domingo, 13 de janeiro de 2013

A dura realidade dos cristãos perseguidos


Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal
O Patriarca Latino de Jerusalém, Sua Beatitude Fouad Twal, fez um grave apelo à comunidade internacional para que tome providências contra as perseguições aos cristãos no Oriente Médio. "Atualmente, o Oriente Médio em sua totalidade se converteu em Igreja do calvário", lamentou o prelado. O discurso foi feito durante uma entrevista a Radio Vaticano, no último dia 7 de janeiro.
Na mesma entrevista, o Bispo recordou a difícil situação dos cristãos sírios em meio à guerra civil que acontece no país. Dom Twal disse temer pelo futuro da região após o fim do conflito. "Há um plano internacional para mudar a situação, mas sobre o que realmente ocorrerá depois há um silêncio total", afirmou. A preocupação do patriarca se coaduna ao recente discurso do Papa Bento XVI aos diplomatas de várias nações, no qual o Santo Padre classificou a guerra na Síria como "interminável carnificina".
A Síria vive um duro conflito desde janeiro de 2011, quando manifestantes decidiram protestar contra a ditadura do presidente Bashar Al-Assad, influenciados pelo clima da Primavera Árabe. Ao todo, a guerra já vitimou mais de 60 mil pessoas, na maioria civis, segundo estimativas da ONU. O confronto também tem despertado atos de intolerância religiosa contra inúmeros cristãos. O país, que é considerado um dos berços do Cristianismo, é de maioria muçulmana - 90% da população.
Primavera Árabe é o nome dado a uma série de revoltas iniciadas há dois anos em países do Oriente Médio, como Egito e Síria, contra regimes ditatoriais e problemas econômicos. Desde que começou, quatro ditadores já foram depostos ou mortos: Ben Ali, da Tunísia; Hosni Mubarak, do Egito; Muamar Kadafi, da Líbia; e Ali Abdullah Saleh, do Iêmen. Embora os manifestantes lutem - aparentemente - por maior liberdade, há o risco de que essa revolução seja a abertura para ditaduras ainda mais opressoras. Grupos radicais islâmicos e a própria Fraternidade Muçulmana têm se aproveitado da situação para fecharem o cerco contra minorias cristãs e de outras religiões.
Vários católicos sírios se reuniram durante o Natal para pedirem a paz no país. Ao menos mil pessoas foram à Missa do dia 24, celebrada na igreja católica de Notre Dame, no bairro Qoussour de Damasco. Apesar dos apelos pelo fim da guerra, o presidente Assad recusou entrar em acordo com os inimigos, em um discurso feito no dia 06 de janeiro.
A onda de ataques a cristãos tem se intensificado nos últimos anos nos países do oriente, ainda mais com a chamada "Lei da Blasfêmia". Dentre os países onde mais cristãos são mortos, sobressai-se a Nigéria. De acordo com estimativas divulgadas pelo Associated Press, cerca de 1800 cristãos foram mortos nesse país em ataques terroristas planejados por radicais islâmicos desde 2007. O caso mais famoso de um cristão vítima da "Lei da Blasfêmia" é o da paquistanesa Asia Bibi que foi condenada à forca em 2009 por supostamente ter ofendido o profeta Maomé.
A história de Asia Bibi ganhou repercussão internacional em novembro de 2009, após ela ter sido condenada à morte por se recusar a converter-se à religião islâmica. Em junho do mesmo ano, a jovem paquistanesa havia se envolvido em uma briga com colegas de trabalho que protestavam contra a ida dela a uma fonte para pegar água, enquanto trabalhava em um campo. As mulheres muçulmanas alegavam que ela contaminaria a água por ser cristã. Em sua defesa, Asia Bibi respondeu: "Cristo morreu numa cruz por mim, e Maomé, o que fez por vocês?" Após essas palavras, as mesmas mulheres a denunciaram às autoridades locais, que a prenderam pelo delito de blasfêmia. Para que fosse liberta, as autoridades pediram para que a moça se tornasse muçulmana, mas Bibi se recusou. Apesar dos inúmeros apelos para que fosse perdoada, Asia Bibi continua presa até hoje.
Igreja Católica de Santa Teresa em Madalla atacada por membros do grupo extremista Boko Haram
