quarta-feira, 23 de outubro de 2013

União Europeia rejeita aborto como parte dos Direitos Humanos

A União Europeia vinha discutindo uma resolução que teria declarado o aborto como um “direito humano”, o que na prática faria todos os países membros legalizarem a prática.
O Parlamento Europeu decidiu nesta terça (22) rejeitar a proposta conhecida como “Relatório Estrela de Saúde Sexual Reprodutiva e Direitos”. O assunto passará pela Comissão da Igualdade e dos Direitos da Mulher, para um estudo mais aprofundado.
O assunto gerou muito debate este ano entre lobistas de grupos cristãos e organizações “pró-vida”. Foram 351 votos de parlamentares a favor e 319 contrários, além de 18 abstenções.
Anthony Ozimic, da Sociedade Para Proteção das Crianças Não Nascidas, conta que foi feita uma grande pressão e apresentada pesquisas mostrando “que o lobby pró-aborto não tem tanta força, mesmo na cultura de morte que é tão forte hoje na Europa”.
Sophia Kuby, chefe da ONG Monitor da Dignidade Europeia disse após a votação que “A devolução à comissão dará tempo para investigar os inúmeros pontos problemáticos deste relatório, especialmente o fato de que foi orquestrado pela organização International Planned Parenthood”.
União Europeia rejeita aborto como parte dos Direitos Humanos
Nos EUA, a Planned Parenthood vive um conflito constantemente com grupos cristãos conservadores. O nome do relatório é por causa de sua autora, a deputada socialista Edite Estrela, de Portugal. Ela é uma espécie de Marta Suplicy europeia, e sua ideia era o reconhecimento do aborto como direito e recomendava a prestação de serviços de aborto de “alta qualidade” por todos os sistemas nacionais dos membros da União Europeia.
Ela também defendia a reeducação dos profissionais de saúde quanto ao assunto, o acesso à reprodução artificial por mulheres solteiras e lésbicas e uma educação sexual das crianças compulsória e “livre de tabus”, que ensinasse uma imagem “positiva” dos homossexuais e transexuais.
Opositores do relatório apontaram constantemente que não há um consenso internacional sobre a alegação de que o aborto seja um “direito humano”. Segundo a Federação Europeia das Associações Católicas Familiares, o programa de educação sexual também defendia a inclusão do ensino nas escolas sobre “masturbação na primeira infância”, para crianças de 0 a 4 anos. Segundo a Federação, as famílias cristãs estavam profundamente chocadas.
Roberta Metsola, uma deputada que representa Malta afirmo que o relatório “não foi o primeiro do tipo”, e outros similares devem surgir dentro de pouco tempo. Com informações Life Site News.

Casal de idosos com 68 anos de casados morrem de mãos dadas depois de um acidente

Imagem referencial. Foto: Denilson Takeda (CC BY-NC-ND 2.0)
WASHINGTON DC, 22 Out. 13 / 12:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- Um casal de idosos que tinha 68 anos de casado morreu faz uns dias em um acidente nos Estados Unidos. As autoridades descobriram, quando encontraram os corpos, que haviam falecido de mãos dadas.
Floyd e Margaret Nordhagen, de 92 e 88 anos respectivamente, foram encontrados um ao lado do outro e de mãos dadas, depois de sofrer um acidente de carro em Spokane, estado de Washington (Estados Unidos).
O acidente aconteceu no dia 13 de outubro, quando o veículo no qual viajavam Floyd e Margaret bateu contra uma caminhonete.
Quando as autoridades chegaram à zona do acidente, encontraram Margaret Nordhagen ainda com vida, segurando fortemente a mão de seu marido.
O policial Rob Spencer disse a um meio local que "realmente tivemos que lhe pedir que o solte, para que possamos retirá-lo do veículo".
"Não se vê isso todos os dias", assegurou.
Margaret Nordhagen faleceu alguns instantes depois, na mesma zona do acidente.
O casal de idosos celebrou seu 68º aniversário de casamento em julho. Tiveram quatro filhos, 11 netos e 23 bisnetos.
Os amigos do casal Nordhagen recordam a Floyd, que era dono de uma granja e criava gado, como um marido carinhoso que sempre se mostrava orgulhoso do quanto a sua esposa era bonita, e assegurava que todos os dias a beijava e abraçava.
Um amigo deles, Britches Peden, disse que "não sei se estavam de mãos dadas antes ou depois de que ele morrera, ou se ela o agarrou depois, mas não importa. Eles estariam o tempo todo de mãos dadas se pudessem, e assim é como queremos recordá-los".

