domingo, 9 de junho de 2013

Aos padres: O tribunal último é Deus, não os jornais.

Por Marco Tosatti – Vatican Insider | Tradução: Fratres in Unum.com - O Prefeito da Congregação para o Clero, o cardeal Mauro Piacenza, está na Eslováquia para uma série de encontro com a Conferência Episcopal, com os sacerdotes, os seminaristas e os responsáveis pela formação seminarística. Desde este ano, com efeito, por um desejo de Bento XVI expresso há anos, também os seminários de todo o mundo estão sob a responsabilidade da Congregação para o Clero. O purpurado fará conferências, seguidas de debates, depois dos quais acontece a celebração da missa. A viagem, por convite da Conferência episcopal, acontece por ocasião da Jornada mundial de santificação para o Clero, juntamente com as celebrações jubilares dos Santos Cirilo e Metódio, os evangelizadores do mundo eslavo e co-padroeiros da Europa.

Cardeal Piacenza
Cardeal Piacenza
Aos sacerdotes, o cardeal falou da importância da comunhão na Igreja e para com a Igreja, também na sua forma hierárquica. Um elemento que a cultura dominante frequentemente tem dificuldade de entender, e que parece contrastar com alguns aspectos da sociedade moderna.
Nesta concepção da comunhão e da consequente obediência, é sempre necessário vigiar sobre o conceito e sobre a práxis concreta, que cada um vive em relação com a cultura dominante e, em particular, com a modernidade. “Ser ‘modernos’ – disse Piacenza –, não significa, em nenhum caso, ferir a comunhão ou viver a obediência de modo arbitrário, mas, ao contrário, o que nos faz ser diferenciais no mundo – e, por isso, proféticos – é a real e profunda unidade com Cristo; da relação com Ele deriva toda fecundidade pastoral”.
E continuou o prefeito da Congregação para o Clero: “Ser padres modernos não significa reinventar a fé em cada homilia, ou imaginar uma igreja diferente, nas suas estruturas essenciais, daquela que foi instituída por Cristo Senhor. Ser modernos significa, ao contrário, ser contemporâneos de Cristo, isto é, viver, cada instante, em sua Presença”.
Segundo o purpurado, não se trata somente de respeito para com as regras da estrutura; mas esta atitude, ao contrário, corresponde à exigência e a necessidade dos fieis: “As nossas comunidades nos pedem. Desde os mais pequenos vilarejos à mais populosa paróquia urbana, os nossos fieis desejam encontrar testemunhas fieis e, por isso, críveis, que sejam, primeiramente estes, sinais reconhecíveis da comunhão divina sobrenatural”.
Mais do que assumir os desafios da modernidade, é necessário “ser capaz, com a força do Evangelho, de nós mesmos desafiarmos a modernidade” graças a uma “radical e permanente pertença a Cristo”. É necessário viver uma liberdade autêntica. “É necessário sermos livres de qualquer condicionamento dos meios de comunicação, que não são o nosso último tribunal! Nosso último tribunal é Deus! Sermos verdadeiramente o diferencial na cultura dominante nos torna extraordinariamente próximos do nosso povo, nos tornará capazes de dialogar com as pessoas de fé e com aquelas que não crêem, sustentará a responsabilidade no trato com as almas a nós confiadas e, justamente na radicalidade de sermos alternativos ao mundo, conquistaremos a profunda estima, sobretudo, dos jovens”.

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