quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Estatísticas revelam números e força da Igreja fundada por Jesus Cristo no mundo.



Como em um Iceberg, os números revelam apenas a parte visívelda ação missionária da Igreja.
Como em um Iceberg, os números revelam apenas a parte "visível"da ação missionária da Igreja.
Estatísticas da Agência Fides: membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educacional

Por Antonio Gaspari

Apesar da crise demográfica e vocacional que atinge a Europa, a Igreja católica cresce em todo o mundo e particularmente na Ásia e na África.
O resultado emerge do estudo realizado pela Agência Fides  http://www.fides.org/aree/news/newsdet.phpidnews=33882&lan=por que apresenta dados extraídos do «Anuário Estatístico da Igreja» (atualizado em 31 de dezembro de 2010) e dizem respeito aos membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educacional.
Católicos no mundo
Em 31 de dezembro de 2010, a população mundial era de 6.848.550.000 pessoas, com um aumento de 70.951.000 em relação ao ano anterior. O aumento global também se aplica este ano a todos os continentes: os aumentos mais consistentes estão na Ásia (+40.510.000) e África (+22.144.000) seguidos pela América (+5.197.000), Europa (+2.438.000) e Oceania (+662.000).
Na mesma data de 31 de dezembro de 2010, o número de católicos era 1.195.671.000 unidades com um aumento total de 15.006.000 pessoas em relação ao ano anterior.
O aumento diz respeito a todos os continentes e é maior na África (+6.140.000), América (+3.986.000) e Ásia (+3.801.000); seguem Europa (+894.000) e Oceania (+185.000).
A percentagem de católicos aumentou globalmente 0,04%, num total de 17,46%. Em relação aos continentes, houve aumentos em todos os lugares, exceto na Europa: África (+0,21), América (+0,07), Ásia (+ 0,06), Europa (-0,01) e Oceania (+ 0,03).
Bispos
O número total de bispos no mundo aumentou de 39 unidades, atingindo um total de 5.104. Em geral aumentam os bispos diocesanos e diminuem os bispos religiosos. Os bispos diocesanos são 3.871 (43 a mais que no ano anterior), enquanto os Bispos religiosos são 1.233 (4 a menos). O aumento de Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes exceto a Oceania (-4), África (+13), América (+22), Ásia (+11), Europa (+1). O bispos religiosos aumentam na África (+3), Ásia (+1) e Oceania (+1), diminuem na América (-7) e Europa (-2).
Sacerdotes
O número total de sacerdotes no mundo aumentou de 1.643 unidades em relação ao ano precedente, atingindo a cota de 412.236. A marcar uma diminuição é mais uma vez a Europa (-905), enquanto os aumentos se registram na África (+761), América (+40), Ásia (+1.695) e Oceania (+52). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram globalmente de 1.467 unidades, atingindo o número 277.009, com um aumento na África (+571), América (+502), Ásia (+801) e Oceania (+53) e ainda uma diminuição na Europa (-460). Também os sacerdotes religiosos aumentaram 176 unidades e são 135.227. A marcar um aumento, seguindo a tendência dos últimos anos, são a África (+190) e a Ásia (+894), enquanto a diminuição se verifica na América (-462), Europa (-445) e Oceania (-1).Diáconos permanentes
Os diáconos permanentes no mundo aumentaram 1.409 unidades, atingindo um total de 39.564. O maior aumento se confirma mais uma vez na América (+859) e na Europa (+496), seguido pela Ásia (+58) e Oceania (+1). Uma única diminuição, também este ano, na África (-5). Os diáconos permanentes diocesanos no mundo são 39.004, com um aumento total de 1.412 unidades.
Aumentam em todos os continentes, com exceção da África (-6) e da Oceania (nenhuma variação), precisamente: América (+863), Ásia (+60), Europa (+495). Os diáconos permanentes religiosos são 560,3 a menos em relação ao ano precedente, com leves aumentos na África (+1), Europa (+1) e Oceania (+1), reduções na América (-4) e Ásia (-2).
Religiosos
Religiosas
 e religiosos não sacerdotes aumentaram globalmente em 436 unidades, chegando ao número de 54.665. Registraram-se aumentos na África (+254), Ásia (+411), Europa (+17) e Oceania (+15). Diminuíram apenas na América (-261). Confirma-se a tendência à diminuição global das religiosas (-7.436) que são 721.935 no total, assim divididas: neste ano, também os incrementos são na África (+1.395) e Ásia (+3.047), as reduções na América (-3.178), Europa (-8.461) e Oceania (-239).
Missionários leigos e catequistas
O número de Missionários leigos no mundo é de 335.502 unidades, com um aumento global de 15.276 unidades e aumentos continentais na África (+1.135), América (+14.655), Europa (+1.243) e Oceania (+62); a única redução é na Ásia (-1.819).
Os Catequistas no mundo aumentaram no total em 9.551 unidades, alcançando 3.160.628. Os aumentos se registram na América (+43.619), Europa (+5.077) e Oceania (+393). Diminuições na África (-29.405) e Ásia (-10.133).
Institutos de instrução e educação
No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 70.544 escolas maternas, frequentadas por 6.478.627 alunos; 92.847 escolas fundamentais, com 31.151.170 alunos; 43.591 institutos secundários, com 17.793.559 alunos. Além disso, segue também 2.304.171 alunos de escolas superiores e 3.338.455 estudantes universitários. O confronto com o ano precedente indica um aumento de escolas maternas (+2.425) e uma redução de alunos (-43.693); uma leve redução no número de escolas fundamentais (-124) e um aumento de alunos (+178.056); aumentam os institutos secundários (+1.096) e seus respectivos alunos (+678.822); em aumento também os estudantes de escolas superiores (+15.913) e de universitários (+63.015).
Institutos de saúde, de beneficência e assistência
Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja incluem: 5.305 hospitais, com maior presença na América (1.694) e África (1.150); 18.179 postos de saúde, em maioria na América (5.762), África (5.312) e Ásia (3.884); 547 leprosários, distribuídos principalmente na Ásia (285) e África (198); 17.223 casas para idosos, doentes crônicos e portadores de deficiência, em maioria na Europa (8.021) e América (5.650); 9.882 orfanatos, um terço dos quais na Ásia (3.606); 11.379 jardins de infância; 15.327 consultórios matrimoniais, distribuídos em grande parte na América (6.472); 34.331 centros de educação ou reeducação social e 9.391 instituições de outros tipos, em maioria na América (3.564) e Europa (3.159).
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio

