segunda-feira, 21 de julho de 2014

Estar “no mundo” sem ser “do mundo”

Todas as atividades, mesmo as de caráter temporal, que se exercem em união com o divino Redentor, se tornam um prolongamento do trabalho de Jesus

Recentemente, falando aos membros das emissoras de televisão católicas da Itália, o Papa Francisco voltou a criticar o que chama de “clericalismo” [1], isto é, limitar a ação dos leigos “às tarefas no seio da Igreja”, ao invés de penetrar “[os] valores cristãos no mundo social, político e econômico” [2]. Na prática cotidiana, seria colocá-los em funções que deveriam ser exercidas ordinariamente pelos sacerdotes, o que terminaria por obscurecer – quando não por eliminar completamente – a distinção entre a hierarquia e os fiéis.
Para evitar esse mal apontado pelo Santo Padre, nada mais importante que conhecer a identidade e a vocação dos leigos. Qual o papel que exercem dentro da Igreja? Ensina o Concílio Vaticano II:
“Por vocação própria, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, em toda e qualquer ocupação e atividade terrena, e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência. São chamados por Deus para que, aí, exercendo o seu próprio ofício, guiados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como o fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação da sua fé, esperança e caridade. Portanto, a eles compete especialmente, iluminar e ordenar de tal modo as realidades temporais, a que estão estreitamente ligados, que elas sejam sempre feitas segundo Cristo e progridam e glorifiquem o Criador e Redentor.” [3]
A partir dessas palavras, é possível perceber a “vocação universal à santidade” na Igreja. Contrariamente a uma mentalidade de senso comum, não são apenas os clérigos que devem ser santos, mas todos os fiéis. O chamado à perfeição, à união com Cristo pelo amor, acontece primeiramente no Batismo. E, deste sacramento, todos podem (e devem) dar testemunho – inclusive os leigos, que estão no mundo, a fim de conquistarem mais almas para Cristo.
Os fiéis estão “no mundo”. Bem antes do Concílio Vaticano II, foi o próprio Jesus quem o observou. Mas, se “eles estão ainda no mundo”, também, assim como Ele, “não são do mundo” [4]. Como se dá isso? Não nasceram os homens – e também os cristãos – de pais e mães desta terra? Como entender, então, que não sejam “do mundo”? É simples: o verdadeiro nascimento do cristão acontece no Batismo. É este sacramento que o torna “de outro mundo”, como diz Jesus a Nicodemos: “Quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus”. E ainda: “Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” [5].
Nascidos do alto, pelo batismo, mas colocados “no mundo”, os cristãos são chamados à imitação de Cristo, no meio dos homens. Não é possível, em uma atitude de escapismo, “fugir” do mundo ou da realidade de sofrimento que aflige o homem neste “vale de lágrimas”. Nem foi isso que Cristo pediu. Ainda em sua oração sacerdotal, Ele roga ao Pai: “Não peço que os tires do mundo, mas sim que os preserves do mal” [6]. Este “mal”, define-o Santa Teresa assim: “Nesta vida, só o pecado merece ser chamado de mal, por acarretar males eternos e para sempre. Isso (...) é o que nos deve encher de temor e o que havemos de pedir a Deus em nossas orações” [7].
Cristo passou a maior parte de sua vida humana no ofício de carpinteiro, na presença de seu pai e de sua mãe, aparentemente “oculto”, mas já oferecendo a Sua oblação de coração, que culminaria na Cruz. O próprio Senhor de todo o universo, que lançou sobre Adão e Eva este castigo por seu pecado, veio tirar da terra o seu sustento, com trabalhos penosos [8]. Há dúvida de que, já aqui, ele tomava sobre Si as nossas enfermidades e carregava os nossos sofrimentos [9]? E, se a santidade consiste em seguir o exemplo de Cristo, há dúvida de que é na vida oculta das atividades penosas que devemos nos santificar?
São Josemaría Escrivá, em sua famosa homilia “Amar o mundo apaixonadamente”, dizia que “Deus nos espera cada dia” nas “tarefas civis, materiais, seculares da vida humana”. E salientava:“Há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir” [10].
O grande segredo para descobrir Deus no trabalho está na atitude interior de quem labuta. Qualquer serviço pode converter-se em sacrifício, se feito com o espírito de Cristo. Como ensina São João XXIII:
Todo o trabalho e todas as atividades, mesmo as de caráter temporal, que se exercem em união com Jesus, divino Redentor, se tornam um prolongamento do trabalho de Jesus e dele recebem virtude redentora: ‘Aquele que permanece em mim e eu nele, produz muito fruto’ (Jo 15, 5).” [11]
Que as batalhas travadas de acordo com nossas condições de vida – das quais não podemos fugir – nos façam frutificar e nos tornem, em nossas ocupações, verdadeiros “ministros de Cristo”. Sem confundir a vocação laical com o ministério ordenado, mas comprometendo radicalmente a nossa vida, como diz Santo Agostinho:
“Ó irmãos, quando ouvis o Senhor dizer: ‘Onde estou eu aí estará também o meu ministro’, não deveis pensar somente nos bons bispos e nos bons clérigos. Também vós, a vosso modo, deveis ser ministros de Cristo, vivendo bem, fazendo esmolas, pregando o seu nome e a sua doutrina a quem puderdes, de modo que cada qual, mesmo se pai de família, reconheça dever, também por esse título, um afeto paterno à sua família. Por Cristo e pela vida eterna, ninguém deixe de exortar os seus, e os instrua, exorte, repreenda, demonstrando-lhes sempre benevolência e mantendo-os na ordem; exercerá assim em casa o ofício de clérigo e, de certo modo, o de bispo, servindo Cristo, para com ele permanecer eternamente.” [12]
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências bibliográficas

