O ensino da Igreja é que “fora da Igreja não existe salvação”.
Entendemos melhor o motivo dessa afirmação doutrinal da Santa Igreja.
A doutrina da Igreja deve unificar ao mesmo tempo várias verdades que são:
Que Deus quer realmente a salvação de todos os homens;
Que a Igreja é a única portadora de todos os meios de salvação que são necessários para nossa salvação e
Que não existem duas Igrejas: uma universal que é invisível e outra visível que seria mais limitada, mas que na terra existe somente uma e única Igreja, por sua vez visível e invisível, mística e institucional, a Igreja Católica.
Entendemos melhor estes mistérios:
1-) A Igreja, único sacramento de salvação
“Assim como Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, assim também a Igreja é o meio universal e única de salvação. Nenhum homem pode, pois se salvar sem pertencer a ela, seja em toda sua realidade, seja pelo menos por sua disposição profunda.”
Esta é a tese de fé, segundo o magistério ordinário e universal da Igreja confirmado por várias declarações solenes, em particular no IV Concílio de Latrão em 1215:
“Existe uma só Igreja, a Igreja universal dos fiéis, fora da qual ninguém (nullus omnino) se salva” (Dz 430).
E o Concílio de Florência (Dz 714). Vejam assim também os textos de Inocêncio III (Dz 423), de Bonifácio VIII na Bula Unam Sanctam (Dz 468), de Clemente VI (Dc 570 b), de Benedito XIV (Dz 1473), de Pio IX (Dz 1647, 1677), de Leão XIII (Dz. 1955), de Pio XII em sua enciclica Mystici corporis (Dz 2286-2288).
Resumindo e reconhecendo toda esta doutrina tradicional, o Concilio Vaticano II em 1962 reafirma por sua vez “que esta igreja peregrinante é necessária para a salvação. Em efeito, somente Cristo é mediador e caminho de Salvação e se faz presente a todos nós em seu corpo que é a Igreja” (Lumem Gentiun 14)
2-) O fundamento da Sagrada Escritura.
Uma série de afirmações aparecem em todo o Novo Testamento afirmando e completando a contextualidade da Igreja católica como único sacramento da salvação:
- Cristo é a única fonte de salvação, o único lugar de encontro entre Deus e os homens. Assim, sob diversas formas: Atos 4, 11-12; Rom 10, 1-14; Lc 12, 8-10; Jo 14, 1-6.
- Na comunicação da salvação aos homens, Cristo e a Igreja formam uma só coisa: a negação de seguir a Igreja equivale a negação de seguir a Cristo, do mesmo modo que recusar a Cristo equivale a recusar o Pai (Lc 10, 16: “Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.”; ou também: Jo 3, 5; 13, 20: Mt 18, 17; Mc 16, 16; Gál 1. 8; Tit 3, 10; 2 Jo 10, 11.
Reflitamos, que todos estes textos citados não querem dizer nada ou então significa claramente que, fora de Cristo e de sua Igreja não existe salvação possível para o homem. Assim, pois ainda que não figure neles sob sua formulação explicita a terminologia “fora da igreja não há salvação” se remonta em sua sustância ao mesmo Evangelho. O Concílio Vaticano II o adverte com exatidão: “Ao ensinarmos explicitamente a necessidade da fé e do batismo (Mc 16,16 ; Jo 3,5), confirmou (Cristo) ao mesmo tempo a necessidade da mesma Igreja”. (Lumem Gentium 14)
3-) A frase: “Fora da Igreja não há salvação.”
Historicamente a frase “fora da Igreja não há salvação” aparece pela primeira vez com São Cipriano e com Orígenes em torno do ano 250 DC. Encontramo-la também initerruptamente nos Padres, ou com ligeiras variantes ou traduzidas também em imagens como a arca de Noé ou outras equivalentes.
Ao encontramos também nos teólogos e nos documentos oficiais do magistério, aos quais os mais importantes já foram citados, anteriormente.
Por um pouco que se reflexione, se chegará a clara conclusão de que é essencial a Igreja ser única. Caso contrário não seria a esposa do Único Mediador (cf. Ef. V, 25), sustentáculo da verdade (cf. I Timóteo III,15) e seu corpo, o sacramento da comunhão universal entre Deus e os homens. Quando a Igreja afirma esta unicidade como uma exigência de sua fé, não reivindica, pois zelosamente, uns direitos e uns privilégios cedendo a uma tentação de imperialismo espiritual, mas que dá testemunho da missão que ela recebeu com respeito a humanidade.
Seu exclusivismo é simplesmente outro nome de sua fidelidade e de sua caridade universal. Admitir uma pluralidade de Igrejas equivaleria a não admitir nenhuma, recusando assim a noção de Igreja.
Se formos à origem da Igreja, no cristianismo primitivo temos também a afirmação de Santo Atanásio em seu credo:
“1. Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica…” (2)
Sim, queridos leitores, como podem observar a Igreja Católica é a única mediadora de Cristo aqui na terra e, por isso, única mediadora da salvação eterna.
Antes de terminarmos devemos ressaltar que existem exceções, pois Deus é o autor da graça e a concede a quem quiser, mas não tomemos exceções por regras.
Por Helder Jacomo
BIBLIOGRAFIA:
P. Faynel, La Iglesia, Herder, Barcelona 1974, pp. 51-68
Entendemos melhor o motivo dessa afirmação doutrinal da Santa Igreja.