Santa Sé reafirma não à comunhão de divorciados em nova união

Foto wikipedia /Marco Tervaportti
VATICANO, 23 Out. 13 / 03:57 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Santa Sé reafirmou hoje a doutrina do não à comunhão eucarística dos divorciados em nova união, e para explicar este tema assim como a urgência de uma pastoral que esteja sempre aberta a estas pessoas, valeu-se de um extenso artigo publicado no jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano.
O artigo foi escrito pelo Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Arcebispo alemão Gerhard L. Müller e leva por título "A força da graça". Nele, o Prelado afirma que "O estudo da problemática dos fiéis que contraíram um novo vínculo civil depois de um divórcio não é novo e foi sempre guiado com grande seriedade pela Igreja com o propósito de ajudar as pessoas concernidas, dado que o matrimônio é um sacramento que abrange de modo particularmente profundo a realidade pessoal, social e histórica do homem".
O Arcebispo reconhece que há uma série de perguntas sobre este tema que devem assumir-se com muita seriedade e tratar-se "em conformidade com a doutrina católica sobre o matrimônio": "não pode a Igreja permitir, em determinadas condições, o acesso aos sacramentos aos fiéis divorciados recasados? Em relação a tal questão tem? a Igreja as mãos amarradas para sempre? Os teólogos consideraram deveras todas as implicações e consequências em relação a esta matéria?".
A partir de alguns ensinamentos nas escrituras, Dom Muller destaca que "o matrimônio cristão é um sinal eficaz da aliança de Cristo e da Igreja. O matrimônio entre batizados é um sacramento porque distingue e age como mediador da graça deste pacto".
Deste modo recorda que "a Igreja reconhece que só o matrimónio entre um homem e uma mulher batizados é sacramento em sentido próprio e só para estes é válida a indissolubilidade incondicional".
A seguir recorda que "a Igreja dos Padres, em obediência ao Evangelho, rejeitam o divórcio e o segundo matrimônio, em relação a esta questão o testemunho dos Padres é inequívoco".
O Arcebispo passa revisa logo a indissolubilidade do matrimônio sacramental no Concílio de Trento e no Vaticano II. O Prelado recorda que este último destaca que "mediante o sacramento a indissolubilidade do matrimónio encerra um significado novo e mais profundo: ela torna-se imagem do amor de Deus pelo seu povo e da fidelidade irrevogável de Cristo à sua Igreja".
João Paulo II e a exortação Apostólica Familiaris consortio
O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé recorda logo o ensinamento desta exortação, que no número 84 sobre os divorciados recasados afirma:
1. Os pastores que cuidam das almas são obrigados por amor à verdade "a discernir bem as diversas situações". Não é possível avaliar tudo e todos do mesmo modo.
2. Os pastores e as comunidades são obrigados a ajudar "com caridade solícita" os fiéis concernidos; com efeito também eles pertencem à Igreja, têm direito à cura pastoral e devem poder? participar da vida da Igreja.
3. A admissão à Eucaristia não lhes pode contudo ser concedida. Em relação a isto é aduzido um duplo motivo:
a) "O seu estado e condição de vida estão em contraste objetivo com aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e realizada pela Eucaristia";
b) "Se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio". Uma reconciliação mediante o sacramento da penitência – que abriria o caminho ao sacramento eucarístico – só pode ser concedida com base no arrependimento em relação a quanto aconteceu, e com a disponibilidade "a uma forma de vida já não em contradição com a indissolubilidade do matrimônio". Isto comporta, em concreto, que quando a nova união não pode ser dissolvida por motivos sérios – como, por exemplo, a educação dos filhos – ambos os cônjuges "assumem o compromisso de viver em continência total".
4. Por motivos teológico-sacramentais, e não por uma constrição legal, ao clero é expressamente feita a proibição, enquanto subsiste a validade do primeiro matrimônio, de concretizar "cerimônias de qualquer gênero" a favor de divorciados que se recasam civilmente.
Depois de assinalar o contido na exortação apostólica, o Arcebispo assinala que "A Carta da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a recepção da Comunhão eucarística por parte de fiéis divorciados recasados de 14 de Setembro de 1994 confirmou que a prática da Igreja sobre este tema "não pode ser modificada com base nas diferentes situações". Além disso, é esclarecido que os crentes concernidos não devem receber a sagrada Comunhão com base no seu juízo de consciência".
Bento XVI e a Sacramentum Caritatis
Na Exortação Apostólica Pós-sinodal Sacramentum caritatis, de 22 de fevereiro de 2007, Bento XVI retoma e dá novo impulso ao trabalho do anterior Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia. O número 29 do documento trata a respeito da situação dos fiéis divorciados recasados. Também para Bento XVI se trata aqui de "um problema pastoral delicado e complexo". Reafirma "a prática da Igreja, fundada na Sagrada Escritura (cf.?Mc?10, 2-12), de não admitir aos Sacramentos os divorciados recasados".
Entretanto, afirma Dom Muller, "também esconjura os pastores a dedicar "especial atenção" em relação às pessoas concernidas "no desejo de que cultivem, na medida do possível, um estilo cristão de vida através da participação na Santa Missa, mesmo sem receber a Comunhão, da escuta da Palavra de Deus, da adoração eucarística, da oração, da participação na vida comunitária, do diálogo confidente com um sacerdote ou um mestre de vida espiritual, da dedicação à caridade vivida, das obras de penitência, do compromisso educativo dos filhos".
"Em caso de dúvidas acerca da validade da comunhão de vida matrimonial que foi interrompida, elas devem ser examinadas atentamente pelos tribunais competentes em matéria matrimonial", precisa.
O Arcebispo assinala logo que "a mentalidade contemporânea está bastante em contraste com a compreensão cristã do matrimônio, sobretudo em relação à sua indissolubilidade e à abertura à vida. Considerando que muitos cristãos são influenciados por tal contexto cultural, os matrimônios são provavelmente com mais frequência não válidos nos nossos dias de quanto o eram no passado, porque é deficitária a vontade de se casar segundo o sentido da doutrina matrimonial católica e também a pertença a um contexto vital de fé é muito limitada. Portanto, uma verificação da validade do matrimônio é importante e pode levar a uma solução dos problemas".
Para que não fiquem dúvidas sobre este assunto, Dom Muller reafirma que "se os divorciados recasados estão subjetivamente na convicção de consciência que o precedente matrimónio não era válido, isto deve ser objetivamente demonstrado pela competente autoridade judiciária em matéria matrimonial".
"O matrimônio não diz respeito só à relação entre duas pessoas e Deus, mas é também uma realidade da Igreja, um sacramento, sobre cuja validade não só o indivíduo para si mesmo, mas a Igreja, na qual ele mediante a fé e o Batismoestá incorporado".
Seguidamente recorda uma entrevista do documento "A propósito de algumas objeções contra a doutrina da Igreja sobre da recepção da Comunhão eucarística por parte dos fiéis divorciados recasados" de 30 de Novembro de 2011, onde se destaca claramente que "se o matrimônio precedente de fiéis divorciados recasados era válido, a sua nova união não pode ser considerada de modo algum lícita, pelo fato de que a recepção dos Sacramentos não pode estar baseada em razões interiores. A consciência do indivíduo está vinculada sem exceções a esta norma".
"Uma ulterior tendência a favor da admissão dos divorciados recasados aos sacramentos é a que invoca o argumento da misericórdia. Dado que o próprio Jesus solidarizou com os sofredores doando-lhes o seu amor misericordioso, a misericórdia seria, por conseguinte, um sinal especial da autêntica sequela. Isto é verdade, mas é um argumento débil em matéria teológico-sacramentaria, também porque toda a ordem sacramental é precisamente obra da misericórdia divina e não pode ser revogada invocando o mesmo princípio que a sustém.".
A solicitude pastoral
O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé escreve que "mesmo se, por natureza íntima dos sacramentos, a admissão a eles por parte dos divorciados recasados não for possível, os esforços pastorais devem dirigir-se ainda mais a favor destes fiéis, mesmo se eles devem permanecer na dependência das normas derivantes da Revelação e da doutrina da Igreja".
"O percurso indicado pela Igreja para as pessoas diretamente concernidas não é simples, mas elas devem saber e sentir que a Igreja acompanha o seu caminho como uma comunidade de cura e de salvação. Com o seu compromisso a compreender a prática eclesial e a não receber a Comunhão, os cônjuges apresentam-se à sua maneira como testemunhas da indissolubilidade do matrimônio".
A solicitude pelos divorciados em nova união "não deveria limitar-se à questão da recepção da Eucaristia. Trata-se de uma pastoral global que procura satisfazer o mais possível as exigências das diversas situações. É importante recordar, a este propósito, que além da Comunhão sacramental há outros modos para entrar em comunhão com Deus".
A união com Deus explica o Arcebispo, "alcança-se quando? nos dirigimos a ele na fé, na esperança e na caridade, no arrependimento e na oração. Deus pode conceder a sua proximidade e a sua salvação às pessoas por diversos caminhos, mesmo se elas vivem em situações contraditórias".
"Como frisam constantemente os recentes documentos do Magistério, os pastores e as comunidades cristãs estão chamados a acolher com abertura e cordialidade as pessoas que vivem em situações irregulares, para estar ao seu lado com empatia, com a ajuda concreta e para lhes fazer sentir o amor do Bom Pastor. Uma cura pastoral fundada na verdade e no amor encontrará sempre e novamente neste campo os caminhos a percorrer e as formas mais justas", conclui.

A inconsistência dos argumentos do ‘Lobby gay’ e suas implicações para a sociedade.