A "Lei da blasfêmia" enquadra-se na chamada "Charia", o código penal dos muçulmanos que é pautado pelo Corão, livro sagrado do Islamismo. Essa lei prevê uma série de punições - incluindo a pena de morte - para aqueles que insultarem a figura do profeta Maomé ou os princípios islâmicos. Apesar de não ser seguida em todas as regiões de predomínio muçulmano, alguns grupos radicais exigem que a Charia seja aplicada integralmente em seus respectivos países. Por exemplo, o grupo terrorista Boko Haram, que significa "educação ocidental é sacrilégio", luta para que a Charia seja estabelecida em toda a Nigéria. No último Natal, esse mesmo grupo foi responsável pela destruição de duas igrejas e pela morte de 12 pessoas no país. Durante todo o ano de 2012, 770 assassinatos foram atribuídos ao Boko Haram, segundo a agência Associated Press.
Os cristãos do Egito também sofrem duras reprimendas, principalmente após a queda do ditador Hosni Mubarak e a ascensão do governo muçulmano. O fato mais grave ocorreu em 9 de outubro de 2010, quando o governo ordenou que suas tropas avançassem contra manifestantes cristãos coptas que protestavam contra ataques muçulmanos - incêndios em igrejas, assassinatos e estupros. A ação resultou na morte de 24 pessoas e 300 feridos. A instabilidade da região provocou o êxodo de mais de 200 mil coptas por medo de novos ataques. Dos 83 milhões de habitantes no Egito, apenas 10% são cristãos.
Os ataques contra pessoas cristãs geralmente partem de grupos extremistas, embora muitas vezes contem com a conivência das autoridades. Apesar das escandalosas atrocidades realizadas por esses grupos, pouco se fala na mídia a respeito. Foi o que denunciou a pesquisadora do American Enterprise Institute, Ayaan Hirsi Ali, em uma reportagem para a Revista Newsweek. De acordo com Ali, "nos últimos anos, a opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania". Para a pesquisadora, "em vez de acreditar em histórias exageradas de islamofobia ocidental, é hora de tomar uma posição real contra a cristofobia que contamina o mundo muçulmano".
A pesquisadora Ayaan Hirsi Ali alega que existe uma "conspiração do silêncio" por parte da mídia ocidental em relação ao massacre de cristãos. Segundo a pesquisadora, esse silêncio se daria por dois motivos: pelo medo da mídia em gerar mais massacres, caso faça ampla divulgação dos já ocorridos, ou, mais provável, pelo lobby de instituições muçulmanas, como a Organização da Cooperação Islâmica – uma espécie de Nações Unidas do islamismo, com sede na Arábia Saudita – e o Conselho para Relações Americano-Islâmicas, que fazem pressão na imprensa de vários países para que acobertem os crimes dos terroristas islâmicos, a fim de impedir o crescimento do pretenso complexo de "islamofobia".
De fato, após os atentados de 11 de setembro de 2001, tornou-se politicamente incorreto criticar os terroristas muçulmanos por seus crimes hediondos. O exemplo mais claro disso é o que ocorreu em setembro de 2006, quando o Papa Bento XVI citou em seu discurso, em uma universidade da Alemanha, uma fala do imperador bizantino Manuel II: "Mostre-me o que Maomé trouxe de novo e encontraremos apenas coisas más e desumanas, como a ordem para espalhar pela espada a fé que ele pregava". A frase foi o bastante para desencadear uma avalanche de protestos violentos no mundo árabe, além de severas críticas por parte da imprensa ocidental.
Durante todo o ano de 2012, cerca de 105 mil cristãos foram mortos por motivo de religião, segundo estimativas do Observatório de Liberdade Religiosa da Itália. A Coréia do Norte é a campeã há 11 anos na lista da fundação Open Doors como o país que mais persegue cristãos. O Cristianismo, afirma a organização católica "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS), é a religião mais discriminada no mundo. Embora seja algo trágico, a situação reacende a virtude da fortaleza e a coragem do martírio na consciência cristã, características marcantes dos cristãos primitivos, que junto com Santo Inácio de Antioquia diziam: "o sangue dos mártires é semente para novos cristãos". Nestes tempos de letargia e pusilanimidade, o testemunho desses nobres mártires deve ser um bastião para defesa de nossa fé.

