O Ministro da Educação francês prega uma nova religião laica
O governo do socialista François Hollande está dando uma grande enfase às mudanças na Educação Nacional, propondo uma profunda reforma. Por isto escolheu como Ministro da Educação ao socialista Vincent Peillon.
Mais qual seria o papel da educação na República, segundo o pensamento de Peillon? E o que pensa ele do catolicismo?
Abaixo as incríveis palavras do próprio Peillon:
“Fizemos, essencialmente, a revolução política (referindo-se a Revolução Francesa), mas não a revolução moral e espiritual. E deixamos a [questão] moral e espiritual a [cargo da] Igreja Católica. Assim, deve-se substituir isto.[...] Nós nunca poderemos construir um país de liberdade com a Religião Católica. Como não se pode mais aclimatar o protestantismo na França, como foi feito em outras democracias [que curioso!] é preciso inventar uma religião republicana. Essa religião republicana, que deve acompanhar a revolução material, mas que é a revolução espiritual, é a laicidade. E é por isso, aliás, que no início do século XX se pode falar de fé laica, de religião laica, e que a laicidade queria ser a criação de um espírito público, de uma moral laica e portanto de adesão a um certo número de valores. [...]
A Revolução Francesa é a irrupção no tempo de alguma coisa que não está no tempo, é um começo absoluto, é a presença e a encarnação de um sentido, de uma regeneração e de uma expiação do povo francês. 1789, o ano inigualável, é o ano da geração, por um salto brusco na História, de um homem novo. A Revolução é um acontecimento meta-histórico, isto é, um acontecimento religioso. A Revolução implica no esquecimento total do que precede a revolução. E portanto, a escola tem um papel fundamental, uma vez que a escola deve retirar da criança todos os seus laços pré-republicanos, educá-la para se tornar um cidadão. É um novo nascimento, uma transubstanciação que opera na escola e pela escola, uma nova igreja com seu novo clero, uma nova liturgia e suas novas tábuas da lei.[...]
O ponto de partida da laicidade é o respeito absoluto da liberdade de consciência. Para dar a liberdade de escolha, é preciso ser capaz de arrancar o aluno de todo determinismo: familiar, étnico, social, intelectual …
[Ou seja, só tem liberdade de escolher - as idéias deles! - quem for espoliado de todas as ideias próprias. Sinistras ameaças...]
Fonte: Gloria TV
Tradução Montfort
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