Filhos não são um “direito” nem sonho de “consumo” dos pais, mas DOM de Deus!


Pe. Anderson Alves
Percebe-se atualmente uma crise educativa cada vez mais intensa. De modo geral, constata-se que o nível médio de educação diminui drasticamente e que o processo formativo dos jovens enfrenta grandes dificuldades. As crianças e os adolescentes aprendem cada vez menos; a autoridade dos professores tende a desaparecer e os jovens, em meio a uma aparente energia, sentem-se sós e desorientados. E isso numa época de incrível desenvolvimento da Pedagogia.
Nunca houve tantas pessoas que estudam essa ciência e nunca tivemos tantas teorias pedagógicas como agora. No Brasil a crise educativa é cada vez mais preocupante, embora tenha eminentes pedagogos. Um recente estudo comparou a educação em 40 países e mostrou que o Brasil (6ª Economia do mundo) ficou em 39º lugar na educação, atrás de países como Singapura (5º), Romênia (32º), Turquia (34º) e Argentina (35º)[1].Certamente uma das causas da atual crise educativa no Brasil não é a falta de recursos, mas algo mais profundo: não sabemos mais como ver e tratar os nossos filhos.
Até a metade do século passado, tínhamos uma ideia bem clara sobre o que eram os nossos filhos: acima de tudo, eram considerados um dom de Deus, um presente que nos tinha sido dado para ser tratado com atenção, carinho e muita responsabilidade. Os filhos eram visto como um dom divino e a paternidade era considerada uma participação especial no poder criador de Deus. De modo que os filhos eram tratados com respeito e a vida era acolhida com alegria e generosidade.
Isso se deve ao fato de que nosso modo de viver até então era marcado pelos ensinamentos da cultura judaico-cristã. Seguia-se o exemplo de figuras como a de Ana (Cfr. 1 Sam. 1), uma mulher estéril que todos os anos ia a um Templo de Israel prestar culto a Deus, e que, certa vez teve a ousadia de pedir-lhe um filho. Depois que Deus escutara suas ferventes orações, ela retornou ao Templo para agradecer o dom recebido e para consagrar a vida daquele novo ser a Deus. Ana era plenamente consciente de que a vida humana procede e retorna a Deus, para quem nada é impossível.
A partir da “revolução” de 1968 uma nova cultura surgiu, na qual a visão bíblica foi abandonada. S. Freud, na sua época, sonhava o dia em que fosse separada a geração dos filhos da estrutura familiar, algo que a partir de 68 vem se tornando frequente.Desde então, procura-se incutir nos jovens a ideia de que os filhos são um obstáculo, algo que tolhe a liberdade, a autonomia e que impede a realização pessoal. Os filhos passam a ser considerados como uma ameaça e a gravidez como uma espécie de doença, que deve ser evitada a todo custo. E às pessoas que não são tão jovens, transmite-se a ideia de que os filhos são um “direito”. Desse modo, os filhos passam a ser considerados ou como uma “ameaça” ou como um “direito”, não mais como um dom. Daí surgem problemas sérios.
Na Inglaterra, por exemplo, esse ano um dos pedidos mais feitos ao “Papai Noel” pelas crianças foi um pai; outro pedido comum foi, simplesmente, ter um irmão. O risco atual é que os adultos passem a considerar os próprios filhos como uma espécie de “mercadoria”, um sonho de consumo, que deve ser realizado num momento perfeitamente determinado. Os filhos são cada vez mais frutos de cálculos e não tanto do amor. E isso deixa feridas graves nas crianças.
