele também é um hipócrita (e será fácil encontrar outros ministros bem felizes de tomar o seu lugar). 
O filme tem orçamento modesto, mas os atores são talentosos e a história é bastante convincente. Quem já estudou como os governos comunistas (e, antes deles, os nazistas) usavam escândalos para desacreditar seus inimigos vai achar a ação muito plausível (e muito mais ameaçadora, porque ela acontece agora nos shoppings e nos escritórios da América contemporânea).
 
Como comparação, “Persecuted” se assemelha ao brilhante drama político “House of Cards” e retrata um mundo muito parecido: o dos homens maquiavélicos que estão no poder, jogando xadrez com peões humanos. A diferença é que “House of Cards” não tem verdadeiros heróis e não há um centro moral que sirva como base para os vilões poderem realmente ser julgados. “Persecuted” não sofre desse vácuo. Em seu centro está a cruz, rodeada, como a de Cristo, por hipócritas, ladrões e soldados. O que pesa na balança são as almas.
 
“Persecuted” apresenta cruamente a pressão rasteira e inexorável que os cristãos enfrentam, as tentações sórdidas que lentamente nos corrompem e o ódio implacável que a fé sincera sempre provoca. E o filme faz isso de uma forma projetada para unir católicos e protestantes em defesa da reivindicação cristã.
 
Eu espero que o filme chegue a algum cinema perto de você. E você pode ajudar nisso, contatando os produtores e tentando conseguir a exibição na sua cidade. Convide os seus amigos a ver o filme. Eu espero que os cristãos aceitem este convite e lancem o alerta a todos os seus companheiros de fé, enquanto ainda temos tempo para nos unir.
Jonh Zmirak via http://blog.comshalom.org/carmadelio

“Missa negra” é cancelada em Harvard. Católicos vão às ruas, em oração

A mobilização dos católicos na internet, nas ruas e na oração surtiu efeito. A “missa negra”, que estava programada para acontecer nas dependências da Universidade de Harvard, situada em Cambridge, foi cancelada. O evento seria realizado pelo “Templo Satânico” e obteve forte reprovação por parte da Arquidiocese de Boston e de católicos em várias partes do mundo.

drew faust harvard
Presidente da Harvard, Drew Faust
Uma nota foi emitida em nome da presdiente da instituição, Drew Faust. No início, Faust explana sobre a liberdade de expressão, o que deu o aval para um grupo da universidade programar a realização da “missa negra”, mas arremata no parágrafo seguinte:
“A ‘missa negra’ teve suas origens históricas , como forma de denegrir a Igreja Católica; ele zomba de um evento profundamente sagrado no catolicismo, e é altamente ofensivo para muitos na Igreja e fora dela. A decisão por um clube de estudantes para patrocinar uma encenação desse ritual é abominável; ele representa uma afronta aos valores fundamentais da inclusão, pertencimento e respeito mútuo que deve definir a nossa comunidade. É profundamente lamentável que os organizadores deste evento, bem consciente da ofensa que estão causando tantos outros, optaram por prosseguir com uma forma de expressão que é tão flagrantemente desrespeitosos e inflamatória”.
Contudo, a presidente afirmou que a decisão de realizar o ato seria dos estudantes, entretanto, ela garantiria o direito de responder ao culto. E finalizou a nota:
“Eu pretendo participar de uma Hora Santa Eucarística e Bênção na Igreja de St. Paul em nosso campus na segunda-feira à noite, a fim de me juntar a outros para reafirmar o nosso respeito pela fé católica na Universidade de Harvard e demonstrar que a resposta mais poderosa para o discurso ofensivo não é censura, mas fundamentado discurso e a dissidência robusto”
O grupo desistiu de realizar a “missa negra” na Universidade mas especula-se que pretendem realizar o ato, posteriormente, em outro local.
Os católicos, como tinham  programado  e divulgado nas redes sociais, realizaram no final da tarde e início de noite desta segunda-feira, dia 12, um ato de desagravo com adoração ao Santíssimo Sacramento, finalizando com a missa na  Paróquia St. Paul, no mesmo horário em que aconteceria a reprodução do culto satânico.
missa negra cancelada
Ato de desagravo finalizou com Santa Missa na Paróquia St. Paul
O cearense Higor Carvalho Fontoura, que mora em Boston, esteve presente no ato de desagravo. “Foi emocionante. Fui chamado para carregar o mastro do andor do Santíssimo Sacramento que percorreu a  Mass Avenue, avenida mais conhecida de Cambridge. Foi um lindo testemunho público da fé católica nesta cidade; ninguém esperava esta repercussão“, conta Fontoura.
Carvalho ainda relatou ao blog que sofreu críticas na turma de inglês ao dizer que sairia mais cedo para participar deste ato pacífico. Sobre as palavras da presidente, reconheceu que foram de grande importância: “A Drew é uma pessoa de muita referência entre  os pensadores do estado  e com certeza suas palavras foram de encontro a quem pensa que, em nome de uma ideologia, tudo pode fazer”.
Outro cearense que mora em Boston é o Joaquim Moreira Oliveira, que também falou com o Blog por e-mail e descreveu a celebração: “Foi uma Celebração simples mas cheia de fé. Após um momento de Ato Penitencial, em meio ao silêncio , foi feita  uma procissão do Santíssimo Sacramento que surpreendeu a todos. Foi um dia de oração e Deus atendeu o clamor de seu povo”.
Confira vídeo com trecho da procissão com o Santíssimo Sacramento:
Fonte: http://www.comshalom.org/