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Feministas radicais e defensores dos “direitos gays” se organizaram ao redor do mundo para promover certos direitos sexuais e reprodutivos que incluem o acesso irrestrito à contracepção e ao aborto, o direito das pessoas com atração pelo mesmo sexo não serem “discriminadas”, se casar com uma pessoa do mesmo sexo e adotar crianças.
No entanto, os argumentos apresentados por aqueles que defendem a redefinição do casamento não são logicamente consistentes. Por um lado, eles ignoram a identidade de gênero, (que afirma que a identidade sexual é uma construção social) mas, ao invés disso, argumentam que a atração pelo mesmo sexo é natural, que eles nasceram assim e não podem mudar, e que, portanto, têm um direito humano de igualdade de tratamento com base em sua natureza – ou seja, o direito de casar-se e adquirir as crianças.
Por outro lado, argumentam que não há diferenças essenciais entre homens e mulheres no que diz respeito a sua capacidade de se casar ou educar os filhos e, portanto, uma criança criada por duas mães ou dois pais teria o mesmo nível sadio de desenvolvimento que as criadas pelos pais biológicos.
Em março passado, a questão do casamento foi à Suprema Corte dos EUA. Um tribunal de primeira instância tinha decidido que “o sexo dos pais de uma criança não é um fator que influencia no desenvolvimento da criança… Crianças não precisam ser criadas por um pai e mãe para estarem bem ajustadas”.
O tribunal de menor instância apontava estudos que sustentariam seu veredicto; no entanto, a análise desses estudos mostrou que eles eram mal projetados, traziam pequenas amostras, não representativas, além de outras ferramentas insatisfatórias. Por outro lado, há inúmeras provas de que as crianças têm o melhor quando criadas pelo seu pai e sua mãe, casados. Toda criança adquirida por um “casal” (par) do mesmo sexo foi separada de um ou ambos os pais biológicos. A criança percebe sua separação de um ou de ambos os pais biológicos como uma perda. Por exemplo, os adultos que foram concebidos através de inseminação artificial – um método frequentemente utilizado por “casais” (pares) do mesmo sexo do sexo feminino – estão agora com sua voz ativa. Eles querem saber quem são seus pais. Um estudo intitulado “O nome do meu pai é Doador” demonstrou os efeitos negativos da inseminação artificial por doação nas crianças.
Aqueles que promovem a redefinição do casamento exigem que o parceiro do mesmo sexo seja considerado o pai legal de qualquer criança nascida com outro parceiro, mesmo que ele não tenha ligação biológica com a criança. Recentemente, um juiz de Vermont (EUA) concedeu a uma lésbica a custódia da filha de uma mulher com quem ela tinha tido um relacionamento, apesar da lésbica não ter vínculo biológico com a criança. A mãe, que havia terminado o relacionamento quando a criança tinha 17 meses de idade, renunciou à homossexualidade e se tornou cristã. Quando a mãe biológica da menina se recusou a permitir as visitas da lésbica, porque a atmosfera na sua casa tinha mudado, o tribunal transferiu a custódia da menina à lésbica. Depois de esgotados os recursos legais para retirar sua filha da ex-parceira lésbica, a mãe e a filha fugiram para a América Latina, onde estão escondidas. Uma pessoa que as ajudou a fugir foi condenada a 22 meses de prisão.
Os tribunais não podem mudar o fato de que homens e mulheres são diferentes. A maternidade é fundamentalmente diferente da paternidade. Vínculos de sangue importam. As crianças querem conhecer e ser conhecidas por sua mãe biológica e seu pai biológico. Há uma infinidade de razões pelas quais o Estado deve conceder um estatuto privilegiado ao casamento entre um homem e uma mulher.
O livro One Man, One Woman analisa os efeitos de se mudar a definição de casamento na sociedade, na liberdade de religião e de expressão, na infância e nos próprios casais do mesmo sexo. No passado, as pessoas que queriam ser, ou que pensavam ser realmente do outro sexo, ou que sofriam de ansiedade grave quando forçadas a vestir roupas consideradas adequadas para o seu sexo, ou que se consolavam vestindo roupas estereotipadas associadas ao outro sexo, foram consideradas como sofrendo de “transtorno de identidade de gênero” (GID, em inglês). Recentemente, esta designação foi abandonada em favor de “disforia de gênero”, refletindo a ideia de que não há nada de errado em querer ser do outro sexo, desde que isso não te faça infeliz.
Os defensores dos “direitos gays” afirmam que, se a sociedade não aceita que você pertença a outro sexo, então a sociedade tem de mudar. Aqueles que defendem a mudança argumentam que a atração pelo mesmo sexo (SSA, em inglês) é normal para algumas pessoas, e uma vez que a atração pelo mesmo sexo é muitas vezes (mas nem sempre) precedida pelo transtorno GID, então o GID deve ser também normal. Eles ignoram os numerosos estudos respeitados que mostram que pessoas com SSA (atração pelo mesmo sexo) são muito mais propensas a sofrer de distúrbios psicológicos, abuso de substâncias químicas, impulso suicida e compulsões sexuais. Eles ignoram as provas de que a SSA não é biologicamente determinada, mas associada a experiências negativas no início infância, e que as crianças com GID são muito mais propensas a sofrer de ansiedade e transtorno de apego, além de vir de famílias desestruturadas.
O livro Sex, Cells, and Same-Sex Desire, de um editor pró-gay, busca uma causa biológica para a SSA mas conclui que “a pesquisa atual sobre as possíveis bases biológicas da preferência sexual não conseguiu produzir qualquer prova conclusiva” (John De Cecco , David Parker, Sex Cells and Same-sex Desire , (Harrington Park Press: NY, 1995) P.427).
Se a SSA fosse uma condição genética, seria de se esperar que gêmeos idênticos teriam sempre o mesmo padrão de atração sexual, mas uma pesquisa constatou que, em apenas 11% dos casos, onde uma criança tinha SSA a outra também tinha. Uma pesquisa mais recente sugere que esse percentual pode ser ainda menor.
Susan Bradley, que tem trabalhado intensivamente com crianças com GID, considera o GID como um dentre uma série de transtornos de apego. Ela afirma sobre os sintomas do GID: “os sintomas do GID são particularmente assumir o papel e o comportamento do sexo oposto; deve-se agir para apaziguar a ansiedade da criança e fazê-la se sentir mais valorizada, forte e segura”. Bradley afirma que um tratamento precoce pode resolver esse transtorno.
Enquanto aqueles que promovem a teoria de gênero insistem em que a identidade de gênero é diferente de orientação sexual, as duas estão ligadas. A orientação sexual descreve as pessoas com base no sexo pelo qual elas são atraídas, quer seja o seu próprio (atração pelo mesmo sexo, ou SSA), o oposto, ou ambos (bissexuais). Pessoas com SSA estão entre os mais influentes porta-vozes das várias teorias de gênero. Muitos sentem que têm sido discriminados por não estar em conformidade com as normas de gênero. Eles também se opõem à “heteronormalidade” – a crença de que a heterossexualidade é a norma e qualquer outra orientação é anormal.
Não há razão para supor que exista uma única causa para todas as SSA. Terapeutas como Joseph Nicolosi, autor de Shame and Attachment Loss: The Practical Work of Reparative Therapy, e Janelle Hallman, autora deThe Heart of Female Same-Sex Attraction, têm ajudado os clientes a compreender a gênese psicológica de sua SSA. No entanto, ninguém deve ter a impressão de que a mudança é fácil, que os resultados são garantidos, ou que uma pessoa que, embora se esforçando para viver a castidade, nunca terá outra tentação.
A mudança real é possível. Isso pode acontecer espontaneamente ou através de terapia ou aconselhamento religioso. Parece ser mais comum entre as mulheres, talvez porque entre os homens tenha complicações como vício sexual e uso de substâncias químicas. Lisa Diamond, autora de Sexual Fluidity, acompanhou 89 mulheres por 10 anos e descobriu que um certo número espontaneamente passou da SSA à heterossexualidade (Lisa Diamond, Sexual Fluidity (Harvard UP: Cambridge MA, 2008)).
Muitas, mas nem todas as pessoas que têm sintomas de GID quando crianças desenvolvem a atração pelo mesmo sexo (SSA) quando adultas. A intervenção precoce pode mudar essa trajetória. No entanto, há agora uma grande iniciativa para tornar ilegal o tratamento de crianças com GID ou adultos com SSA. Aqueles que defendem a proibição de tratamento argumentam que as pessoas com SSA nasceram dessa forma, que não podem mudar, e que qualquer terapia que não reafirme a sua atração pelo mesmo sexo é prejudicial. Nada disso é verdade.
Teorias de gênero começam com premissas falsas. Elas distorcem as provas e prejudicam os indivíduos e as sociedades que as abraçam. As provas produzidas em apoio à redefinição do casamento não resistem a um exame rigoroso. Isso pode explicar porque os partidários da redefinição do casamento querem encerrar o debate acusando os partidários do casamento natural de serem machistas, homofóbicos e intolerantes, culpáveis por discriminação e incitação ao ódio. Eles apelam para a compaixão, porque os fatos estão contra eles.
Mas aqueles que insistem na importância da diferença de sexo e do casamento natural não têm que ter medo dos fatos. Eles são os defensores da realidade.
Fonte: Aleteia

