A polêmica na França sobre o “casamento” homossexual contribuiu para desvendar o pensamento oculto de inimigos da Igreja Católica.
Por exemplo, Vincent Peillon(foto) ministro de Educação, explicitou o ódio de fundo anticatólico do laicismo de Estado.
Em entrevista (ver vídeo embaixo) deixou claro esse fundo com palavras que dispensam comentários:
“Não se pode fazer uma revolução que consista unicamente em realizações materiais; é necessário fazê-la nos espíritos.“Ora, até agora foi feita uma revolução essencialmente política, mas não a revolução moral e espiritual.“Portanto, deixamos à Igreja Católica o controle da moral e do espiritual. Agora é preciso substituir isso [...].
“Jamais poderemos construir um país de liberdade com a religião católica. Como tampouco se pode aclimatar o protestantismo na França, como foi feito em outras democracias.“É preciso inventar uma religião republicana. Essa religião republicana que deve ir junto com a revolução material, mas que de fato é uma revolução espiritual, é a laicidade.“E é por causa disso, aliás, que no início do século XX se começou a falar de fé laica, de religião laica, e que a laicidade pretendia criar um espírito público, uma moral laica e, portanto, a adesão a um certo número de valores.”
E ainda ele escreve em um muito comentado livro seu:
Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio/36593“A Revolução Francesa é a irrupção no tempo de algo que não pertence ao tempo; é um começo absoluto, é a presença da encarnação de um sentido, de uma regeneração e de uma expiação do povo francês.“1789, o ano sem igual, é o ano do engendramento de um homem novo por meio de um brusco salto da História.“A Revolução é um acontecimento meta-histórico, quer dizer, um acontecimento religioso.“A Revolução implica o esquecimento total daquilo que precedeu a Revolução. Em consequência, a escola tem um papel fundamental, porque a escola deve despojar a criança de todos seus apegos pré-republicanos para educá-la até virar um citoyen.“É bem um novo nascimento, uma transubstanciação que se opera na escola e por meio da escola gera esta nova igreja com seu novo clero, sua nova liturgia e suas novas Tábuas da Lei.”(Vincent Peillon, La Révolution française n’est pas terminée, Seuil, Paris, 2008).
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