  1. Discurso aos membros da associação “Corallo”, 22 de março de 2014
  2. Evangelii Gaudium, 102
  3. Lumen Gentium, 31
  4. Jo 17, 11.14
  5. Jo 3, 3.5
  6. Jo 17, 15
  7. Castelo Interior, Primeiras Moradas, 2, 5
  8. Cf. Gn 3, 17
  9. Cf. Is 53, 4
  10. Questões atuais do Cristianismo, 114
  11. Mater et Magistra, 257
  12. Santo Agostinho, Sobre o Evangelho de São João, t. 51, n. 13. Apud Summi Pontificatus, 62

Absurdo: Padre Pedro e sua missa com um joguinho de voleibol: Como é que é?

Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Eu realmente achava que já tinha visto de tudo em relação a apostasia, a fumaça de Satanás que penetrou e se espalhou na Igreja.
Vejamos um resumo rápido, destes que se dizendo servidores do Rei Jesus, mas na verdade são "lobos em pele de cordeiro", misturaram o joio maligno ao TRIGO no seio da Santa Igreja.
Temos agora, dentro da Casa de Deus, diante Sagrado Altar:
Teatro das bruxas para crianças (assim elas já se acostumam com a profanação na Casa de DEUS)
Colocam o próprio impostor da Páscoa, o tal coelhinho para fazer homilia na missa.
Colocam em vez do MENINO JESUS, o tal Papai-Noel, o impostor do Natal, projetado nas paredes frontais da Igreja, na época natalina.
Padre fazendo homilia, dizendo que o traidor Judas está perdoado e que a Sagrada Escritura não foi inspirada por Deus.
A Casa de Deus transformada em Salão de Baile, com danças mundanas, passando pelo tango,  puro Chamamé, música folclóricamúsica moderna e até um verdadeiro Carnaval.
Homossexuais com suas roupas desrespeitosas, gravam clip musical ofendendo e desafiando ao Deus Altissimo, sem contar que agora se beijam livremente diante de Jesus Sacramentado.
Bispo celebrando missa do Halloween (dia das bruxas) nos EUA.
A Casa de Deus transformada em espetáculo de Circo, com cavalos, acrobatas palhaços, enfim...
As seitas e outras "religiões" invadem a Casa de Deus, ao ponto de retirarem a própria Santa Mãe de Deus da Igreja, colocarem também muçulmanos para fazerem homilia dizendo que o Rei Jesus é somente outro profeta como Maomé também foi.
Chegam a fazer missa sertaneja, caipira...coando, passando café em plena missa.
São tantas coisas profanas, tanta apostasia, que caberia uma grande lista a perder de vista...
Agora, vamos adicionar mais uma profanação a tanto desrespeito na CASA DE DEUS...
Temos a "missa" ao estilo jogo de voleibol...COMO É QUE É SR.KUTSCHER??
É isto mesmo...E eu que realmente achava que já tinha visto tudo!!!
Adivinha quem é o "mentor" desta ideia?
Lembram do tal Padre Pedro, do programa "Em Frente", da TV Aparecida??
Aquele Padre que manda os outros padres literalmente não zelarem mais pela Casa de Deus, que junto com seus comparsas de programa. faz sarcasmo e deboche, chamando os católicos tradicionais conservadores, de católicos atrasados, fundamentalistas, pitorescos e etc...
Enfim, que ironiza nossa milenar tradição católica, jogando no LIXO a história de Santos, Mártires, Papas e Doutores da Igreja, que sempre preservaram e defenderam as tradições da Santa igreja.
VEJAM COMO É A MISSA DESTE TAL PADRE PEDRO.
ACREDITE SE QUISER...


