por Jarbas Aragão
A biografia de Edir Macedo escrita em coautoria com o jornalista Douglas Tavolaro, da TV Record, tem se mostrado um sucesso de vendas. O líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da emissora está contando suas memórias em três volumes.
O primeiro deles, “Nada a Perder”, foi lançado em agosto e boa parte de suas 288 páginas são repletas de críticas à Igreja Católica.
Seu livro relata com detalhes os fatos relativos à sua prisão, em 1992, sob a acusação de charlatanismo, curandeirismo e estelionato. Edir responsabiliza pela detenção os católicos, que eram alvos constantes das pregações da Universal.
“O Clero Romano mandava e desmandava no Brasil, mais do que nos dias de hoje (…) A Cúria não admitia o surgimento de um povo livre da escravidão religiosa imposta por eles”, narra Macedo. Ele reforça sua tese de que foi vítima de uma conspiração do Vaticano ao contar que viu um “homem de batina” fazendo anotações enquanto ele prestava depoimento ao juiz que decretou sua prisão.
O bispo não se furta de fazer referências às denúncias de pedofilia ligadas aos líderes católicos em várias partes do mundo. Relata ainda que, por ocasião de sua conversão, destruiu aos gritos de “desgraçados” as imagens de santos que usou como amuletos durante 18 anos.
Ao longo da obra, nem todos os “vilões” são católicos. Mesmo sem citar nomes, Macedo ataca desafetos conhecidos como Valdemiro Santiago, líder da Mundial do Poder de Deus, que estaria tirando fiéis de sua denominação, comparados por ele a demônios.
Menciona ainda seus problemas com o cunhado R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, que era um dos lideres da Universal na época de sua fundação. Soares foi destituído após divergências no tocante ao rumo da igreja. Ele é descrito como um pregador vaidoso e que tentou convencer a mãe de Macedo a não ajudar o filho no aluguel do prédio da antiga funerária que serviu como primeiro templo da igreja.
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