domingo, 6 de maio de 2012

Venezuela: Chávez volta a pedir um milagre por sua saúde a Jesus Cristo.


Jornal Valor

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criou um novo Conselho de Estado com amplos poderes, levantando mais suspeitas sobre a gravidade do câncer que ele combate desde o ano passado.
O presidente nomeou anteontem cinco membros do novo órgão, cuja primeira atribuição deve ser a retirada do país do Conselho Interamericano de Direitos Humanos (CIDH). A criação do conselho estava prevista na Constituição de 1999, ano em que ele assumiu, mas só ocorreu agora. Chávez está em Cuba, onde tem se submetido a seguidas sessões de radioterapia.

Para analistas, o conselho, que liderado pelo vice-presidente Elías Jaua, poderia conduzir uma transição, caso Chávez não tenha saúde para encarar a campanha para as eleições de 7 de outubro. Ele tem como adversário o governador de Miranda, Henrique Capriles. “Não há nenhum plano, como a oposição diz, para resgatar o presidente”, disse Vicente Rangel, ex-vice-presidente e nomeado para o conselho.

Ontem, o colunista venezuelano Nelson Bocaranda, do jornal “El Universal”, publicou que as sessões de radioterapia provocaram uma fratura no fêmur de Chávez, que teria dificuldades para se movimentar.
Também levantou dúvidas sobre uma fotografia em que ele aparece em pé ao lado do presidente Raúl Castro, ao chegar a Cuba, na terça-feira. “A foto com Raúl Castro foi cuidadosamente preparada para que, por alguns minutos, ele não tivesse nem a bengala nem a cadeira de rodas”, escreveu. Bocaranda, que já fez várias revelações sobre o tema, disse também Chávez passará por um tratamento psicológico, notícias que não foram confirmadas oficialmente.
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Religión Digital
O presidente da Venezuela, Hugo Chavez , voltou a se emocionar publicamente, nesta terça-feira, ao anunciar seu retorno a Cuba para continuar o tratamento de radioterapia, numa mensagem em que pede, novamente, que Jesus Cristo faça um “milagre” em sua luta contra o Câncer.


Apenas quatro dias após voltar de Havana, o governante venezuelano regressa à ilha com a licença daAssembleia Nacional, que nesta terça-feira voltou a lhe dar carta branca para que ele permaneça na ilha o tempo que considerar oportuno, na “reta final” de seu tratamento.

“Devo voltar a nossa querida Cuba para continuar a reta final deste tratamento com uma grande fé, cada dia maior”, disseChávez num ato público com representantes de vários poderes do Estado, no Palácio de Miraflores, antes de assinar a nova Lei Orgânica do Trabalho.

Como já fez em ocasiões anteriores,Chávez mostrou o Cristo que carregava consigo no dia 11 de abril de 2002, quando aconteceu o falido golpe de Estado que o tirou do poder por menos de 48 horas, lembrando, então, que “aconteceu um milagre”.
“Estou seguro que nosso Cristo repetirá ou continuará fazendo o milagre”, disse, assegurando que irá com essa “fé infinita” e que “em poucos dias” retornará.

“Em poucas semanas, espero estar jogando no Forte Tiuna (quartel militar) e novamente percorrendo as ruas queridas da pátria, os campos queridos da Venezuela”, acrescentou numa crescente emoção.

Não é a primeira vez que o chefe de Estado venezuelano se emociona publicamente. No início de abril, numa missa celebrada em sua terra natal, em Barinas, Chávez chorou e rezou implorando mais vida.

“Dê-me sua coroa, Cristo, dê-me, que eu sangro, dê-me sua cruz, cem cruzes, mas dê-me vida, porque ainda me restam coisas para fazer por este povo e por esta pátria. Não me leve ainda, dê-me sua cruz, dê-me seus espinhos, dê-me sua espada que eu estou disposto a carregar, mas com vida, Cristo meuSenhor”, afirmou, então, o presidente.

Mais sereno, o governante manifestou que “não são dias fáceis estes”. “Porém, somos guerreiros para enfrentar a adversidade e com fé em Deus, em Cristo redentor, e com esse amor imenso do povo venezuelano, e esta vontade de lutar, (…) iremos adiante”, acrescentou.

Chávez foi operado dia 26 de fevereiro, de um tumor cancerígeno, decorrente do câncer detectado em junho de 2011 e que somente foi informado que fica na região pélvica, sem a comunicação de onde fica sua localização exata e nem de seu grau de gravidade.

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