segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Superstições de Ano Novo


Quanto mais cresce o neo-paganismo de nossos dias, mas cresce também o esoterismo, o ocultismo, as superstições, etc.  Foi assim no tempo do paganismo pré-cristão em Roma, Grécia, Egito, Babilônia, Éfeso, etc., e hoje se repete em novas metrópoles modernas.

Quando o homem não encontra o Deus verdadeiro, e não se entrega a Ele, então, fabrica o seu deus, à sua pequena imagem e semelhança; semelhante á pedra, ao cristal, à magia, etc.
Este deus é um deus “que lhe obedece” mediante algumas práticas rituais um tanto secretas, misteriosas e mágicas. Ele busca neste deus com pés de barro, o conhecimento do futuro ou as revelações do presente, de modo a ser feliz durante o Ano que surge.
Sobretudo na festa de Ano Novo os espíritos esotéricos se exaltam em busca das melhores condições para serem agraciados por seus deuses e pelos poderes ocultos do além. Para uns é a exigência de começar o Ano com o pé direito; para outro é estar de roupa branca, mesmo as mais íntimas, ainda que alma não esteja tão clara; para outro é pular as ondinhas do mar… e a pobre miséria humana multiplica as fantasias e suas falsidades.
O homem tem sede de Deus! Ou ele adora e serve ao Deus verdadeiro, “Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis”, como diz o Credo, ou passa a adorar e a servir a deuses falsos, mesmo que conscien­temente não se dê conta disso. E assim as seitas se multiplicam a cada dia.
Outros ainda, mais desorientados, correm atrás de horóscopos, de zodíacos, de mapas astrais, de cartomantes, de necromantes, de búzios, de umbanda, de macumba e de todos os tipos de ocultismos, ten­tando encontrar uma forma de satisfazer as suas necessidades.
Nas grandes e pequenas livrarias, proliferam todos esses tipos de livros, muito bem explorados por alguns escritores e editoras. Lamentavelmente, muitos cristãos (e até católicos!), por ignorância religiosa na sua maioria, acabam também seguindo esses caminhos tortuosos e perigosos para a própria vida espiritual.
A doutrina cristã sempre condenou todas essas práticas re­ligiosas. Já no Antigo Testamento, Deus proibiu todos os cultos idolátricos, supersticiosos e ocultos. O livro do Deuteronômio relata a Lei de Deus dada ao povo: “Que em teu meio não se encontre alguém que se dê à adivinhação, à astrologia, ao agou­ro, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo ou à evocação dos mortos, porque o Senhor teu Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas” (Dt 18,10-12).
É interes­sante que, logo em seguida, disse Deus ao povo: “Serás inteira­mente do Senhor; teu Deus” (Dt 18,13).
No livro do Levítico tam­bém encontramos: “Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus” (Lv 19,31) e: “Não praticareis a adivinha­ção nem a magia” (Lv 19,26b).
A busca dessas práticas ocultistas revela grande falta de fé e confiança em Deus, já que a pessoa está buscando poder ou conhecimento do futuro, fora de Deus e contra a Sua vontade.
Ao cristão é permitido buscar unicamente em Deus, pela oração, todo consolo, auxílio e força de que necessita – e em nenhum outro meio ou lugar. São Paulo disse: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças” (Fl 4,6). E São Paulo advertiu severamente as comunidades cristãs de que fugissem da idolatria (cf. I Cor 10,14) e mais:
“As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios”
Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocara ira do Senhor?” (1 Cor 10,20-22)
Muitos católicos, por ignorância, quando não conseguem por suas orações as graças e favores que pedem a Deus, especialmente nos momentos difíceis da vida, perigosamente vão atrás dessas práticas supersticiosas proibidas pela fé católica, arriscando-­se, como disse São Paulo, a prestar culto ao demônio sem o saberem, magoando a Deus (cf. 1 Cor 10,20-22).
Quando Deus não atende um pedido nosso, Ele sabe a razão; e, se temos fé e confiança nEle, não vamos atrás de coi­sas proibidas. Toda busca de poder, de realização, de conheci­mento do futuro, etc., fora de Deus, sem que Ele nos tenha dado, é grave ofensa ao Senhor por revelar desconfiança nEle.
O Ano que começa é um grande presente de Deus para cada um de nós; e deve ser colocado inteiramente em Suas mãos para que Ele cuide de cada dia e de nós. Nada alegra tanto a Deus do que vivermos na fé.
Prof. Felipe Aquino

Igreja Católica doou em 2011 6,8 milhões de euros para situações de emergência em todo o mundo.



