27/09/2012 por Everth Queiroz Oliveira
Ganhe a fama de “cai-cai” do futebol brasileiro… e seja comparado a Jesus Cristo. Parece ter sido esta a receita usada pelo pessoal da Placar para confeccionar a capa da edição de outubro da revista. A arte da capa conta com uma imagem do jogador de futebol do Santos, Neymar, crucificado – em uma referência explícita ao carpinteiro de Nazaré.
O diretor de redação da revista esportiva, Maurício Barros, falou à imprensa sobre a questão. “Tomamos essa expressão como método de execução pública dos tempos antigos. A metáfora é com o método. Não há nenhuma intenção de se fazer uma alusão religiosa. (…) Neymar não está retratado como Jesus Cristo, nem de longe.”
A crucificação de nosso Senhor, de Velázquez.
As declarações de Maurício Barros são uma verdadeira válvula de escape. A imagem utilizada na capa da revista foi montada a partir da famosa obra do pintor espanhol Diego Velázquez (1599-1660), de nome “Crucifixão” (e quem está retratado na pintura é justamente Jesus de Nazaré). Basta observar os detalhes dos pés e das mãos no quadro, para identificar a analogia. E, mesmo que a metáfora fosse com o método de execução – o que não parece ser o caso -, no Ocidente a crucifixão está intimamente à figura de nosso Senhor Jesus Cristo. Não tem como dissociar as duas realidades. Os chiliques laicistas para tirar crucifixos de repartições públicas o demonstram.
Mas, como não poderia deixar de ser, a redação da Placar publicou uma nota, em reação à receptividade negativa da arte ultrajante. “Em nenhum momento foi intenção da revista ferir a religiosidade de ninguém.” Difícil de acreditar. Mas, mesmo não tendo sido esta a intenção, a imagem feriu, sim, a religiosidade dos cristãos deste país. Especialmente dos católicos, que dedicam até mesmo festas em honra da Cruz de Cristo, do madeiro pelo qual nos veio a salvação.
Esperamos, com sinceridade, que os pedidos de desculpas da redação da revista sejam acompanhados pela confecção de uma capa menos ridícula, mais respeitosa. E que voltem a publicar fotomontagens blasfemas só quando tiverem a coragem de brincar com Maomé e com a fé dos muçulmanos.
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Em tempo: assinem o abaixo-assinado “contra a afronta da capa feita pela Revista Placar, edição de outubro”.
Leia também: Nota de repúdio ao uso da imagem de Cristo em capa de revista esportiva, assinada pelos bispos da CNBB.
Fonte: Ecclesia Una
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