Veja também:

O que realmente mudou depois do 11 de Setembro?
Fonte: http://padrepauloricardo.org/blog

Intolerância religiosa é um dos assuntos mais denunciados no Facebook



Intolerância religiosa é um dos assuntos mais denunciados no FacebookIntolerância religiosa é um dos assuntos mais denunciados no Facebook
De acordo com dados da ONG Safernet Brasil, das 11.305 páginas do Facebook denunciadas em 2012, 494 se referiam a conteúdo de intolerância religiosa. O tema acabou entrando para a lista de crimes virtuais mais denunciados perdendo apenas para o racismo, pornografia infantil, crime contra vida, maus tratos aos animais e homofobia.
A ONG também relata que houve um aumento de 264,5% no número de reclamações feitas na Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (CND) que reúne informações de sete entidades como a Polícia Federal e a Secretaria de Direitos Humanos e outras.
A ONG agora está discutindo com executivos da rede de relacionamentos para tentar um acordo de cooperação e se for firmado as páginas denunciadas serão encaminhadas automaticamente para um time de suporte e segurança da empresa que revisarão esses conteúdos.
Quem tem perfil na rede social já está acostumado a ver amigos pedindo ajuda para denunciar páginas que pregam ódio a religiões e crenças. Em algumas delas usuários chegam a enviar mensagens reclamando do conteúdo e recebem a resposta da “liberdade de expressão” como direto para continuar alimentando a página.
O próprio Facebook tem um campo para denunciar páginas e perfis, qualquer pessoa que se sentir ofendida com as postagens poderá fazer a denúncia explicando seus motivos. As informações são do G1.
Veja os assuntos que mais foram denunciados:
Racismo – 5.021 denuncias.
Pornografia Infantil – 1.969
Crimes contra a vida – 1.513
Maus tratos aos animais – 697
Homofobia – 635
Intolerância Religiosa – 494
Xenofobia – 376
Tráfico de Pessoas – 233
Neonazismo – 186
Genocídio – 181

Testemunho de um médico abortista convertido em pró vida pela intercessão de Maria.


Visitas a Guadalupe e Medjugorje foram fundamentais para a conversão de John Bruchalski. O doutor passou das suas práticas rotineiras de aborto para fundar um dos maiores pró-vida nos Estados Unidos e emprega os ensinamentos do Bem-Aventurado Papa João Paulo II em uma nova abordagem saudável para os cuidados com a saúde.