Fim dos Tempos: Igrejas na Áustria e na Alemanha profanadas com pessoas nuas

Atores pornôs gravam filme dentro de igreja na Áustria.
n/d
A Paróquia de Hörsching, na Áustria, fez uma queixa oficial após dois filmes pornográficos que foram filmados em sua igreja, em junho.
A equipe de filmagem não teve a permissão do pároco para filmar em sua igreja, a Agência de Imprensa austríaca informou.
A Diocese de Linz disse que a polícia ainda está investigando como a equipe e os atores foram capazes de entrar na igreja. Os filmes estrelou uma "conhecida" atriz pornô e foram disponibilizados para download na internet.
A polícia já estariam procurando a estrela dos filmes, que se chama Babsi, tem 24 anos.
Ela nasceu na Polônia, mas se mudou para a Áustria com sua família quando criança.
Ela e a equipe do filme, poderá ser cobrada nos termos do Artigo 189 do Código Penal, que proíbe a criação de "mal", que é susceptível de causar incômodo legítimo em uma igreja ou comunidade religiosa.
Se for considerado culpado eles poderiam ser presos por até seis meses ou multa.
n/d
A paróquia está agora a estudar a forma de restabelecer a dignidade da igreja. "Os sacramentos que foram celebrados nas últimas semanas, na igreja ainda são considerados válidos", disse a diocese em um comunicado.
Fonte: The Local Áustria News via http://www.rainhamaria.com.br/

Sacerdote punido pelo Bispo: Seu crime? Ensino da verdadeira e sã doutrina católica

