domingo, 17 de junho de 2012

Grupo terrorista deseja Estado islâmico e promete eliminar cristãos da Nigéria


Grupo terrorista deseja Estado islâmico e promete eliminar cristãos da Nigéria
A organização terrorista Boko Haram, que abriu uma guerra contra os cristãos e tem atacado igrejas na Nigéria durante meses, fez uma declaração deixando claro que sua meta é para eliminar por completo os seguidores de Cristo da região norte da Nigéria e estabelecer um Estado Islâmico.
“O estado nigeriano e cristãos são nossos inimigos e nós arremessaremos ataques no estado nigeriano e seu aparelho de segurança assim como nas igrejas até que realizemos a nossa meta de estabelecer um estado Islâmico em lugar do estado secular,” disse o representante do Boko Haram.
“Nós somos responsáveis pelo ataque suicida na igreja em Jos e também outro em outra igreja em Biu”, afirma um porta-voz do grupo, Abul Qaqa, dizendo ter relatado por telefone a repórteres na cidade nordestina de Maiduguri.
“Nós fizemos estes ataques para provar a segurança nigeriana a nossa força e desmentir a sua afirmação que ficamos enfraquecidos pelo endurecimento deles”, disse o porta-voz fazendo uma referencia ao exército nigeriano que revidou contra o grupo conseguindo para matar 19 terroristas num duelo na semana passada nas cidades de Kano e Maiduguri.
A Nigéria é dividida em grande parte por linhas religiosas, e a maioria dos cristãos se concentra no Sul e muçulmanos vivem no Norte. O grupo terrorista já matou centenas de cristãos por todo o ano passado, apesar do Presidente Jonathan prometer fazer de tudo para faze-los recuar, ainda assim eles estão ainda muito ativos no país.
“Nós os esmagaremos. Nós começaremos esta noite tomar medidas diferentes para chegar ao grupo Boko Haram e devemos eliminá-los da sociedade”, disse o presidente.
Traduzido e adaptado de Christian Post

Bento XVI: Deus transforma aquilo que é aparentemente insignificante

VATICANO, 17 Jun. 12 / 01:25 pm (ACI/EWTN Noticias)
Papa Bento XVI
Em seu discurso prévio à oração do Angelus, Diante dos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVIassinalou que “assim é o Reino de Deus: uma realidade humanamente pequena, composta por quem é pobre de coração, por quem não confia na própria força, mas naquela do amor de Deus, por quem não é importante aos olhos do mundo; e ainda, justamente através da ruptura deles, explode a força de Cristo e transforma aquilo que é aparentemente insignificante”.

O Papa fez a firmação recordando o evangelho de hoje, sobre as parábolas da semente que cresce por si mesmo e a da semente de mostarda, o Papa explicou que “através de imagens referentes ao mundo da agricultura, o Senhor apresenta o mistério da Palavra e do Reino de Deus, e indica as razões da nossa esperança e do nosso empenho”.

Em referência à primeira parábola, o Santo Padre indicou que “o homem semeia com a confiança que o seu trabalho não será infecundo. Aquilo que sustenta o agricultor nos seus afazeres cotidianos é justamente a confiança na força da semente e na bondade do terreno.”.

“Cada cristão, então, sabe bem que pode fazer tudo aquilo que puder, mas que o resultado final depende de Deus: esta consciência é o sustenta no cansaço de cada dia, especialmente nas situações difíceis”.

“A tal propósito escreve Santo Inácio de Loyola: “Aja como se tudo dependesse de você, sabendo bem que, na realidade, tudo depende de Deus””, disse.

Sobre a segunda parábola, explicou Bento XVI, “se trata de uma semente específica, o grão de mostarda, considerada a menor de todas as sementes. Embora tão miúda, no entanto, é plena de vida, desde sua ruptura, vem um rebento capaz de quebrar o solo, e chegar até a luz do sol e crescer até se tornar “maior de todas as plantas da horta”: a fragilidade é a força da semente, a ruptura é sua potência”.

“Assim é o Reino de Deus: uma realidade humanamente pequena, composta por quem é pobre de coração, por quem não confia na própria força, mas naquela do amor de Deus, por quem não é importante aos olhos do mundo; e ainda, justamente através da ruptura deles, explode a força de Cristo e transforma aquilo que é aparentemente insignificante”.

“A imagem da semente é particularmente querida para Jesus, porque expressa bem o mistério do Reino de Deus. Nas duas parábolas de hoje, isso representa um “crescimento” e um “contraste”: o crescimento que vem graças a um dinamismo inserido na própria semente e o contraste que existe entre a pequenez da semente e a grandeza daquilo que produz”.

“A mensagem é clara: o Reino de Deus, também exige nossa colaboração, é antes de tudo, dom do Senhor, graça que precede o homem e suas obras. A nossa pequena força, aparentemente impotente diante dos problemas do mundo, se colocada naquela de Deus, não teme obstáculos, porque certa é a vitória do Senhor”, explicou Bento XVI.

“É o milagre do amor de Deus, que faz germinar e crescer cada semente de bem lançada na terra. E a experiência deste milagre de amor nos faz otimistas, apesar das dificuldades, sofrimentos e o mal que encontramos”, enfatizou.

“A semente germina e cresce, porque o que a faz crescer é o amor de Deus”, finalizou o Santo Padre.