O médico John Bruchalski com um de seus “filhos”. O doutor realizou muitos abortos antes de visitar Guadalupe e Medjugorje que o levaram a uma reflexão e deram a ele uma nova vida.
Para o médico americano John Bruchalski, 50 anos, nascido no estado de Virgínia, significou passar da tarefa rotineira de realizar abortos  para uma visão completamente nova da medicina e a fundação do que hoje é agora uma prática pro-vida que está se desenvolvendo.
Embora criado em uma família católica devota, a saída da fé de John Bruchalski começou quando ele foi para uma faculdade “católica”. Ali ele foi influenciado por professores e amigos que afirmavam que a Igreja Católica poderia mudar com a cultura – que os seus ensinamentos sobre o casamento, divórcio, aborto, contracepção teriam finalmente de estar de acordo com os valores culturais contemporâneos.
No momento em que John Bruchalski entrou na escola médica em 1983 na University of South Alabama, a contracepção e o aborto pareciam-lhe: “o caminho para promover a saúde e a felicidade e a plenitude da vida reprodutiva de uma mulher”. Com o objetivo de ser o melhor ginecologista que pudesse, ele aprendeu os diferentes métodos de esterilização, aborto e reprodução artificial e começou a aplica-los durante a sua residência.
“Eu estava realizando abortos porque acreditava que era o menor dos males – até que percebi que as pessoas ficavam ainda mais destruídas após o procedimento. Pode ter havido uma breve pausa do estresse e tensão, mas a maioria dos casais se separaram após o aborto”.
O médico recebeu mensagens de Nossa Senhora em Guadalupe e em Medjugorje
hn Bruchalski dando o seu testemunho em Medjugorje. Foto de Bernard Gallagher
Dr. John Bruchalski dando o seu testemunho em Medjugorje. Foto de Bernard Gallagher
Logo antes de começar a sua residência, John Bruchalski foi convencido por um amigo para ir a Guadalupe, no México, onde a Virgem Maria apareceu em 1531. Bruchalski disse que ouviu Nossa Senhora de Guadalupe – a quem os católicos reverenciam como a padroeira dos não-nascidos – dizer-lhe: “Por que você está me ferindo ??
No entanto, ele ainda não estava pronto para responder.
“Tive que colocar isto no fundo de minha mente.”
Então, dois anos mais tarde, entre os seu segundo e terceiro ano de residência, a sua mãe o levou em uma peregrinação até Medjugorje. Ali ele redescobriu o amor por Jesus e Maria que seus pais tinham nutrido nele durante toda a sua infância.
“Foi a simplicidade das mensagens que me trouxe à conversão. Então eu tive uma experiência ali com uma jovem da Bélgica que estava lá rezando pela causa pró-vida. Ela me disse que tinha uma mensagem de Nossa Senhora para mim e começou a contar-me coisas sobre a minha vida. Foi uma mudança de vida para mim.”
Uma nova visão sobre a saúde. Não aos abortos.
De volta aos Estados Unidos, John Bruchalski começou a procurar uma maneira de integrar a sua fé redescoberta em sua profissão. Primeiro ele teve outra experiência importante:
“Quando eu voltei para casa, me foi dada a graça de ver a mim mesmo como eu realmente era, toda a minha vida passou diante de mim – mas eu realmente vi que existe uma maneira melhor de praticar a medicina” disse John Bruchalski ao LifeSiteNews.  ”A abordagem de saúde reprodutiva era o oposto ao que a Planned Parenthood (instituição internacional que promove a contracepção e o aborto) estava dizendo. Isso é o que Nossa Senhora me disse que seria a minha tarefa “.
Ele disse ao seu professor que ele não poderia mais cometer abortos ou esterilizações, embora ele demorasse quase um ano para se livrar das discussões.
Após alguns anos de estudo da “teologia do corpo” escrita pelo Beato Papa João Paulo II, John Bruchalski colocou a sua nova visão da medicina em prática em 1994, quando fundou o Centro de Família Tepeyac com sua esposa no porão de sua casa. O centro emprega seis médicos pró-vida e uma enfermeira, tornando-se um dos maiores centros pró-vida gratuitos com práticas médicas nos Estados Unidos.
Baseada em uma visão católica de cuidados com a saúde, o centro promove práticas que respeitam o ritmo natural da mulher e a santidade da vida humana. Eles defendem o planejamento familiar natural, em oposição aos contraceptivos e, em casos de infertilidade, eles se concentram em tratar as causas subjacentes ao invés de usar as técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.
O Centro Tepeyac tem o foco especial na implementação da teologia do corpo escrita pelo Beato João Paulo II, que o doutor Bruchalski chama de “revolucionária para os relacionamentos, para a medicina e para as famílias”.
“A teologia do corpo na medicina significa que você coopera com o corpo, você não o reprime, você se concentra na saúde, não na doença. Você não trata desejos, você trata a doença. Você não trata as pessoas como produtos. Você não tentar ir para o melhor médico que cria os mais saudáveis bebês com as melhores técnicas. Porque nós somos mais do que produtos, somos pessoas” disse o Dr. John Bruchalski.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/32757

Bento XVI: O Batismo nos une profundamente e para sempre com Jesus


Vaticano, 13 Jan. 13 / 02:09 pm (ACI).- Ao celebrar na manhã deste domingo aMissa pela Festa do Batismo do Senhor, ocasião em que batizou 20 bebês na Capela Sistina, o Papa Bento XVI assinalou que o que se produz no Batismo é a união “de modo profundo e para sempre com Jesus”.