n/d
A imprensa internacional – incluindo a italiana  – divulgou com certa relevância, uma notícia relacionada a Dom Thomas Ladner, um padre austríaco suspenso de seu magistério por falar aos seus alunos sobre o Inferno e o Purgatório. Contudo ninguém questionou o que havia por trás dessa dura medida aplicada pelo bispo de Innsbruck, Mons. Manfred Scheuer, contra este jovem padre de apenas 36 anos e muito apreciado como professor de religião pelos pais das crianças matriculadas na escola primária de Stans, no Tirol, uma cidade de 1.500 habitantes.
n/d
A decisão da Diocese os surpreendeu. E de forma amarga. Ao ponto de forçá-los a organizar rapidamente um abaixo-assinado, para recuperarem, no próximo ano letivo, as aulas de Dom Thomas. O próprio prefeito, Michael Huber, enviou uma dura carta de protesto à Cúria, definindo essa decisão de revogar o ensino como “inaceitável”, unilateral e de causar confusão na comunidade local, e que, de acordo com o jornal Tiroler Tageszeitung, não haviam sido ao menos consultados para uma escolha com graves consequências para crianças em idade escolar e suas famílias.
A “culpa” do sacerdote não seria apenas de ter falado sobre os Novíssimos em sala de aula e sobre a família, em uma linguagem julgada pela Diocese como “retórica” e “desatualizada”, “improprio para as crianças em sua faixa etária.” Não, outra grande falta de Dom Thomas, auxiliar da paróquia local, no entanto, seria de querer levar a sua vocação a sério, a ponto de usar batina habitualmente. Comportamentos evidentemente indesejáveis ​​da diocese. Mas porquê?
O Bispo, Mons. Scheuer, na Conferência Episcopal Austríaca, é responsável pelos setores da Cáritas e da Pax Christi. Sendo, desta última, o Presidente Nacional. E a Pax Christi, na Áustria, prega o ambientalismo, o pacifismo, o antimilitarismo, o antinuclearismo, o igualitarismo, o ecumenismo, o Conciliarismo – com base nos “sinais dos tempos”. Em suma, todos os “ismos” ideologicamente possíveis. Mas não é só. Basta visitar o site da Pax Christi Áustria para ver como e quantos pontos há sobre o espírito de Assis, sobre a emancipação das mulheres e sobre a teologia feminista. O bispo de Innsbruck está a cargo de tudo isso.
No que diz respeito à moral sexual e acesso aos sacramentos aos divorciados recasados, em uma entrevista concedida em 30 de janeiro no Die Presse, Mons. Scheuer disse que espera um “processo dinâmico” por parte da Igreja e vê neste sentido, um sinal de esperança, pelo fato do Papa  ter nomeado o cardeal Kasper para o relatório de abertura do Consistório.
Recebeu-se com alegria o convite do Papa para “aproximar-se das pessoas feridas por uma abertura maior”, admitindo também “o direito à vida por outras pessoas”. Desde que o outro não seja o bispo de Limburg, Mons. Franz-Peter Tebartz-van Elst, acusado – segundo muitos, injustamente – de excessivos gastos na construção da nova sede episcopal e, sendo assim, suspenso do cargo. De acordo com Mons. Scheuer, o comportamento de seu confrade não teria sido “sábio” …
Se a condução da diocese é essa, como esperar, com toda a honestidade, um tratamento diferente para um sacerdote, cujo único “crime” é ser um padre sério e coerente no ensino da verdadeira e sã doutrina católica? Com a retirada do ensinamento, cada vez mais se assume um sabor da emboscada.
Dom Ladner saiu de férias, está desaparecido e evita dessa forma a tempestade midiática atingida sobre ele, contra a sua vontade. Mas não é de estranhar que o Instituto para a Pastoral da Educação e o próprio Bispo não tenham enviado qualquer resposta às muitas vozes de protesto depois que a “limpeza” foi consumada: sua esperança é que, opondo-se pela conspiração do silêncio, mais cedo ou mais tarde os ânimos se acalmem e as críticas cessem.
Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com

Bispo austríaco: Papa disse-me que a “ideologia de gênero é demoníaca”.

Por John-Henry Westen – Life Site News | Tradução: Fratres in Unum.com – O Papa Francisco condenou duramente a “ideologia de gênero” em uma conversa privada com o bispo austríaco Andreas Laun, no início deste ano, relatou o próprio bispo em um artigo.

