Marisa Lobo está elaborando um relatório com cem casos de reversão da homossexualidade para apresentar na Organização das Nações Unidas
Marisa Lobo |
Com o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a bancada evangélica encontrou espaço para desengavetar o projeto, que tinha esbarrado na resistência da frente parlamentar LGBT.
Em entrevista, por telefone, à Zero Hora, Marisa fala sobre o projeto e o que pensa a respeito da reversão do homossexualismo. Confira os principais trechos:
ZH — Qual sua opinião sobre a resolução do Conselho Federal de Piscologia?
Marisa Lobo — Estou respondendo processo ético há quase dois anos, acusada de curar gays. Eles afirmam que eu digo nas redes sociais que gays têm cura. Na verdade, não é isso que eu falo. Eu sou contra a resolução porque ela cerceia mesmo a atuação dos psicólogos, porque é o meu paciente que manda na minha terapia. É isso que eu comecei a divulgar. Eu tive coragem de dizer, como psicóloga, que quem manda na terapia é o paciente e que deve estar em primeiro lugar o desejo dele. Se o desejo dele é de mudar sua condição, opção ou orientação, não sendo doença, o que eu sei que não é e não trato como tal, trato como uma condição humana, eu vou ajudá-lo a mudar. E está uma confusão tão grande que a própria resolução diz que tenho que atender o desejo do paciente, ainda que seja para mudar sua condição, orientação ou opção. Eles estão deixando claro que se o paciente quiser mudar sua opção, eu tenho que atendê-lo.
ZH — Você acha, então, que a resolução é contraditória?
Marisa — É totalmente contraditória, é uma usurpação de poder, cerceamento de direito, ela interfere no processo terapêutico. Ao mesmo tempo que ela diz que é para dar dignidade ao homossexual ela está tirando a dignidade do sujeito que não quer mais ser homossexual. O ser humano pode mudar sua condição, se for do desejo dele. A resolução nos impede de fazer isso. A resolução diz que não posso atender procedimentos não solicitados, então, se a pessoa solicitar, eu posso. Como que eu posso, se ela diz que é 100% certeza que a pessoa nasce gay? O que está acontecendo é que a psicologia é militante da LGBT, e ela não poderia. Quem fiscaliza o Conselho? Ninguém. Então, o Congresso vai fiscalizar.
ZH — O resgate desse projeto tem a ver com o fato de Marco Feliciano ter assumido a presidência do Conselho de Direitos Humanos?
Marisa — Quando a gente viu a possibilidade do Marco Feliciano assumir a presidência, todo mundo já esperava que fosse para votação. Acho até que nem era o momento do Marco Feliciano apresentar esse projeto, porque isso tudo vai virar motivo religioso, perseguição de gays. E não é perseguição, o projeto estava lá desde o ano passado, e esbarrou no preconceito, por causa da militância da LGBT, porque eles não admitem que existem ex-gays. Estou fazendo um relatório provando a existência de ex-gays, tudo registrado em cartório. Tenho quase cem casos, quando chegar em cem, eu vou levar para a ONU, que está me esperando. Vou exigir que essas pessoas sejam reconhecidas, porque assim como os gays têm seus direitos e devem ser respeitados, os ex-gays também existem, estamos cometendo uma ijustiça. Se ele deixou de ser gay, é um direito humano dele.
Fonte: Zero Hora
Divulgação: www.juliosevero.com
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