Atualidade de Fátima.


Por Hermes Rodrigues Nery
Caminho na Cova da Iria - Foto: Hermes Rodrigues Nery.
Caminho na Cova da Iria – Foto: Hermes Rodrigues Nery.
No dia 12 de outubro deste “Ano da Fé”, quando celebramos, no Brasil, a festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Bento XVI recebeu no Vaticano, no mosteiro Mater Ecclesiae, onde está recolhido, a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Sob sua coroa está a bala que feriu o beato João Paulo II, em 1981, na praça de São Pedro. Ratzinger foi o primeiro a rezar, tornando relevante este gesto, em meio a tudo o que está acontecendo em 2013, na vida da Igreja. Significativo, portanto, o fato de que dos dois “bispos vestidos de branco” que atualmente residem no Vaticano, Bento XVI foi quem rezou primeiro.
Sobre a mensagem de Fátima, Bento XVI, em 11 de maio de 2010, no avião, em sua chegada a Portugal, destacou “… a resposta verdadeira e fundamental que a Igreja deve dar, que nós, cada pessoa, devemos dar nesta situação. A novidade que podemos descobrir hoje, nesta mensagem, reside também no fato que os ataques ao Papa e à Igreja vêm não só de fora, mas que os sofrimentos da Igreja vêm justamente do interior da Igreja, do pecado que existe na Igreja. Também isso sempre foi sabido, mas hoje o vemos de um modo realmente terrificante: que a maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja.”
E mais uma vez retomamos à pergunta do porque a consagração a Nossa Senhora (realizada por Pio XII e João Paulo II — já que Francisco evitou a expressão “consagração”, preferindo realizar um ”ato de entrega”) foi genérica, ao mundo, quando ela própria ordenou que fosse consagrada especificamente a Rússia, a fim de que os erros desta nação não se espalhassem pelo mundo.
Enquanto São Pio X foi contundente em rechaçar o modernismo, “síntese de todas as heresias”, falta hoje, com mais vigor, que a Igreja recobre coragem para denunciar quais são os inimigos que “vêm justamente do interior da Igreja”, como salientou Bento XVI, e que agem corroendo por dentro a sã doutrina. Tais inimigos internos (infiltrados e hoje muitos deles em postos de decisão) são os que trabalham com estratégia gramsciana para agravar cada vez mais “o pecado que existe na Igreja”, pois agem com sutileza e sofisticação semântica, contra Cristo.
As potências que manipulam de modo anônimo
Em “Jesus de Nazaré”, Bento XVI escreveu que “estamos todos na realidade presos pelas potências que de um modo anônimo nos manipulam”. O mesmo dissera Woodrow Wilson, há quase cem anos, quando se referiu à existência em algum lugar, de “um poder tão organizado, tão sutil, tão atento, tão interligado, tão completo, tão disseminado”, que trabalha nas sombras,  com uma tal eficácia, de causar assombro. Há mais de um século, instituições financeiras juntaram volumosas somas de riqueza material, beneficiadas por omissões e brechas nas legislações, e toda espécie de astúcia, até formarem um bloco de vasto poder, agindo como um polvo de mil tentáculos, que a tudo abarca e manipula, e impõe as mais estranhas ideologias do mal, alcançando capilarmente toda a sociedade, inclusive a Igreja.
As novas ideologias que tomaram força em sentido contrário ao cristianismo também se inseriram no seio da Igreja, provocando, em muitos meios e movimentos, a dissociação da caridade e da verdade e, por conseqüência, a hesitação da fé. Todas estas forças sintetizadas na heresia modernista, condenada inequivocamente por São Pio X no início do século XX, atuam hoje, de modo mais intenso, num processo de desconstrução e desmonte civilizacional. Com a omissão e a conivência de muitos dentro da Igreja, as estruturas de pecado ampliaram-se de tal forma que hoje tem sido cada vez mais difícil defender a sã doutrina. Em passado glorioso, os homens da Igreja resistiram, em altos graus de heroicidade, tendo os Papas como baluartes na defesa do tesouro da fé. São Pio X, já citado, foi um dos santos mais heroicos nesta batalha espiritual, pois os santos, nas horas graves da Igreja, sinalizam a continuidade apostólica e sabem que defender a verdade significa lutar por ela.
Como salientou Bento XVI na homilia inaugural de seu pontificado, “amar é estar pronto para sofrer”. Neste mundo, o sofrimento é o preço por resistir ao mal (é o que pedimos a Nosso Senhor Jesus Cristo, rezando no Pai Nosso: “livrai-nos do mal”). Por isso “a Igreja tem de ser força de resistência”, ressaltou Ratzinger, em “O Sal da Terra”. Custe o que custar, doa a quem doer: “Prega a palavra, insiste, quer agrade quer desagrade, repreende, adverte, exorta com toda a paciência e doutrina” (II Tim, 4, 2). 
Como vemos diante de nossos olhos, “os erros da Rússia”, advertidos por Fátima, não foram erradicados. Antes, se estenderam e os seus efeitos de corrosão aí estão, com mais força ainda hoje: descaracterização de conceitos, modificação de mentalidade, com meias verdades e ambiguidades, para que as novas gerações passem a aceitar sem resistência o veneno do pecado como algo aparentemente inofensivo. É isso: voltamos à tragédia adâmica do Gênesis, com a mesma tentação: “sereis como deuses!” E a mesma indagação: “Por que não provar do fruto proibido?” E assim, as potências de modo anônimo, aludidas por Woodrow Wilson e Bento XVI, continuam a trabalhar nas sombras, no afã de substituir Deus por Leviatã. 
“Quando se pensa que a Igreja deveria ser uma imitação do Estado, não se compreende a essência da própria Igreja”, ressaltou Ratzinger, em O “Sal da Terra”. O que se quer? Flexibilizar a moral católica em nome de uma “nova antropologia?”, considerar a defesa dos “valores inegociáveis” da sacralidade da vida humana como obsessão? São questões que hoje angustiam e requerem reflexão e fortalecimento na oração, para o verdadeiro discernimento. 
A novidade da mensagem de Fátima – ressaltou Bento XVI há tão pouco tempo – é que “os sofrimentos da Igreja vêm justamente do interior da Igreja”. E conclui enfaticamente o Papa Ratzinger — que nossos ouvidos ouçam: “Também isso sempre foi sabido, mas hoje o vemos de um modo realmente terrificante: que a maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja”.
Os cristãos são sempre chamados à oração e à vigilância, inspirados no exemplo dos santos. O que não podemos é aceitar que a Igreja seja instrumentalizada por Leviatã. Cristo venceu o mundo! Sabemos disso! A razão da nossa fé está em Cristo Ressuscitado, daí a fidelidade à sã doutrina.