Deixar de considerar os filhos como um dom divino e tê-los simplesmente como o resultado de uma técnica é um passo importante para a desconfiguração das famílias e para arruinar a educação. De fato, ocorre com frequência que os pais, paradoxalmente, procuram “superproteger” os filhos, buscando livrá-los de qualquer perigo e, ao mesmo tempo, não querem encontrar o tempo para dedicar-se à difícil tarefa educativa dos mesmos. As crianças são enviadas cada vez mais cedo às escolas e os professores devem se empenhar em transmitir valores que as crianças deveriam ter recebido em casa.
E há ainda outro grave perigo: os adultos procuram ter filhos mais para serem aprovados por eles, do que para transmitir um amor total, gratuito e comprometido. Sejamos sinceros: muitas vezes, em nossas famílias ocorre algo perverso: os pais se comportam como crianças, lamentando-se da infância que tiveram, e os filhos se sentem obrigados a comportarem-se como adultos[2]. Com essa mudança de papéis ninguém assume o a própria responsabilidade familiar, e isso se reflete no rendimento dos jovens nas nossas escolas e Universidades.
Nesse ponto, podemos talvez voltar nosso olhar ao livro que formou a civilização ocidental. O Evangelho conta-nos somente uma cena da adolescência de Jesus e do seu “processo educativo”. Quando ele tinha 12 anos, foi levado ao templo por Maria e José para participar na festa da Páscoa (Cfr. Lc 2). O jovem judeu quando cumpria essa idade iniciava a ser considerado adulto na fé. Quando aquela familia deve retornar a casa, Maria e José se destraem e Jesus, como verdadeiro adulto, permanece no templo discutindo com os doutores da Lei. Quando ele é reencontrado, Maria o repreende, mesmo sabendo que quem estava diante dela não só era um “adulto” na fé, mas o mesmo Filho de Deus: “Meu filho, que nos fizeste? Teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição”. E Jesus, depois de manifestar a plena consciência da sua identidade divina (“não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”), volta à casa com Maria e José e “era-lhes submisso em tudo”. Que impressionante! Maria e José não fugiram de sua responsabilidade educativa em relação àquele adolescente que sabiam ser o Filho de Deus; e Jesus, sendo verdadeiro Deus, volta à casa com sua família, obedecendo-lhes em tudo até os 30 anos. Vemos assim que na família de Nazaré ninguém fugia da própria responsabilidade, uma vez que eram unidos por um verdadeiro amor, o qual se demonstra na autoridade, na humildade e no serviço e não no autoritarismo ou na indiferença.
Parece, portanto, que para se recuperar o sentido da verdadeira educação, para se enfrentar à grave crise educativa atual, devemos ajudar as famílias a considerarem a vida como um dom de Deus, a tratarem os seus filhos com verdadeira diligência, não delegando toda a responsabilidade educativa a outras pessoas ou instituições. A tarefa é árdua, mas pode ser realizada, especialmente à luz da fé que por séculos iluminou a nossa sociedade. Devemos voltar a seguir ao modelo da Sagrada Família mais do que aos parâmetros contraditórios de uma “revolução” que só trouxe ao mundo a exaltação do egoísmo, da irresponsabilidade e o consequente aumento do sofrimento dos mais débeis.
Pe. Anderson Alves é da diocese de Petrópolis – Brasil – e doutorando em Filosofia na Pontifícia Università della Santa Croce, em Roma.
[2] Sobre isso cfr.: G. Cucci, La scomparsa degli adulti, «La Civiltà Cattolica», II 220-232, caderno 3885 (5 de maio de 2012).
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio

Suíça: cidadãos são livres para portar armas.


