segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Procurador é ameaçado após pedido para retirar “Deus seja louvado” do real



Procurador é ameaçado após pedido para retirar “Deus seja louvado” do realProcurador é ameaçado após pedido para retirar “Deus seja louvado” do real
Em entrevista ao portal Terra o procurador Jefferson Aparecido Dias afirma que tem sido ameaçado por cristãos que não concordam com o pedido que ele fez para que o Banco Central deixe de emitir notas com a frase “Deus seja louvado”.
Através de e-mails o diretor da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), que se declara católico, vem recebendo ameaças de morte. “Eu estou sendo ameaçado por causa dessa ação, por cristãos. Recebi alguns emails com ameaças, em nome de Deus”, diz.
“Acho um pouco de hipocrisia do religioso que usa um discurso, mas não usa uma prática condizente. Eu tenho uma religiosidade, a minha, mas acho que o Estado não pode ter religiosidade. Cada cidadão tem direito de optar pela sua”.
Nessa entrevista Jefferson Dias comenta que o pedido foi feito por ateu e ele como diretor do PRDC precisa investigar todos os casos que lhe são repassados e a partir daí tomar as devidas providências.
A pessoa entrou com ação dizendo que a frase “Deus seja louvado” afetava sua liberdade religiosa, como explica o procurador que assumiu o caso: “Ela relata que se sentia afetada na sua liberdade religiosa pelo fato dela não crer em Deus e ter que conviver com a manifestação estatal de predileção por uma religião.”
Apesar das críticas que ele tem recebido até mesmo do presidente do Senado, José Sarney, que solicitou a inclusão da frase na nota em 1986 quando era presidente da República, Jefferson Dias tem recebido muitos elogios pela iniciativa e enaltece outros trabalhos da PRDC para responder a frase do ex-presidente que disse que a ação “era falta do que fazer”.
“Nós conseguimos obrigar o governo federal a fornecer remédios para o AVC (acidente vascular cerebral), em abril desse ano. Temos uma ação contra a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para que ela obrigue as empresas aéreas a transportar cadeiras de rodas sem custo, porque ela cobra”, cita o procurador.

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