Você sabe a diferença entre Estado laico e Estado laicista?

laicismo
Um dos argumentos utilizado pelos defensores do aborto e de outras aberrações morais é a de que o Estado é laico e, por isso, os cristãos não deveriam opinar sobre as decisões que os governantes tomam (ou deixam de tomar) na área ética.
Tal pensamento, contudo, é errôneo, se bem entendermos o que é realmente um Estado laico, de acordo com o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, em seu n. 572: “O princípio da laicidade comporta o respeito de toda confissão religiosa por parte do Estado, ‘que assegura o livre exercício das atividades cultuais, espirituais, culturais e caritativas das comunidades dos crentes. Numa sociedade pluralista, a laicidade é um lugar de comunicação entre as diferentes tradições espirituais e a nação’ (João Paulo II, Discurso ao Corpo Diplomático (12 de Janeiro de 2004), 3:L’Osservatore Romano, ed. em Português, 17 de Janeiro de 2004, p. 7)”.
Infelizmente permanecem ainda, inclusive nas sociedades democráticas, expressões de laicismo intolerante, que hostilizam qualquer forma de relevância política e cultural da fé, procurando desqualificar o empenho social e político dos cristãos, porque se reconhecem nas verdades ensinadas pela Igreja e obedecem ao dever moral de ser coerentes com a própria consciência; chega-se também e mais radicalmente a negar a própria ética natural.”
“Esta negação, que prospecta uma condição de anarquia moral cuja conseqüência é a prepotência do mais forte sobre o mais fraco, não pode ser acolhida por nenhuma forma legítima de pluralismo, porque mina as próprias bases da convivência humana. À luz deste estado de coisas, ‘a marginalização do Cristianismo não poderia ajudar ao projeto de uma sociedade futura e à concórdia entre os povos; seria, pelo contrário, uma ameaça para os próprios fundamentos espirituais e culturais da civilização’ (Congregação para a Doutrina da Fé, Nota Doutrinal sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política (24 de Novembro de 2002), 6:Libreria Editrice Vaticana, Cidade do Vaticano, 2002, p. 15)”
O Papa Francisco, por sua vez, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 27 de julho de 2013, disse, em síntese, que o Estado Laico é aquele que, sem assumir como própria nenhuma posição confessional, respeita e valoriza a presença da dimensão religiosa na sociedade, favorecendo suas expressões mais concretas.
“O Estado laico, longe de ser um Estado ateu – que nega a existência de Deus –, protege a liberdade de consciência e de crença de seus cidadãos, permitindo a coexistência de vários credos”, assegura, do ponto de vista legal, o Dr. Ives Gandra da Silva Martins, renomado constitucionalista brasileiro.
Quanto ao falso Estado Laico que aí está, o Padre David Francisquini é taxativo ao afirmar que esse Estado professa, sim, uma confessionalidade ideológica agnóstica e laicista, o que significaria dizer: “Como você tem uma convicção religiosa, não pode impô-la a mim. Mas eu que sou agnóstico ou ateu, posso impor a minha a você”.
“Nós divergimos, mas quem tem razão sou eu, que tenho a mente livre e não atada por dogmas religiosos. Trata-se de um estranho Estado de Direito, dito democrático e pluralista, no qual somente os ateus e agnósticos têm o direito de falar e modelar as leis segundo seus princípios” (Catecismo contra o aborto, p. 35).
Vê-se, portanto, que, a mentalidade reinante pretende fazer prevalecer não apenas o Estado Laico, que seria respeitador da pluralidade de opinião, mas, sim, o Estado Laicista, de raiz comunista e, por isso, sufocador da fé e da moral cristã, libertadoras do ser humano.
Vanderlei de Lima é filósofo e escritor.

Papa afasta bispo alemão envolvido em escândalo de gastos



O Vaticano anunciou hoje (23) que o papa Francisco suspendeu, até segunda ordem, o bispo de Limburg Franz-Peter Tebartz-van Elst. O bispo está na origem de um escândalo na Alemanha, relacionado a gastos excessivos da diocese. De acordo com o comunicado oficial, o Vaticano considera ser oportuno, enquanto aguarda os resultados de um inquérito da Igreja alemã, autorizar Tebartz-van Elst a passar um período de férias fora da diocese.

"O papa foi constantemente informado, em pormenores e de forma objetiva, sobre a situação na diocese deLimburg. Ocorreu uma situação na diocese e o bispo Tebartz-van Elst não pode exercer, no momento, o ministério episcopal", informou o documento.

Nos últimos 15 dias, o bispo de Limburg, conhecido como o Bispo do Luxo, tem dominado as manchetes dos principais jornais alemães por estar no centro de uma polêmica envolvendo despesas com a nova casa diocesana que mandou construir em Limburg. Os gastos aumentaram de 5 milhões de euros (cerca de R$ 15 milhões) para 31 milhões de euros (R$ 93 milhões).

De acordo com os críticos, a elevação de despesas foi gerada pelos pedidos luxuosos de Tebartz-van Elst. Os meios de comunicação alemães noticiaram que o bispo tentou, durante bastante tempo, esconder o custo real das obras, que não paravam de aumentar. Os aposentos do bispo teriam custado 2,9 milhões de euros (aproximadamente R$ 9 milhões), com uma sala de refeições de 63 metros quadrados e uma banheira de 15 mil euros (R$ 45 mil).

O papa Francisco, que defende uma Igreja pobre e próxima dos fiéis, recebeu hoje o presidente da conferência episcopal alemã, Robert Zollitsch, para conversar sobre a situação de Tebartz-van Elst. A Igreja alemã nomeou uma comissão para averiguar as despesas feitas pelo bispo. Enquanto Limburg estiver afastado, o vigário-geral Wolfgan Rosch ocupará a diocese.
Fonte: http://www.aleteia.org

PODE A PARAPSICOLOGIA EXPLICAR A FÉ?

Marcos Bueno

A parapsicologia tem dado certa contribuição para esclarecer alguns fenômenos paranormais, que à primeira vista podem ser percebidos, equivocadamente, como sobrenaturais. A própria Igreja exige que tudo, em se tratando de fenômenos e grandes milagres sejam postos à prova científica, antes de dar a palavra final de reconhecimento.

A parapsicologia como ciência no campo na paranormalidade, colaborou para desvendar os fenômenos como telecinesia, hiperestesia, telergia etc., que explicam os casos da psicografia, adivinhações, mediunidade, assombrações, entre outros casos curiosos. Outra contribuição positiva é na área da psicoterapia.

Porém, o discernimento sobre as afirmações de alguns expoentes da parapsicologia se faz necessário, em vista da perplexidade causada a muitos católicos. Quando a parapsicologia extrapola seu campo de atuação, inevitavelmente incorre em sérios erros com as questões relacionadas à religião. Compete à parapsicologia investigar o campo da paranormalidade, concernente aos fenômenos da mente humana. Contudo, não lhe compete adentrar nas questões de fé e nem no campo do sobrenatural, que pertencem ao Sagrado Magistério da Igreja.