Julio Severo
Moças suíças de bike com rifles
A Suíça é um dos países mais armados do mundo. Suas leis são extremamente permissivas com relação ao porte de armas para os cidadãos que obedecem às leis. O resultado? O índice de criminalidade na Suíça é um dos mais baixos no mundo.
Cartaz suíço: Monopólio de armas só para bandidos? NÃO
A tradição suíça prioriza a segurança do povo. Se o bandido sempre dá um jeito de ter uma arma para seus crimes, o povo merece meios para se defender, e o governo garante liberdade para se armar e se defender.

Rebeldes sírios degolaram um cristão e deram seu cadáver como comida para cães à medida que aumentam temores por causa das atrocidades islâmicas


Nick Fagge
Rebeldes sírios degolaram um homem cristão e deram seu cadáver para cães, de acordo com uma freira que diz que o Ocidente está ignorando as atrocidades que os extremistas islâmicos estão cometendo.
A freira disse que Andrei Arbashe, um motorista de táxi de 38 anos de idade, foi raptado depois que ouviram seu irmão se queixando de que os rebeldes estavam se portando como bandidos.
Ela disse que o cadáver dele sem cabeça foi achado ao lado da rua, cercado de cães esfomeados. Ele havia se casado recentemente e estava para ser pai logo.
A Irmã Agnes-Mariam de la Croix disse: “O único crime dele foi que o irmão dele criticou os rebeldes, acusando-os de agir como bandidos, o que de fato eles são”.
Há um número cada vez maior de relatos de atrocidades cometidas por “elementos embusteiros” do Exército Sírio Livre, que se opõe ao ditador Bashar al-Assad. Os rebeldes são reconhecidos pela Inglaterra e pelo Ocidente como liderança legítima.
Rebeldes sírios
A Irmã Agnes-Miriam, madre-superiora do Monastério São Tiago Mutilado, vem condenando a Inglaterra e o Ocidente por apoiarem os rebeldes, apesar de provas cada vez maiores de que eles estão cometendo abusos de direitos humanos, inclusive assassinatos, sequestros, estupros e roubos, crimes cometidos pelos rebeldes que estão se tornando comuns, conforme a freira.
“O mundo livre e democrático está apoiando extremistas”, a Irmã Agnes-Miriam disse em seu santuário no Líbano. “Eles querem impor a lei islâmica e criar um Estado islâmico na Síria”.
A freira carmelita de 60 anos afirma que o Ocidente está fazendo de conta que não está vendo as provas cada vez maiores de uma “quinta coluna” de fanáticos entre as tropas que compõem o Exército Sírio Livre que apoiam a derrubada de Assad.
Um dos grupos rebeldes mais fortes no Exército Sírio Livre é o Jabat Al-Nusra, que tem uma ideologia semelhante a da al-Qaida.
“A rebelião foi sequestrada por mercenários islâmicos que estão mais interessados em lutar uma guerra santa do que em mudar o governo”, disse ela.
“A rebelião se transformou num guerra religiosa, em que os cristãos estão pagando um preço elevado”.
No mês passado, os rebeldes atacaram a cidade nortista de Ras Al-Ayn, na fronteira turca. Os rebeldes entraram na área cristã, ordenando que os civis partissem e deixassem seus lares.
“Mais de 200 famílias foram expulsas no meio da noite”, disse a Irmã Agnes-Miriam. “As pessoas estão com medo. Em todos os lugares esquadrões da morte param civis, os raptam e pedem resgate. Às vezes, eles os matam”.
Recentemente, militantes usando na cabeça lenços negros da al-Qaida cercaram o Monastério de São Tiago Mutilado, localizado entre Damasco e Homs, por dois dias numa tentativa de impedir que os cristãos celebrassem o Natal, afirmou a freira.
Um número estimado de 300.000 cristãos foram desalojados na guerra, com 80.000 expulsos só da região de Homs, afirmou ela.
Muitos fugiram para outros países, aumentando os temores de que a população cristã da Síria poderá desaparecer — como outras populações cristãs no Oriente Médio, região que é o berço do Cristianismo.

A noite da chuva de estrelas está a chegar.