Cantora Beyoncé de divindade por fãs ganha sua própria igreja nos EUA


n/d
Cantora pop é chamada de salvadora e divindade por fãs
(Diz na Sagrada Escritura:"Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador, que é bendito pelos séculos. Amém!" Romanos 1, 25)
No início a mídia tratou como uma rumor, uma piada, mas agora é oficial. Um grupo de fãs da cantora Beyoncé organizou uma “igreja” para adorá-la. O nome oficial é Igreja Nacional de Bey, e a seita responde pelo nome de beyism.
Com sede em Atlanta, na Geórgia, seus fiéis reúnem-se aos domingos, em cultos cuja trilha sonora é de músicas de Beyoncé. Oficialmente, a cantora nunca se pronunciou sobre o assunto.
Obviamente, a iniciativa gerou muitas críticas da opinião pública. Pauline John Andrews, conhecida como “Ministra Diva”, é a pastora fundadora da Igreja.
Em entrevista ao site Christian Today ironizou o cristianismo: “Pedimos que as pessoas pensem no que é mais real: um espírito invisível em cima, ou uma deusa que fala e respira, mostrando sua verdadeira forma diariamente? Não acreditamos que Beyoncé seja o Criador, nós reconhecemos que Ele ainda está entre o trono dos deuses. Pedimos humildemente que respeitem nossas crenças pois queremos respeitar as suas. Abra sua mente para novas possibilidades e, como nós, veja que Bey é um verdadeiro poder superior… Divindades, muitas vezes, andam na Terra em carne e osso. Beyoncé transcenderá e voltará a ser espírito quando seu trabalho estiver finalizado aqui na Terra”.
Afirmou ainda que o grupo trabalha em sua própria versão da Bíblia, chamada de Beyble.
Muitas pessoas ligam o nome de Beyoncé e de seu marido, o rapper Jay-Z, ao movimento Illuminati. Ano passado, quando sua filha nasceu e foi batizada como Ivy Blue, boatos davam conta que Ivy seria uma sigla, Illuminati very youngest [A mais nova membro do Illuminati] e Blue também, Born living under evil [Nascida e criada pelo mal].  Por ocasião de sua apresentação na TV ano passado, na final do campeonato, ela fez um gesto com as mãos que teria “revelado ao mundo” sua ligação com os Iluminati e a defesa de uma Nova Ordem Mundial.
Contudo, ela não é a única cantora pop que flerta com a divinização. A cantora Lilly Allen recentemente lançou um vídeo e um disco com o nome de “Sheezus”. Trata-se de um trocadilho com a palavra (she) e Jesus, ou seja, um “Jesus mulher”.  Fonte: Gospel Prime