A pretensão de dar explicações fora de sua alçada, alguns parapsicólogos, particularmente os ligados ao Centro Latino Americano de Parapsicologia (CLAP), tendo como diretor o padre Oscar Quevedo SJ, resultou na propagação de sérias contradições com a Fé Católica, que são abordadas neste texto, à luz do Catecismo da Igreja Católica (CIC).

Além de outras fontes utilizadas, o Catecismo da Igreja (1992) aqui é considerado a principal referência para as questões da fé, nesta abordagem: “É uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo e como uma norma segura para o ensino da fé” (João Paulo II. CIC, Introdução).

A propósito, apresentamos um confronto entre padre Quevedo e o Catecismo da Igreja. “O "Catecismo da Igreja Católica", aprovado pelo Papa João Paulo II, não era para ser publicado [...] O Catecismo da Igreja Católica, como tal, não tem valor dogmático e certamente muita coisa poderá ser modificada” (Quevedo 1).

As afirmações do padre Quevedo e de parapsicólogos ligados a ele são de amplo conhecimento público, através das inúmeras participações nas redes de televisão, livros, artigos e cursos realizados em muitos lugares.

Em síntese, são seis tópicos em exposição, que representam os temas de maior relevância, o que negam e o que afirmam tais parapsicólogos, em franca oposição com a Igreja.

1. Negam que a alma se separa do corpo no momento da morte

A Igreja afirma justamente o contrário, confirmando a própria Sagrada Escritura (I Rs 17, 21; Lc 23,43; At 20, 10), que a alma se separa do corpo no momento da morte, passa pelo juízo particular (Hb 9, 27) e vai para eternidade, diretamente para o céu, ou se purifica antes no purgatório, ou vai para o castigo eterno (CIC 1030 – 1037). Ora, se a alma não se separasse do corpo na morte, onde ou em que estado ficaria?

Pe Quevedo 1: Não existe em nenhum momento, alma sem corpo nem corpo sem alma, portanto, na hora da morte, o ser humano ressuscita e assim nunca deixa de ser um ser individual de corpo e alma, como prega o credo católico.

[...] Nunca. Nunca. Nunca o corpo se separa da alma 2

Márcia Côbero, parapsicóloga 9 : Não há separação de corpo e alma na morte. Somente uma nova correlação entre corpo e alma.

Catecismo da Igreja n.º 997: Na morte, que é a separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao que a sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado.

N.º 366 [...] ela não perece quando da separação do corpo na morte, e se unirá novamente ao corpo quando da ressurreição final.

N.º 1005: [...] Nesta partida que é a morte, a alma é separada do corpo. Ela será reunida ao seu corpo no dia da ressurreição dos mortos.

A alma, sendo de natureza espiritual e imortal (CIC n.º 364) é criada e dada por Deus ao indivíduo, mas não é produzida pelos pais, como ocorre com o corpo (CIC n.º 366). Nas palavras de padre Quevedo e de Márcia Côbero, se percebem ambigüidades quanto ao conceito de alma humana. A crença de que a alma não se separa do corpo na morte, inevitavelmente remeterá a outros erros na área da escatologia, como está exposto mais adiante.

2. Afirmações heréticas sobre Purgatório, Vida Eterna e Ressurreição da Carne.

Em matéria de escatologia, alguns parapsicólogos do CLAP seguem à risca a linha do teólogo Renold Blank, cujas teses são questionadas por Dom Estêvão Bettencourt 4. Blank se apóia nos achados da parapsicologia para sustentar suas teorias, enquanto tais parapsicólogos encontram nas teorias de Blank elementos que acomodam suas teorias. O que um fala, outro repete: que não haverá a segunda vinda de Cristo 5, não existe purgatório, nem inferno e nem ressurreição da carne, na forma como crê e ensina o Sagrado Magistério.

Renold J. Blank 6, sobre o purgatório: Portanto, quando após o 8º dia, com um corpo mais glorioso ou ressuscitado do que físico e mortal, no bebê, como no pagão, o corpo deixará de atrapalhar e suas almas terão plena manifestação do conhecimento paranormal e conhecerão plenamente a doutrina cristã, e poderão escolher com pleno conhecimento de causa. O Purgatório tem que ser, entre o 8º e 21º dias após a morte. Na eternidade não há tempo nem modificação. A Purificação não é questão de tempo.

Catecismo da Igreja, n.º 962: Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos defuntos que estão terminando a sua purificação, dos bem aventurados do céu, formando todos juntos uma só Igreja.

(n.º 1031): Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham a garantida a sua salvação eterna, passam, após a morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu.

(n.º 1479): Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los obtendo para eles indulgências, para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.

São Francisco de Sales, doutor 7: As almas ali vivem uma contínua união com Deus; querem permanecer na forma que agrada a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.

Blank tenta explicar o purgatório reduzindo todo o mistério da doutrina numa simplória alusão aos desenlaces cerebrais durante o estágio da morte. Com isso acaba negando o purgatório como um estado da Igreja (Igreja Padecente). Nega direta ou indiretamente a doutrina das indulgências aplicadas aos fiéis defuntos, tal como é (CIC n.º 1471; DI), já que para o autor, com 21 dias acaba o “purgatório”, não importando qual a necessidade das penas expiatórias, não importa “se é pagão ou um bebê”, e assim subtrai a crença da necessidade do tempo de expiação, concedido pela misericórdia de Deus a cada indivíduo.

João Paulo II, Papa 8: A Igreja do Céu, Igreja da Terra e Igreja do Purgatório estão misteriosamente unidas nesta cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus.

Márcia Côbero, parapsicóloga 9: “Depois da morte, o ser humano passa por vários estágios de uma possível conversão [...] A morte é apenas mais um processo de transformação da nossa energia corporal”.

(...)23 A morte é um processo. Entre a morte clínica, atestada pelo médico, e a morte real (quando não existe vida em mais nenhuma célula) em média há um período de mais ou menos 21 dias. Esse é o "período" do purgatório. Como já afirmei, na eternidade não há tempo. O tempo de conversão tem realmente que ser antes da morte real.

Márcia Côbero, assim como Blank, defende uma teoria que não se sustenta diante da Igreja, pois, na morte encerra-se o tempo de livre escolha e o tempo conversão (CIC n.º 1013; 1021). Não há mais conversão após o Juízo Particular, e sim purificação no purgatório. A sua expressão “processo de transformação da nossa energia corporal” revela uma hermenêutica muito estranha ao Magistério da Igreja.

Padre Quevedo, sobre a ressurreição da carne 10: [...] na hora da morte, o ser humano ressuscita e assim nunca deixa de ser um ser individual de corpo e alma, como prega o credo católico: “creio na ressurreição da carne e na vida eterna. [...] Eu admiro a fé dos cristãos, mas no Brasil, quando os padres rezam o Creio, se diz: "... creio na ressurreição da carne...", me dá uma vontade de levantar os olhos e dizer: Eu não... E continuar rezando. Em grego, a palavra que está na oração não significa carne, significa ser humano. "Creio na ressurreição do homem...", não da carne. [...] Com Cristo, havia um motivo especial para que ressuscitasse precisamente aquela energia corporal [...] Cristo ressuscitou aqui, no plano material, e depois "subiu aos céus", foi para o Pai (plano sobrenatural); mas conosco, ressuscitaremos não aqui, mas na eternidade, no plano sobrenatural.

