quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Católicos ressaltam exemplo de Cardeal que pregou "política da cruz"


Cardeal Francisco Xavier Nguyen Van Thuan
ROMA, 19 Set. 12 / 03:45 pm (ACI).- Ao celebrar no último dia 16 de setembro o décimo aniversário de seu falecimento, um grupo de católicos recordou o exemplo de amor e coragem do Cardeal Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, quem desde sua terra natal, Vietnã, onde passou 13 anos na cadeia por causa da perseguição do governo, "pregou a política da cruz".
Em um artigo enviado ao grupo ACI e redigido por Gabriela L. Cosio Guerra e Ricardo Francisco Padilla Castillo, da instituição Mater Unitatis, destaca-se que "no seu amado Vietnã, mantém-se ardente a lembrança de um mártir, de um apóstolo da Igreja Universal, de um arquiteto social de caridade e perdão, de justiça e de paz".
"Em muitos países do continente europeu ainda ressonam seus exercícios espirituais, durante suas múltiplas viagens apostólicas pregou pela melhor política que o mundo pode praticar, a política da cruz".
O texto indica também que "América não é a exceção, aí deixou a semente de sua obra, e a mensagem edificante de que todos os cristãos devemos fazer que nossas vidas contribuam para que se viva nesta terra como no Céu".
Depois de assinalar que o Cardeal Van Thuan também é muito estimado no Vaticano onde avança seu processo de canonização, o artigo afirma que "a melhor forma de manifestar avaliação, simpatias ou devoção por sua pessoa e obra, é respondendo a seu desejo de que em sua Igreja sejamos uma casa de portas abertas, fiel a sua vocação de Mãe e Mestra, e que os fiéis batizados acolhamos, vivamos, e compartilhemos o Evangelho da esperança".
Na parte final os autores agradecem "a todos que tem feito possível a fundação da sua obra Mater Unitatis como um novo carisma a serviço da Evangelização e do progresso dos povos, através da santificação no ofício que a cada um corresponde conforme seu estado de vida".
O Cardeal Van Thuan foi Bispo de Nhatrang durante 8 anos. Em 23 de abril de 1975 o Papa Paulo VI o nomeou Arcebispo Coadjutor de Saigón, um fato que foi interpretado pelo governo comunista como um complô entre o Vaticano e os imperialistas para organizar a luta contra o regime. Foi detido em 15 de agosto desse ano.
Desde 1975 até 1988, depois de sua nomeação episcopal, sofreu a prisão por causa de sua fé pelas autoridades do regime comunista. Nunca foi processado.
Foi nomeado Cardeal no dia 21 de fevereiro de 2001; recebeu o barrete vermelho e a diaconia de Santa Maria della Scala. O Cardeal partiu para a casa do Pai em 16 de setembro de 2002. Aos cinco anos do seu falecimento, em 17 de setembro de 2007, fez-se público o início do seu processo de beatificação.
Papa João Paulo II lhe encarregou de dirigir o retiro quaresmal à Cúria Romana no ano 2000. O tema eleito pelo Cardeal foi "Esperança e Testemunho"

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