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Na noite de 3 para 4 de janeiro iremos ver um espetáculo fantástico: na Terra vai haver uma prolongada chuva de estrelas cadentes, ou melhor, uma chuva de meteoros, as Quadrântidas, uma das mais poderosas do Universo.

Se olharmos para a parte norte do céu poderemos observar como meteoros brilhantes cruzam o céu várias vezes por minuto, resplandecendo por momentos e logo se apagando. Existe uma crença de que, se pedirmos um desejo nesses instantes, ele se realizará obrigatoriamente.
Observando os meteoros, podemos notar que eles como que têm origem em um único ponto, a partir do qual se espalham em diferentes direções. Esse ponto localiza-se na antiga constelação Quadrans Muralis (Quadrante Mural), nome de um primitivo instrumento astronômico. Esta designação foi dada à chuva de meteoros, embora o nome da constelação já não se use. Agora, esta área do Universo pertence à constelação de Pastor. Os meteoros não são outra coisa que pequenos detritos resultantes da fragmentação do cometa. Eles têm a sua órbita e, uma vez por ano, cruzam a órbita da Terra, conforme explica o astrofísico Vladimir Surdin, do Instituto de Astronomia Stenberg (Universidade Estatal de Moscou Lomonossov).
Ao se aproximarem do Sol, os cometas perdem a camada exterior. O gás da superfície evapora-se, expelindo nuvens de poeira. Estes pequenos detritos, penetrando na atmosfera da Terra a uma velocidade superior a 40 km por segundo, devido à fricção do ar, são queimados nas camadas superiores da atmosfera, dando origem às “explosões de luz” que nós vemos. Nenhum destes detritos chega a atingir a superfície da Terra nem representa qualquer perigo para nós ou para os aviões.
Depois de cada uma destas “chuvas de estrelas”, algumas toneladas de substâncias resultantes da queima de detritos cai na Terra, em forma de pequeníssimas esferas negras, encontradas nos gelos da Antártida. Estas esferas contêm importantes dados sobre a forma como se formaram as regiões afastadas do Sistema Solar, onde os cometas nasceram. Segundo o astrofísico Vladimir Surdin, até as próprias “explosões” dos meteoros representam bastante interesse científico.
Ao arderem na atmosfera, estes detritos revelam a sua composição química. Fotografando o espectro com as linhas de vários elementos químicos, conseguimos saber de que eram feitas os resíduos e, consequentemente, a composição do corpo que lhes deu origem.
Por enquanto, os restos do cometa ainda não arderam na atmosfera, estão cruzando a rota da Estação Espacial Internacional e de inúmeros satélites. Depois da passagem dos meteoros, a parte exterior dos satélites apresenta sinais microscópicos do impacto, resultantes deste “bombardeamento cósmico”. Não obstante, geralmente, o fluxo de meteoros não causa grandes problemas, diz Vladimir Surdin.
Não houve ainda casos em que um satélite tenha sido seriamente afetado por meteoritos. Podem, claro, danificar as escotilhas da EEI, o vidro se torna menos transparente, os painéis solares produzem menos eletricidade. Por isso, os astronautas preferem minimizar o seu impacto, mudando a estação de posição, de forma a que a maioria dos detritos passe ao lado.
A intensidade das Quadrântidas muda conforme os anos, sendo difícil dizer se em 2013 ela será maior ou menor. Acontece que a substância do cometa está distribuída pela sua órbita de forma irregular, refere Igor Volkov, um outro astrofísico do referido instituto.
Geralmente, na zona do núcleo do cometa há uma maior concentração de detritos. Consequentemente, a órbita da Terra é cruzada por uma zona do fluxo ora mais, ora menos “concentrada”. Quando a Terra e o antigo núcleo do cometa se aproximam mais, as chuvas de meteoros são mais fortes.
Isso aconteceu em 1966 com as Leónidas, outra chuva de meteoros. Nessa altura, “caíam” do céu cerca de 30 estrelas por minuto. Este acontecimento ficou na História, sendo muito raro.
Com o tempo, as Quadrântidas e outras chuvas de estrelas, as Leónidas, as Perseidas, as Gemínidas, ao todo são cerca de 20, irão perdendo a intensidade. A Terra vai “absorvendo” a poeira dos cometas que, após cada passagem pela órbita, vai sendo cada vez menos. Este processo levará centenas ou até milhares de anos. Mas isso não significa que os nossos descendentes não poderão observar este fenômeno. É que haverá novos cometas que se aproximarão do Sol, perdendo a sua camada exterior, o que significa que haverá novas chuvas de estrelas.

Fonte: Voz da Russia