Catecismo da Igreja n.º 997 – 999: Na morte, que é a separação da alma e do corpo, o corpo do homem cai na corrupção, ao que a sua alma vai ao encontro de Deus, ficando à espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus na sua onipotência restituirá definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos unindo-os às nossas almas, pela virtude da Ressurreição de Jesus. [...] todos ressuscitarão com próprio corpo, que tem agora.

As afirmações do padre Quevedo afrontam acintosamente com os ensinamentos da Igreja.

Quevedo 10: À medida que vamos morrendo, vamos ressuscitando. A mesma alma, com o mesmo corpo, embora em outra situação: um corpo "espiritual". Nem por um instante a alma é separada do corpo. Isto é sobrevivência na ressurreição [...] Há todo um processo para a ressurreição. Nós não morremos num instante. Entre a morte clínica e a morte real (morte de todas as células) há alguns dias, em que vamos morrendo e ao mesmo tempo ressuscitando. Ou seja, vamos abandonando um corpo corruptível e ressuscitando num corpo incorruptível. Vamos deixando um corpo físico e ressuscitando num corpo espiritualizado.

Examinando as expressões “corpo incorruptível” e “corpo espiritualizado”, pode até parecer estar de acordo com o credo católico. No entanto, para a Igreja, corpo incorruptível significa corpo ressuscitado, glorificado, condição prometida para os redimidos no último dia (CIC n.º 989). Na concepção do padre Quevedo esse corpo espiritualizado não é um corpo carnal glorificado, já que o mesmo afirma que “que vamos morrendo e ao mesmo tempo ressuscitando”.

3. Negam a existência de dois juízos: Particular e o Juízo Final.

O Juízo Particular e o Juízo Final são pontos altos na escatologia. Negá-los, é negar a verdade como tal. Matéria grave de heresia.

Padre Quevedo 11: Durante séculos todo o povo como também todos os teólogos e filósofos cristãos pensaram, e ainda hoje a maioria pensa, que haverá dois juízos, o Juízo Particular e o Juízo Universal ou Juízo Final. [...] Juízo Particular seria quando cada um morre. E Juízo Final seria após uma Ressurreição Universal que pensavam que seria no fim do mundo (?!): "Ao som das trombetas" (?!) surgiriam dos túmulos todos os corpos (?!) dos mortos para unirem-se às suas almas que teriam estado separadas (?!) dos corpos, "esperando" (?!) na Eternidade. Tal opinião de dois Juízos é uma coleção de absurdos, aos que há que acrescentar o absurdo de atribuir a Deus dois julgamentos, pois Deus não troca seu julgamento. Além do mais é contraditória com o próprio conceito que os teólogos e filósofos cristãos sempre tiveram de Eternidade, sem tempo nem modificação.

Catecismo da Igreja n.º 1022; 1038: Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo [...]. A ressurreição de todos os mortos, dos justos e dos injustos, antecederá o Juízo Final. Este será a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão [...] O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo.

O Catecismo não está usando parábolas nem metáforas nem simbolismos. É a voz clara e objetiva da Igreja de Cristo. É a voz da infalibilidade do Papa. “Mas, quando vier o Filho do homem, acaso achará fé sobre a terra?” (Lc 18, 8b).

4. Negam a existência de demônios.

Outro problema grave. Neste ponto não estamos referindo aos fenômenos paranormais, que às vezes são atribuídos aos espíritos malignos. Mas sim quanto à afirmação de que não existem demônios nem satanás.

Padre Quevedo 12: Lúcifer não tem nada a ver com anjo rebelde e nem com Príncipe dos Demônios. A palavra Lúcifer significava a estrela da manhã, a estrela que mais brilha no céu a noite, e hoje sabemos que é o planeta Vênus [...] Portanto, na Bíblia, Satã nunca designa um ser que possamos considerar um demônio no sentido, errado, tão difundido entre os cristãos de um ser sobre-humano e perverso. Não significa um ser, mas sim a própria inimizade com Deus, o que afasta o homem de Deus.

Catecismo da Igreja n. 2851; 2852: O mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus [...] Homicida desde o princípio, mentiroso e pai da mentira, Satanás, sedutor de toda a terra habitada, foi por ele que o pecado e a morte entraram no mundo e é por sua derrota definitiva que a criação inteira será liberta da corrupção do pecado e da morte.

Padre Quevedo 12: Não é verdade que na Bíblia se revele a condenação de Satã e seus anjos rebeldes. Na realidade, nada há de Revelação na Bíblia a respeito de guerra e queda de demônios, como temos visto nestes artigos. E veremos em outra oportunidade que não há absolutamente nenhum Dogma de Fé a respeito de demonologia. Nem pode haver, precisamente porque a demonologia não faz parte da Revelação.

Catecismo da Igreja, n. 391: A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste anjo destronado, chamado Satanás ou diabo. A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente anjo bom, criado por Deus [...] Com efeito, o diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.

O Próprio N. S. Jesus viu Satanás cair do céu como um raio (Lc 10, 18). Na segunda carta de S. Pedro, cap. 2, vers. 4, o Apóstolo ensina que Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os precipitou nos abismos tenebrosos do inferno. O Padre Quevedo não se intimida em contestar às Sagradas Escrituras e ao Magistério.

Negar a existência de espíritos malignos pode levar direta ou indiretamente a negar também a existência dos anjos, verdade de fé que a Igreja obriga a crer (CIC, 328): “Essas forças da natureza e do homem, quando em si mesmas benfazejas ou trazem benefícios, podem também ser representadas por Anjos de Deus.” (Quevedo 12).

Com efeito, negar a existência do tentador, autor do pecado e pai da mentira, o diabo, é também insinuar lacunas sobre a necessidade do sacrifício redentor de Cristo, pois Ele veio também para destruir as obras de satanás, mentor do pecado original.

5. Negam a possibilidade da possessão e das opressões demoníacas.

A Igreja afirma a realidade das possessões ou opressões, corroborando com o que está nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos, recomendando, inclusive, o rito de exorcismo (Cân. 1172; CIC n.º 1673). Ora, se não existisse estes tipos de influência maligna, a Igreja recomendaria exorcismos, como se estivesse mentindo para seu rebanho?

Padre Quevedo 12: De fato, oito vezes os evangelhos usam de modo distinto os termos "doentes" e "endemoninhados". Mas, destes textos não se pode deduzir que a Bíblia pretendesse distinguir entre doentes e endemoninhados. Tal exegese não é válida. Quem fizer tal exegese, ao pé da letra, está adulterando a exegese, também ao pé da letra, bem mais documentada, do que os chamados endemoninhados que são simplesmente doentes. [...] Não pertence à Revelação nem, portanto, à Teologia. Trata-se de fatos observáveis do nosso mundo. Pertence à Parapsicologia dar a última palavra a respeito "dessa experiência natural em torno de diversos poderes" ou fatos incomuns e por isso, misteriosos. Teremos que dar especial destaque às chamadas possessões demoníacas, às tentações, aos exorcismos.

Catecismo da Igreja n.º 1673: É Dele (Jesus) que a Igreja recebeu o poder e o encargo de exorcizar [...] O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Bem diferente é o caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica.

Por isso, não se pode, absolutamente, generalizar todos os casos como fenômenos paranormais, como defendem os parapsicólogos. O Catecismo distingue possessão das demais doenças. Há muitos sacerdotes, autoridades neste assunto, que não só confirmam a realidade de tais influências malignas, como também atuam no ministério de libertação com muito êxito.