Ao ser batizados, indicou o Santo Padre, os cristãos estão “imersos” na morte do Jesus, “que é fonte de vida, para participar de sua ressurreição, para renascer a uma vida nova”.

“O prodígio que hoje se repete também para as vossas crianças: recebendo o Batismo, esses renascem como filhos de Deus, participantes da relação filial que Jesus tem com o Pai, capaz de dirigir-se a Deus chamando-O com plena segurança e confiança: “Abbá, Pai””.

O Papa assinalou que “inseridos nesta relação e libertados do pecado original, esses se tornam membros vivos do único corpo que é a Igreja e são capazes de viver em plenitude a sua vocação à santidade, de forma que possa herdar a vida eterna, obtida a partir da ressurreição de Jesus”.

“no sacramento do Batismo que daqui a pouco administrarei a estes bebês se manifesta de fato a presença viva e operante do Espírito Santo que, enriquecendo a Igreja com novos filhos, a vivifica e a faz crescer, e com isso não podemos não nos alegrar”.

O Santo Padre assinalou que “a história evangélica do batismo de Jesus, que hoje ouvimos segundo a narração de São Lucas, mostra o caminho de redução e humildade que o Filho de Deus escolheu livremente para aderir ao desígnio do Pai, para ser obediente à sua vontade de amor para o homem em tudo, até o sacrifício na cruz. Tornado então homem, Jesus inicia o seu ministério público indo para o rio Jordão para receber de João um batismo de arrependimento e de conversão. Acontece aquilo que aos nossos olhos poderia parecer paradoxal”.

“Jesus precisou de arrependimento e conversão? Certamente não. No entanto, propriamente Aquele que é sem pecado coloca-se entre os pecadores para fazer-se batizar, para cumprir este gesto de penitência; o Santo de Deus se une a quantos se reconhecem necessitados de perdão e pedem a Deus o dom da conversão, isso é, a graça de voltar-se a Ele com todo o coração, para ser totalmente seu”.

“Jesus quer colocar-se do lado dos pecadores, fazendo-se solidário com esses, exprimindo a proximidade de Deus. Jesus se mostra solidário conosco, com o nosso esforço de nos convertermos, de deixar os nossos egoísmos, de separar-nos dos nossos pecados, para dizer-nos que se O aceitamos na nossa vida, Ele é capaz de levantar-nos e nos conduzir a Deus Pai”, enfatizou o Pontífice.

“O que acontece no momento em que Jesus se deixa batizar por João? Diante deste ato de amor humilde da parte do Filho de Deus, se abrem os céus e se manifesta visivelmente o Espírito Santo sobre forma de pomba, enquanto uma voz do alto exprime a complacência do Pai, que reconhece o Filho unigênito, o Amado. Trata-se de uma verdadeira manifestação da Santíssima Trindade, que dá testemunho da divindade de Jesus, do seu ser o Messias prometido, Aquele que Deus mandou para libertar o seu povo, para que seja salvo”.

“Realiza-se assim a profecia de Isaías que ouvimos na Primeira Leitura: o Senhor Deus vem com poder para destruir as obras do pecado e o seu braço exerce o domínio para desarmar o Maligno; mas tenhamos em mente que este braço estendido na cruz e que o poder de Cristo é o poder Daquele que sofre por nós: este é o poder de Deus, diferente do poder do mundo; assim vem Deus com poder para destruir o pecado”, disse Bento XVI aos fiéis presentes na Capela Sisitina.

“Realmente Jesus age como o bom Pastor que apascenta o rebanho e o reúne, para que não seja disperso (cfr Is 40,10-11), e oferece a sua própria vida para que tenha vida. É pela sua morte redentora que o homem é libertado do domínio do pecado e é reconciliado com o Pai; é pela sua ressurreição que o homem é salvo da morte eterna e é feito vitorioso sobre o mal”, explicou o Pontífice.

