quarta-feira, 22 de junho de 2011


Cardeal Policarpo opina sobre papel das mulheres na Igreja e uniões homossexuais
A HAIA, 22 Jun. 11 / 07:30 pm (ACI)

Em entrevista ao Boletim da Ordem de Advogados de Portugal, em sua edição de junho, o Cardeal Patriarca de Lisboa e presidente da CEP, Dom José Policarpo explicou que a Igreja jamais poderá aceitar as uniões homossexuais e que à exemplo da Igreja primitiva as mulheres estão chamadas a outro tipo de serviço, pois Jesus escolheu homens para o sacerdócio e a Igreja se mantém fiel a esta tradição.

Na sua entrevista à revista da OA, na qual o purpurado falou sobre uma variedade ampla de temas, o bispo explicou que em relação à ordenação de mulheres para o ministério sacerdotal “a posição da Igreja Católica está muito baseada no Evangelho, não tem a autonomia que tem, por exemplo, um partido político ou um governo em geral. Tem sua fidelidade ao Evangelho, à pessoa de Jesus e a uma tradição muito forte que nós recebemos dos Apóstolos”.

“E já no tempo de Jesus havia uma complementaridade muito bonita entre o papel da mulher e o papel do homem”, acrescentou Dom Policarpo.

“Não foi por acaso que Jesus escolheu para apóstolos homens e deu às mulheres outro tipo de atenção... Acho que este é um falso problema”, afirmou também o cardeal ressaltando que “este um daqueles problemas que é melhor nem levantar”.

Ao falar das uniões homossexuais, o cardeal destacou que “para a Igreja é absolutamente impensável aderir a uma coisa dessas”.

Recordamos que a Assembléia da República aprovou com 126 votos a favor, 97 contra e 7 abstenções no dia 8 de Janeiro de 2010, a união entre pessoas do mesmo sexo. No dia 17 de maio, o Presidente da República Cavaco Silva promulgou a resolução como lei, poucos dias depois da visita do Papa Bento XVI ao país.

O cardeal disse que mesmo com a aprovação “a questão não está fechada”.
“A questão não é só um problema de lei, mas de civilização. Acho que a Natureza tem uma voz muito forte e o abandonar a idéia do casamento com dois seres que são diferentes e que querem ser um só é um problema de civilização”.

“Não está resolvido, não tenha ilusões –afirmou aos repórteres-, é daqueles problemas que virá sempre ao de cima”.

Para ver a entrevista completa do cardeal visite a página da Revista da OA em:
http://www.oa.pt/upl/{28366284-16ca-42e4-af71-343f83619de7}.pdf