A doutrina da Igreja deve unificar ao mesmo tempo várias verdades que são:
Que Deus quer realmente a salvação de todos os homens;
Que a Igreja é a única portadora de todos os meios de salvação que são necessários para nossa salvação e
Que não existem duas Igrejas: uma universal que é invisível e outra visível que seria mais limitada, mas que na terra existe somente uma e única Igreja, por sua vez visível e invisível, mística e institucional, a Igreja Católica.
Entendemos melhor estes mistérios:
1-) A Igreja, único sacramento de salvação
“Assim como Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, assim também a Igreja é o meio universal e única de salvação. Nenhum homem pode, pois se salvar sem pertencer a ela, seja em toda sua realidade, seja pelo menos por sua disposição profunda.”
Esta é a tese de fé, segundo o magistério ordinário e universal da Igreja confirmado por várias declarações solenes, em particular no IV Concílio de Latrão em 1215:
“Existe uma só Igreja, a Igreja universal dos fiéis, fora da qual ninguém (nullus omnino) se salva” (Dz 430).
E o Concílio de Florência (Dz 714). Vejam assim também os textos de Inocêncio III (Dz 423), de Bonifácio VIII na Bula Unam Sanctam (Dz 468), de Clemente VI (Dc 570 b), de Benedito XIV (Dz 1473), de Pio IX (Dz 1647, 1677), de Leão XIII (Dz. 1955), de Pio XII em sua enciclica Mystici corporis (Dz 2286-2288).
Resumindo e reconhecendo toda esta doutrina tradicional, o Concilio Vaticano II em 1962 reafirma por sua vez “que esta igreja peregrinante é necessária para a salvação. Em efeito, somente Cristo é mediador e caminho de Salvação e se faz presente a todos nós em seu corpo que é a Igreja” (Lumem Gentiun 14)
2-) O fundamento da Sagrada Escritura.
Uma série de afirmações aparecem em todo o Novo Testamento afirmando e completando a contextualidade da Igreja católica como único sacramento da salvação:
- Cristo é a única fonte de salvação, o único lugar de encontro entre Deus e os homens. Assim, sob diversas formas: Atos 4, 11-12; Rom 10, 1-14; Lc 12, 8-10; Jo 14, 1-6.
- Na comunicação da salvação aos homens, Cristo e a Igreja formam uma só coisa: a negação de seguir a Igreja equivale a negação de seguir a Cristo, do mesmo modo que recusar a Cristo equivale a recusar o Pai (Lc 10, 16: “Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.”; ou também: Jo 3, 5; 13, 20: Mt 18, 17; Mc 16, 16; Gál 1. 8; Tit 3, 10; 2 Jo 10, 11.
Reflitamos, que todos estes textos citados não querem dizer nada ou então significa claramente que, fora de Cristo e de sua Igreja não existe salvação possível para o homem. Assim, pois ainda que não figure neles sob sua formulação explicita a terminologia “fora da igreja não há salvação” se remonta em sua sustância ao mesmo Evangelho. O Concílio Vaticano II o adverte com exatidão: “Ao ensinarmos explicitamente a necessidade da fé e do batismo (Mc 16,16 ; Jo 3,5), confirmou (Cristo) ao mesmo tempo a necessidade da mesma Igreja”. (Lumem Gentium 14)
3-) A frase: “Fora da Igreja não há salvação.”
Historicamente a frase “fora da Igreja não há salvação” aparece pela primeira vez com São Cipriano e com Orígenes em torno do ano 250 DC. Encontramo-la também initerruptamente nos Padres, ou com ligeiras variantes ou traduzidas também em imagens como a arca de Noé ou outras equivalentes.
Ao encontramos também nos teólogos e nos documentos oficiais do magistério, aos quais os mais importantes já foram citados, anteriormente.
Por um pouco que se reflexione, se chegará a clara conclusão de que é essencial a Igreja ser única. Caso contrário não seria a esposa do Único Mediador (cf. Ef. V, 25), sustentáculo da verdade (cf. I Timóteo III,15) e seu corpo, o sacramento da comunhão universal entre Deus e os homens. Quando a Igreja afirma esta unicidade como uma exigência de sua fé, não reivindica, pois zelosamente, uns direitos e uns privilégios cedendo a uma tentação de imperialismo espiritual, mas que dá testemunho da missão que ela recebeu com respeito a humanidade.
Seu exclusivismo é simplesmente outro nome de sua fidelidade e de sua caridade universal. Admitir uma pluralidade de Igrejas equivaleria a não admitir nenhuma, recusando assim a noção de Igreja.
Se formos à origem da Igreja, no cristianismo primitivo temos também a afirmação de Santo Atanásio em seu credo:
“1. Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica…” (2)
Sim, queridos leitores, como podem observar a Igreja Católica é a única mediadora de Cristo aqui na terra e, por isso, única mediadora da salvação eterna.
Antes de terminarmos devemos ressaltar que existem exceções, pois Deus é o autor da graça e a concede a quem quiser, mas não tomemos exceções por regras.
Por Helder Jacomo
BIBLIOGRAFIA:
P. Faynel, La Iglesia, Herder, Barcelona 1974, pp. 51-68
(2) http://www.montfort.org.br/old/index.php?secao=oracoes&subsecao=credo&artigo=credoatanasio&lang=bra
Fonte: http://santaigreja.com
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