Igreja católica na Rio+20: Garantir que o ser humano esteja no centro!



Revista Veja
Entre as vestimentas ostentosas, que vão de turbantes a togas africanas, usadas por muitos dos negociadores e representantes da sociedade civil que circulam nos corredores do Riocentro, um discreto clergyman — o colarinho branco de uso dos padres — passa quase despercebido sob a proteção do terno preto de Francis Chullikatt. A marca em vermelho em seu crachá indica que o sacerdote não ganhou credenciais da ONU simplesmente para abençoar a conferência. Negociador chefe da Santa Sé — a representação governamental do Vaticano —, Chullikatt, um indiano de estatura média e ar bonachão, é o primeiro sacerdote de origem não italiana a ocupar o maior cargo da escola diplomática mais tradicional do mundo — afinal, antes de os Estados Unidos declararem independência ou de a China fazer uma revolução, a igreja já lidava com questões internacionais e era um dos principais atores do jogo das nações.
A estrutura, explica Chullikatt, transcende ao próprio papa. “Nós, diplomatas da Santa Sé, somos, acima de tudo, pessoas da igreja. É isso o que torna a nossa diplomacia diferente das outras. Temos nossas próprias doutrinas. Nós não mudamos nossas políticas ou ensinamentos de acordo com novas tendências ou a cada eleição de um novo papa, como ocorre em nações seculares. Temos coerência e consistência na nossa política diplomática. Talvez sejamos o único estado a apresentar essas características na política externa. É isso o que dá a credibilidade no mundo inteiro e a torna tão respeitada“, afirma.
Apesar de sua própria posição, como “observador permanente do vaticano”, indicar a forma tradicional de representação da igreja nas Nações Unidas, o sacerdote rejeita a passividade na Rio+20. “Esqueça isso. A nossa missão nada tem a ver com observação. Estamos aqui como estado-membro pleno da conferência”, garantiu, ao colocar de lado um prato de comida mexicana na praça de alimentações do Riocentro, antes de conceder entrevista ao site de VEJA.
De fato. O rascunho do documento pelo qual se travam as batalhas diplomáticas da conferência chegou ao Rio, após três sessões de negociações em Nova York, tem pelo menos nove parágrafos marcados por contestações da Santa Sé. A equipe de Chullikatt, por exemplo, travou uma verdadeira batalha com os Estados Unidos sobre o tema erradicação da pobreza. Enquanto os americanos pediam que a promoção do crescimento econômico para o desenvolvimento sustentável se desse como um todo e não fosse direcionada para os países em desenvolvimento, como sugeria o parágrafo, os padres fincaram posição e pediram para que a expressão fosse mantida. Mas, afinal, o que quer a Igreja Católica na Rio+20?
Chullikatt não foge às questões. Na posição de negociador, explica que a missão de sua delegação é garantir que o ser humano esteja no centro das preocupações com o desenvolvimento sustentável. “Se esse for um documento que não coloca a vida humana como principal aspecto, será um documento errado. A proteção ambiental e a justiça social servem para contribuir para o bem do ser humano e não o contrário. Essa é a razão de estarmos aqui”, afirma.
Na prática, as intervenções da Santa Sé ocorrem em questões éticas em posições tradicionalmente defendidas pela igreja. “A agenda introduziu um contexto destorcido de sexo, que nós não endossamos. Sempre que falarmos de gênero, temos que levar em conta o homem e a mulher. Nada mais deve ser adicionado. A Santa Sé mantém e faz isso de forma muito clara. Há apenas dois gêneros, nenhum outro”, afirma.
A Igreja também quer interferia no que a conferência prevê sobre controle de população. Quando tratada sob o tema “saúde” no documento, o corpo diplomático se faz presentepara barrar a adoção de políticas para a reprodução humana. “A população não é um obstáculo para o desenvolvimento e sim uma fonte para ele. Então eu retomo o primeiro princípio. O desenvolvimento deve ser focado na pessoa humana e não de forma inversa.Você não vai atingir desenvolvimento ao reduzir a sua população. Olhe para o Brasil, China e Índia. São as pessoas que estão fazendo o desenvolvimento acontecer”, argumenta Chullikatt.
Segundo o sacerdote, que serviu como embaixador da Santa Sé para o Iraque e a Jordânia antes de assumir o cargo, o Vaticano também apoia questões sensíveis aos países em desenvolvimento, o princípio de responsabilidade diferenciada, a transferência tecnológica e a distribuição igualitária de recursos. “A Santa Sé tem sido um dos poucos que tem apoiado completamente o desenvolvimento das nações mais pobres, especialmente aquelas que mais sofrem, como os Países Menos Desenvolvidos (PMDs). É preciso abrir o mercado para que eles possam competir. É preciso fazer concessões a eles”, alega.
Quem vai representar o Vaticano na cúpula de alto nível, junto com presidentes, monarcas e primeiros-ministros, é o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer. As negociações, agora sob coordenação do Brasil, seguem com impasses e há dúvidas sobre a real possibilidade de a Rio+20 produzir uma declaração firme rumo a ações para um futuro mais sustentável. Mas seja lá o que gigantes, como G-77, Estados Unidos, União Européia e Japão, vierem a acordar para “o nosso futuro comum”, o consenso também terá que passar pelos auspícios dos sacerdotes.