Ansa
A Igreja Católica doou neste ano 3 milhões de euros (cerca de R$ 7 milhões) para situações de emergência em todo o mundo, segundo o balanço do Pontifício Conselho Cor Unum, o dicastério de caridade da Cúria Romana.
Segundo o jornal vaticano L’Osservatore Romano, também foram doados US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,7 milhões) para a Fundação Populorum Progressio a serviço das comunidades rurais da América Latina e do Caribe.
Também foi doado US$ 1.860.000 (cerca de R$ 3,4 milhões) para os projetos da Fundação João Paulo II para o Sahel — região da África entre o deserto do Saara e as savanas ao sul — para o apoio aos países africanos ameaçados pela desertificação.
Entre as situações de emergência atendidas estiveram o terremoto e o tsunami seguido de desastre nuclear em Fukushima, as inundações no sudeste asiático, a reconstrução do Haiti, atingido por um terremoto há dois anos.
Segundo o secretário do conselho, Giampietro Dal Toso, “a crise [econômica] pesa sobre as famílias e é significativo como a Caritas, em diversos níveis, ou como o Banco Alimentar na Itália estejam cada vez mais empenhados em assegurar itens de primeira necessidade a famílias pobres, idosos e pais com filhos”.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio

Bento XVI: "Educar os jovens significa olhar o futuro com esperança"







Cidade do Vaticano (RV) – "Jesus é o caminho da paz." Bento XVI presidiu na manhã deste domingo, 1º de janeiro, à celebração eucarística na Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, 45º Dia Mundial da Paz, na Basílica Vaticana.

Na presença de cardeais, membros da Cúria, representantes diplomáticos e milhares de fiéis, o Papa dividiu sua homilia em duas partes. Na primeira, comentou o Evangelho deste primeiro dia do ano, em que a liturgia faz ressoar a antiga bênção sacerdotal: "O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê paz!".

Maria, explicou o Pontífice, foi a primeira a ser cumulada por essa bênção. O mistério da sua maternidade divina, que celebramos hoje, contem a medida superabundante daquele dom de graça que cada maternidade humana traz consigo.

"Maria é mãe e modelo da Igreja, que acolhe na fé a divina Palavra e se oferece a Deus como 'terra fértil' na qual ele pode continuar a realizar seu mistério de salvação. A Igreja também participa do mistério da maternidade divina, espalhando no mundo a semente do Evangelho, principalmente através dos sacramentos e da pregação."

A segunda parte da homilia do Santo Padre foi dedicada à paz, soma e a síntese de todas as bênçãos divinas.

"Também a Igreja, no primeiro dia do ano, invoca de modo especial este bem supremo, e o faz, como a Virgem Maria, mostrando a todos Jesus, porque, como afirma o Apóstolo Paulo, 'Ele é a nossa paz', é o caminho para alcançar esta meta à qual todos nós aspiramos."

A seguir, o Papa falou do tema escolhido para a Mensagem deste ano: "Educar os jovens para a justiça e a paz" – tarefa que compete a cada geração e sobre a qual a família humana mostra estar sempre mais consciente depois da tragédia das duas grandes guerras mundiais.

Bento XVI distingue os termos 'educar' e 'instruir': "Educar os jovens à consciência da verdade, aos valores fundamentais da existência, às virtudes intelectuais, teológicas e morais, significa olhar o futuro com esperança".

Devido à tecnologia, o mundo hoje se tornou "menor", onde há maior contato entre diferentes tradições e culturas. Por isso, é indispensável que hoje os jovens aprendam os valores e o método da convivência pacífica, do respeito, do diálogo e da compreensão. Essa educação começa na família e se desenvolve na sociedade, onde cada pessoa deve ter a capacidade de enfrentar os conflitos sem prepotência, mas com a força interior de testemunhar o bem.

Nessa tarefa educativa, a comunidade religiosa tem uma responsabilidade particular. Cabe a ela anunciar e mostrar que Jesus é um caminho possível, aberto a todos. "Ele é o caminho da paz."
(BF)