O Papa indicou aos pais que “no solicitar o Batismo para os vossos filhos, vós manifestais e testemunhais a vossa fé, a alegria de ser cristãos e de pertencer à Igreja. É a alegria que vem da consciência de ter recebido um grande presente de Deus, a fé precisamente, um presente que nenhum de nós pôde merecer, mas que nos foi dado gratuitamente e ao qual respondemos com o nosso “sim”.

“É a alegria de reconhecer-nos filhos de Deus, de descobrir-nos confiados às suas mãos, de sentir-nos acolhidos em um abraço de amor, do mesmo modo que uma mãe apoia e abraça o seu filho. Esta alegria, que orienta o caminho de cada cristão, é baseada em um relacionamento pessoal com Jesus, um relacionamento que orienta toda a existência humana. É Ele de fato o sentido da nossa vida, Aquele sobre o qual vale a pena ter fixo o olhar, para ser iluminados pela sua Verdade e poder viver em plenitude”, assinalou Bento XVI.

“O caminho de fé que hoje começa para estas crianças se baseia por isso em uma certeza, sobre a experiência de que não há nada maior que conhecer Cristo e comunicar aos outros a amizade com Ele; somente nesta amizade revela-se verdadeiramente o grande potencial da condição humana e podemos experimentar isso que é belo e que liberta”.

“Quem fez esta experiência não está disposto a renunciar à própria fé por nada neste mundo”, destacou também o Santo Padre.

Aos padrinhos e madrinhas dos neófitos o Papa afirmou: “a importante tarefa de apoiar e ajudar o trabalho educativo dos pais, estando ao lado deles na transmissão da verdade da fé e no testemunho dos valores do Evangelho, no fazer crescer estas crianças em uma amizade sempre mais profunda com o Senhor. Saibam sempre oferecer a elas o vosso bom exemplo, através do exercício das virtudes cristãs”.

O Santo Padre recordou que “não é fácil manifestar abertamente e sem compromissos isso em que se crê, especialmente no contexto em que vivemos, diante de uma sociedade que considera sempre fora de moda e fora de tempo aqueles que vivem da fé em Jesus”.

“Na esteira dessa mentalidade, pode estar também entre os cristãos o risco de entender o relacionamento com Jesus como limitante, como algo que mortifica a própria realização pessoal”.
“Deus é visto como o limite da nossa liberdade, um limite a eliminar a fim de que o homem possa ser totalmente ele mesmo”, disse o Papa citando o seu livro A infância de Jesus

“Mas não é assim! Esta visão mostra não ter entendido nada do relacionamento com Deus, porque propriamente mão a mão que se procede no caminho da fé, se compreende como Jesus exerce sobre nós a ação libertante do amor de Deus, que nos faz sair do nosso egoísmo, de ser transformados em nós mesmos, para nos conduzir a uma vida plena, em comunhão com Deus e aberta aos outros”.

O Santo Padre também indicou que a água com a que “estes meninos serão marcados no nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, imergirá-os nessa ‘fonte’ de vida que é Deus mesmo e que os fará seus filhos verdadeiros”.

“A água com a qual estas crianças serão marcadas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo as imergirá naquela “fonte” de vida que é o próprio Deus e que as tornará seus verdadeiros filhos. E a semente das virtudes teologais, infundida por Deus, a fé, a esperança e a caridade, sementes que hoje são colocadas no coração delas pelo poder do Espírito Santo, deverão ser alimentadas sempre pela Palavra de Deus e pelos Sacramentos, de forma que estas virtudes do cristão possam crescer e atingir a plena maturidade, para fazer de cada uma delas um verdadeiro testemunho do Senhor”, concluiu. 

Um mar de gente em Paris para dizer não ao “casamento gay”.


Por Fratres in Unum.com – Um domingo histórico para o ocidente, cujas raízes cristãs são cada vez mais renegadas pelos filhos da Igreja e cruelmente atacadas pelo laicismo maçônico.

