Governo americano alega apenas querer benefícios de “saúde” com os nanosensores
Bob Unruh
As forças armadas americanas querem implantar nanosensores nos
soldados para monitorar sua saúde em futuros campos de batalha e responder
imediatamente às suas necessidades, mas especialistas em privacidade alertam que
o avanço é apenas mais um passo no caminho que levará à obrigatoriedade de chips
para todos os cidadãos.
Chip |
“Sempre são passos gradativos. Se você colocar em uma pessoa um
microchip que não a rastreia... todos dirão, ‘Ah vá’”, disse ela. “Será
interessante ver aonde isso vai chegar”.
De
acordo com repertagem da Mobiledia, a Agência de Pesquisa de Projetos
Avançados de Defesa (conhecida pela sigla em inglês DARPA) confirmou planos de
criar nanosensores para monitorar a saúde de soldados nos campos de
batalha.
Os dispositivos também permitiriam informar dados aos médicos. Mas
analistas de privacidade manifestaram a preocupação de que os implantes pudessem
ser usados não apenas para monitorar a saúde, mas também para monitorar e
possivelmente controlar as pessoas.
A DARPA descreve a tecnologia na qual está trabalhando como “uma
inovação realmente prejudicial”, que iria diagnosticar e monitorar sinais vitais
e “até liberar medicamentos na corrente sanguínea”.
De acordo com a LiveScience.com, “Resolver o problema das
doenças poderia ter um impacto enorme no número de soldados prontos para lutar,
porque, historicamente, um número muito maior morreu de doenças do que em
combate”.
O relatório sugeriu que para as forças especiais, “a concretização
prática de nanosensores capazes de monitorar múltiplos indicadores de estado
fisiológico poderia ser uma inovação realmente prejudicial”.
O conceito de nanosensores capazes de diagnosticar doenças já está
sendo pesquisado.
A DARPA espera lançar um segundo esforço focado em tratamentos ainda
este ano.
Albrecht disse que a ação é outro passo no caminho de ter chips
implantados em todas as pessoas, que poderiam muito bem monitorar a saúde, mas
também outras áreas da vida.
Os microchips, diz ela, já são comuns em animais estimação em várias
partes do país, e que a sua aceitação tornará mais fácil para exigir o mesmo
para pessoas.
Ela afirma que já se esperava que a população confinada, como
prisioneiros e tropas, seria a primeira sujeitada à obrigação, o que tornaria
mais fácil para o público geral também aceitá-lo.
“É interessante”, disse ela. “Estou surpresa com a apatia dessa
geração nova. Eles não enxergam o problema… ‘Por que alguém não iria querer ser
rastreado?’”
Mas ela afirma que todos os americanos terão que decidir e dizer não
a esses avanços gradativos, ou então quando as autoridades finalmente lançarem a
ideia de chips para todos, querendo eles ou não, será tarde demais para
decidir.
“A analogia que faço é [a de um trem], e se estou na Califórnia e não
quero ir parar em New City, cada parada me leva mais próximo”, afirma. “Em algum
momento, terei que descer do trêm”.
Albrecht também ajudou a desenvolver e lançar um novo projeto chamado
StartPage, que agora está
processando 2 milhões de solicitações de busca por dia.
O benefício da página é a sua privacidade. O site explica que cada
vez que uma pessoa utiliza um típico site de busca, como o Google, “os dados da
sua busca são armazenados”.
“Eles então armazenam as informações em um enorme banco de dados”,
explica.
Como resultado, os empresários americanos e o governo têm acesso a
“uma quantidade impressionante de informações sobre você, como seus interesses,
circunstâncias familiares, inclinações políticas, condições de saúde e
mais”.
O WND noticiou
anteriormente que donos de animais relataram câncer nos seus animais após a
implantação do microchip. A notícia documentou como um cachorro desenvolveu
um câncer altamente agressivo justo no local onde o chip foi
inserido.
Albrecht contou a história de outro cachorro, um yorkshire de cinco
anos chamado Scotty que foi diagnosticado com câncer em Memphis, no estado de
Tennessee. Scotty desenvolveu um tumor entre as omoplatas, no mesmo local onde o
microchip havia sido implantado. O tumor, do tamanho de um pequeno balão,
descrito como um linfoma maligno, foi removido. O microchip de Scotty estava
preso dentro do tumor.
A Verichip, um grande fabricante de implantes de microchip, exalta a
possibilidade de a tecnologia identificar um animal perdido e permitir que ele
retorne para casa, e descartou os potenciais riscos de saúde.
“Nos últimos 15 anos”, afirma o site da Verichip, “milhões de
cachorros e gatos receberam com segurança o microchip, com poucos ou nenhum
relato de reações adversas de saúde desse produto que pode salvar vidas,
recentemente endossado pelo Ministério de Agricultura dos Estados Unidos. Esses
chips são um meio bem aceito e bem respeitado de identificação global para
animais de estimação na comunidade veterinária”.
O WND também
noticiou que existem alertas sobre um chip de radiofrequência que permitiria
a identificação de indivíduos por agentes do governo simplesmente ao passarem
por eles.
A proposta, que recebeu o apoio de Janet Napolitano, diretora do Departamento de Segurança Interna, iria implantar chips de
radiofrequência em carteiras de motorista, ou “carteiras de motorista
aprimoradas”.
“Carteiras de motorista aprimoradas dão a garantia de que a pessoa
portando a carteira seja a sua verdadeira dona, e é menos complicada do que o
REAL ID (Documento de Identidade Real)”, disse Napolitano em uma reportagem do
Washington Times.
O REAL ID foi um plano para um sistema federal de identificação
padronizado por toda a nação que preocupou tanto os governadores que muitos
estados adotaram planos formais para impedi-lo. No entanto, um defensor da
privacidade disse ao WND que a carteira de motorista aprimorada é muito
pior.
O WND também noticiou anteriormente sobre tais chips quando os
hospitais os usavam para identificar recém-nascidos, quando uma empresa foi
encarregada de implantar dispositivos eletrônicos em
imigrantes, quando uma exposição de saúde do governo os
demonstrou e quando o Wal-Mart utilizou microchips para rastrear
clientes.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do WND: “U.S. military developing spychips for
soldiers”.
Fonte: www.juliosevero.com
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