Ao fazê-lo, o Papa segue as pegadas de seu predecessor, o Papa Bento XVI. Ao fim de seu pontificado, o papa emérito falou duas vezes sobre a ideologia de gênero como “uma tendência negativa para a humanidade” e uma “profunda falsidade”, sobre “a qual é um dever dos pastores da Igreja” colocar os fiéis “em alerta”.
Dom Laun, bispo auxiliar de Salzburg, escreveu sobre as palavras do Papa Francisco em março, em um artigo para o portal de notícias católica alemão Kath.net. Dom Laun declarou a LifeSiteNews que se encontrou com o Papa brevemente, em 30 de janeiro, como parte da visita ad limina dos bispos austríacos, um encontro que os bispos devem ter a cada cinco anos. Laun acrescentou que ele foi o último dos bispos a falar com o Santo Padre.
“Ao responder minha pergunta, Papa Francisco disse, “a ideologia de gênero é demoníaca!”. Laun escreveu em seu artigo, acrescentando que o Papa não exagerava em seu comentário. “De fato, a ideologia de gênero é a destruição das pessoas, e é por isso que o Papa tinha razão em chamá-la de demoníaca”, disse.
Escrevendo sobre a ideologia de gênero, Dom Laun explicou que a “tese central desse doentio raciocínio é o resultado final de um feminismo radical que o lobby homossexual fez seu”.
“Ele sustenta que não há apenas homem e mulher, mas também outros ‘gêneros’. E mais: toda pessoa pode escolher o seu gênero”, acrescentou.
“Hoje”, afirmou, “a ideologia de gênero é promovida por governos e pessoas importantes, e um montante substancial de dinheiro é lançado para difundi-la, mesmo em materiais de ensino de jardins de infância e escolas”.
Para mais informações a respeito, Dom Laun indicou a leitura do último livro da famosa socióloga alemã Gabriele Kuby, Die globale sexuelle Revolution: Zerstörung der Freiheit im Namen der Freiheit (“A revolução sexual global: destruição da liberdade em nome da liberdade”, tradução livre).
Kuby, uma conhecida de longa data do Papa Bento XVI, presenteou o agora Papa emérito com uma cópia do livro em novembro de 2012. “Graças a Deus que a senhora escreve e fala (sobre esses assuntos)”, disse o Papa Bento a ela.
Para Kuby, não é chocante chamar a ideologia de gênero de demoníaca.
“A ideologia de gênero é a mais profunda rebelião contra Deus possível”, declarou Kuby a LifeSiteNews. “A pessoa não aceita que é criada como homem ou mulher, não, e diz, ‘Eu decido! É minha liberdade!’ — contra a experiência, a natureza, a razão, a ciência!”
“É a última das perversões do individualismo”, explicou. “Ela rouba o homem do último fragmento de sua identidade, isto é, o ser homem e mulher, depois de ter perdido a fé, a família e a nação”.
“É realmente diabólico”, concluiu, “que uma ideologia, que toda pessoa pode discernir como uma mentira, possa capturar o senso comum das pessoas e se tornar uma ideologia dominante em nossos tempos”.
Em seu discurso de 21 de dezembro de 2012 à Cúria Romana, o Papa Bento XVI lançou uma ampla advertência quanto ao uso do “termo ‘gênero’ como nova filosofia da sexualidade”.
“De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de significado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia”, afirmou. “Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente”.
Continuava o Papa:
O homem contesta o facto de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um facto pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher. Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. É precisamente esta dualidade como ponto de partida que é contestada. Deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto. Homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem. O homem contesta a sua própria natureza.
Bento XVI notou o dano dessa filosofia à dignidade humana, à família e às crianças. “Onde a liberdade do fazer se torna liberdade de fazer-se por si mesmo, chega-se necessariamente a negar o próprio Criador; e, consequentemente, o próprio homem como criatura de Deus, como imagem de Deus, é degradado na essência do seu ser”.
O Papa Bento abordou a ideologia de gênero novamente, um mês mais tarde, em 19 de janeiro de 2013. “Os Pastores da Igreja — a qual é «coluna e sustentáculo da verdade» (1Tm 3,15) — disse Bento — têm o dever de alertar contra estas derivas tanto os fiéis católicos como qualquer pessoa de boa vontade e de razão reta”.
“Trata-se de uma deriva negativa para o homem, não obstante se disfarce de bons sentimentos, no sinal de um progresso hipotético, ou de supostos direitos ou ainda de um presumível humanismo”, afirmou. “Por isso, a Igreja reitera o seu grande sim à dignidade e à beleza do matrimônio, como expressão de aliança fiel e fecunda entre um homem e uma mulher, e o seu não a filosofias como aquela do gênero se motiva, pelo fato de que a reciprocidade entre masculino e feminino expressa a beleza da natureza desejada pelo Criador”.