6. Negam as aparições e as revelações particulares de N.S. Jesus, de Nossa Senhora e de Anjos

Aqui se trata daquelas aparições reconhecidas pela Igreja, em que tais parapsicólogos insistem em dizer que não passa de alucinações projetadas pelo inconsciente, e que não existem revelações particulares 13. Observem que os parapsicólogos usam o termo “visões” para suprimir o termo “aparições” 13, como se Deus não tivesse a liberdade de se manifestar como e quando quiser, ou conceder que Nossa Senhora, santos e anjos possam se manifestar por Seu desígnio:

Padre Quevedo13, 5: Não existem aparições, apenas visões a gosto do consumidor.

[...]14: Não se trata de aparições. Todos os presentes veriam e ouviriam. Nem podem atribuir-se a Deus as incongruências e alucinações dos Videntes [...] As visões são em si mesmas naturais [...] Sem revelações, sem segredinhos, sem ameaças.

O argumento de Quevedo de que não existem aparições, porque “todos os presentes veriam e ouviriam” é leviano, pois Deus permite a aparição somente a quem Ele escolhe, para um desígnio determinado.

Neste ponto, a Igreja muitas vezes fala explicitamente em aparições ou manifestações 15; 16; 17, como nos casos de Jesus à Santa Faustina, o Papa João Paulo II sublinha os diálogos entre Jesus e a Santa, considerando-as como revelações particulares18; o Papa Pio XI fala da aparição de Jesus a Margarida Maria Alacoque 19; sobre os acontecimentos em Lourdes e em Fátima, o Papa João Paulo II usa o termo aparições de Nossa Senhora em sua Carta Apostólica 20.

Há contradição quando o padre Quevedo, repetidas vezes argumenta que “Deus assina embaixo com milagres”, para comprovar a autenticidade das visões (e não aparições, como ele insiste). Ora, se são apenas visões, fruto das “incongruências e alucinações dos videntes”, Deus assinaria embaixo?

São, portanto, numerosas referências legítimas em que se encontram a expressão aparição ou manifestação, considerando o teor das mensagens reveladas, particularmente para os casos de Juan Diego de Guadalupe, Ir. Lucia de Fátima, Bernadete Soubirous de Lourdes21, Catarina Labouret de Paris, e outros.

Defende o padre Quevedo que as aparições de Jesus se encerraram na sua ascensão, e da mesma maneira a Revelação terminou com a morte do apóstolo São João14. Afirma que não pode haver mais revelações depois disso. Mas como então o padre Quevedo vê os ensinamentos dos santos Padres e dos santos doutores, após a morte de São João Evangelista, na era patrística, que trazem toda a riqueza da Sagrada Tradição?

Já, a respeito das revelações particulares, quando autênticas, não se tratam de novas revelações que vieram se acrescentar à santa doutrina. Nunca houve essa pretensão por parte de videntes e de tantos místicos da história da Igreja, particularmente daqueles beatificados e canonizados.

A Igreja não obriga crer nas revelações particulares nem nas aparições particulares. Porém, aqueles que sempre se recusam severa e sistematicamente a acolher os sinais concedidos por Deus, pode estar preso ao orgulho que não lhes permitem aceitar com docilidade as intervenções da providência divina.

Considerações

Ficaria bem melhor se a parapsicologia atuasse somente em seus domínios. Sua tarefa é de investigar fenômenos, se há ou não fatores psíquicos intervenientes em cada caso, para que se possa depor em favor da verdade.

Nenhuma ciência pode provar que Deus existe ou que Deus não existe. Da mesma forma a parapsicologia não pode provar se existe ou não existem demônios, purgatório, dons carismáticos, aparições, ressurreição da carne, se Jesus voltará ou não, e tudo mais que se refere ao campo da fé, sobretudo na matéria de escatologia, que só pertence ao Magistério da Igreja.

O que muito nos preocupa é que diante de todas essas e outras evidências contundentes de heresias e de disseminação de ceticismo, a direção do Centro Latino Americano de Parapsicologia (CLAP) afirma estar credenciado pela CNBB2 para promover cursos com apoio da Igreja. Talvez o CLAP esteja exagerando na propaganda. Confiamos no zelo apostólico da CNBB.

Infelizmente, como as teorias do padre Quevedo, como a do CLAP, foram amplamente disseminadas, resta agora a tantos católicos no Brasil e no mundo discernir com quem está a verdade, e escolher qual doutrina seguir:

a da Igreja, ou a do CLAP.

Notas:

1. http://oepnet.sites.uol.com.br/Duvidas.htm . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

2. http://lenilsonazevedo.com/?p=2435 . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

3. Oscar Quevedo: Jornal Pulsando, n. 438, pg. 14.

4. http://www.pr.gonet.biz/search.php?search=renold%20blank&onde=keyw&topic=Pergunte%20e%20Responderemos . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

5. http://joseboy.spaceblog.com.br/1081760/PADRE-QUEVEDO-NEGA-A-REENCARNACAO-A-EXISTENCIA-DO-DIABO-E-A-SEGUNDA-VIDA-DE-CRISTO/ . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

6. Textos extraídos do livro: "Escatologia da Pessoa – Vida, Morte e Ressurreição" – Editora Paulus. Fonte: http://oepnet.sites.uol.com.br/purgatorio.htm

7. O Breviário da Confiança. Mons. Ascânio Brandão, Ed. Rosário, Curitiba, 1981, apud Escola da Fé – I Sagrada Tradição, Felipe Aquino, Ed. Cleófas, 2000. Lorena – SP.

8. Reconcioliatio et poenitentia, 12.

9. Prof. Marcia Cobêro. Jornal do Evangelizador do Pe Reginaldo Manzotti, n.º 49.

10. http://oepnet.sites.uol.com.br/a_ressurreicao_do_homem.htm . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

11. http://oepnet.sites.uol.com.br/juizo_final.htm . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

12. http://oepnet.sites.uol.com.br/demonologia.htm . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

13. http://www.fimdostempos.net/padrequevedo.html . Acesso em 09 de fevereiro de 2012.

14. Oscar Quevedo. Nossa Senhora de Guadalupe: O olhar de Maria para a América Latina. Coleção Lições e respostas do CLAP, N. 01, pg. 07, 08, 17, 19, 20.

15. Liturgia das Horas: próprio dos santos - 11 de fevereiro, no comentário inicial, 2004.

17. Bento XVI: homilia na procissão das velas, em Lourdes, dia 13.09.2008.

18. Pio XII, Carta Encíclica Le Pélerinage de Lourdes, 1957.

19. Homilia do Papa João Paulo II, durante a Canonização de Santa Faustina, em 30 de abril de 2000.

20. Miserentissimus Redemptor, Pio XI.

21. Rosarium Virginis Mariae, n.º 7 - Introdução.

22. Decreto De Tuto para a canonização de santa Bernardete, 2 de julho de 1933: AAS 25(1933), p. 377.

23. Reposta dada pela Márcia Côbero por e-mail, em 29/11/2011, sobre a matéria publicada no Jornal do Evangelizador do Pe Reginaldo Manzotti, n.º 49.

Sigla:

DI - Constituição Apostólica Doutrina das Indulgências, do Papa Paulo VI, 1967.

Marcos Bueno

RG. 4354595-7

Professor de Administração na FECEA.

Leigo, participante da Renovação Carismática Católica.

Paróquia da Catedral – Diocese de Apucarana – PR.

e-mail: marcos-20-09@uol.com.br