Reeditando as manifestações da metade de novembro passado, então minimizadas pelo governo socialista, cidadãos de bem se reuniram na capital francesa para dizer um rotundo não ao projeto intitulado “Mariage pour tous” ["Casamento para todos"], do governo de François Hollande, que pretende instituir o “casamento” entre duplas homossexuais, sancionando a elas a faculdade de adotar crianças.
Paris, 13 de janeiro de 2013: um mar de gente diz não ao casamento gay.
Paris, 13 de janeiro de 2013: um mar de gente diz não ao casamento gay.
“Manif pour tous” ["Manifestação para todos", um trocadilho com o nome do projeto de lei], a maior das mobilizações, partiu de três pontos da cidade sob a liderança da humorista Frigide Barjot. Declarando-se apolítica e independente, congregou pessoas das mais variadas correntes e afiliações, com o apoio da hierarquia da Igreja francesa — o Cardeal Arcebispo de Paris, Dom André Vingt Trois, manifestou seu apoio às lideranças, enquanto o Cardeal Primaz, Philippe Barbarin, caminhou com o povo.
Os manifestantes exigiam do governo Hollande a realização de um referendo sobre o tema, antes de sua discussão no congresso. O apoio ao casamento gay na França caiu cerca de 10 pontos percentuais desde que opositores começaram a se mobilizar, chegando aos 55%. E, de acordo com pesquisas, menos da metade dos entrevistados aprovavam a adoção de crianças por homossexuais.
declaração final do “Manif pour tous” solicitou ao presidente francês que recebesse os líderes do movimento nesta segunda-feira, lançando um questionamento ao mandatário do país da igualdade: “O « mariage pour tous » é a inserção em nosso direito de uma discriminação fundamental entre os seres humanos: aqueles que nascerão de um pai e de uma mãe, aqueles que serão legalmente “nascidos” de dois pais e aqueles que serão legalmente “nascidos” de duas mães. Será o senhor, Presidente da República, quem abolirá a igualdade de nascimento entre as crianças?”
Exclusivamente católico.
Instituto Civitas: mulher reza o terço antes do início da manifestação. No chão, o cartaz: "A família é sagrada!".
Instituto Civitas: mulher reza o terço antes do início da manifestação. No chão, o cartaz: “A família é sagrada!”.
Um quarto cortejo foi formado pelo Instituto Civitas, que preferiu organizar uma mobilização especificamente católica partindo de outro ponto da cidade, distanciando-se, assim, do que o superior distrital da Fraternidade São Pio X, Pe. Regis de Cacqueray, qualificou de “ateísmo de fato em nome do consenso e da busca pelo número“ da manifestação liderada por Barjot.
“Esta neutralidade que coloca Nosso Senhor Jesus Cristo de lado sempre foi condenada pelos Papas”, afirmou o superior, acrescentando ser necessário dizer abertamente: “a pederastia é um pecado grave, uma transgressão à lei natural, condenada nos termos mais serevos pelo livro do Levítico, assim como por São Paulo. Consequentemente, a celebração da união de duas pessoas do mesmo sexo pelo casamento constitui um verdadeiro contra-senso e uma abjeção”, que tornaria a sociedade um “verdadeiro inferno”.
Governo não voltará atrás, apesar de manifestação ‘consistente’.
Todos os grupos se encontraram, no meio da tarde, na esplanada do  Champ-de-Mars, uma das maiores áreas verdes de Paris localizada nos arredores da Torre Eiffel.
A Ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira, idealizadora do projeto, veta o referendo.
A Ministra da Justiça francesa, Christiane Taubira, idealizadora do projeto, veta o referendo.
De acordo com Le Monde, “independente da amplitude da manifestação, o presidente François Hollande teria deixado claro que o projeto irá ‘a seu termo’. O texto que introduz esta reforma foi apresentado em 7 de novembro ao conselho dos ministros. Ele deve ser submetido à Assembléia Nacional no fim de janeiro. ‘A manifestação, se acreditarmos nas imagens e nas cifras que devem ser confirmadas, é consistente e exprime uma sensibilidade que deve ser respeitada, mas não modifica a vontade do governo de lançar um debate no Parlamento para permitir a votação da lei’, declarou [em nota] o Palácio de Elysée antes da divulgação do número de participantes”. 
Debate a ser lançado apenas na Assembléia, onde a vitória é mais provável. Para a ministra da justiça, Christiane Taubira, toda idéia de consulta à população está descartada e seria “inconstitucional”. A meta do governo é aprovar o projeto até junho deste ano.
Um mar — tranquilo — de gente.
Um ambiente ordeiro e familiar, de jovens a idosos, residentes na capital francesa ou provenientes do interior — foram cinco trens de alta velocidade, 900 ônibus e inúmeros comboios de carros. Segundo as autoridades policiais, 340 mil pessoas, das quais 8 mil no cortejo organizado pelo Instituto Civitas, estiveram presentes na manifestação.
A organização, todavia, que inicialmente declarou haver 500 mil pessoas, refez as contas no início da noite e confirmou a presença de 1 milhão de pessoas. De sua parte, o Instituto Civitas contabilizou em suas fileiras cerca de 50 mil pessoasO Padre Phillippe Laguerie, do Instituto do Bom Pastor, fala em 1 milhão e meio de pessoas ao todo. Alguns policiais afirmaram ao sacerdote: “Mesmo no Ano Novo, nos Champs Elysée, nunca vimos isso”. Ao padre, a conclusão é evidente: “Taubira, fora. Ela e seu projeto do diabo”.
Inquestionavelmente, a maior manifestação ocorrida na França nos últimos 30 anos, como definiu o Le Figaro. Em dezembro, os partidários do casamento gay também marcharam pelas ruas de Paris: 60 mil pessoas, segundo a polícia, e 150 mil, segundo os organizadores.
Lição aos católicos.
O evento de hoje é uma clara lição à hierarquia católica de como suas palavras podem mobilizar as pessoas. Se o empenho de nossos pastores em participar de comissões, organizar planos pastorais e outras burocracias eclesiásticas, fosse canalizado à defesa dos valores morais e da Fé, as coisas seriam muito, muito diferentes.

