quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Uma aparição não se converte em verdadeira pelo número de peregrinos, explica perito

Imagem referencial. Foto: maguillen44 (DC BY-NC-SEJA 2.0)
MADRI, 09 Jan. 14 / 11:34 am (ACI/EWTN Noticias).- “Para a Igreja, nem os números, nem os aplausos, nem a aprovação “do mundo”, jamais serão considerados critérios válidos na hora de analisar um fenômeno que surpreende e que atrai a multidões”, assinalou o Professor de filosofia e de bioética no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma), Pe. Fernando Pascal.

O sacerdote espanhol explicou em uma nota que titulou “Aparições, números e verdades”, publicada no portal Análise Digital da Arquidiocese de Madrid, que “não podemos, pois, nos deixar deslumbrar ante o número de peregrinos que acodem cheios de entusiasmo a visitar o lugar de uma suposta aparição” mesmo que sejam milhares durante vários meses ou anos.

“Para um católico, a verdade se encontra na Revelação, tal e como a aceita e a ensina a Igreja Católica desde seu Magistério (o Papa e os bispos unidos entre si e ao Papa). Por isso, na hora de estudar uma possível aparição, será preciso ter uma atitude de prudência e de espera que permita ao bispo do lugar e, quando o caso o requeira, a Santa Sede”, determinar sua autenticidade, disse o Presbítero.

O Pe. Pascal deixou claro que nem os benefícios espirituais que recebem as pessoas, as confissões, ou as múltiplas celebrações Eucarísticas, garantem a veracidade de um fato como estes. “Do contrário, e com um argumento parecido, haverá quem diga que a religião X ou a religião Y são verdadeiras porque têm milhões de seguidores, durante séculos, e com resultados às vezes muito dignos de reconhecimento”.

O perito indicou que o pronunciamento da Igreja pode demorar porque “não é fácil ter uma ideia clara sobre o que ocorre em um lugar e diante da atenção de milhares de pessoas que põem sua confiança nos supostos videntes e nas mensagens que divulgam. Mas promover em excesso uma possível aparição, dar-lhe um crédito quase absoluto sem esperar o julgamento dos nossos pastores, é sinal de falta do autêntico espírito católico”.

O sacerdote sublinhou que “é louvável a atitude prudente de tantos batizados que, com paciência e com serenidade, vivem sua fé em Deus no cotidiano, sem inquietar-se ante aparições que podem ou podem não ser autêntica, rezam, participam da missa dominical, confessam-se com frequência, perdoam e ajudam os mais necessitados (pobres, idosos, doentes). Não é este um modo belo de viver o Evangelho e de receber a grande mensagem que nos oferece Jesus Cristo?, refletiu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário