domingo, 27 de janeiro de 2013

Marcha pela vida: 500.000 pessoas desfilam na neve em Washington.


Por Mauro Faverzani - Corrispondenza Romana | Tradução: Fratres in Unum.com -  Sexta-feira, 25 de janeiro, um dia após o juramento de Obama, que no início de seu segundo mandato como presidente, de acordo com todos os comentaristas, dirigiu ao país o discurso mais radical e mais revolucionário de hdos Estados Unidos, as mesmas ruas que ele percorreu para ir do Capitólio até a Casa Branca estavam cheias de centenas de milhares de pró-vidas. Nunca antes a participação foi tão grande [no ano passado foram 400 mil pessoas], porque relembrou os 40 anos desde a aprovação da infame lei Roe x Wade, que legalizou o aborto nos Estados Unidos, e também comemorou o 40º aniversário da Marcha, que teve início no mesmo ano e nunca parou desde então.

Mas essa foi também a maior marcha, porque os americanos a favor da vida queriam fazer ouvir suas vozes por um presidente que não apenas tem louvado o aborto repetidas vezes, tornando-o ainda mais acessível, mas também tem evitado a objeção de consciência, forçando as instituições católicas a praticá-lo. Um presidente que recentemente disse que sua organização favorita era a Planned Parenthood, uma associação pró-aborto riquíssima, que promove a contracepção e o aborto no mundo inteiro. Ela é a mesma organização que na Europa, através da União Europeia, realiza uma campanha acirrada, de modo que não haja mais países, como a Irlanda, a Polônia e Malta, que impeçam o aborto livre.
Trata-se de uma gente jovem, forte e cheia de entusiasmo, que invadiu Washington, uma gente vinda de todos os estados dos EUA, às vezes, viajando dois dias inteiros. São pessoas que tiram quase uma semana de férias ao ano para proclamar seu “sim” à vida e seu claro “não” ao aborto. Membros do Parlamento (republicanos, mas também democratas), representantes de todas as denominações (católicos, ortodoxos, evangélicos, judeus, muçulmanos…), famílias jovens com muitas crianças, idosos que todos os anos, por quatro décadas, se encontram no Mall para irem juntos em direção ao Supremo Tribunal, a  Suprema Corte Federal, da qual se espera uma reversão da lei, que em 40 anos já eliminou 55 milhões de vidas só nos Estados Unidos, quase um sexto da população do país.
Insensível aos cinco graus negativos e à neve que em certo momento começou a cair em abundância, a numerosa multidão aguarda o sinal de partida, ouvindo os testemunhos de vários oradores. Uma ovação saudou Rick Santorum e sua família, mas igual comoção causou a história de uma das muitas mães presentes, que fizeram aborto no passado. “Lamento o meu aborto”, lia-se em seus cartazes, que seguravam com dor, mas sem vergonha. E junto deles, muitos outros cartazes, faixas, bandeiras, estandartes, muitos jovens gritavam palavras de ordem contra a lei, em defesa da vida, mas também contra Obama. Muitas associações estavam presentes: os Cavaleiros de Colombo, patrocinadores da Marcha, a Vida Humana Internacional, a American Life League, a Choose Life America, os Americanos Unidos pela Vida, os Sacerdotes pela Vida. Dentre as delegações estrangeiras estavam presentes, no palco de honra, a Marcha pela Vida italiana, representada por seu porta-voz Virginia Coda Nunziante. Também muitas paróquias, muitas escolas com seus alunos, muitos jornais e estações de televisão. E como todos os anos, a associação Tradição, Família e Propriedade americana fechava o longo cortejo com uma banda musical que acompanhava a imagem milagrosa de Nossa Senhora de Fátima.
Quinhentas mil pessoas marcharam em direção ao Supremo Tribunal, 500 mil desafiaram a cultura da morte que reina nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo. “Somos a geração que vai abolir a lei do aborto – disse um menino com convicção, ao final de seu breve discurso -. Este é o nosso dever. E com a ajuda de Deus todas as coisas são possíveis”.

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