Ativistas seminuas protestam durante oração do Papa Bento 16

Fonte: G1.com.br
Ativistas do grupo feminista Femen protestaram seminuas neste domingo (13) na Praça de São Pedro, no Vaticano, enquanto o Papa Bento 16 fazia a tradicional benção dominical da oração do Ângelus da janela de seu apartamento. As ativistas exibiam cartazes e frases no corpo em defesa dos gays.
As quatro mulheres estavam posicionadas ao lado da Árvore de Natal na praça, diante da Basílica de São Pedro. Quando o Papa apareceu em sua janela para o Ângelus, elas começaram a se despir, e em segundos mostraram os seios no meio dos fiéis.
As militantes exibiam no peito a expressão "Cale a boca" e nas costas 'In gay we trust', alusão a 'In god we trust' (Em Deus confiamos, lema oficial dos Estados Unidos) e algumas exibiam cartazes nos quais estava escrito em letras garrafais "Cale a boca". A ação durou apenas alguns minutos e elas foram imediatamente detidas.
O Femen é conhecido desde 2010 por suas ações de 'topless', principalmente em Rússia, Ucrânia e Inglaterra. Em setembro, elas criaram em Paris "o primeiro centro de treinamento" do "novo feminismo". Essas feministas defendem também a democracia e o combate à corrupção.

Policiais tentam tirar ativista do Femen (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)Policiais tentam tirar ativista do Femen (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)
Ativistas do Femen durante protesto no Vaticano (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)Ativistas do Femen durante protesto no Vaticano (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)
Ativistas do grupo feminista Femen protestaram durante oração do Papa Bento 16 (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)Ativistas do grupo feminista Femen protestaram durante oração do Papa Bento 16 (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)
Durante o protesto, Papa Bento 16 fazia a tradicional benção dominical da oração do Ângelus da janela de seu apartamento (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)Durante o protesto, Papa Bento 16 fazia a tradicional benção dominical da oração do Ângelus da janela de seu apartamento (Foto: Giampiero Sposito/Reuters)